Ocupação de Proprietário
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Ocupação de Proprietário
Caros confrades,
Em uma certidão de 1913, o pai de minha bisavó aparece com a ocupação de "proprietário".
Gostaria de saber qual o significado deste termo. Será que era um senhor de terras?
Cumprimentos,
Andrew
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RE: Ocupação de Proprietário
Caro Confrade;
Salvo melhor opinião devia querer dizer: [ Profissão; Proprietário ].
Cumptºs
Ana Simões
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RE: Ocupação de Proprietário
Caro Andrew,
No séc XX (e até no XIX) a palavra "proprietário" não tinha o mesmo significado que "Senhor de terra X" como era usado em tempos mais remotos. Penso que apenas quer dizer que tal pessoa possuía umas "terras" (quintas? vinhas? olivais etc etc) vivendo de certo do rendimento das mesmas ...
Cumprimentos,
JOAO BRAZ
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RE: Ocupação de Proprietário
Caros confrades,
Sei que "proprietário" era sua profissão, o que queria saber é qual a definição disso, ou seja, o que era ser um proprietário e o que ele fazia.
Acho que me expressei mal, quando disse "senhor de terras" me referia a alguém que possui grandes extensões de terras, como dizemos no Brasil.
Cumprimentos,
Andrew
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RE: Ocupação de Proprietário- //Latifundiário !!
Caro Confrade;
Ser proprietário, tanto pode significar que tinha meia duzia de pequenas propriedades,
e como isso era insignificante teria que "fazer pela vida ", como por exemplo:
Trabalhar na agricultura de sol a sol, com a enxada, a forquilha, o sacho ou a picareta, por vezes trabalhar para terceiros etc.
Ou então ser mesmo PROPRIETÁRIO, e viver dos seus rendimentos. como por explº:
Ter uma agricultura em grande escala, com pessoal contratado à " Jorna " ,Ter um
"CASEIRO " para administrar as sua Quintas etc.
Caro Andreew, se por hipótese o Snr. em causa fosse Nobre, estava fora de causa
fazer qualquer coisa, nem que fosse tirar 1/2 duzia de troncos de madeira de uma
carroça para o alpendre, então se o fizesse, deixava logo de ser NOBRE !!!!.
Como vê, o chamado " sangue azul " tem muito que se lhe diga!
Confrade há de tudo, é só imaginar a vida naqueles tempos.
Espero ter contribuído para dissipar as suas dúvidas, e entretanto subscrevo-me
atentamente
Ana Simões
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RE: Ocupação de Proprietário
Caro Confrade
Em situação normal, a designação de proprietário indicaria que a pessoa em causa conseguiria viver do rendimento das propriedades que possuia (e estas poderiam não ser exclusivamente agrícolas), rendimento esse obtido através de aluguer/subaluguer (caseiros) ou através de exploração através de trabalhadores próprios.
O "proprietário" que explorava ele próprio (ou através da família) as suas propriedades era normalmente designado por "lavrador de suas próprias terras", e não por "proprietário".
Já os grandes senhores seriam designados por "rendeiros", uma vez que receberiam certamente rendas de comendas, morgados, capelas, benefícios do estado ou religiosos, rendas de enfiteuse, etc ...
Cumprimentos
Eduardo de Vasconcelos Cardoso
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RE: Ocupação de Proprietário
Proprietário em 1913 era aquele que vivia do rendimento das suas propriedades, não tinha que ser necessariamente nobre, na época, aliás, já tinha sido implementada a república. Não significa que tivessem que ser terras, poderiam ser outras rendas, por exemplo, rendas de habitações. Os donos das chamadas casa de rendimento, casas propositadamente feitas para serem arrendadadas, Avenidas Novas ou Areeiro em Lisboa, por exemplo, eram proprietários.
Com o devido respeito "rendeiros" eram, e são ainda, aqueles que arrendam (alugam quando é propriedade móvel- carros p.ex.)propriedade de outrém. O dono do que é arrendado, aquele que recebe as rendas, chama-se arrendatário.
