Os Castilho
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Os Castilho
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras,
Caros Senhores
Vasco de Azevedo Coutinho 11º sr. de S. João de Rei e 6º sr. da Casa da Tapada, ligou-se por casamento a Luísa Inácia Coutinho. Filha herdeira de Diogo de Castilho Coutinho (o negro) guarda-mor da Torre do Tombo (C.R. de 11 de Outubro de 1612), alcaide-mor e comendador de Moura, na Ordem de Avis e sr. da grande Casa dos Castilho de Tomar, que faleceu em 1632, e de sua mulher Mariana de Castro, filha de Estevão Homem da Silva, comendador da Freiria de Évora e de sua mulher Inês de Castro, que era filha de D. Rodrigo de Castro e de sua mulher D. Leonor de Cabedo.
Luísa Inácia Coutinho era neta, pelo lado paterno de António de Castilho, dr. ( Cronista-mor do Reino).
Vasco de Azevedo Coutinho, foi um dos fidalgos mais respeitados da sua época e genealogista autorizado, faleceu a 30/03/1690 no Paço de S. João de Rei. A seguir à sua morte, começou a decadência da grande Casa de S. João de Rei, que compreendia os bens da Coroa, de que era antiga donatária, a casa da Tapada e vínculo anexo, as honras de Frazão e Avessadas, o Paço de Ninães e valiosos prazos.
O Casa de S. João de Rei, incluia o grande dote de Luísa Inácia Coutinho, srª do Morgado dos Castilhos de Tomar, da quinta da Guimarreira, freguesia de Areias em Ferreira do Zêzere, quintas da Ramalha, da Bicada e da Caparica em Almada, e da Várzea em Loures.
Maria Antónia Rosa de Ataide e Azevedo Sá Coutinho, tratada por Maria Rosa de Azevedo Coutinho, nasceu a 13/07/1759 e faleceu a 06/07/1794, era filha do último senhor de S. João de Rei (13º), Luís Manuel de Azevedo Sá Coutinho, e herdou ou levou como dote ?, um dos últimos vínculos dos Castilho, a quinta da Várzea em Loures. O palácio de Pintéus era a sua residência de Verão, hoje pertença do meu amigo João Ferreira Rosa. Maria Rosa grande senhora de baixa estatura, foi avó de Maria Amália Vaz de Carvalho, consagrada poetisa e prosadora elegante e de alto valor, considerada pela seu talento e pelas suas excelsas virtudes a maior escritora portuguesa.
Esta é relação de S. João de Rei, com a importantíssima Casa dos Castilho, que tantos filhos ilustres deram à Pátria.
Surge então o novo tópico, os Castilho...
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Castilho
José de Azevedo Coutinho
Torres Vedras,
Caros Senhores
Desconheço se existe algum estudo desta importantíssima família, na dúvida arranco com os dados que tenho. Agradecendo desde já, toda a ajuda possível do Forum.
Segundo consta, na batalha de Salado, esteve presente D. Pedro Fernandes de Castillo, rico-homem de D. Afonso XI de Castela. Posteriormaente, um dos seus ramos fixa-se na Biscaia, que com vários senhorios chega ao avô de João de Castilho, que se segue.
1 - João de Castillo, senhor da Casa dos Castillos – Astúrias cc Constança Manuel, filha de D. Diogo.
2 - Diogo Sanches de Castillo, filho 2º cc Maria Fernandes de Santilhana em Castillo Pedro ou Santander, na Biscaia – Astúrias
3.1 - João de Castilho, nascido em Castillo Pedro ou Santander, na Biscaia – Astúrias, a 1490, fidalgo arquitecto, instala-se em Portugal. São obras suas entre outras: a abóbada da Sé de Viseu, a sacristia do Mosteiro de Alcobaça, o coro, o arco e o pórtico da igreja do Convento de Cristo em Tomar e a famosa sala do Capítulo do mesmo Convento. Exerceu a sua arte nos mosteiros da Batalha e dos Jerónimos em Belém. Fez o estudo para o projecto de construção de fortalezas portuguesas no norte de África, nomeadamente Mazagão, Azamor e Sta Cruz do Cabo de Gué em 1529 e participou na construção de Mazagão, um projecto de Francisco da Holanda de 1541-1542 . Foi escrivão da Câmara e da Fazenda del-Rei D. João III. Teve a sua residência e vínculos em Tomar. Casou com Maria de Quintanilha ( A casa Quintanilha e a família existiam até á alguns anos em Tomar, no Armorial Luzitano , refere que na freguesia do Tojal, concelho de Loures á um lugar deste nome ... só pode ser relacionado com esta união de João de Castilho e os vínculos da que se situam todos no mesmo lugar, Várzea–Tojal-Pintéus ). Faleceu em 1581 sendo o grande arquitecto/engenheiro do Manuelino em Portugal.
3.2 – Diogo de Castilho, nascido em Castillo Pedro ou Santander, na Biscaia – Astúrias, fidalgo arquitecto, instalou-se como o irmão em Portugal, onde executou importantes trabalhos.
3.1.1 - António de Castilho, Cronista-mor do Rei ?, residente em Tomar. Carta de Brazão, registada na Chancelaria del Rei D.Sebastião, liv.II, fl. 44 v. Lisboa 16/02/1561.
3.1.2 - Diogo de Castilho, residente em Tomar. Carta de Brazão, registada na Chancelaria del Rei D.Sebastião, liv.II, fl. 44 v. Lisboa 16/02/1561.
3.1.3 - Pedro de Castilho, residente em Tomar. Carta de Brazão, registada na Chancelaria del Rei D.Sebastião, liv.II, fl. 44 v. Lisboa 16/02/1561.
A ascendência do ramo dos Viscondes de Castilho ?
- António Feliciano de Castilho, 1º Visconde de Castilho, nascido em Lisboa em 1800. Célebre poeta e prosador português, um dos renovadores, junto com Herculano e Garrett da literatura portuguesa do período romântico e dos estudos do povo e sua história. Segundo alguns para ser um grande poeta, faltou-lhe o dom de sentir a imaginação criadora. Viu-se envolvido em fortíssima polémica na altura, referenciada como “ a questão Coimbrã “. Quase completamente cego desde a infância, faleceu em 1875. Foram seus filhos:
- Júlio de Castilho, 2º Visconde de Castilho, nascido em Lisboa em 1840. Poeta e escritor. Entre vários trabalhos históricos uma obra de grande erudição : Lisboa Antiga, recentemente a Câmara de Lisboa lançou uma nova edição. Faleceu em 1919.
