Joaquim Jerónimo da Cunha Reis da Mota Godinho (1793-1866)
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Joaquim Jerónimo da Cunha Reis da Mota Godinho (1793-1866)
Caros confrades
Busco dados biográficos sobre
Joaquim Jerónimo da Cunha Reis da Mota Godinho (*24.08.1793 f 07.09.1866), mencionado aqui
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=220085
Ele viveu em Gaia, numa quinta cuja história estou a tentar traçar, situada mesmo em frente à casa dos meus antepassados.
Obrigado.
Direct link:
RE: Joaquim Jerónimo da Cunha Reis da Mota Godinho (1793-1866)
Era Coronel do Regimento de Milícias de Braga, e também conhecido como Joaquim Jerónimo da Cunha Reis
Gostava de saber o motivo porque foi viver para Gaia e qual a sua biografia, depois da guerra civil de 1832-1834
Remeto também para aqui:
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:uBeWy39wEcQJ:www.geneall.net/P/forum_msg.php%3Fid%3D239830%26fview%3De+%22joaquim+jer%C3%B3nimo+da+cunha%22&cd=2&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt&source=www.google.pt
Muito obrigado.
FQ
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RE: Joaquim Jerónimo da Cunha Reis da Mota Godinho (1793-1866)
Caro Francisco Queiroz
Joaquim Jerónimo C.R. era irmão do vigário capitular e Deão Sé Primaz, António Alexandre C.R. Mota Godinho, miguelista ferrenho e por isso vitíma da purga liberal que, ao abrigo do decreto de 05.08.1833, reformou o capítulo bracarense. Os outros irmãos foram tb perseguidos pelo mesmo motivo. Eram eles: José Firmino da C.R. coronel do batalhão eclesiástico, desembargador da Relação Eclesiástica e arcediago do Barroso e Guilherme da C.R., tb deão e deputado. Filhos todos eles de António C.R. Mota Godinho, negociante matriculado na praça do Porto, cav. O.X, deputado da Compª Vinhos Alto Douro e dono da quinta da Vacaria, no Peso da Régua.
Joaquim Jerónimo seguiu, depois de 1834, na psse da Casa do Campo das Hortas, em Braga, onde viria a morrer. Foi ele quem mandou armoriar o frontão da casa. Nascera em 24 Agosto 1793, assentou praça a 10 Julho 1808 no regimento de infantaria nº 18 (Porto), ali servindo até ao posto de capitão. fez toda a campanha peninsular e participou nas batalhas de Buçaco, Fuentes de Onor, Victoria, Neville, etc. A 16 Setembro 1825, por decreto publicado na ordem do exercito nº 20, passou a coronel efectivo do regimento de milícias de Braga, que comandou até 1834. Por essa ocasião retirou-se da vida militar para, como refere o jornal Bracarense (sabbado, 8 Setembro 1866), «descansar das fadigas e serviços prestados à pátria e tão mal recompensados». A mm fonte precisa que «hontem de manhã falleceu na sua casa do Campo das Hortas desta cidade, com 73 annos de edade (...) fidalgo cavalleiro da Casa Real, comendador das ordens de Christo e da Conceição e condecorado com a Cruz de Ouro, ganha nas batalhas e campanhas da Guerra Peninsular». Mais adiante acrescenta o redactor: «Snr. Cunha Reis era bom pae, bom marido e cidadão benemerito e prestante. Há tempos que soffria graves encommodos na sua melindrosa saude, que a final o levaram à sepultura. Conforme a sua ultima vontade, será o seu corpo conduzido por seis pobres, hoje às Av-Marias, para o cemiterio dos Desprezos».
Deixava viúva D. Carlota Joaquina Cardoso Guimarães, da quinta da Madalena, em Gaia, com quem casara em 1831, sendo por essa razão que terá passado temporadas naquela localidade. Contudo, como informava o jornal, morreu na sua casa de Braga.
Espero que tenha sido útil.
Melhores cumprimentos
João de Figueiroa-Rego
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RE: Joaquim Jerónimo da Cunha Reis da Mota Godinho (1793-1866)
Caro Confrade,
Poderá ver um pouco dos dados que pretende, na obra "Nobres Casas de Portugal " de Lambert Pereira Silva, vol IV, pag 127.pois que foi dono dessa grande casa que está defronte da dos meus avós maternos.
Foi elemento activo na Guerra Peninsular e por isso mandou adornar a pedra de armas do palácio ( herdado de seu irmão ) com os seus troféus militares, mas sem a cruz de oiro das Campanhas, adquirida com valentia. Suponho que está sepultado no jazigo Cunha Reis , que confina com o dos meus avós e que casualmente é igual, mas com grades de ferro. A secretaria do cemitério poderá dar-lhe os nomes dos sepultados lá. a construção desses jazigos é dos fins do sec 19, mas na época os donos trasladaram para lá os familiares dispersos pelas igrejas de então. o meu é o nº 43 da 8ª Secção do cemitério municipal.
´melhores cumprimetos
Vasco Briteiros
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