Joana Alegria.
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RE: Ocupação de Proprietário-- DONO DAS TERRAS
Caro Confrade;
Com os m/ cumprimentos;
O que eu entendo de Lavrador:
Já lá vai o tempo em que alguns proprietários com posses tinham uma ou mais Juntas
de bois, por vezes à sociedade com um irmão etc, faziam a lavra dos seus campos, e
sempre que eram contratados por outros agricultores prestavam o serviço respectivo,
ficando assim todos a ganhar.
Hoje não se utilizam os animais, pois temos a agricultura mecanizada etc.
Assim, Arado, Lavrar, Deitar a semente à terra, " separar o trigo do joio ", são termos que estamos habituados a ouvir com frequência, para quem está em contacto
com o meio Rural!!.
** [ O arado é um instrumento utilizado para lavrar os campos, revolvendo a terra com o objetivo de descompactá-la e arejá-la, a fim de permitir o desenvolvimento das raízes das plantas. Preparar a terra para o plantio é uma das etapas indispensáveis do agricultor e antecede ao processo da semeadura e futura colheita.
Segundo a história, nossos antepassados não dispunham de recursos avançados para esse tipo de serviço. Na antiguidade, usavam galhos de árvores para fofar a terra e fazer sulcos (depressão deixada na terra onde os lavradores colocavam as sementes). Esta técnica é usada nos dias de hoje, porém com novas tecnologias. ] **.
Rendeiro:
Sempre se ouviu dizer que os Rendeiros eram pobres.Eles até tinham que arrendar
as terras para poderem semear as colheitas etc, pagando uma renda, que podia ser
em dinheiro ou géneros ,ou serviços.
Quem arrendava as Terras: São os donos das mesmas, { Senhorios, Proprietários}.
atentamente
Ana Simões
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RE: Ocupação de Proprietário-- DONO DAS TERRAS
Cara Confreira Ana Simões
Na mensagem anterior eu não referi a profissão "lavrador", mas sim "lavrador de suas prórias terras". São coisas completamente diferentes.
O estatuto de lavrador é como refere. Já o não é o do "lavrador de suas próprias terras", pois este embora desempenhe as mesmas tarefas, faz isso em terras próprias (de sua propriedade ou que podem ser suas por aluguer de enfiteuse, pagando o respectivo foro) e não em terras de outrem (como caseiros, ou "à jorna").
Quando refere "... sempre se ouviu dizer que rendeiros eram pobras. Eles até tinham que arrendar", penso ser texto de sua afirmação. Estaria correcto se o lermos à luz do presente (ou do século XX). Mas não em tempos mais passados. Por exemplo quem beneficiava dos rendimentos de uma Comenda era designado por "Rendeiro da Comenda X". Também se pode dizer que recebia uma tença, como por exemplo os admitidos às Ordens Militares.
Nos tempos passados, o arrendatário era identificado como "caseiro" e não como "rendeiro". Já o bem arrendado poderia não ser propriedade do "arrendador" (Capelas e Morgador, por exemplo, não eram propriedades, mas sim usufrutos, pelo que os seus detentores nunca seriam nem "senhores", nem "proprietários" da mesma; no entanto podiam alugar a sua exploração a terceiros, ficando a viver dos rendimentos desse acto).
Mas mesmo o facto de ser "caseiro" não quereria dizer que fossem pobres. Eram também chamados de "caseiros" os senhores que tivessem por contrato de enfiteuse a detenção de, por exemplo, um casal agrícola pagando ao seu titular o respectivo foro. Estes "caseiros" posteriormente poderiam subarrendar essa mesma terra a um ou mais "também caseiros" que a explorariam na realidade.
Este temas das designações é um assunto complicado, que varia de época para época, e mesmo que, no caso dos registos paroquiais, depende bastante da opinião pessoal do padre que fectua o assento.