- Augusto de Castilho, nascido em Lisboa a 1841. Contra- Almirante da marinha portuguesa. Comandava em 1893, surta no porto do Rio de Janeiro durante a revolta da armada, e recebeu abordo o almirante Saldanha da Gama e as guarnições dos navios insurrectos, transportando-os a Montevideo e salvando os assim de morte certa. Por este facto, respondeu em Lisboa a um concelho de guerra, que o absolveu por unanimidade. Foi ministro da Marinha duas vezes.
- José Feliciano de Castilho, nascido em Lisboa a 1810, irmão do 1º Visconde de Castilho. Escritor e jornalista português. Viveu muitos anos no Rio de Janeiro, onde colaborou imenso nos jornais. Escreveu também para o teatro. A sua obra abundante a variada está hoje completamente esquecida. Faleceu em 1879.
Cumprimentos,
“S. João de Rei”
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RE: Os Castilho
Caro José de Azevedo Coutinho,
Em primeiro lugar obrigado pela sua mensagem. Com efeito a família Castilho tem uma ligação muito forte com a região de Tomar e, como disse, também com Fereira do Zêzere. Ao que sei, João de Castilho, para lá de ter dirigido as obras da Igreja de Areias terá tido também propriedades nessa freguesia que faz hoje parte do Concelho de Ferreira do Zêzere.
Quanto a elementos genealógicos sobre esta família julgo que seria do maior interesse um contacto com o Mestre Carlos Veloso, professor de história da arte no I. Politécnico de Tomar que em tempos andava a fazer uma tese de Doutoramento sobre João de Castilho e com o qual tenho trocado, de há algum tempo a esta parte, algumas informações. Posso adiantar-lhe que o Mestre Carlos Veloso chegou a deslocar-se mais de uma vez à Cantábria no sentido de apurar o exacto local de nascimento do nosso ilustre Mestre de obras.
Faço-lhe pois um convite para que venha a Tomar almoçar connosco até porque nas Areias existe uma pedra de armas que tem num dos quarteis as armas dos Azevedos de São João del Rei.
No entanto caso não lhe seja possível fazer esta deslocação contacte-me por favor para o meu email jpan@clix.pt pois por incrível que pareça, o Mestre Carlos Veloso tem casa em Torres onde se desloca com alguma frequência e julgo que não será difícil estabelecer contacto.
Um abraço
Paulo Alcobia Neves
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RE: Os Castilho
Caro José de Azevedo Coutinho,
Tenho algumas informações sobre os Castilhos que tirei de um livro de família oferecido ao meu bisavô:
"Maria Fernandes de Castilho, filha de Afonso de Quintanilha segundo uns, de D. Gracia Fernandes de Quintanilha segundo outros (Nobiliário Felgueiras Gaio - título de Castilhos. Enciclopédia - Luso - Brasileira: Castilhos), Cavaleiro da Casa d'El-Rei D. Manuel I. Teria passado a Portugal antes de 1524. Casou com João de Castilho, o Negro, grande arquitecto que traçou os conventos de Tomar e Belem, fortificou Mazagão, etc. Com geração, entre outros:
- D. António Quintanilha de Castilho, do Conselho de El-Rei D. Sebastião, seu Embaixador em Inglaterra, Alcaide-Mór de Moura, etc. Casou com D. Luisa Coutinho, filha de António Coutinho e de D. Inácia de Lima.
Irmão de João de Castilho era Diogo de Castilho - filhos de Diogo Sanches de Castilho - que casou em Coimbra com D. Isabel Ilhares ou Ilharco e tiveram a D. Pedro de Castilho, clérigo, Prior de Ilhavo, Bispo de Angra e de Leiria, Esmoler-Mór, Inquisidor Geral e duas vezes Vice-Rei de Portugal no tempo dos Filipes."
Não sei se estou a enviar algo de novo...
Em relação ao que disse sobre a casa dos Quintanilhas na freg. de S. Julião do Tojal, tudo o que sei é que o Morgadio e Quinta do Sardoal (em Loures), foi instituído em 1716 pelo Padre Francisco de Quintanilha, clérigo do Hábito de S. Pedro, Doutor em Cânones, Promotor da Legacia. Nasceu cerca de 1647 no Espinhal, Penela.
O Morgadio do Sardoal foi instituído em favor do seu sobrinho, o Dr. Bartolomeu de Quintanilha (do qual eu descendo), filho de António de Quintanilha.
Não sei qual o grau de parentesco entre o Padre Francisco de Quintanilha (e seu irmão António de Quintanilha) e Maria Fernandes de Quintanilha (casada com João de Castilho), pois o que sei é que o Padre Francisco de Quintanilha era filho de Cristovão de Quintanilha, filho de Manuel da Costa Homem (?) e de sua mulher D. Isabel de Quintanilha que parece ser filha ou neta de D. João de Quintanilha, Cavaleiro da Ordem de Santiago, Escudeiro Fidalgo da Casa d'El-Rei D. João III (História Genealógica da Casa Real Portuguesa - Tomo II), que passou a Portugal em 1524 com a Rainha D. Catarina, irmã do Imperador Carlos V, que veio casar com D. João III. Deste modo não possuo informações quanto à origem do vínculo criado em 1716 pelo Padre Francisco de Quintanilha.
Com os melhores cumprimentos,
Vasco Quintanilha Fernandes.
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RE: Os Castilho
Torres Vedras, 2002-01-30
Caro Vasco Quintanilha Fernandes
Obrigado pela sua intervenção.
Ainda estou a “digerir” a sua preciosa informação.
Acredito que os Quintanilha á semelhança dos Castinho também são originários das Astúrias, e que vêem para Portugal na sequência da ligação matrimonial de João de Castilho.
Abordei a importância da família Quintanhilha em Tomar e no País a Paulo Alcobia Neves, num “mail” que lhe enviei.
Se achar por bem, podemos abrir um tópico só para “Os Quintanhilha”, dando por início estas intervenções...
