Origem da Familia "Canto"
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Origem da Familia "Canto"
Olá a todos, Me chamo Pedro Pires.
A algum tempo estou estudando a família "do Canto" cujo há muitos representantes na Madeira, e em toda Portugal,
Muitos atribuem sua origem com um fidalgo Inglês chamado John of Kent, que se casou com uma Sefardita, e deu origem a família do Canto,
Para quem não sabe essa família pelo menos ao meu entender já constando na formação dela (o patriarca se casou com uma Judia Sefardita em Portugal) é uma família de Cristãos novos,
Meu interesse por essa origem deu exatamente quando eu no começo deste ano descobri que minha Ancestral materna se chamava Fca do Canto Almeida aqui no Ceará, Brasil. Pouco se sabe sobre esta mulher, Apenas que se casou em 1736 já num segundo matrimonio com Domingos de Aguiar e Oliveira, no município de Bela Cruz, Morreu no parto de sua filha Maria Patricia, Já ela é mãe de uma Córdula de Sá de Oliveira, que é mãe da minha ancestral de lados maternos, Tereza Maria de Jesus
Embora eu estivesse estimado que por não ter quase muitas informações dessa Fca do Canto, eu soube que ela tinha um segundo nome, Fca do Couto, Logo estimei se tratar de uma refugiada da Inquisição
Uma prova que a família do Canto é de Judaizantes, alem da origem dela, é um processo da Inquisição na Madeira de André do Canto Almeida, Filho de Jeronimo Pires do Canto, e de Domingas Galvoa, Cujo o processo pode ser consultado no link:
http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=2311780
Se tratando de um sobrenome igual a da minha ancestral, estimo que esse Pe. André do Canto pode ser avô de Fca do Canto de Almeida, já que a data de qual ele foi expulso do cargo sacerdotal, parece corresponder com avô de minha ancestral que se casou em 1736,
Porem ao procurar mais sobre essa família, Surge diversas teorias deixo uma interessante aqui:
"Cantos é um nome que foi alterado do original Canto, isso ocorreu por causa da Inquisição (31 de março de 1492, após a queda de Granada, Fernando de Aragão e Isabel de Castela assinam um decreto para confisco de bens e expulsão onde se estabelece o auge da Inquisição, que só se extingue com o decreto de Maria Cristina, em 1834) na região de Castela, na Espanha e por todas as regiões de Portugal. O nome original Canto é encontrado, além dos dois países já citados, na Alemanha, na Itália, principalmente na região de Firenze, e em alguns países da Europa Oriental.
A raiz do nome é hebraica, mas os decendentes se dispersaram por todo o mundo e, isso gerou pequenas diferenças ortográficas e até acréscimo de preposições. No livro 'O Rabino' de Noah Gordon, ele cita esse nome como sendo comum na comunidade judaica americana.
A maioria dos que vieram para o Brasil provenientes da Espanha e de Portugal são judeus sefaradi e, os que vieram da Alemanha, Itália e de países da Europa Oriental são judeus ashkenazi. Aqui no Brasil eles chegaram como cristãos-novos e, muitos deles, perderam as tradições.
Espero ter colaborado com as suas curiosidades". - http://www.orkut.com/Main#CommMsgs?tid=23239613&cmm=3968475&hl=pt-BR
Essa teoria tem um fundo de verdade, Pesquisei durante 2 meses para saber a origem desse sobrenome, E vi que essa teoria parece corresponder com a realidade vejam:
Muitos judeus foram para Salônica e a Turquia, Logo eu pesquisei e achei esse registro de imigração de um "Cantos" da Turquia para os Estados Unidos:
http://va.mu/cSOv - (Link encurtado do Ancestry.uk)
Também pesquisei no Site familysearch.com para comprovar o que a teoria acima tinha afirmado, e surpreendentemente estava certo:
Existem Sobrenomes com grafias diferentes parecidas com "Canto" a maioria deles são oriundos do Sobrenome Sefardita Ibérico "Cantor" mas eu achei alguns registros de pessoas na Holanda, Polônia, e Alemanha com o sobrenome "Canto" Deixo aqui em baixo os links com o Registro inclusive alguns com imagens para comprovar:
https://familysearch.org/pal:/MM9.1.1/NCGB-J6T - Registro de um Canto - Alemanha 1699.
https://familysearch.org/pal:/MM9.1.1/XPB5-7J3 - registro de um outro sobrenome com grafia parecida (Cantius) no começo do Séc XX. Polônia.
https://familysearch.org/pal:/MM9.1.1/XP57-19Y - outro Canto, Polônia 1801.
https://familysearch.org/pal:/MM9.1.1/XBTB-ZXK - Jeanne Canto, Mãe de uma mulher nascida em Amsterdão, 1696.
São outros registros relevantes, que podem ser colocados aqui mas que não seria conveniente colocar todos,
Em Portugal os registros de sobrenomes "Do Canto" São encontrados nos anos de 1600 em Funchal.
Qual a verdadeira ligação com os "Cantos" e "Canto" que estão lá fora? Todos eles se originaram desse ramo de John of Kent? Todos eles são Judaizantes? O que vocês acham, Fiquem a vontade para completarem minhas informações,
Meus cumprimentos a Todos, Pedro.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Gostaria de saber a opinião dos confrades, com minha pesquisa, se possível possam acrescentar mais informações, sobre a origem do Sobrenome do Canto e suas raízes judaizantes..
Pedro.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Olá Pedro, li seu tópico.....estou muito interessada.
Minha Avó era filha de Canto de Árqua Petrarca ,da Itália nascida em 1899 em Matias Barbosa que e se casou com Almeida Barros........em Juiz de Fora.....
Gostaria de poder falar .
Não sei onde pedir para vc me contatar em meu email, se puder pode fazê-lo ok,
Já nem sei quem Era esta Canto...se Portugues, Italiano, Alemão., Polonês......Libanes, ou da Turquia....Mas Muito, muito bom.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Brunelli, Fico feliz em saber que alguém se interessou pelo meu trabalho,
No caso acho que email pode ser passado por aqui:
tente manter contato comigo pelo meu email: pedroapires@globo.com
Lá nos falaremos melhor, é interessante pensar que o Sobrenome "Canto" está presente em muitos países inclusive na Itália, isso só reforça minha pesquisa, De fato fico muito feliz.
Caso mais alguém queira acrescentar algo aqui, Fiquem a vontade..
Até mais, Pedro.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Obrigada Pedro.
Já enncaminhei email, abraços
Obrigada á Este site . Voltarei á buscar meus Portugueses.
Mas........algum de vcs poderiam me ajudar na busca de Italianos??
Documentos em Verona?
abraços
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RE: Origem da Familia "Canto"
Alguém gostaria de dizer algo a mais ou alguma informação que possa complementar minha pesquisa?
Att. Pedro
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro confrade,
Basta ler o que este site diz do apelido, que abaixo transcrevo, para perceber que a sua origem é anterior à perseguição aos judeus feita pelos reis católicos.
Cumprimentos,
António Taveira
"Canto [it] [pt]
História
Fazem os genealogistas derivar esta família de um nobre inglês, John of Kant, cujos descendentes vieram para Portugal, fixando-se depois na ilha Terceira.
Em breve espalhados por outras ilhas do arquipélago e transformado já o nome em Canto, um neto daqueles, Pêro Anes do Canto, foi o primeiro provedor das armadas dos Açores e fidalgo da Casa do Rei D. João II.
Encontrando-se Arzila cercado pelos exércitos do Rei de Fez, foi por comandante de uma das naus que aquele soberano enviou em socorro dos sitiados, e pelos feitos então praticados recebeu uma carta de armas com um «acrescentamento» honroso.