Cumprimentos
Eduardo de Vasconcelos Cardoso
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RE: Ocupação de Proprietário
Cara Confreira Joana Alegria
Com o devido respeito, consultando www.priberam.pt pode obter-se:
arrendatário
(arrendar + -tário)
s. m.
O que toma (um prédio) de arrendamento. = INQUILINO
Cumprimentos
Eduardo de Vasconcelos Cardoso
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RE: Ocupação de Proprietário-- DONO DAS TERRAS
Caro Eduardo Vasconcelos;
Os m/ cumprimentos;
Passo a expor:
Caseiro pobre trabalha a terra.
Caseiro remediado subarrenda as terras aos que a vão
explorar na realidade!! [ os Caseiros pobres ].
Caro Confrade: Os Caseiros sempre foram quem pôs a mão na massa, o
resto é pura ficção.
No restante estou de acordo com o Confrade.
atentamente
Ana Simões
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RE: Ocupação de Proprietário-- DONO DAS TERRAS
Caros Confrades:
Proprietário-(do latim propriettarius). Homem que tem propriedades.
Proprietário-dono.
-Tornar-se proprietários do alheio; tornar-se senhores do alheio.-" E por fim de contas vem a residencia, e alcança os sobreditos em muitos contos. E estes são os confidentes da nossa Republica, que fazendo-se proprietarios do alheo, alienão o que não he seu, e dão atraveéz com os thesouros alheyos."
in ARTE DE FURTAR; cap. 61 Dicc.Lingua Portugueza Fr. Domingos Vieira, Quarto Volume, p. 982
Caseiro-o que tomou casal ou quinta de aluguer para cultivar por sua conta; o que grangeia casal ou quinta para outrem: o que administra uma quinta e cuida dela. -"CASEIRO D`EL-REI".MONARCHIA LUSITANA, Tom, vi, fol.6.
in obr. cit. Segundo Volume, p. 134
Rendeiro-De renda, com o sufixo "eiro". o que cobra a renda ou producto de certos impostos.-"Ao que dizem no 19 Artiguo, que foi mandado por nosso Padre, que nenhu, que fosse ordenado de Ordeens Menores, posto que fosse casado, não fosse Juiz, nem Procurador do Concelho, nem Almotacel, nem RENDEIRO das rendas do Concelho, nem nossas, nem ouvesse outros Officios, que em esse mando são contheudos, por que não podiamos por direito dar-lhe pena pelos erros que hi faziam" ORD. AFFONS. liv. 3, tit. 15, & 49.
-O que traz herdade alheia e a lavra ou usa d´ella mediante pagamento de certa quantia ou generos ao dono.
in obr. cit. Quinto Volume p. 202
Nota:
O significado não mudou muito ao longo do tempo. No entanto o significado de CASEIRO muda de região para região.
Muitos dos frades (1834) foram Caseiros de quintas...
´Cumprimentos
Nelita
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RE: Ocupação de Proprietário
Confrade Eduardo de Vasconcelos Cardoso
Dou-lhe razão e agradeço o reparo. O confrade é rápido em corrigir os erros dos outros. Que a ignorância não perdure, não poderia estar mais de acordo. Já agora gostaria que mostrasse igual diligência dizendo-me onde foi buscar a definição que também avançou e sobre a qual se esqueceu de indicar a fonte (lembro-lhe que a questão que deu ínicio a este tópico se reporta a 1913 - sec.XX, e é desta época que falo):
«Já os grandes senhores seriam designados por "rendeiros", uma vez que receberiam certamente rendas de comendas, morgados, capelas, benefícios do estado ou religiosos, rendas de enfiteuse, etc ...»
É que, consultando o sitio amavelmente indicado, rendeiro, é o que toma(uma terra) de arrendamento, o que não tem muito a ver com o que afirma. Pena que nisso não tenha reparado o confrade.
A mim dá-me jeito usar o mesmo peso para todas as medidas. O confrade lá saberá o que lhe convém.