Cumprimentos,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Os Castilho
Caro José de Azevedo Coutinho,
Por acaso saberá alguma informação mais sobre Maria Fernandes de Quintanilha? Se casou 2ª vez, por exemplo?
Cumprimentos,
Vasco Quintanilha
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RE: Os Castilho
Caro José Azevedo Coutinho,
Tem conhecimento de algum ramo Castilho no Brasil ?
Tenho apenas o nome de uma 6ª avó, Escolástica Rosa de Castilho casada com o Ten.Cor. Julião José de Oliveira. Tiveram pelo menos 1 filha que faleceu em 1862.
Provavelmente nem terá nada a ver com os Castilho que menciona...
Agradeço a sua atenção
Tiago Faro Pedroso
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RE: Os Castilho
Caros Vasco Quintanilha e Tiago Faro Pedroso
Peço imensa desculpa, mas só na próxima semana poderei dar-vos uma resposta, dentro das limitações das fontes disponíveis que possuo.
Um abraço do,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Os Castilho
Caro José:
Os Castilho tiveram alguma projecção aqui pelas Beiras ,e tenho alguns dados que irei organizar para aqui postar.Refiro nomeadamente os Barreto de Castilho,de Anadia,ascendentes dos Viscondes de Castilho;Os Castilhos Falcão de Mendonça,de Almendra,ascendentes dos Viscondes de Almendra;Os Tudella de Castilho,da Lousã,que vêm dar as Casas de Vilela e Lourosa e os Viscondes de Taveiro e ainda os Ilharcos Castilhos,srs do Morgado dos Ilharcos em Carregal do Sal,ligados aos Madeira e Abreu(in Roque Fernandes de Abreu,aqui no Fórun),meus ascendentes.
Um abraço do colega
Gonçalo
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RE: Os Castilho
Gonçalo
Esses Ilharco são os mesmos da mulher do Alfredo Carcavelos, de Coimbra, creio, com largas tradiçoes/ligações académicas.
Abraço
Manel
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RE: Os Castilho
Meu caro:
Castilhos de S.Lourenço do Bairro
1-Pd João de Castilho-militou e Tanger e Nápoles-segundo Júlio de Castilho seria filho B. de João de Castilho"o Velho"
teveB.
2-Gracia de Castilho,leg.Filipe II
cc.Miguel de Miranda Barreto,tiveram
3-António Barreto de Castilho
cc.D.Maria Pinto da Fonseca,tiveram
4-Dr Manuel Barreto de Castilho,*1640,S.Lourenço do Bairro
cc.D.Josefa de Noronha,tiveram
5-António Barreto de Castilho
cc.Sebastiana João,tiveram
6-Manuel Barreto de Castilho e Noronha ,*S.Lourenço
cc.Ana Maria dos Santos,tiveram
7.1-António Barreto de Castilho ,cg
7.2-José Barreto de Castilho,segue
7.3-Faustino Barreto de Castilho e Noronha,sg
7.3-José Barreto de Castilho,*1718,+18o2
Bach. Cânones
cc.1D. Maria Luisa Gomes de Sampaio
cc.2-Luisa Maria
8.1-José Feliciano de Castilho-segue(1)
8.2-Bernardo(Joaquim)B. Castilho,sg(1)
8.3-António de Castilho Barreto,sg(1)
8.4-Francisco Barreto de Castilho(2)
8.1-José Feliciano de Castilho*21/4/1766,+1826
lic. Medicina,Prof Fac Medicina,cav. Xptº,FCR
cc.D.Domicília Máxima Doroteia da Silva
9.1-António Feliciano de Castilho(1800/1877)1º Visconde de Castilho,cg
9.2-Adriano Ernestode Castilho Barreto,cg
9.3-AugustoFrederico de Castilho,sacerdote
9.4-Alexandre Magno de Castilho,Militar
9.5-José Feliciano de Castilho e Noronha,cg
9.6
9.7
9.8
Por agora é o que tenho(extraído de Silveira,Joaquim,Estudos de Toponímia da Bairrada...)
Cumprimentos
Gonçalo Calheiros
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RE: Os Castilho
Caro Tiago Faro Pedroso
Infelizmente não detectei nenhuma referência a Escolástica Rosa de Castilho, casada com o Ten.Coronel Julião José de Oliveira, final do século XVIII, início do XIX. Deverá no entanto de haver qualquer coisa, nos registros Militares referido ao seu avô que poderá dar alguma pista. Os registros encontram-se no Museu Militar em Lisboa.
Um abraço,
José dAC
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RE: Os Castilho
Meu caro Gonçalo
Tudo Bem?
Obrigado pela achega, entretive-me a colocar as tuas informações.
Vamos a ver se nos encontramos no princípio do Outono, há qualquer coisa no ar, estaremos em contacto.
Ao Alto, Ao Alto.... Charrua.
Um abraço do,
José dAC
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RE: Os Castilho
Meu caro Vasco Quintanilha Fernandes
Muito gosto em “revê-lo”, espero que esteja tudo bem consigo.
Não consegui nenhuma pista de Maria Fernandes de Quintanilha.
Actualmente encontro-me também sem o Gaio, que é uma lástima.
Pelo que reparei os Castilhos chegaram a Portugal logo depois dos Quintanilha. A origem territorial é a mesma, as ligações que se efectuam quase de simultâneo demonstram uma ligação de amizade sedimentada anteriormente.
Curioso existirem dois Homens, talvez relacionados, Manuel da Costa Homem e Estêvão Homem da Silva ! Onde iremos entroncar os irmãos Francisco e António de Quintanilha ?
Se já não existir já um trabalho sobre os Castilhos e Quintanilhas, eventualmente pelo grande Júlio de Castilho (3.1.4.1.1.1.1.1.2.1.1.1 ) nosso Etnógrafo por excelência.
Juntando as suas informações e as de Gonçalo Calheiros:
1 - João de Castillo, senhor da Casa dos Castillos – Astúrias casou com Constança Manuel, filha de D. Diogo.