Armas
De vermelho, canto de prata em forma de ponta diluída. Timbre: o canto do escudo encimado por um pombo branco. O «acrescentamento honroso concedido a Pêro Anes era constituído por um baluarte de prata, lavrado de negro e armado com quatro bombardas de sua cor, tudo isto em chefe das armas dos Cantos"
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RE: Origem da Familia "Canto"
Esqueci de citar um ilustre personagem que é chave nisso tudo:
Alberto del Canto.
Ele é descendente de John of Kent, Ou Chandos, que se casou com uma Judia Sefardita, Veja:
http://vsalgs.org/stnemgenealogy/acanto.html
veja que Alberto del Canto era Judeu Sefardita, como os genealogistas falam.
Mas como pode? Só existe uma explicação a Família do Canto é sim de Judaizantes, Veja que após o casamento de John of Kent, ou Chandos, o nome trocou não para "Canto" e sim para o arcaico "Cantos" Veja nesse texto que transcrevo de um site sobre a heráldica dessa família:
Cf. João Monteiro Gomes, Memória genealógica datada de 1621-02-05, redigida por Manuel do Canto de Castro, neto de Pedro Anes do Canto, cuja íntegra se encontra em Genealogias da Ilha Terceira, de Antonio Mendes e Jorge Forjaz, volume II, titulo Canto, págs. 761-764, registra "Donna Maria enes de cantos filha do Comdestabel Moizem Joam de Cantos", "Cazou esta Donna Maria enes do Cantos com hum fidalgo que se chamaua Lopo gomes de lira filho de Affonço gomes de lira natural de Galiza". Foi casada com Lopo Gomes de Lira, Alcaide-mor de Tui e depois já viúva, com João Fernandes de Sotomayor. "
Maria enes de Cantos.
Não sei porque motivo a grafia mudou, para Canto, Que não parece ter muito a ver com Kent ou Chandos..
Veja nesse site:
http://familiacantomedievalnfpmjcfg.blogspot.com.br/
Existe uma função dentro do Judaísmo, que é a vocação de Cantos nas sinagogas logo nasce da palavra:
Hazzan
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Chazan
Estou desconfiando que a ramificação que veio para o Brasil seja de fato justo os Cristãos novos perseguidos pela Inquisição.
Se alguém quiser acrescentar algo a mais aqui, a vontade..
Pedro.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Pedro Pires,
Acredito piamente no seu profundo desejo de encontrar raízes Sefarditas. E afirmo-o que as encontrará certamente, pois sabemos que o Brasil constituiu um porto seguro para muitos cristãos-novos do reino. Todavia, tenho por certo e documentado que, na origem, os Cantos não eram judeus, pois antes da conversão já se tratavam por cristãos. A linhagem tem a sua origem na vila de Guimarães e daí parte, desde cedo, para as ilhas e Américas.
No entanto, também é certo, que, pela sua estreita ligação ao comércio, os Cantos consorciaram-se com cristãos-novos cujas famílias controlavam a atividade na vila de Guimarães.
No caso citado de André de Almeida do Canto, a ascendência sefardi faz-se por via de sua mãe Domingas Lopes Galvoa neta materna do célebre mercador madeirense Rodrigo Fidalgo, descendente de Santos Fidalgo, de quem se fala em alguns tópicos deste fórum. Pela parte paterna era cristão-velho, embora o avô tenha casado segunda vez com uma cristã nova.
Em época anterior ao processo de André de Almeida do Canto já encontramos Almeida do Canto no Brasil, veja-se por exemplo os capitães-mor do Espírito Santo, António de Almeida e Canto e Manuel de Almeida e Canto, ambos membros distintos da linhagem, que, embora lhes desconheça descendência legítima, poderão ter larga geração ilegítima.
Em época posterior saíram também de Montelongo outros Almeida do Canto, que se espalharam pelo Brasil, sendo bastante provável que a sua Francisca de Almeida do Canto descenda de um deles. Um estudioso brasileiro desta família, e seu membro, é Marcelo de Meira Bogaciovas Sócio fundador, editor e diretor da ASBRAP- Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia.
Relativamente à origem inglesa, ao que consigo documentar, não passa de uma fábula, copiada vezes sem conta, ao ponto de tomar voz de verdade.
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caros Confrades,
A fantasiosa origem inglesa da família Canto foi desmistificada pelos trabalhos académicos, baseados numa aprofundada investigação das fontes documentais, que a Professora Rute Dias Gregório, actual directora da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, desenvolveu nos últimos anos. A este propósito façam o favor de ver:
Rute Dias GREGÓRIO, Pero Anes do Canto: um homem e um património (1473-1556), Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada, 2001, p. 181.
http://pt.scribd.com/doc/46454507/Terra-e-Fortuna-Tese-Doutoramento-Rute-Dias-Gregorio-Vol-1
Com os meus melhores cumprimentos, e votos de uma boa Páscoa. Igor Espínola de França
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Igor
Conheço o excelente trabalho da Doutora Rute Dias Gregório, em particular a dissertação de doutoramento, que enquadra na perfeição a ascensão de um homem e o modo como se criou o "mito fundacional". Todavia, faltam-lhe dados documentais sobre os Cantos em Guimarães, facto que a autora salvaguarda. Estou em crer tê-los encontrado e notam claramente uma história que os separa dos "grandes" do reino.
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caros confrades,
Coloco as seguintes ligações sobre essa familia:
. Burke, Bernard (Sir), A Genealogical History of the Dormant, Abeyant, Forfeited, and Extinct Peerages of the British Empire (Google e-Livro), Harrison, 1866, http://books.google.com.br/books?id=1DEGAAAAQAAJ&pg=PA111&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false .
(ca. p. 111, ascendencia de Sir John Chandos)
. Piferrer, Archivo Heraldico, http://bdh.bne.es/bnesearch/detalle/2813786 .
(sobre Canto(s) espanhois)
Parece-me que ha (del) Canto espanhois que sejam distintos dos Canto(s) portugueses.
Cumprimentos,
Herculano L. E. Neto
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RE: Origem da Familia "Canto"
Olá a todos necessito saber se domingas galvão teve outros filhos além de André do canto de Almeida. No caso de minha ancestral ela tinha um segundo nome chamado "do couto" esse seria um toponímico de algum lugar que veio estou certo? No caso eu acho que existe uma freguesia chamada de Couto em Barcelos o que conhecidentemente era a morada de santo fidalgo o ancestral de domingas que se casou em 1600 e minha ancestral nasceu em 1715 mas nao se sabe o local apenas que morreu do parto de sua filha.
Sua filha nasceu em 1745. Há possibilidade de essa ancestral ser neta de alguma irmã de André e filha de domingas galvoa? Estimo uma resposta
Att. Pedro Pires.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro confrade,
Ha de saber se era do Couto ou do Canto. Os nomes Canto e Couto confundem-se devido a semelhanca. Provavelmente nao se trata de um segundo nome, mas de uma variacao de grafia. Tenho investigado um caso de suspeita de que uma do Couto tenha passado a assinar-se Cantos, nomeadamente Antonina Cantos Durao que seria em hipotese filha de Hermenegildo Antonio Fabiano do Couto, n.p. de Joaquim Manoel do Couto. Em seu casamento consta como do Canto, depois como Cantos.
Cumprimentos,
Herculano L. E. Neto
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RE: Origem da Familia "Canto"
Boa tarde,
A minha avo paterna era Cantos, bisneta de Manuel de Cantos natural de Antequera, Espanha, que veio para Portugal no principio do sec XIX. Este topico interessa me particularmente porque achava que nao existia nenhum parentesco entre os Cantos de Espanha e os Canto de Portugal. Tambem nunca ouvi falar em nenhuma ligacao a comunidade judaica.