Cumprimentos
Joana Alegria
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Proprietário / Lavrador - Agricultor / Jornaleiro - Trabalhador
Caros confrades,
Aqui na região de Coimbra, por finis do séc. XIX, inícios de XX, encontramos distinção entre o que podemos agrupar em 3 grupos:
Os PROPRIETÁRIOS, que, como já foi dito, poderiam ser latinfundiários ou proprietários mais modestos, das quais conseguiam sustentar a sua casa, sem recorrer a trabalho em propriedade alheia. Quase sempre, tanto uns como outros recorreriam à contratação de jornaleiros para o cultivo da terra.
Faço notar à confreira Ana Simões que o trabalho na sua própria propriedade, para sustento da sua casa, nunca fez perder a nobreza civil a ninguém, em época nenhuma da História.
Os LAVRADORES ou AGRICULTORES, que seriam possuidores de uma casa de lavoura, com junta de bois e outros animais, e retiravam também o seu sustento do cultivo de terras, que, todavia, poderiam não ser suas na totalidade, e/ou da criação de gado. Era costume, nesta região, estes lavradores arrendarem grandes porções de terra nos campos do Mondego aos proprietários, a quem pagariam x alqueires de milho.
Os JORNALEIROS ou TRABALHADORES, eram os que não detinham terras suficientes - fossem suas ou arrendadas - que lhes permitissem sustentar a sua casa, tendo de recorrer a trabalhar para outrem. Os jornaleiros andavam aos dias para quem os contratasse: poderiam trabalhar hoje para um patrão e amanhã para outro. Costumavam ser gente muito humilde e que era sujeita a trabalhos muito duros na lavoura, tendo, no entanto um pagamento miserável.
Os trabalhadores não mudavam em nada as suas condições de trabalho, apenas o vínculo a um patrão é que poderia ser mais estável. Sujeitavam-se tanto a trabalhos na lavoura, como a outros que fossem necessários. Uma boa parte não possuia nada de seu a não ser a roupa do corpo e algumas alfaias da miserável casa onde viviam e da qual pagariam renda. Alguns tinham casa própria e umas poucas terras, que, como já disse, eram insuficientes para sobreviver.
Tiago Monteiro Dias.
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RE: Proprietário / Lavrador - Agricultor / Jornaleiro - Trabalhador
Caro Confrade Tiago Dias;
Os m/ cumprimentos;
... Da sua explicação retiro:
1º- " Cada Terra com seu uso, cada Roca com seu Fuso ".
2º- Um vez que " estamos com a mão na massa ", quando tiver oportunidade
desenvolva por favor o tema; [ perder ou não a Nobreza por trabalhar a Terra ].
atentamente
Ana Simões
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RE: Ocupação de Proprietário-- DONO DAS TERRAS
Confreira Nelita;
Os m/ cumprimentos;
Muito obrigada pela sua gentileza, é sempre bom receber estimulo para o nosso
trabalho.
O Tópico ficou mais enriquecido.
atentamente
Ana Simões
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RE: SER FIDALGO // NOBREZA
Confreira Nelita;
... Para não se perder tempo, proponho que se desenvolva o seguinte tema:
-- O que é ser Fidalgo !
-- Nobreza Natural - e - Nobreza Civil /Politica.
Os m/ cumprimentos
Ana Simões
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RE: SER FIDALGO // NOBREZA
Cara Confreira;
" Candeia que vai à frente ilumina duas vezes ", seguem estas mensagens, já com um
certo tempo, porém sempre nos ajudam a entender os factos!