2 - Diogo Sanches de Castillo, filho 2º casou com Maria Fernandes de Santilhana em Castillo Pedro ou Santander, na Biscaia – Astúrias
3.1 - João de Castilho, nascido em Castillo Pedro ou Santander, na Biscaia – Astúrias, a 1490, fidalgo arquitecto, instala-se em Portugal. São obras suas entre outras: a abóbada da Sé de Viseu, a sacristia do Mosteiro de Alcobaça, o coro, o arco e o pórtico da igreja do Convento de Cristo em Tomar e a famosa sala do Capítulo do mesmo Convento. Exerceu a sua arte nos mosteiros da Batalha e dos Jerónimos em Belém. Fez o estudo para o projecto de construção de fortalezas portuguesas no norte de África, nomeadamente Mazagão, Azamor e Sta Cruz do Cabo de Gué em 1529 e participou na construção de Mazagão, um projecto de Francisco da Holanda de 1541-1542 . Foi escrivão da Câmara e da Fazenda del-Rei D. João III. Teve a sua residência e vínculos em Tomar. Casou com Maria de Quintanilha ( A casa Quintanilha e a família existiam até á alguns anos em Tomar, no Armorial Luzitano , refere que na freguesia do Tojal, concelho de Loures á um lugar deste nome ... só pode ser relacionado com esta união de João de Castilho e os vínculos da que se situam todos no mesmo lugar, Várzea–Tojal-Pintéus ). Faleceu em 1581 sendo o grande arquitecto/engenheiro do Manuelino em Portugal.
3.2 – Diogo de Castilho, nascido em Castillo Pedro ou Santander, na Biscaia –Astúrias, fidalgo arquitecto, instalou-se como o irmão em Portugal, onde executou importantes trabalhos. Casou em Coimbra com D. Isabel Ilhares ou Ilharco .
3.2.1 – D. Pedro de Castilho, clérigo, Prior de Ilhavo, Bispo de Angra e de Leiria, Esmoler-Mór, Inquisidor Geral e duas vezes Vice-Rei de Portugal no tempo dos Filipes."
3.1.1 - António de Castilho, Cronista-mor do Rei, residente em Tomar. Carta de Brazão, registada na Chancelaria d’el Rei D. Sebastião, liv.II, fl. 44 v. Lisboa 16/02/1561. Do Conselho de El-Rei D. Sebastião, seu Embaixador em Inglaterra, Alcaide-mor de Moura, etc. Casou com D. Luísa Coutinho, filha de António Coutinho e de D. Inácia de Lima.
3.1.1.1 – Diogo de Castilho Coutinho, o Negro. Guarda-mor da Torre do Tombo (C.R. de 11 de Outubro de 1612), Alcaide Mor e Comendador de Moura, na Ordem de Avis e sr. da grande Casa dos Castilho de Tomar, que faleceu em 1632, e de sua mulher Mariana de Castro, filha de Estêvão Homem da Silva, comendador da Freiria de Évora e de sua mulher Inês de Castro, que era filha de D. Rodrigo de Castro e de sua mulher D. Leonor de Cabedo.
3.1.1.1.1 – Luísa Inácia Coutinho, herdeira, casada com Vasco de Azevedo Coutinho 11º Sr. de S. João de Rei e 6º Sr. da Casa da Tapada um dos fidalgos mais respeitados da sua época e genealogista autorizado.
3.1.1.1.1.1 – Rodrigo de Azevedo Sá Coutinho, baptizado a 24/03/1646, casado com Maria Manuel de Mosquera Sotomaior, 12º Sr de S. João de Rei e da Casa da Tapada.
3.1.1.1.1.1.1 – Luís Manuel de Azevedo Sá Coutinho, baptizado a 28/10/1687, casado com Bárbara Micaela Xavier de Ataíde Menezes da Cunha, 13º Sr de S. João de Rei e da Casa da Tapada. Foi o último Sr de S.João de Rei e Terras de Bouro. Faleceu em 26/02/1773.
3.1.2 - Diogo de Castilho, residente em Tomar. Carta de Brasão, registada na Chancelaria d’el Rei D. Sebastião, liv.II, fl. 44 v. Lisboa 16/02/1561.
3.1.3 - Pedro de Castilho, residente em Tomar. Carta de Brasão, registada na Chancelaria d’el Rei D. Sebastião, liv.II, fl. 44 v. Lisboa 16/02/1561.
3.1.4 - João de Castilho, pd, militou em Tanger e Nápoles, segundo Júlio de Castilho seria filho B. de João de Castilho"o Velho".
3.1.4.1 - Grácia de Castilho, filha bastarda, leg.Filipe II, cc Miguel de Miranda Barreto.
3.1.4.1.1 -António Barreto de Castilho cc. Maria Pinto da Fonseca,tiveram
3.1.4.1.1.1 - Manuel Barreto de Castilho, dr *1640,S.Lourenço do Bairro, cc. Josefa de Noronha.
3.1.4.1.1.1.1 - António Barreto de Castilho cc.Sebastiana João
3.1.4.1.1.1.1.1 -Manuel Barreto de Castilho e Noronha ,*S. Lourenço do Bairro cc. Ana Maria dos Santos.
3.1.4.1.1.1.1.1.1 -António Barreto de Castilho ,cg
3.1.4.1.1.1.1.1.2 -José Barreto de Castilho, que se segue:
3.1.4.1.1.1.1.1.3 -Faustino Barreto de Castilho e Noronha,sg
3.1.4.1.1.1.1.1.4 -José Barreto de Castilho,*1718,+18o2, Bach. Cânones
cc.1 D. Maria Luisa Gomes de Sampaio, cc.2-Luisa Maria
3.1.4.1.1.1.1.1.2.1 -José Feliciano de Castilho, que se segue,*21/4/1766,+1826
lic. Medicina, prof fac Medicina,cav. Xptº,FCR cc. D.Domicília Máxima Doroteia da Silva.
3.1.4.1.1.1.1.1.2.2 - Bernardo(Joaquim)B. Castilho, sg(1)
3.1.4.1.1.1.1.1.2.3 - António de Castilho Barreto, sg(1)
3.1.4.1.1.1.1.1.2.4 - Francisco Barreto de Castilho(2)
3.1.4.1.1.1.1.1.2.1.1 - António Feliciano de Castilho, 1º Visconde de Castilho, cg - nascido em Lisboa em 1800. Célebre poeta e prosador português, um dos renovadores, junto com Herculano e Garrett da literatura portuguesa do período romântico e dos estudos do povo e sua história. Segundo alguns para ser um grande poeta, faltou-lhe o dom de sentir a imaginação criadora ! Viu-se envolvido em fortíssima polémica na altura, referenciada como “ a questão Coimbrã “. Quase completamente cego desde a infância, faleceu em 1875.