JMSA
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RE: Origem da Familia "Canto"
Olá, Caro Confrade,
Sim, mas os registros dessa pessoa pela qual procuro são muito antigos talvez nem existam mais,
Mas há uma pista, Antes de se casar com seu segundo marido a Fca Do Canto Almeida, era casada com Antonio Alvares de Sá, Será que eles não vieram para cá? Não eram de Portugal?
Observe que aqui mesmo no Geneall há um Antonio Alvares de Sá.
Obrigado a todos pela Ajuda,
Att. Pedro.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro(a) JMSA,
Transcrevo de Piferrer, Archivo Heraldico, http://bdh.bne.es/bnesearch/detalle/2813786 . (ha a imagem do brasao que nao ha como transcrever aqui)
"3. CANTO. Son varias y numerosas las opiniones de nuestros escritores acerca del tronco, solar y armas de la noble familia del apellido 'Canto'. D. Pedro Salazar y Girau, en sus manuscritos originales, dice que el solar de esta casa está en las montañas de Búrgos, junto á Santander, de donde pasaron á Albacete, reino de Murcia : confirman este dictámen D. Miguel de Salazar y Diego de Soto. D. Francisco Gomez de Arévalo, caballero de la órden de Santiago y rey de armas, dice que en la ermita de Santo Domingo, sita en Santa Maria de Nieva, habia una capilla con las armas de una noble familia del apellido Canto, añadiendo que hubo un solar de este nombre en el valle de Aguayo en las montañas de Búrgos ; que de esta familia salió la del concejo de Allenda, feligresía de Lugo, en Asturias; que algunos de sus esforzados vástagos de hallaron en la batalla de Ubeda ; y que Alonso del Canto pasó á la conquista de Filipinas.
En un tratado de la 'nobleza de las Montañas', que escribió Baños de Velasco, se confirma gran parte de lo que antecede en estos términos: "'Cantos' : son de los montañeses: su solar en el valle de Aguayo junto á Santander." Esta conformidad en los autores revela por sí sola que la casa del apellido 'Cantos' es de la mas acrisolada nobleza de España. Entre los varones distinguidos que ha producido, nos parecen dignos de particular mencion Gimeno del Canto, natural de Lozares, que fué señor del soto de Tovalina y progenitor de los Sanchez del Canto y de los Gimenez del Canto, que fueran pobladores de la villa ó lugar de Valdecantos, en tierra de Soria, donde vivió Beltran del Canto y Morales, cuyos sucesores se enlazaron con los Barnuevos, Santa Cruz, Ledesmas y Carrilos, que asistió como soldado de valor en las guerras de Portugal, siendo general el duque de Alencastre, particularmente en el sitio de Almeida, y padeciendo su persona y familia grandes vejaciones en aquellos disturbios. Diego de Urbina, rey de armas y regidor de Madrid, en certificacion que dió á 22 de Noviembre de 1592, á nombre de D. Pedro Ventura del Canto, natural de Zafra, dice que Pedro Gimenez del Canto fué capitan de hombres de armas de la gente de guerra de D. Enrique III, llamado el Doliente, añadiendo que los nombres 'Canto', 'Cantos' 'y' 'Valdecantos', fueron en su origen un mismo apellido. Una de sus líneas, de la cual procede D. Antonio del Canto, natural de la villa de la Palma, en la provincia de Córdoba, y vecino de Sevilla, está enlazada con los nobles linajes de 'Torralbo', 'Sanches Ponce de Leon' 'y' 'Ruiz de Almodovar'.
Los nombres Torralbo y Torralba se consideran como un mismo apellido, asegurando los genealogistas que el primitivo y originario solar del noble linaje de este nombre fué un antiguo castillo, sito en las montañas de Búrgos, designado con el nombre 'Torralbo', señalando por tronco y principal ascendiente á Martin Torralbo que floreció en el reinado de Alonso VI, fué rico-hombre y tuvo heredamiento en Búrgos. Su descendiente Sancho de Torralbo fué Alcaide del castillo de Villa-cueros ; Esteban Torralbo y Mende de Torralbo, llamado el menor, se distinguieron en las conquistas de Andalucía.
Entre las esclarecidas alianzas de la casa de Torralbo se cuentan las de Mendoza, Vazconcelos y Aponte, pues D. Andrés de Mendoza y Vazconcelos casó con D.a Luisa Perez de Torralbo, natural de Zamora, hija de D. Bernardino Perez de Torralbo y de D.a Eulogia Fernandez de Avilés, los cuales florecieron á principios del siglo XVI ; y D. Blas de Torralbo, descendiente de D. Rodrigo de Torralbo, que se distinguió en la conquista de Antequera, casó con D.a Juana de Aponte y Sorred, señora de calificado nacimiento, natural de Sevilla.
Las armas de esta línea del ilustre apellido 'Canto', acrecentadas con las espresadas alianzas, estan compuestas y organizadas en esta forma :
Escudo cuartelado : el 1.o de azur y nueve jaqueles de plata, partido de este metal y tres cuervos de sable, bordura de gules y ocho aspas de oro alternadas con una piedra ó canto al natural, que es del Canto : el 2.o de plata y una torre de gules aclarada de oro, saliendo de lo alto un brazo armado con espada desnuda y á cada lado un lucero de azur, orla de gules con ocho aspas de oro, que es de Torralbo : el 3.o de azur y un pendon de oro saliendo de una caldera de plata : partido de este metal y un leon natural que es de Sanchez Ponce de Leon : el 4.o partido, 1.o de plata y un árbol siniestrado de un leon rojo empinante al tronco, bordura de azur y ocho aspas de oro ; 2.o de oro y ala de plata perfilada de sable, acompañada de seis roeles de azur, tres en cada lado, que es de Ruiz de Almodovar."
Herculano L. E. Neto
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RE: Origem da Familia "Canto"
Pessoal, desculpem colocar um assunto fora do meu próprio Tópico, Mas preciso saber se Diogo Pires, ou Santo Fidalgo, é meu ancestral, tenho uma ancestral minha em Barcelos em Vila nova do Famalicão, Freguesia do Louro, nascida no século 17, Ela se chama Ângela de Sá, e seu marido é Domingos da Costa, Ambos da Freguesia citada em Cima, Logo por ser do concelho de Barcelos, e portar o sobrenome "Sá" muito utilizado pelos descendentes de Santo Fidalgo, Penso eu que pode ter algo a ver com ele, Alguém poderia me ajudar me fornecendo algum banco de Dados ou alguma informação importante sobre isso? Até mais, Pedro.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Respeitado Confrade António Taveira
Essa suposta ascendência dos Canto da Ilha Terceira foi´abandondada desde a Umiversidade dos Açores e outras publicações académicas insulares editaram boa parte do livro de tombo do primeiro Provedor das Armadas onde figuram pais e parentes que, posteriormente foram investigados no seu rincão minhoto.
Os Cantos de Kant configuravam uma daquelas ascendências que, por mal conhecidas, podiam praticar o enxerto estrangeiro. Como tantas outras no Renascimento.
Está hoje documentado donde vieram para a Terceira e em que circunstâncias. E também como se converteram numa das fam+ilias mais poderosas e ilustres dos Açores
Com os meus cumprimentos
Manuel Lamas de Mendonça
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caros colegas,
Transcrevo de Maldonado, Fenix Angrence, f. 89,
"Genealogia dos Cantos.
Abarcas, e Castros.
D. Ant.o Alvares da Cunha Guarda mor da Torre do Tombo
passou por certidao o seg.te
Vasco Affonso do Canto, dizem q foi filho de Joao Fern.des Sottomajor, fidalgo de grande caza no Rn.o de Galiza, e de D. Maria Anes do Canto, q foi filha de Monsen Joao do Canto, ou Candos fidalgo Inglez, e Condestavel de Viena em Inglaterra, q vejo a Hespanha com o Princepe de Galles em favor dElRey D. Pedro; (...)".
Esse texto esta disponivel em linha.
