Quinta do Brandão em Alenquer
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Quinta do Brandão em Alenquer
A minha trisavó Maria Carlota Micaela de Noronha, nascida em Lisboa, Freg.S. Mamede, em 5/10/1828, herdou em dada altura (que não sei precisar) a Quinta do Brandão em Alenquer. Nela viveu seu filho José Maria Cordeiro de Araújo Feyo, sua mulher e filhos. A Quinta foi posterirmente vendida a um seu primo Manuel de Noronha, nascido no Arripiado, Chamusca, em 4/6/1867. Houve posteriormente diversas vendas e hoje pertence à Câmara Municipal de Alenquer.
A minha dúvida é de quem a minha trisavó herdou esta propriedade. Não consigo descobrir.
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RE: Quinta do Brandão em Alenquer
Cara M Luisa, disto percebo quase nada mas como vejo o seu tópico sem qualquer resposta e na 3ªpágina do Fórum arrisco e sugiro que pergunte por telefone na Conservatória Predial de Alenquer. Eu diria que talvez a sua Trisavó tenha herdado quando tinha 40 ou 50 anos de idade e possivelmente deixou essa quinta ao filho José Maria Cordeiro de Araújo Feyo, que lá viveu com sua esposa e filhos. Pela lógica acredito que um desses filhos vendeu a Quinta, mas então repare nas datas prováveis e em princípio já essa venda terá sido feita cerca do ano 1911 ou 1930. Creio que as vendas de uma Quinta não podem passar despercebidas dos registos e regredindo nos tempos e nos documentos, haverá um Inventário Orfanológico ou um Testamento ou algo que lhe sirva de pista. Confesso que estas minhas suposições podem não passar de um monte de disparates, mas espero que alguém os venha corrigir e ajudar de facto a solucionar este seu tópico. Cumprimentos. Jorge Santos
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RE: Quinta do Brandão em Alenquer
Cara Maria Luisa
António Maria Blanc de Moura Teles era o proprietário da Quinta do Brandão em 1873, e aí morador. Guilherme J. C. Henriques diz nesse mesmo ano (Alenquer e seu Concelho): "Esta linda propriedade é toda obra do actual proprietário. Ainda há poucos anos era um terreno inculto e desamparado". Em 1 de Abril desse mesmo ano, em Alenquer, António Maria Blanc fez aprovar o seu testamento. À cabeça dos bens que descreve está a referida quinta, registada pelo valor de dez contos de réis, mas, segundo o proprietário, e de acordo com as palavras de Henriques, "valendo hoje muito mais, pelos aumentos e benfeitorias que depois de registada lhe tenho feito na parte rústica e conservação da parte urbana".
António Maria Blanc veio a falecer no ano seguinte, sendo o seu testamento aberto no dia 5 de Setembro de 1874. Era viúvo de D. Vitória José da Costa de Sousa de Macedo, de quem não teve sucessão.
Do referido testamento podemos colher as seguintes informações:
- Instituiu como seu testamenteiro o Conde de Alte, seu primo e enteado.
- Declarou ter um filho, António, "a quem ponho o cognome de Maria e deverá usar dos meus apelidos 'Blanc de Moura Teles", havido de mulher solteira, sendo já viúvo havia anos, que nasceu a 20.10.1867 e foi baptizado a 08.11.1867 na paróquia de S. Pedro de Alcântara, concelho de Belém, que perfilhou, declarando no acto do baptismo ser seu pai e a quem instituiu, depois de entregues alguns legados, como herdeiro de todos os seus bens.
- Deixou determinadas quantias em dinheiro (os referidos legados) a seus sobrinhos, filhos de sua irmã D. Maria d'Arrábida da Costa de Sousa de Macedo: D. Tomás de Noronha, D. José Francisco de Noronha, D. António Maria de Noronha (seu afilhado), D. Maria Carlota de Noronha, D. Maria José de Noronha, e ainda a D. Ana de Noronha, filha do referido sobrinho D. José Francisco.
- Determinou que se seu filho falecesse antes de completar 14 anos, seria substituído na herança: em 1.º lugar pelo Conde de Alte; em 2.º pela irmã D. Maria d'Arrábida; e em 3.º pelos sobrinhos, filhos desta.
Sucede que António Maria Blanc (filho) faleceu com cerca de 20 anos, solteiro e sem descendência. Por essa altura já o Conde de Alte teria falecido. D. Maria d'Arrábida falecera em 1885 e, como tal, terão sido os seus filhos, entre eles D. Maria Carlota, a herdar os bens dos Moura Teles.
Creio ficar assim desfeita, pelo menos em parte, a dúvida que colocou.
Cumprimentos
Filipe Rogeiro
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RE: Quinta do Brandão em Alenquer
Muito obrigada por estes esclarecimentos. Mesmo na família, não se sabia a razão pela qual a minha trisavó Maria Carlota Micaela de Noronha, teria herdado esta quinta. Fica assim desfeita a dúvida.
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RE: Quinta do Brandão em Alenquer
Caro Jorge Santos
Muito obrigada pelas suas sugestões mas o nosso confrade Filipe Rogeiro já esclareceu todas as dúvidas.
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