Mendes de Vasconcelos/Mendes de Oliveira XVI - XVII
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Mendes de Vasconcelos/Mendes de Oliveira XVI - XVII
Caros Confrades,
Mais uma vez recorro aos V. conhecimentos com a finalidade de tentar descobrir a ascendência do seguinte casal:
Duarte Mendes de Oliveira ou Duarte da Silva Velho e sua mulher D. Isabel de Leão ou D. Isabel de Leão e Carvalho.
Recentemente encontrei o casamento de sua filha D. Catarina de Oliveira, realizado na Freguesia de Santos (o Velho), em 26.07.1656, com o Tenente António Pinheiro, sem contudo referir os pais de ambos os noivos, nem o seu estado.
(R.P. - (Pag. 145 v) - Testemunhas no casamento de António Pinheiro com Catarina de Oliveira, sem referir o estado de ambos nem os seus pais: Leonardo Rodrigues, Domingos Ascenso, Francisco Ribeiro, o Padre Estevão Pereira (?), Pedro Machado e o Padre Domingos Rodrigues (?). Celebrou o Padre Vicente Claro (?)).
Mais tarde, e após muita porfia, encontrei o 2.º casamento da referida D. Catarina de Oliveira, realizado em Lisboa - Freguesia do Loreto - Nossa Senhora da Oliveira e que reza o seguinte:
“R.P. - (Pag. 17 - Loreto) - Aos 26 de Abril de 1673, na Igreja da Nossa Senhora da Oliveira, Freguesia do Loreto, Lisboa, com alvará de casamento e banhos correntes estando eu o cura da dita Freguesia António Francisco Lobato presente e por testemunhas os Padres Manuel Soares e João de Almeida assistentes na dita Igreja e António da Cunha morador na Rua dos Cabides, Freguesia dos Mártires, se casaram por palavras de presente João Maciel de Andrade, filho de António Maciel da Costa e de Maria Blau, natural da Freguesia de Santos e morador nesta do Loreto, na Rua dos Calafates em casa de seu pai e Dona Catarina de Oliveira, viúva de António Pinheiro, que faleceu em Pernambuco, e filha de Duarte Velho da Silva e de Dona Isabel de Leão, natural de Angola, e moradora nesta Freguesia do Loreto, na Rua Larga de São Roque e por ser verdade fiz este assento que assinei com as ditas testemunhas - o cura António Francisco Lobato".
A dita Dona Catarina, falecerá em Faro, a 29.01.1692 e o seu Óbito refere:
“R.P. - (Pag. 35 v) - Óbito - Faleceu Dona Catarina de Oliveira, mulher de João Maciel da COSTA. Fez testamento e deixou por seu testamenteiro o dito seu marido e foi sepultada no Convento de Santo António (dos Capuchos). Registou o Padre Manuel Rodrigues”.
Relativamente ao seu 1.º marido António Pinheiro de Faria, este aparece como:
“Fidalgo da Casa Real com carta passada por Alvará de 30-06-1666, livro 4 da matrícula, folha 337. Tenente-General em Angola e Tenente-General no Brasil, Pernambuco”.
De um dos filhos do supracitado casal, o Doutor António Pinheiro de Faria, temos os seguintes dados:
T.T. - Livro "Leitura de Bacharéis" - 1689 - M4 - N.º 50 - " O Licenciado António Pinheiro de Faria, (de 26 anos) filho legítimo de António Pinheiro de Faria e de Dona Catarina de Oliveira, neto paterno de seu pai de Manuel Gonçalves Luís de Paços e de sua mulher Isabel Gonçalves Luís e neto materno por parte de sua mãe de Duarte Mendes de Oliveira e de sua mulher Dona Isabel de Leão e Carvalho, todos desta cidade de Lisboa, cristão velho sem mácula alguma de sangue infecto em sua ascendência, por forma constante sem (...) em contrário não executou ocupação mecânica e seus maiores serviram postos de nobreza. É solteiro e de bons costumes. Assim consta (...) em observância de provisório, Lisboa 31 de Outubro de 1689"
T.T. - "Moradia/Filhamento" - Houve sua Majestade (D. Pedro II) por bem fazer ao Licenciado António Pinheiro de Faria, natural de Pernambuco, filho de ANTÓNIO PINHEIRO DE FARIA, fidalgo que foi de sua casa e neto de MANUEL GONÇALVES DE PASSOS, de Assumar, no mesmo foro de fidalgo dela com mil e seiscentos reis de moradia por mês de Fidalgo Cavaleiro e um alqueire de cevada por dia, pago segundo ordenança e é o foro e moradia que pelo seu pai já pertence e o alvará foi feito a 16 de Novembro de 1690".
Pelo, no início referido, constamos que Duarte Mendes de Oliveira é a mesma pessoa que Duarte Velho da Silva.
Sempre tive e sensação, até pela recorrência nos nomes, que Duarte Mendes de Oliveira poderia ser da família “Mendes de Oliveira” ou “Mendes de Vasconcelos”, cujos ancestrais se encontram referidos aqui no GENEALL.
Contudo, nada apoia esta minha sensação, a não ser o facto de haver vários “Duarte Mendes” nela.
Face ao facto de ele poder ser também nomeado como Duarte Velho da Silva, abriu a possibilidade do mesmo poder ser um filho do seguinte casal:
- Inês Mendes de Vasconcelos, filha de Duarte Mendes de Vasconcelos e de Margarida Cerqueira de Oliveira (de Amarante) casada com Filipe da Silva, filho de Filipe da Silva e de Margarida Cerqueira (do Porto).
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=265280
Confesso que calcorreei Amarante, Freguesia de São Gonçalo e muitas do Porto, procurando algo sobre esta gente, mas foi em vão.
Face aos dados que tenho sobre estas gentes, verifico que há muitas referências ao antigo Ultramar Português, nomeadamente Brasil, Angola e India de Portugal.
Inclusive tenho um documento notarial em que os filhos de D. Catarina de Oliveira, contratualizam com João Maciel da Costa (ou de Andrade), seu “padrasto” a possibilidade deste arrecadar os bens que haviam nos referidos locais e receber uma percentagem dos mesmos.
Assim estamos perante a possibilidade dos dados relativos a estas pessoas, poderem estar no antigo ultramar e de não ser possível descobrir as suas ascendências nem liga-los à/s família/s que proponho.
Neste sentido venho valer-me dos conhecimentos dos caros confrades, e pedir-lhes ajuda sobre fontes ou dados, que desconheço, e que poderia investigar, confirmando ou não a possibilidade de Duarte Mendes de Oliveira ou Velho da Silva ser filho do casal que proponho.
Informo que já “calcorreei” meia Lisboa do XVII, sem grandes resultados. José Cabecinha.
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