Cumprimentos,
Herculano L. E. Neto
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro confrade Herculano,
Como entender que um simples almocreve seja filho de “um fidalgo de grande caza no Rn.o de Galiza”?! Só se ilegítimo; todavia, vindo o apelido por fêmea, está descartada esta hipótese. Convém não dar eco contínuo a fábulas, que persistem como verdades absolutas. O apelido Canto, neste caso em particular, tem origem toponímica. De todos os que escreveram sobre a linhagem Aldão, Henrique Henriques de Noronha e Rute Dias Gregório, foram aqueles que se mantiveram fiéis à verdade. Não tendo provas documentais coevas que nomeassem mais ascendentes além de Vasco Afonso, escusaram-se assentar os seus estudos no “mito fundacional”.
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro confrade Rui,
Transcrevo mais de Maldonado por ser relevante ao tema.
http://www.culturacores.azores.gov.pt/biblioteca_digital/FENIXANGRENSE-PARTEGENEALOGICA/FENIXANGRENSE-PARTEGENEALOGICA_item1/P164.html
Cf. Maldonado, Manuel Luis, Fenix Angrence, Parte Genealogica, f. 89,
"Genealogia dos Cantos.
Abarcas, e Castros.
D. Ant.o Alvares da Cunha Guarda mor da Torre do Tombo
passou por certidao o seg.te
Vasco Affonso do Canto, dizem q foi filho de Joao Fern.des Sottomajor, fidalgo de grande caza no Rn.o de Galiza, e de D. Maria Anes do Canto, q foi filha de Monsen Joao do Canto, ou Candos fidalgo Inglez, e Condestavel de Viena em Inglaterra, q vejo a Hespanha com o Princepe de Galles em favor dElRey D. Pedro; E a d.ta D. Maria Anes do Canto vejo a este Rn.o Dama da Rainha D. Felipa m.er dElRey D. Joao o prim.ro que a d.ta Rainha cazou com Affonso Gomes de Lyra, q passandosse a Castella com a d.ta sua m.er em tempo do mesmo Rey, tornou ella a cazar por sua morte em Galiza com o d.to Joao Fern.des Sottomajor, q tendo della dois filhos; o mais velho ficou em Galiza com a caza de seu pai; e o seg.do foi este Vasco Affonso do Canto, q passando a Portugal servio ao Infante D. Pedro, e com elle se achou na batalha dAlfarrobeira, p.q ficando em desgraca com ElRei D. Affonso, e pobre viveo iunto a Gymaraes no campo da Feira, onde cazou, e ouve Joao Anes do Canto. Este Joao Anes do Canto cazou com Fran.ca da Sylva, f.a de Joao Brabo da Sylva de quem ouve tres filhos . Pedro Anes do Canto, Ant.o do Canto q foi clerigo Acipeste da Collegiada de Gymaraes, Izabel Anes do Canto m.er de Fran.co da Sylva em [t.lo] dos Sylvas de Leiria, f.o de Diogo Fz. Soeiro, e Messia da Sylva. Pedro Anes do Canto prim.ro filho deste viveo na Ilha Terceira.".
Talvez alguem possa esclarecer o termo entre colchetes em que fiquei em duvida.
Cumprimentos,
Herculano L. E. Neto
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro confrade Herculano,
Nem Vasco Afonso viveu no Campo da Feira, nem seu pai se chamava João Fernandes, nem João Anes do Canto foi casado com Francisca da Silva. As propriedades do Campo da Feira foram adquiridas através de compra e escambos por João Anes do Canto, e encabeçaram o morgado que instituiu ao óbito, herdado pelo arcipreste António do Canto, seu filho. Sei que é difícil destruir um mito com séculos, mas tenciono fazê-lo.
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Confrade
Não insistirei. Mas por vezes defrontamo-nos com textos genealógicos que contêm essencialmente notícias de outros manuscritos. Talvez não seja de todo inútil ter presente que o Pe Maldonado dedica a sua recolha .E reler o que, sobre a valia da sua recolha escreveu a crítica histórica.
Por vezes temos que enfrentar o dilema de escolher a lição das fontes primárias ou o que foi escrito pelos linhagistas. Nem todos igualmente escrupulosos e informados.
Se me fosse permitido recomendaria o trabalho sobre os primeiros Canto da autoria da historiadora Rute Gregório
Com os meus cumpri,mentos e desculpas pela intromissão
Manuel Lamas de Mendonça
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro
Manuel Lamas de Mendonça
Fiquei curioso, afinal qual a filiação que a Dra. Rute Gregório dá a Pedro Anes do Canto (1473-1556)?
As desculpas pela intromissão, agradecido deixo-lhe os melhores cumprimentos,
JVA
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro JVA
De Vez em quando uma passagem pela > pode fornecer informação atualizada
Pedro Anes do Canto
[N. Guimarães, 1472/73 – m. ?, 1556] Povoador de “segunda vaga” da ilha Terceira, primeiro provedor das armadas das ilhas. Era filho de Francisca da Silva e de João Anes do Canto. Diz a tradição que descenderia do condestável do Príncipe Negro (Eduardo, Príncipe de Gales), de cujo nome, João ou John of Kent, proviria o apelido Canto. O personagem, reconhecido pela actuação no âmbito das guerras de Castela entre D. Pedro I e Henrique de Trastâmara, figura nas crónicas como Sir John Chandos (ou Mosén John Chandós), mas não encontramos qualquer indício irrefutável que o ligue a João Anes do Canto e, por isso mesmo, a Pero Anes do Canto. O próprio apelido Canto, e para citar Cristóvão Alão de Morais, teria tomado como referência o canto da Rua Nova do Muro de Guimarães, local onde o primeiro Canto, João Anes, vivia. Fontes coevas, e mais propriamente uma escritura de compra em que Pero Anes do Canto se faz representar pelo pai, datada de 1506, identifica Joane Anes do Canto como mercador da dita vila de Guimarães. Pelo que também se pôde coligir teve, inquestionavelmente, quatro irmãos: Francisco Anes do Canto que morreu em Roma; António do Canto, escrivão do Mestrado de Cristo e depois arcipreste da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães; Isabel do Canto; e Fernão Anes, também mercador, em 1509 morador em Manhufe, terra de Santa Cruz de Riba Tâmega. Casou em 1510 com Joana de Abarca, filha de Margarida Álvares Merens e Pero de Abarca, sobrinha de Maria de Abarca ou Corte Real, mulher de João Vaz Corte Real. Este casamento duraria apenas catorze meses e dele nasceria António Pires do *Canto, segundo provedor das armadas das ilhas. Em segundas núpcias consorciou-se no ano de 1517 com Violante da Silva, filha de Duarte Galvão, cronista-mor do reino, e sua segunda mulher, Catarina de Meneses e Vasconcelos. Este segundo casamento apenas teria vinte e três meses de duração, nascendo dele João da Silva do *Canto e, provavelmente, Catarina do Canto, falecida de tenra idade. Para além dos enunciados, comprovamos ainda a existência de outros dois descendentes: Francisco do Canto e Manuel do Canto, este último falecido na Índia e com herdeiro. Instituiu três morgadios cujos primeiros administradores foram os filhos legítimos e o filho natural, Francisco do Canto. Os bens que assim vinculou nasceram de um longo, sistemático e organizado processo de construção patrimonial, iniciado em Dezembro de 1505, data do primeiro documento que o regista nas ilhas. Assim, é de supôr que ou neste ano, ou numa data muito próxima, terá vindo Pero Anes do Canto para a Terceira. Também sabemos, por documentos coevos, que às ilhas chegou no exercício do cargo de escrivão do Mestrado de Cristo e do visitador Vasco Afonso. Por estes tempos, Pero Anes mantinha uma relação de proximidade com D. Diogo Pinheiro, vigário do Mestrado de Cristo e conselheiro de D. Manuel I, de quem era dado por «escudeiro» e «criado». Apenas estes dados, a que se associam outros constantes de seu testamento, permitem vislumbrar alguns elementos sobre a sua criação e período de vida anterior à chegada à Terceira. Entre 1 de Dezembro de 1509 e 15 de Maio de 1510, e partindo da ilha de Jesus Cristo, esteve