3.1.4.1.1.1.1.1.2.1.2 - Adriano Ernestode Castilho Barreto, cg
3.1.4.1.1.1.1.1.2.1.3 – Augusto Frederico de Castilho, sacerdote
3.1.4.1.1.1.1.1.2.1.4 - Alexandre Magno de Castilho, Militar
3.1.4.1.1.1.1.1.2.1.5 - José Feliciano de Castilho e Noronha, cg
3.1.4.1.1.1.1.1.2.1.1.1 - Júlio de Castilho, 2º Visconde de Castilho, nascido em Lisboa em 1840. Poeta e escritor. Entre vários trabalhos históricos uma obra de grande erudição : Lisboa Bairros Orientais, Lisboa Antiga, recentemente a Câmara de Lisboa lançou uma nova edição. Faleceu em 1919.
3.1.4.1.1.1.1.1.2.1.1.2 - Augusto de Castilho, nascido em Lisboa a 1841. Contra- Almirante da marinha portuguesa. Comandava em 1893, surta no porto do Rio de Janeiro durante a revolta da armada, e recebeu abordo o almirante Saldanha da Gama e as guarnições dos navios insurrectos, transportando-os a Montevideo e salvando os assim de morte certa. Por este facto, respondeu em Lisboa a um concelho de guerra, que o absolveu por unanimidade. Foi ministro da Marinha duas vezes.
3.1.4.1.1.1.1.1.2.1.1.3 - José Feliciano de Castilho, nascido em Lisboa a 1810, irmão do 1º Visconde de Castilho. Escritor e jornalista português. Viveu muitos anos no Rio de Janeiro, onde colaborou imenso nos jornais. Escreveu também para o teatro. A sua obra abundante a variada está hoje completamente esquecida. Faleceu em 1879.
Um abraço do
José dAC
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RE: Os Castilho
Caro José,
Infelizmente não será assim tão facil dado que era militar no Brasil e terá inclusivé nascido aí, mas quem sabe.
Agradeço o seu interesse
Melhores Cumprimentos
Tiago Pedroso
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RE: Os Castilho
Caro José de Azevedo Coutinho,
Está tudo bem obrigado, e espero que consigo também.
Pela investigação que tenho feito, julgo que Manuel da Costa Homem não faz parte da ascendência dos Quintanilha e Mendonça, mas por outro lado encontrei uma Maria Fernandes, que não sei se será a mesma Maria Fernandes de Quintanilha, o que comprovaria a sua teoria do morgadio do Sardoal, em Loures, mas para isso, teria que ter enviuvado de João de Castilho e casado 2.ª vez, com António Rodrigues, morador na vila de Penela.
António de Quintanilha e Francisco de Quintanilha, são filhos de outro António de Quintanilha e de sua mulher Madalena Garcia, moradores no Espinhal, Penela, netos paternos do Beneficiado Cristóvão Fernandes e de Maria Gaspar.
Cristóvão Fernandes, nasceu c. de 1575, e era filho de António Rodrigues e de sua mulher Maria Fernandes.
Cumprimentos,
Vasco Quintanilha Fernandes
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RE: Os Castilho
Junto alguns dados dos Tudela Castilho, os quais poderão ser corrigidos:
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HERÁLDICA E GENEALOGIA / TUDELA CASTILHO / FUNDÃO
CASA TUDELA CASTILHO
(Séc. XVII – fins)
Largo da Praça Velha
Fundão
Brasão picado de Fernando Tudela Tudela Castilho Botelho (1772-1820)
Brasão de: Desconhece-se a que membro da família Tudela Castilho pertenceu.
Forma: Escudo boleado de bico, partido.
As armas estão picadas. Quando a luz solar rasa a fachada, permite a leitura dos vestígios das peças heráldicas originais.
O 1.º de CASTILHO – castelo encimado por uma flor-de-lis e ladeado por dois galgos; o 2.º de BOTELHO – quatro bandas.
Elmo: De grades voltado a três quartos de perfil (?), olhando à direita do escudo.
Timbre: Um galgo, tirado das armas dos Castilhos, sobre o elmo.
Local: Largo da Praça Velha, Fundão. Por cima do andar nobre, ao meio da fachada da casa.
Data: Século XVIII, segunda metade (?).
Situada no Largo da Praça Velha, perto do largo da igreja matriz do Fundão, temos uma das mais emblemáticas casas solarengas da cidade, provavelmente erigida nos fins do século XVII. Todos os estudiosos do património local o dão como edificado pela família Tudela Castilho, opinião que nos levanta algumas reservas.
Não enjeitamos a possibilidade este solar se poder atribuir por umas das muitas distintas famílias que sabemos ter existido no Fundão, e posteriormente ter passado, por herança matrimonial, à posse dos Tudela Castilho, ou por compra, quando estes se desfizeram de alguma das suas grandes casas de Castelo Branco, da Cunha Alta, ou de Espanha.
A leitura da respectiva pedra de armas, apesar de picada, ainda é possível quando a luz solar rasa a fachada deixando algumas sombras que nos permitem decifrar com segurança as peças heráldicas que a constituem.
BRASÃO
Escudo boleado de bico, partido de: o 1.º CASTILHO (castelo encimado por uma flor-de-lis e ladeado por dois galgos); o 2.º de BOTELHO (quatro bandas). Elmo de grades, assente sobre o bordo do escudo. Timbre assente sobre o elmo: um galgo, tirado das armas dos Castilhos.
Esta pedra de armas, em cantaria de granito mais claro do que o da fachada onde se encontra, foi mandada picar por Fernando Tudela Castilho Botelho (1774-1820), quando este teve que se desfazer do seu património em 1818, para pagar dívidas que contraiu e assim salvar a honra.