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RE: Reconhecimento de fidalguia 08-05-2011, 15:29
Autor: roberto lopes [responder para o fórum] Caro J. Falcão:
O facto de se ser descendente de Fidalgos não nos converte em Fidalgos, no entanto através da genealogia poderá sempre se demonstrar a respectiva ascendência.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fidalgo
Com os melhores cumprimentos,
Roberto Lopes
[Topo]
RE: Reconhecimento de fidalguia 08-05-2011, 16:51
Autor: MontDias [responder para o fórum] Caro confrade J. Falcão,
Na verdade, tem razão: se quiser fazer prova da sua linhagem para demonstrar que é nobre, terá de abrir um processo com pedido ao Instituto da Nobreza Portuguesa (INP), onde irá apresentar provas (registos de baptismo, casamento) da sua ascêndência até à pessoa que teve essa dignidade social de Fidalgo, conhecida publicamente. O processo é pago e dar-lhe-á, sendo aprovado, direito a que a sua linhagem seja publicada no Anuário da Nobreza e ao uso de escudo de armas, se tiver direito a elas por algum dos seus antepassados.
Porém, isto não é tão liniar como poderá parecer. O INP, rege-se ainda por leis que vêm de há centenas de anos, e que ainda não sofreram nenhuma actualização, pelo facto de não vivermos em Monarquia. Por isto, se considera que alguém deixa de ser nobre, se tiver mais de 3 quebras na varonia. Daqui se deduz que a mulher não é igual em dignidade ao homem, nem criada à imagem e semelhança de Deus: tendo sido apenas um objecto do qual o homem não se pôde dispensar para propagar a sua descendência! Outro motivo pelo qual se perde nobreza, e este mais compreensível que o primeiro, é o de algum dos seus antepassados ter exercído o que se chamam "profissões mecânicas", contrariando o que diz Esíodo: «Trabalhar não é vileza. Vileza é não trabalhar.» Portanto, se houve algum dos seus antepassados que passou a vida na ociosidade, vivendo dos rendimentos, como "proprietário", esse é nobre. Porém, se algum dos seus antepassados foi, de profissão, pintor, farmacêutico, músico, entalhador, carpinteiro, alfaiate, então, já não é nobre, mesmo que tenha excedido em nobreza de carácter e de brilhantismo no seu trabalho o outro, que viveu na ociosidade.
Por conseguinte, não basta descender de nobres para se conseguir o reconhecimento do INP.
Com os melhores cumprimentos,
Tiago Monteiro Dias.
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atentamente
Ana Simões
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RE: SER FIDALGO // NOBREZA
Cara Confreira;
Vou colocar este endereço, em virtude de ter muito substrato.
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=261505
Cumprimentos
Ana Simões
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Nobreza civil vs nobreza?
Confreira Ana Simões,
O facto de alguém trabalhar a terra ou ser pastor, ou vendedor, não era sinónimo de perder nobreza civil.
Como diz Esíodo, um autor grego da antiguidade clássica, «TRABALHAR NÃO É VILEZA, VILEZA É NÃO TRABALHAR».
Portanto, não nos envergonhemos dos nossos antepassados que trabalharam honradamente para sustentar a sua casa e família, mesmo sem terem nada de seu. Podiam não ter a nobreza civil, que sempre e ainda hoje faz a vã glória dos poderosos, mas tinham nobreza de caracter.
Falando da nobreza civil...
Se um agricultor o fosse nas suas terras, não perdia a nobreza que lhe vinha dos seus antepassados. Sim, mesmo que andasse com a enxade de sol a sol a cavar e a semear... Se alguém fosse vender ao mercado os produtos da sua própria terra, para seu próprio sustento, também não. Um pastor do seu próprio gado, igualmente podia ser nobre (o rei David era pastor do rebanho de seu pai).
Digamos que qualquer pessoa que vivesse das "suas fazendas" no cultivo da terra e criação de gado e que deles conseguisse retirar sustento, sem precisar de outro ofício ou de trabalhar para outrém, não perdia nobreza civil, independentemente de ser proprietário de muitos hectáres de terra, ou não.
A nobreza de corte e titular vivia de rendimentos e nao precisava de trabalhar para governar a sua casa. Porém, muitos nobres se dedicavam ao comércio e à agricultura para poderem manter as suas casas. Aqui por Coimbra alguns até tinha estalagens para receber hóspedes! :)
Cumprimentos,
Tiago Monteiro Dias.