em Arzila com cinco homens e três cavalos. Voltou a repetir a estada no Norte de África, mais propriamente Azamor, no ano de 1513. Por esta acção norte africana, e a partir de 1510, deixa de ser designado como «escudeiro» e passa sê-lo como «cavaleiro fidalgo da Casa Régia». Até aí, o seu vínculo à Casa de D. Diogo ficara bem patenteado, inclusive por testemunháveis acções de intercessão deste a favor de Pero Anes e junto do Desembargo. A partir desse tempo a nossa figura aproxima-se da Casa régia, garantindo uma visível promoção social. De acordo com todo o processo, e a partir do referido ano de 1513, obtém então um conjunto considerável de mercês: da concessão de sesmarias, da isenção do dízimo, de acrescentamento de brasão de armas, de coutada de matos e caça, do hábito de Cristo, de prorrogação dos tempos de exploração das terras, entre outras. Tais mercês, muitas a pedido do próprio, consolidaram o inequívoco processo de afirmação nas ilhas. E nessa afirmação não deixou de encontrar múltiplos obstáculos, principalmente protagonizados pelos fiéis, pelos acostados de Vasco Anes Corte Real e, num determinado tempo, pelo próprio capitão de Angra e S. Jorge. Tais oposições crisparam-se suportadas por fortes redes de conivência e solidariedade, mas não constituíram verdadeiro entrave à integração e promoção deste “novo homem” das ilhas. Muito pelo contrário, das que ele próprio constituiu e alimentou obteve os proventos inerentes, afirmando-se como um dos grandes do arquipélago. Em 1546 era tido pelo mais poderoso fidalgo de todas as ilhas, tanto pela sua dignidade e valia, como pela sua riqueza. Esta última, constituída por inúmeras terras e chãos, rurais e urbanos, casas, meios de produção e armazenamento, cabeças de gado, foros e rendas, escravos e utensílios agrícolas, e distribuída pelas ilhas Terceira, S. Jorge, Faial e Pico, não deixou de ser determinante para a nomeação e exercício da função de protecção e abastecimento das naus que chegavam à ilhas, provenientes do vasto império português do tempo. No cargo de provedor das armadas, Pero Anes do Canto enfrentou muitas vezes dificuldades inerentes à falta de recursos da Coroa no arquipélago, à carência de cereais e carne para o aprovisionamento, à míngua de homens e meios logísticos para a defesa das embarcações e dos portos, e aos próprios conflitos sócio-políticos das ilhas. Nestas funções, mas também nas daquele que servia de veículo privilegiado de informação, a possível, entre a Coroa e o arquipélago, não deixou Pero Anes do Canto de prolongar o serviço régio que, iniciado em 1509, constituiu verdadeira rampa de lançamento da respectiva promoção social. O seu exemplo mostra bem, não só as dificuldades e os obstáculos colocados a um recém-chegado ao arquipélago, a um povoador de (no mínimo) “segunda vaga”, como ilustra exemplarmente uma estratégia de sucesso, no quadro das ilhas e da expansão marítima portuguesa em geral. Rute Dias Gregório (2002)
Bibl.
Pedro Anes do Canto: vimaranense (séc. XV) que desbravou a ilha Terceira. Gil Vicente: Revista de Cultura e Actualidades de Guimarães, 29: 61-69. Gregório, R. D. (2001), Pero Anes do Canto: um Homem e um Património (1473-1556). Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada. Moreno, H. B. (1984), Notícias Históricas sobre Pedro Anes do Canto, Povoador e Provedor das Armadas da Ilha Terceira In Os Açores e o Atlântico (sécs. XIV-XVIII). Angra do Heroísmo, Instituto Histórico da Ilha Terceira: 308-328.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro
JVA
No meu post anterior deveria ler-se recorrer de vez em quando ã Enciclopédia Açoriana, onde como verificará vem mencionado o trabalho da Doutora Rute Gregório.
Esperando ter respondido á sua questão , com os melhores cumprimentos e sempre ao dispor
MLM
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro
Manuel Lamas de Mendonça
Muito obrigado pela sua resposta.
Assim todos os descendentes de Pedro Anes do Canto deixam de descender de John of Kent de quem descenderam durante várias gerações, mais de quinhentos anos com essa tradição.
Segundo Rui Faria: “…nem João Anes do Canto foi casado com Francisca da Silva…” http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=326381#lista em breve deixarão de descender também destes.
No futuro com a evolução da genética passaremos todos a descender dos mesmos e ninguém descende de ninguém.
Cumprimentos,
JVA
P.S. Agradeço ainda a sua referencia à Enciclopédia Açoriana.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro
JVA
Ora aí está uma coisa que talvez não seja completamente pacífica- Eles não deixaram de descender, apenas documentadamente se constata que nunca descenderam
Quero crer que a comunidade que se interessa poe estas coisas tende a cindir-se em dois campos
Um primeiro campo para o qual a posse pacífica do estado, entenda-se de uma ascendência que nunca ninguém contestou, ganha foros de questão encerrada e não passíivel de revisão , passando a tradição mítica secular a equiparar-se a uma segunda natureza e a conferir legitimidade. De um ponto de visto da nobiliarquia aí estão numerososos reis de armas e justificações de nobreza a entroncar de jure tanta gente em am genearcas que viveram ante mare undas. E é compreensível o desagrado de quem nas melhor das boas fés foi criado na certeza duma tradição, que é também um parimónio familiar, que um qualquer fabiano vem estragar apenas porque encontrou uns documentos que não se louvam nessa tradição ou se limitam a verificar a inexistência de provas que a confortem.
O segundo campo, sem deixar de reconhecer ao mito secular a sua íntima e privada respeitabilidade patrimonial, acredita que o cerne da investigação, como as questões científicas, são, por natureza intrinseca, provisórias. Encontrando-se permanentementemente a ser questionadas por nova provas documentais, ou outras directas ou indirectas. Cada caso é, para esses, apenas o estado actual da questão. Que, nesta área, pode durar séculos.
Se mo permite a sua posição parace-me semelhante á de um erudito que me contestava a utilidade (oportunidade?)científica da análise dos restos mortais de D. Afonso Henriques proposta pela minha colega Eugénia Cunha da UC. Respondi-lhe que, caso fosse possível sequenciar esse DNA se esclareceriam dúvidas pertinentes que se despistam na cronística coeva...
Indignado o estudioso observou: se era pra provar que o fundador do reino não era filho do Conde D. Henrique estamos conversados!
Quer-me parecer que a questão em apreço não se cingia a esse caso, nem ao facto de o Aio vir referido nessas mesmas crónicas como companheiro e compatriota do marido de D, Teresa , o que óbviamente derrogaria a sua pertença, e ainda por cima pertença u uma proeminente linhagem medieval que conseguiu a proeza frequentissima de reescrever a história.
Mas não quero incomodá.lo mais com esta dúvida sistemática que faz do homem um bichinho que, pela sua curiosidade, determina que o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos duma criança.
Por favor não lebe a mal e creia-me cordialmente
Manuel Lamas de Mendonça
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro confrade Manuel Lamas
Aí está algo que nunca me chamaram “qualquer fabiano”. Serve-me por certo que nem luva! Já o mesmo não poderei dizer relativamente à Doutora Rute Dias Gregório, que, com mostras firmadas nos círculos científicos merecerá, no mínimo, outra consideração, que não o desdenhoso título que pretensamente me parece querer-lhe atribuir.