Uma segunda pedra de armas proveniente desta casa – só com a representação das armas dos Castilhos –, saída da porta lateral que dá acesso ao seu logradouro, encontra-se depositada no Museu Municipal. Este brasão de forma irregular, revela ter saído das mãos de um canteiro inábil neste tipo de representações, tanto pela forma, como pelo rigor das peças heráldicas que o compõem.
O DETENTOR DO BRASÃO
Desconhecendo-se a respectiva carta de brasão de armas ou o respectivo registo, tudo nos leva a supor que esta terá desaparecido como muitas outras ou, em alternativa, estas armas sejam assumidas. Este facto era bastante comum, especialmente no que toca a descendentes da nobreza tradicional que ascendiam a altos cargos na governação civil ou militar, na hierarquia das ordens religiosas ou na magistratura judicial. A estes era tolerada a composição de armas próprias, à revelia dos procedimentos legais em vigor.
Tudo leva a crer que este seja o caso do possuidor deste brasão, até porque nesta família ouve várias gerações de fidalgos da Casa Real, com destacados cargos na governação desta província e na magistratura, o que permitia com mais facilidade a assumpção de armas.
É possível atribuir este brasão, com grande margem de segurança, a FERNANDO TUDELA DE CASTILHO BOTELHO (1774-1820), nascido no Fundão a 2-I-1774, e falecido sem geração a 1-IX-1820 na freguesia das Donas, no concelho do Fundão. (confirmar data do nascimento na TT –17-VII-1772, ou 2-I-1774 )
Era filho de Nicolau Tudela Castilho (c. 1743), nascido na Cunha Alta, fidalgo-cavaleiro da Casa Real, magistrado, casado com sua prima D. Joana Elvira de Oliveira Maldonado, natural da Lardosa. Sua mãe era filha perfilhada do Dr. João Pinto Cardoso Maldonado que foi juiz de fora de Alpedrinha e Castelo Branco, e de Isabel Josefa.
Fidalgo da Casa Real por alvará de 1788, e coronel do Exército durante as Invasões Francesas, nas quais ao comando da brigada de Ordenanças da Idanha-a-Nova se bateu galhardamente contra o Exército Francês nos Combates de Alhandra de 14 a 16-X-1810. Foi ainda provedor da Misericórdia do Fundão (1797). Poeta e prosador, deixou obra inédita que acabou por se perder, apenas restando uma carta de despedida e um soneto de sua autoria, demonstrativos da sua sensibilidade e do seu nobre e honrado carácter . Dele nos ficou um retrato-miniatura da autoria do seu conterrâneo pintor José da Cunha Taborda (1766-1836), dada à estampa pelo coleccionador e investigador Júlio Brandão a reproduziu a cores, tanto na capa como no interior do seu livro “Miniaturistas Portugueses”, acompanhada da legenda “Fernando Tudela Castilho ?” .
O brasão pode-lhe ser atribuído, quase sem margem para dúvidas, devido ao facto de ter representado na sua partição os apelidos das famílias Castilho e Botelho. Quanto a este último apelido – Botelho – de ascendentes distantes, foi ele o único a usá-lo nas últimas seis gerações desta família.
Fernando Tudela, homem sensível e generoso, acabou por dissipar a sua fortuna ao ponto de ter criado grandes dividas que o obrigaram a vender todos os seus bens, incluindo o solar da Praça Velha, o que fez por escritura de 9-XII-1818, dois anos antes de falecer na maior miséria, mas salvando a honra, como homem de bem que era. Passou, deste modo, a grande casa dos Tudela Castilho às mãos do médico e sargento-mor do Fundão Joaquim Geraldes da Cunha Taborda Leitão Preto.
Pobre e doente acolheu-se na freguesia das Donas, em casa do frade D. José Meireles que por caridade o recebeu lhe deu sepultura por baixo do púlpito igreja desta aldeia.
DADOS GENEALÓGICOS
Vejamos agora os dados genealógicos da família de Fernando Tudelala, o último senhor desta família que teve a posse do solar da Praça Velha .
1. MANUEL CASTILHO VELOSO (c. 1622), natural de Castelo Branco, onde era senhor da Casa dos Castilhos, a qual já não existe e devia situar-se na zona antiga do castelo. Foi contador da então vila de Castelo Branco por carta de 14-II-1622.
Casou com D. MARIA TUDELA DE VASCONCELOS, proprietária do ofício de Juiz da Alfândega de Castelo Branco.
Tiveram:
2. FERNANDO TUDELA DE CASTILHO (1628-1693), que segue.
2. FERNANDO TUDELA DE CASTILHO (1628-1693), nascido a 26-VI-1618 na freguesia de Santa Maria do Castelo, em Castelo Branco, cidade onde veio a falecer a 20-I-1692.
Foi fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo com tença de 40.000 réis pelos serviços prestados por seu pai em Castelo Branco e ainda pelos seus na praça de Arronches e Elvas contra os castelhanos. Formou-se em Leis a 10-V-1652, magistrado em várias comarcas, desembargador do Porto a 3-XI-1678, corregedor do Cível a 16-III-1686 e do Crime a 27-I-1689, proprietário do ofício de Juiz da Alfândega, contador e distribuidor do Juízo Ordinário de Castelo Branco por carta de 26-VI-1628.
Casou com D. MARIA SOARES FIGUEIROA, natural de Arronches.
Tiveram:
3. DIOGO SOARES DE FIGUEIROA (c. 1684).
3. DIOGO SOARES DE FIGUEIROA (c. 1684), baptizado a 24-VIII-1684 em Seia. Moço fidalgo da Casa Real por alvará de 31-VIII-1694, sucessor na Casa de seus pais, proprietário do ofício de Juiz da Alfândega de Castelo Branco, que se matriculou na Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra a 1-X-1688. Foi poeta.
Casou a 20-II-1689 na freguesia de Santa Cecília da Abrunhosa com D. JOANA LUÍSA DE ALVELOS DO AMARAL (c. 1689), natural da Cunha Alta, senhora do morgado de Abrunhosa e herdeira da casa de seus pais. Era filha de Bernardo de Alvelos de Barros, natural de S. Pedro do Sul, e de sua mulher D. Bernarda do Amaral Cabral, natural da Cunha Alta.