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RE: SER FIDALGO // NOBREZA
Confrades;
Fica este endereço.
[Topo]
RE: ALDEIA SÃO FRANCISCO ASSIS- COVILHÃ 25-02-2012, 16:32
Autor: HRC1947 [responder para o fórum] Caro João Barroca;
Deixo este endereço, que um dia destes vai fazer jeito.
http://pt.wikipedia.org/wiki/GEDCOM
Cumprimentos
Ana Simões
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RE: Ocupação de Proprietário
Caras confreiras e confrades
Para mim, terminando o tema (não voltarei a responder a este tópico, pois já se está a tornar mais um "bate papo com argumentações de titulo pessoal" do que uma discussão aberta de opiniões), fica uma definição que me parece correcta, e na qual os meus antepassados que vêm referidos como rendeiros nos livros paroquiais já se podem enquadrar.
É uma definição actual, do Código Civil Brasileiro, pelo que certamente alguns dos leitores do presente tópico voltarão a questionar a sua validade. Mas ainda assim, penso ser util, pelo que aqui fica a tal definição. Da mesma se infere que nenhum de nós tinha razão nas nossas argumentações iniciais.
Cumprimentos
Eduardo de Vasconcelos Cardoso
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Direito Civil: curso completo - 11ª Edição
César Fiúza
2008 - Editora Del Rey (Belo Horizonte - Brasil)
ISBN 978-85-7308-963-9
Capítulo X - Fontes das Obrigações: Contratos tipificados no Código Civil
16. Contrato de constituição de renda
16.2 Partes (p. 599)
Quem entrega o capital denomina-se instituidor da renda; quem recebe o capital e paga a renda é chamado rendeiro ou censuário e, por fim, aquele a quem é paga a renda se chama beneficiário. Este será terceiro ou o próprio instituidor da renda.
O que ocorre é que o instituidor transfere a propriedade dos bens ao rendeiro, que passa a ser seu dono. Em contrapartida, deverá pagar renda a certo beneficiário, que pode ser o próprio instituidor. É só imaginarmos, ainda como exemplo, pessoa de idade que já não queira ou não possa mais administrar seus imóveis. Transfere-os, assim, a outra pessoa, o rendeiro, que se torna o novo proprietário, tendo apenas a obrigação de pagar renda ao antigo dono, até que esta morra.
O contrato poderá ser gratuíto. Haverá constituição de renda a título gratuito, quando o rendeiro se comprometer a prestar a renda por mera liberalidade, sem receber qualquer bem em contrapartida. rendeiro e instituídor são a mesma pessoa.
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RE: Ocupação de Proprietário
Caro Eduardo Vasconcelos;
Os m/ cumprimentos;
... A coisa dói!! , sabe como o Confrade está desse lado [ Além-mar ], a minha lógica
sobre o tema muda logo de figura.
Estava convicta que o Eduardo Vasconcelos seria destas " bandas ", sendo assim o
assunto nem vai ter mais discussão, { é uma pura perda de tempo }.
Sempre ao dispor
Ana Simões
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RE: SER FIDALGO // NOBREZA
Confrade Andrew Ferreira;
Espero que tenha ficado satisfeito ,com as n/ tentativas de lhe termos proporcionado
um entendimento , à altura dos seus pergaminhos!
Envio uma mensagem que incluiu um link sobre " Despertar dessa Terra Vera Cruz.".
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[Topo]
RE: TRANSITO PESSOAS DA BAHIA PARA MINAS GERAID-- OURO PRETO 12-01-2012, 23:31
Autor: HRC1947 [responder para o fórum] *Fundação do Brasil *
Clotilde;
Para que possa fazer pesquisas nos locais onde se ergueram Capelas, Igrejas,
Paróquias , Vigários colados, etc, segue algum material .