Mas estou certo que, como defensor da verdade, estará já posicionado relativamente a um dos campos que menciona.
Nunca foi minha pretensão assumir a posição de “dono da verdade”, pois, como bem refere, as questões científicas são, por natureza intrínseca, provisórias.
Apenas segui o que as fontes quatrocentistas me referem relativamente ao personagem João Anes do Canto, nomeadamente o cumprimento dos legados por morte de sua primeira mulher e uma doação que um tio faz a seu pai, onde são mencionados os avós.
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Confrade Rui Faria
Valha-me o Papa Francisco e os meus Mestres jesuítas que interesse, vantagem ou pretexo tinha eu em atribuir-lhe o desdenhoso apodo de fabiano como diz?
Em nome da Páscoa Universal faça-me p favor de refletir no seguinte: o fabiano qualquer era um heterónimo para mim que, de quando em vez invoca fontes primárias, para contestar aquilo que, no meu entender, possam ser linhagens míticas, ou ramos ainda não convenientemente enxertados. E geralmente provoco um total silêncio ou uma aguerrida indignação. O fabiano qualquer era este seu criado como pristinamente entenderá relendo-me sem partis pris
Confesso que a sua pessoa nem me passou pelo espírito pois estava a responder diretamente a uma questão objectiva de outro confrade.
Sou amigo pessoal e eventual colaborador da Doutora Rute Gregório, que considero, de momento, a maior autoridade sobre o povoamento dos Açores
Ao contrario do que parece ser o seu entendimento cada vez procuro ter mais cuidado nas referências a terceiros, quando as faço. E cheguei á idade em que uma pessoa já só muita raramente se indigna, embora possa lastimar incompreensões e hostilidades que julgue completamente infundadas.
Mas até a lástima procura ser serena e não vitimizada. Dou-lhe a minha palavra de honra que o fabiano era eu, que tenho para comigo mesmo a desenvbolta familiaridade de não me levar muito a sério.
è claro que tenho um campo, todos os temos, e este situa-se na meridiana de não considerar ninguém, e muito menos eu, que sou obrigado a rever posições todas as semanas como dono de verdade nenhuma.
Refere o Confrade Apenas segui o que as fontes quatrocentistas me referem relativamente ao personagem João Anes do Canto, nomeadamente o cumprimento dos legados por morte de sua primeira mulher e uma doação que um tio faz a seu pai, onde são mencionados os avós. Confesso que não tive conhecimento das fontes onde constam tais informações. Mas se tiver a amabilidade de as partilhar e forem de boa água darei ragadamente a~mão á palmatória.
Eu sei, as pessoas têm razões para andar nervosas e ultra reactivas mas, garanto-lhe do novo, não existia a míma razão para tal.
Com cordeais cumprimentos do
fabiano Lamas, ou lamas de Mendonça. como lhe aprouver
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Manuel Lamas,
Apresento-lhe desde já as minhas sinceras desculpas pelo mal-entendido.
O esqueleto documental que se segue serviu de suporte a uma apresentação que fiz em 2011 no XIX Encontro de História Local realizado pelo Museu Alberto Sampaio subordinada à temática Da gens de Guimarães, que versou sobre a origem dos Cantos.
Identificada a habitação da família em Guimarães, foi possível, através da documentação existente no Arquivo Alfredo Pimenta seguir o arrolamento dos residentes até ao século XVI.
1440 – «Item casas que traz Diogo Lourenço, pagou delas Afonso Anes XIX reais»
1455 – «Item casas que traz Afonso Anes tendeiro paga BI IIIC e II galinhas»
1482 - «Item casas em que mora Afonso Anes tendeiro por prazo e paga por São Miguel Bi IIIs II galinhas # Em que monta cento xb reais e biii pretos»
1498 - «Item casas que traz Vasco Afonso almocreve, filho de Afonso Anes tendeiro»
1515 - «Item, casas em que viveu Vasco Afonso almocreve ora as traz João Anes mercador e pagua delas IIIc reis e II galinhas»
1515 – «Item a tenda da Praça que trouxe Vasco Afonso almocreve e ora a traz Jm.o anes do Canto e he do concelho pelo escambo do Campo da Feira de censso por sam Miguel por ella VIc III reais»
1525 - Item, «umas casas e pardieiro que lhe foram deixadas por Catarina Gonçalves que Deus haja, mulher de João Anes do Canto, com obrigação de cinco missas»
1540 - «Item, Casas que foram de Afonso Anes tendeiro, Beatriz do canto, Manuel Soares e ora Bartolomeu Esteves paga duzentos e trinta e sete reis e duas galinhas por São Miguel»
1540 - «Item, A tenda da Praça que foi de João Anes do Canto pelo escambo do Campo da feira que trouxe Beatriz do Canto e Manuel Soares e ora Bartolomeu Esteves paga duzentos e corenta e sinco reis e duas galinhas»
O João Anes do Canto mencionado nestes documentos é o pai de Pedro Anes do Canto, o açoriano e foi mercador e criado da casa de D. Diogo Pinheiro, prior da Colegiada (pajem e escudeiro desde novo). Após a saída deste de Guimarães, João Anes do Canto assumiu, como feitor, a administração das suas vastas propriedades. Aliás, o mesmo D. Diogo Pinheiro orientou seus filhos e, como se referiu, protegeu-os junto dos círculos do poder.
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro
Manuel Lamas de Mendonça
Mais uma vez agradeço a sua resposta.
Na qualidade de interessado por estas coisas tendo a cindir-me também em dois campos:
-O primeiro nos descendentes do passado (pré Dra. Rute Gregório) aqueles que viveram, morreram e reproduziram-se transmitindo á sua descendência a tradição que os acompanhava á gerações que eram descendentes de John of Kent, os tais quinhentos anos com cerca de 20 gerações. O que era comum nas famílias com este estatuto social era saberem quem eram e donde vinham.
-O segundo nos atuais e futuros descendentes, a estes basta-lhes juntar á tradição e dar-lhes a conhecer o estudo da Dra. Rute Gregório e cada um digere como muito bem entender.
Ao defrontarmo-nos com os antigos genealógicos, como por exemplo, Alão de Morais, Felgueiras Gayo e para as ilhas Gaspar Frutuoso e Henrique Henriques de Noronha, que grande ajuda nos vão dando, muito mérito tiveram cada qual para a sua respetiva época em que cada um deles viveu, e as dificuldades no acesso às fontes que certamente tiveram, se alguma vez tiveram esse acesso. Já para não falar das últimas edições de cada um deles e das edições fac-similadas que ao longo das edições são transformados em casos concretos o que em edições anteriores estava em itálico e nos originais ou nem existia ou tratava-se por vezes de escritos á margem, etc. Como tal aprendi que ao socorrermo-nos destes autores devemos sempre que possível confrontar as fontes primárias que muitas surpresas nos trazem. Foi o espirito dessas épocas dedicarem-se praticamente uma vida inteira a uma única obra que quantas mais páginas, tomos ou volumes tivesse melhor.
Hoje confrontamo-nos com outra realidade, uma facilidade enorme de acesso às fontes primárias com um simples clik chegamos ao impensável há um tempo não muito distante.
Como tal passámos há época do facilitismo, o que não é encontrado no logo não existe e baseamo-nos em documentos e provas que não encontramos e o que era tradição passa imediatamente a lenda, mito ou mesmo invenção e deturpação. Realizam-se trabalhos genealógicos, teses de doutoramento, de quinhentas e mais páginas em menos de um ano de investigação, por vezes em semanas. Por vezes elaborados por pessoas que dos estudos da sua família não vão além dos bisavós, se é que a estudaram. Quando todos sabemos que há milhares de documentos espalhados por esses Arquivos Distritais para serem identificados, tratados e estudados.