Tiveram oito filhos, dois quais conhecemos:
4. FERNÃO TUDELA DE CASTILHO E COSTA (1690-1740), que segue.
4. FRANCISCO XAVIER DA COSTA.
4. FERNANDO TUDELA CASTILHO E COSTA (1690-1740), nasceu na Abrunhosa a e ai foi baptizado a na freguesia de Santa Cecília a 16-II-1690, tendo falecido a 30-VIII-1740. Sucessor na Casa de seus pais, fidalgo da Casa Real por alvará de 1702, tenente de Infantaria que serviu na guerra contra Espanha, senhor do morgado da Abrunhosa – que lhe foi tirado por Simão Pais do Amaral, de Mangualde, por mostrar maior direito a ele. Foi proprietário do ofício de Juiz da Alfândega de Castelo Branco, escrivão da Misericórdia daquela vila (1731-1732) e seu provedor (1732-1733), assim como superintendente das coudelarias desta comarca, onde tinha uma grande casa.
Casou em Albuquerque, Espanha, com D. FRANCISCA MARQUES DO PRADO (f. 1771), natural daquela vila, que faleceu já viúva a 27-XI-1771 em Castelo Branco. Era filha de D. Diogo Marques do Prado, fidalgo castelhano que no tempo de D. Pedro II passou a Portugal onde foi sargento-mor de Cavalaria, e de sua mulher D. Francisca de Escobar e Cortez, ambos naturais de Vila Nova de Serena, em Espanha.
Tiveram:
5. DIOGO MANUEL TUDELA DE CASTILHO, nasceu na vila de Albuquerque, em Espanha, e faleceu solteiro. Foi fidalgo da Casa Real por alvará de 17-III-1776, capitão de Cavalo em Campo Maior, governador de Juromenha, proprietário do ofício de Juiz da Alfândega de Castelo Branco.
5. FERNANDO TUDELA DE CASTILHO (f. 1778), que faleceu a 7-XI-1778 em Castelo Branco, onde foi sacerdote.
5. FRANCISCO TUDELA DE CASTILHO E COSTA (1713-1769), foi baptizado a 30-IX-1713 na igreja de S. Mateus, na então portuguesa vila de Albuquerque, em Espanha. Faleceu a 19-I-1769 em Castelo Branco, e foi sepultado no convento de Santo António. Foi capelão fidalgo da Casa Real, familiar e comissário do Santo Ofício por carta de 25-IV-1755.
5. NICOLAU TUDELA DE CASTILHO (c. 1743), que segue.
5. D.JOANA LUÍSA DE ALVELOS DO AMARAL (f. 1753), nasceu em Albuquerque e faleceu a 13-XII-1753 em Castelo Branco. Casou nesta cidade, na igreja de S. Miguel, com Bernardino Manuel da Mota Ribeiro, natural de Lisboa, cavaleiro da Ordem de Cristo em 1752, do qual teve seis filhos.
5. D. RITA JOSEFA TUDELA DE CASTILHO E PRADO DA COSTA (n. 1723), nasceu a 1-XII-1723 na freguesia de S. Miguel de Castelo Branco.
Casou na mesma freguesia a 9-II-1745 com Félix Tomé de Freitas Morato, natural de Lares, freguesia de Alhadas, cavaleiro da Ordem de Cristo por decreto de 7-XI-1756, familiar do Santo Ofício por carta de 18-VIII-1737. Tiveram quatro filhos, cuja descendência usou o apelido GARRIDO, dos morgados da Bouça e de Miranda do Douro.
5. D. BERNARDA TUDELA DE CASTILHO (n. 1755), nasceu a 29-IV-1727 na freguesia de S. Miguel de Castelo Branco, onde veio a falecer solteira a 11-VI-1755.
5. JOSÉ BERNARDO TUDELA DE CASTILHO (1729-1806), nasceu a 8-III-1729 em Castelo Branco, onde veio a falecer solteiro a 21-IX-1806, sendo sepultado na igreja de Santo António.
5. D. CAETANA ROSA TUDELA (1731-1805), NASCEU A 21-III-1731 EM Castelo Branco e ali faleceu solteira a 3-X-1805.
5. D. LUÍSA FRANCISCA MADALENA TUDELA DE CASTILHO (n.. 1733), nasceu a 27-VII-1733 em Castelo Branco.
Casou na mesma cidade com João José Vaz Nunes Preto, capitão-mor de Idanha-a-Nova, administrador dos morgados de Lousa e de Alcains. Tiveram quatro filhos, cuja descendência usou os apelidos dos GERALDES da Graciosa, dos CALDEIRA DE BOURBON de Alpedrinha, dos TAVARES PROENÇA e dos VAZ PRETO DE ABRUNHOSA de Castelo Branco.
5. D. MARIA TUDELA DE CASTILHO SOARES E FIGUEIREDO (c. 1742), nasceu em Castelo Branco e aí casou a 20-VIII-1742, nas segundas núpcias de Manuel Soares Galhardo Temudo Caldeira, proprietário do ofício de Escrivão dos Orfãos de Niza. Tiveram um filho.
5. NICOLAU TUDELA DE CASTILHO (c. 1743), nasceu na Cunha Alta, e foi sepultado defronte da porta principal da igreja matriz do Fundão. Foi fidalgo da Casa Real, bacharel em Leis e Cânones pela Universidade de Coimbra a 22-VII-1743, escrivão da Misericórdia de Castelo Branco de 1758-1759 e 1762-1764, assim como auditor de Sua Majestade em Campo Maior, e juiz de fora em Penela.
Foi este o primeiro Tudela Castilho a ligar-se através do casamento ao Fundão, via pela qual terá tido posse do solar da Praça Velha, visto que na carta de despedida de Fernando Tudela, este menciona o solar como sendo dos seus avós – talvez os Oliveira Maldonado do lado materno.
Casou com sua prima D. JOANA ELVIRA DE OLIVEIRA E COSTA MALDONADO, natural da Lordosa, filha perfilhada e herdeira de João Pinto Cardoso Maldonado, natural do Fundão, juiz de fora de Alpedrinha e Castelo Branco, e de Isabel Josefa.
Tiveram:
6. FERNANDO TUDELA DE CASTILHO BOTELHO (1774-1820), que segue.
6. FERNANDO TUDELA DE CASTILHO BOTELHO (1774-1820), nasceu no Fundão a 2-I-1774. Em virtude da má administração da sua casa faleceu pobre a 1-IX-1820 nas Donas, concelho do Fundão.