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Famílias Freitas e Vieira em Curvelo - MG-Brasil 15-01-2010, 11:28
Autor: Klo [responder para o fórum]
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Caros confrades
Já cheguei até a geração vivente nos anos de 1820 das famílias Freitas e Vieira (acredito que as duas tenham imigrado de Portugal bem antes disto) em minha arvore genealógica mas, a partir daí os dados se perdem, não existiam os cartorios, as igrejas não cuidavam bem dos dados e coisas assim.Pela historia de fundação do lugar e as varias historia contadas pelos mais velhos, a região era local de trânsito dos viajantes da Bahia para as minas de Ouro e outros interiores do país o que me leva a crer que pode haver alguma ligação com os meus antepassados que podem possivelmente ter emigrado da Bahia para a região de Curvelo Minas Gerais , antiga Comarca do Rio das Velhas. Por ser uma cidade pequena e sem muitos recursos históricos, resta-me apelar para os amigos estudiosos do site.
Agradeço qualquer informação a respeito
Klô
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http://www.scielo.org.mx/scielo.php?pid=S1405-22532011000100010&script=sci_arttext
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Continuando em " SINTONIA com Terras Vera Cruz "
Ana Simões
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27/02/2012
Ana Simões
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RE: SER FIDALGO // NOBREZA
[Topo]
RE: Ocupação de Proprietário 27-02-2012, 14:24
Autor: HRC1947 [responder para o fórum] Caro Eduardo Vasconcelos;
Os m/ cumprimentos;
... A coisa dói!! , sabe como o Confrade está desse lado [ Além-mar ], a minha lógica
sobre o tema muda logo de figura.
Estava convicta que o Eduardo Vasconcelos seria destas " bandas ", sendo assim o
assunto nem vai ter mais discussão, { é uma pura perda de tempo }.
Sempre ao dispor
Ana Simões
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RE: SER FIDALGO // NOBREZA
Caros confrades
A questão do que é ser rendeiro, arrendatário, caseiro, proprietário..., suscita-me algumas reflexões. Há outras variantes, igualmente interessantes. Rendeiro e caseiro são designações que encontrei no séc. XVII e que terá que ver com o que se entendia por casal ( conjunto de propriedades, terras e casas e terrenos incultos, aforados ou emprazados e atribuidas a várias famílias. Os foreiros, ainda que obrigados a pagamento de foros e não só, eram quase proprietários de plena posse, transmitindo os bens por herança. Quem possuia prazos, apenas os tinha por um dado período. Eram prazos de vidas, ficando o primeiro a quem tinha sido concedido como 1ª vida, podendo nomear a 2ª vida e este a 3ª vida,já que, em regra, eram concedidos por 3 vidas. As rendas dos prazos eram,periodicamente atualizadas, o que não acontecia com os casais foreiros, que pagavam foros in perpetuum
A expressão arrendatário, nunca a encontrei até ao séc.XIX.
Proprieário é título que só surge a partir do séc XIX e indica alguém que possui bens de raíz próprios. Aqueles que têm propriedades de cultivo alugam mão-de-obra e têm, mesmo criados. Possuiam juntas de bois e apetrechos, para os trabalhos do campo, mais pesados do que a simples enxada, como a charrua.
Mas, encontram-se outras designações curiosas e pouco frequentes. Encontrei, por exemplo, um antepassado, que arrematou o recebimento das rendas de casas e terras, em várias povoações, entre as quais Aveiro, pertencentes a Ayres de Sá e Melo que, no séc. XVIII, foi secretário de estado e,nessa qualidade, colega de ministério do Marquês de Pombal. O arrematante, estava obrigado a entregar as respectivas «propinas» em casa do «senhorio», na vila de Anadia. Não sei se «senhorio» tinha um significado equivalente ao actual ou terá que ver com á qualidade de fidalgo do proprietário. Aida no mesmo século, outro antepassado, foreiro da Casa de Bragança, numa propriedade, tnha «inclinos».
Maria Ribeiro
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