Atualmente estamos na época em que qualquer trabalho tem de ter, por vezes mais notas de rodapé do que propriamente texto. Em que a excelência do trabalho consiste em desfazer linhas genealógicas baseado nos tais documentos e provas que não existem e não se encontram, destruindo sem qualquer pudor o que foi tradição, por vezes secular, de uma família que nunca é a do autor.
Lamento que a sua colega Dra. Eugénia Cunha não tenha atingido os objetivos pretendidos, sou da opinião que o futuro da genealogia passará da confrontação das atuais fontes primárias com um eventual mapa genético, a partir dai terão de ser refeitas muitas genealogias.
Agora dizerem que fulano afinal não descende de… porque não há documentos, não chega.
“Eles não deixaram de descender, apenas documentadamente se constata que nunca descenderam”
Para tal afirmação presumo que saberá certamente documentar de quem descende então João Anes do Canto, pai de Pedro Anes do Canto?
Por não o levar a mal creia-me cordialmente,
JVA
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Rui Faria
Felicito-o pela bem sustentada exposição.
Não me leve a mal, mas agradecia que esclarecesse como chegou á conclusão de que o João Anes do Canto mencionado nestes documentos é o pai de Pedro Anes do Canto?
Os melhores cumprimentos,
JVA
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro JVA
Muito sinceramente agradeço a possibilidade de irmos apartando como é devido o ímpeto emotivo e palestrarmos sobre factos, metodologias e quadros de mentalidades, Oportunidade que, quase sempre me enriquece e obriga a pensar.
Comecemos por aquilo em que nos não encontramos em sintonia.
Se o confrade fizer o favor de lembrar o que escreveu a equipa de Mattoso e depois a de Pizarro sobre a nobresa medieval não lhe faltaraão exemplos de interpolações no Nobiliário do Conde Dom Pedro, sediganadamente bas linhagens da Palmeira, da Maia e de Riba de Vizela, onde os especialistas julgam detetar conflitos com o contido na cronistica Leonesa e Compostelhana (as nossas fontes são mais tardias) A capilaridade social, e a auto promoção (política, patrimonial ou simbólica) não são tropismos da Idade Moderna E então se chegar ´´as linhagens da segunda dinastia, acentuando as que se entroncaram no estrangeiro, encontrar´+a copiosos exemplos para todas as variantes imagunáveis, Sás ditos Colonna, Sodrés ditis Butller,Furtados ditos Mendoza, Cantos ditos Kant (ou Kent), Lacerdas do Infante Cerdoso, e tantos outros que, mesmo depois de demonstrada a improbabilidade elevada das respetivas tradições continuam imperturbavelmente a assumi-las sem alterar uma vírgula.
Sinceramente, se mo permite, coloco as maiores reservas ao postulado de que era comum nas famílias com este estatuto social era saberem quem eram e donde vinham. E faço noar-lhe que sólidas linhagens de Corte como Mascarenhas, Távora ou Almeida, esses sabiam donde vinham, mas o seu estatuto nobiliárquico e social firmou-se com tal rapidez (relativa) que nunca se deram ao trabalho de retocar a maquilhagem. Também aqui existem diis campos, aqueles que se procupam genuinamente com a segurança das suas tradições, e aqueles que consideram de lesa magestade beliscarem-nas ou sequer questionarem-nas
Convergimos inteiramente na sensata posiºão de reconhecer que apenas raspámos uma parcela da estratigrafia arquivistica e que vão surgindo aceleradamente novidades nas fontes e nos recursos técnicos disponíveis e a disponibilizar num horizonte possivelmente curto.
Divergimos (e creia que não estou a defender a coutadazinha) quanto aos Doutoramentos em semanas rabiscados por neófitos. As equipas académicas que investidam a Alta e Baixa Idade Média são poucas e os integrantes conhecem-se quase todos entre si. Quero crer que têm produzido tabalho sólido que, como é natural, interessa a poucos,, e que infelizmente é raro ser divulgado e conhecido entre aqueles que se interessam por estas coisas. E quando é conhecido, passa em silêncio confrangedor.Outra vez os dois campos que, neste caso se ignoram nutuamente.
Já agora não se costuma questionar uma tradição apenas...por faltarem papeis. Contextualiza-se o entorno, estudam-se os movimentos sociais e políticos em que ocorreram e aperta-se a malha á cronologia conhecida, para nos interrogarmos sobre a plausibilidade das versões. Desde, pelo menos Braamcamp Freire, que existem essas preocupações.
Quando diz; destruindo sem qualquer pudor o que foi tradição, por vezes secular, de uma família que nunca é a do autor, peço autorização para recordar que tenho questionado as tradições dos Mendonças Furtados, dos Machados ditos Carregueiros, dos Sodrés. dos quais acredito, até agora, descender
Quanto ao trabalho dos que nos antecederam, pensando nos meios de que dispunham e nas comunicabilidades das épocas curvo-me respeitosamente. Mas não posso considerá-los nem apócrifos nem textos sagrados. São o que são com as suas abismais diferenças de fiabilidade relativa.
Fico-lhe reconhecido por não levar a mal. Procuro respeitar sempre os homens que refletem e defendem as suas convicções, e por isso mesmo creia-me ainda mais cordialmente
MLM
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Rui Faria
Compreendo agora o melindre inteiramente justificado da sua reação. E é a minha vez de apresentar frontalmente as desculpas de um aspirante a medievalista interessado no povoamento dos Açores que não leu, não ouviu e não conheceu a apresentação que fiez em 2011 no XIX Encontro de História Local realizado pelo Museu Alberto Sampaio subordinada à temática Da gens de Guimarães, que versou sobre a origem dos Cantos.
Não vale a pena procurar desculpas, é mais uma lacuna da minha bibliografia. E daquelas que a distração ou as circunstâncias não desculpam. tanto mais que o Manuel Artur, o Zé Pizarro ou o Zé Beleza devem ter lá estado e não recebi notícia !
Mas, meu Caro, nunca é tarde para aprender. E fico feliz pelo facto de uma interpretação dum texto me ter permitido contactá-lo e receber o pre-anuncio das interessantíssimas novidades que lhe fico devendo
Agora vem o inevitável, mas sem pedinchices. Todos sabemos que Actas e separatas são sempre insuficientes, e nunca chegam para os Amigos, quanto mais para os curiosos.
Ignoro se enviou o texto à Rute, se o fez, tenha a benévola paciência de me indicar onde, e como poderei adquiri-lo, porque o simples inventário de fontes demonstra que se trata de um alargamento do estado da questão que não podemos dar-nos ao luxo de desconhecer.
Renovando as minhas desculpas pela ignorância (que é sempre atrevida) cumprimentos
Manuel Lamas
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro José Duarte,
Reconheço-o porque foi o primeiro João Anes do Canto a integrar o senado vimaranense, cargo que ainda exercia, já velho e cansado em, 1531.
Na sessão camarária de 02 de Janeiro de 1531 «estando em vereação Duarte de Miranda juiz ordinário e Nicolau Pires vereador e João Álvares procurador do concelho e por ainda não haver aí outros vereadores porquanto João Anes que saiu por vereador está em Montelongo e doente de corrimentos segundo escreveu em resposta a carta que os oficiais do ano passado lhe escreveram (....)» , encontrava-se ausente, debilitado pela doença a recuperar na sua propriedade em Montelongo. Ao cabo de tantos anos, fora uma vez mais eleito vereador para o ano de 1531; mas este cargo apresenta-se um verdadeiro fardo para um homem de tão avançada idade. Irá ser um mandato atribulado, onde as relações entre o velho Canto e os restantes oficiais do concelho chegarão mesmo a azedar.