Foi fidalgo da Casa Real por alvará de 1788, coronel do Exército, provedor da Misericórdia do Fundão (1797), senhor da Casa de seus pais com seu solar na Praça Velha.
Casou com sua prima co-irmã D. FRANCISCA TUDELA, natural da Lousa, filha de João José Vaz Nunes Preto e de sua mulher D. Luísa Francisca Madalena Tudela de Castilho. Deste casamento não houve geração.
A ele compete o uso do brasão que ostenta o solar da Praça Velha, partido de Castilho e Botelho. Foi ele o único desta família a usar o apelido Botelho, recuperado de um antepassado já longínquo.
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CARTA DE DESPEDIDA DE FERNANDO TUDELA
«Circunstâncias imperiosas têm determinado para sempre a minha retirada: elas mesmas são uma barreira de bronze que se opõem ao meu regresso, e que tornam a minha volta de uma impossibilidade absoluta.
Vivi aqui 45 anos, exceptuando aqueles que se consumiram na estupidez da infância. Consagrei todo o resto ao serviço e obséquio dos meus patrícios; e as minhas relações assaz extensas, as minhas protecções, e os meus bens até, foi tudo propriedade deles. Fiz tudo e por todos, sem ambição nem interesse; e segui nisto a doutrina de um pai virtuoso que me ensinou como melhor o fazer amigos do que juntar tesoiros. Enganava-se o bom velho; eu enganei-me com ele; falava dos tempos em que a gratidão se tinha por virtude, e não se persuadia que o seu sistema seria inaplicável à presente Era.
Não experimentei pois aquela correspondência de sentimentos que o meu coração merecia. Entre os que reputava meus melhores amigos, encontrei os que gratuitamente me tornaram opróbrio por afecto. Não pude ser superior a isto, e meditei no mesmo momento um projecto de retirada. Satisfiz os meus créditos para me pôr em estado de partir com honra. Sacrifiquei tudo a este plano; alienei os fundos necessários para o pagamento destes créditos; até a casa de meus A e o Solar da minha Família passou a mãos estranhas. Tal foi o resultado de uma perseguição violenta, que se agitava por molas desconhecidas, e tanto mais perigosas quanto se encobria com aparências respeitáveis e sagradas, contra as quais não era lícito lutar.
Retiro-me, pois, para nunca mais voltar aqui. Agradeço a todos os que me tiveram amizade e perdoo de bom grado oas mesmos que me ofenderam.
Fundão 19 de Dezembro de 1818 – Fernando Tudela Castilho»
autor: João Trigueiros
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RE: Os Castilho
Caro Confrade
Como tem dados desta família, agradeço, se possível, alguns esclarecimentos adicionais.
Segundo elementos já editados FERNANDO (ou FERNÃO) TUDELA DE CASTILHO (1628-1692), nascido a 26-VI-1628 na freguesia de Santa Maria do Castelo, em Castelo Branco, onde faleceu a 20-I-1692, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo, formado em Leis a 10-V-1652 e magistrado em várias comarcas, casou com D. MARIA SOARES FIGUEIROA, natural de Arronches, filha de Manuel Soria e de Maria Suárez de Figueiroa.
Ora sucede que segundo uma citação credível de um documento da Misericórdia do Fundão, o citado FERNANDO (ou FERNÃO) TUDELA DE CASTILHO, casou com D. MARIA DE SEQUEIRA. Nenhum trabalho genealógico que eu conheça cita tal casamento ....
Questiono então: será possível este FERNANDO (ou FERNÃO) TUDELA... ter casado mais do que uma vez ??????
Agradeço a sua boa vontade e peço desculpa pela maçada.
Obrigado
JT
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RE: Os Castilho
Caro amigo Jose:
Sou neto de Alexandre Magno de Castilho e gostaria de saber a minha linhagem sendo trineto de Jose Feliciano de Castilho Barreto e Noronha irmão de Antonio Feliciano de Castilho e sobrinho bisneto de Julio de Castilho.
Os melhores cumprimentos.
Pedro de Castilho.
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RE: Os Castilho
Tiago.
Estou pesquisando os Castilho que vieram de São Paulo para o Sul do Paraná mais ou menos em 1830. Passaram por Campo Largo, Rio Negro, Palmas e União da Vitória.
Os nomes:
Antonio Moreira de Castilho c.c. Angélica Maria, pais de Porfírio Moreira de Castilho.
Porfírio casou com Gertrudes Maria Moreira (consanguineos 2º e 3º) .
Gertrudes (* 1850) era irmã do meu bisavô João Antonio Moreira (*1869) , ambos nascidos emCampo Largo, Paraná.
.
Estou procurando saber o LUGAR/MUNICIPIO de São Paulo, de onde emigraram para o Paraná mais ou menos em 1830
.
Estou ao seu dispor,
Clovis Pena
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Os Castilho
Olá Clóvis, tudo bem?
Meu avô Aparílio Marques, era do Paraná e sua mãe se chamava Maria (ou Marina) Paula de Castilhos. Não temos certeza se o nome dela era Maria ou Marina porque o nome varia nos documentos do meu avô, mas acreditamos que seja Maria.
Estamos tentando buscar nossa árvore genealógica, mas não temos muita documentação, porém sabemos que eles são do Paraná e que ela se casou com João Marques de Moraes. Não tenho certeza se são os mesmos Castilhos que você está procurando, mas se for, por favor entre em contato comigo para que possamos obter mais informações sobre a história da família.
Abraços,
Priscila Marques
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Os Castilho
Se quiser veja minha arvore. Ainda esta em construção
https://www.geni.com/family-tree#6000000078053516842
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Os Castilho
Olá..tenho muito interesse em saber algo dos Castilho no Brasil, antes de 1850, pois meu taravô Domingos Cardoso de Toledo foi casado com Catharina Maria de Jesus Castilho, e nada sei. Domingos Cardoso de Toledo era filho de Vicente Cardoso de Toledo e Maria Rosa Rodrigues. Domingos nasceu em Lavras, Minas Gerais.
Obrigada,
Maria Cristina de Toledo Alves Alegre
Mactoledo13@gmail.com
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