No dia nove estava já na cidade, mas recusou-se a ir à vereação onde tomaria posse. Impunha-se a homologação da eleição, mas para tal era necessário que o eleito prestasse juramento sobre os Santos Evangelhos. Todavia, mesmo intimado, João Anes do Canto, recusa-se a comparecer, respondendo «que o não podia fazer»; mas a ameaça de uma pena pecuniária de dez cruzados, parece ter refreado a sua convicção, acabando por se juntar aos demais notáveis.
Destas dissenções que se registaram ao longo do ano, uma característica ressalta, a personalidade forte e vincada deste homem, sobre o qual tão pouco conhecíamos. Do alto dos seus quase noventa, reflecte o cansaço das rotinas que envolvem os jogos de poder, ou provavelmente a desilusão de não ter deles tirado o melhor proveito .
A vinte de Fevereiro encontra-se novamente em Montelongo, pelo que faltou à vereação, contudo fora autorizado «(…) João Annes do Canto não veio porque foi a Montelongo pediu licença para isso(…)»
No dia um de Maio levanta a voz contra a forma como se está a realizar a eleição dos almotacés. O juiz ordinário, Duarte de Miranda, intervém, e uma vez mais ameaçando-o com coima, remete-o à sua posição . No dia cinco do mesmo mês falta à vereação e «Gonçalo Gonçalves porteiro da Câmara que o foi chamar e disse que o achou na igreja e lhe disse que estava doente e não podia vir (…)» .
Na vereação de 30 de Junho de 1531, ainda que num ajuste forçado às práticas da edilidade, vêmo-lo participar na eleição dos almotacés, «(…) na dita vereação veio João Annes do Canto vereador para tirarem os almotacés e perante ele e os ditos Nuno Alvres e António da Costa vereadores e João Alvres procurador do concelho tiraram a bolsa dos pelouros e metendo em um barrete tirando o mês d’Agosto que está apartado um menino veio e meteu a mão e tirou o que dizia o escrito Anrique Carvalho e Fernam Annes do Canto, mandaram assim escrever João Vieira o escrevi» .
No entanto, a inconstância no cumprimento dos seus deveres de vereador irá manter-se; a três de Julho falta uma vez mais à reunião do senado, sem razão válida, e, para agravar ainda mais o incomprimento, fora visto a passear-se pelas artérias da cidade, «estando na vereação António da Costa e Nuno Alvres vereadores e João Alvres procurador do concelho os quais viram andar passeando na praça a João Anes do Canto vereador e lhe mandaram dizer por Gonçalo Gonçalves porteiro da Câmara que viesse à vereação e ele mandou dizer que não queria vir que respondessem o que quiserem mandaram-no assim escrever João Vieira o escrevi. E que não havia de vir tornou a dizer ao dito porteiro que dissera o dito João Anes do Canto vereador» .
As ausências perduraram e através da veração de 14 de Julho de 1531, supomos que se deviam a contendas mantidas com os seus pares; nela os vereadores e procurador «por não estarem aqui mais vereadores porque Nicolau Pires era na Canária e Nuno Alvres é partindo para a Ilha e João Anes do Canto mandaram-no chamar a sua casa e foi lá o dito procurador e Gonçalo Gonçlalves porteiro da Câmara que disseram que não era aqui na vila que lhe disseram se sua enteada a mulher de Gaspar Rodrigues que havia oito dias que se fora caminho da sua quinta e que dizia que não havia de vir que pelejavam cá com ele e o dito porteiro disse que já outro dia na procissão da Visitação de Nossa Senhora o procurador lhe mandou dar a vara para reger na procissão e ele João Anes e não quis tomar e lho dissesse que não havia de servir até que lhe Duque mandasse (…) ».
Na sessão de 21 de Julho, os problemas parecem ultrapassados, o jogo poítico estabilizara, pelo menos aparentemente, e João Anes do Canto toma de novo assento na vareação.
Como vereador mais velho tinha em sua posse, uma das três chaves da arca da câmara; nesta arca arquivava-se a documentação relativa ao concelho, cartas régias, privilégios, prazos etc., assim como um cofre. Na vereação de 18 de Agosto de 1531 João Vaz estalajadeiro que levou perante D. Teodósio o resultado da eleição e «touxe uma carta do dito senhor Duque que vinha para os ditos oficiais que se leu na mesma e lida mandaram que se juntasse a outras cartas e assim touxe a eleição dos oficiais para estes três anos primeiros a qual eleição mandaram que se metessem na arca até virem os mais vereadores se João Anes do Canto que tem a chave da arca das três chaves e assim como vinha se meteu na dita arca de duas fechaduras». Na reúnião de 26 de Dezembro de 1531, foi aberta a arca grande das três chaves «que tem uma Joanne Anes do Canto vereador e outra João Álvares procurador e outra tinha eu escrivão da Câmara (…)»
A 10 de Outubro de 1531, uma vez mais ausente da sessão, é intimado por carta a trazer a chave; os vereadores pretendiam consultar os privilégios da vila de modo a responderem a um requerimento feito pelo bacharel Martim de Castro . A 13 de Novembro de 1531, por ausência dos vereadores Nicolau Pires, a quem tinha morrido o sogro e João Anes do Canto, não se realizou vereação .
Significativo o facto de, em apenas um livro de vereação, o único existente para a era de 500, encontrarmos um conjunto expressivo de notas relativas a João Anes do Canto; resta imaginar quanto mais poderiamos descobrir se mais livros existissem.
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caros colegas,
Coloco a seguinte hipotese que me parece conciliar partes e patronimicos.
Afonso Anes do Canto fl. 1440-1482 como f.d. Joao Fern.des Sottomajor e D. Maria Anes do Canto, participou da batalha de Alfarrobeira 1449, etc.
Vasco Afonso do Canto como f.d. Afonso Anes do Canto.
Joao Anes do Canto como f.d. Vasco Afonso do Canto e bisneto de Joao Fern.des Sottomajor.
Sendo assim teria havido somente uma fusao de geracoes na certidao de D. Ant.o Alvares da Cunha Guarda mor da Torre do Tombo transcrita por Manuel Luis Maldonado.
Nao vejo o porque da declaracao do confrade Rui Faria: "nem Joao Anes do Canto foi casado com Francisca da Silva".
"1525 - Item, «umas casas e pardieiro que lhe foram deixadas por Catarina Gonçalves que Deus haja, mulher de João Anes do Canto, com obrigação de cinco missas»"
Catarina Goncalves nao poderia ser uma esposa posterior? E talvez seja ate um outro Joao Anes do Canto... notar que Pedro Anes do Canto teria nascido em 1472/1473 como foi colocado em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=326420&fview=c .
Seria Beatriz do Canto uma ancestral da familia?
Cumprimentos,
Herculano L. E. Neto
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro
Manuel Lamas de Mendonça
Mais uma vez agradeço os seus esclarecimentos e a sua paciência para me aturar.
Mas continuo com algumas dúvidas que irei expor a Rui Faria.
Cumprimentos,
JVA
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro
Rui Faria
Mais uma vez felicito-o pelo seu excelente trabalho e agradeço os seus esclarecimentos.
Contudo fico com dúvidas:
Em como João Anes do Canto não descende realmente de John of Kent.
Se este João Anes do Canto é realmente o pai de Pedro.
Caso seja este João Anes do Canto o viúvo de Catarina Gonçalves, não seja casado 2.ª vez com Francisca da Silva.
Os melhores cumprimentos,
JVA
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Manuel Lamas,
Estou longe de ser medievalista, encontro-me imerso no século XVI, todavia, a curiosidade obriga-me de vez em quando a espreitar as fontes do século XV.
Não conheço a Doutora Rute Dias Gregório, apenas acompanho o seu trabalho, dado o meu interesse pelos Cantos.
Infelizmente, e por minha culpa, o texto não seguiu para publicação em ata, pese embora as reiteradas diligências do diretor do museu nesse sentido, a quem devo um pedido público de desculpas, mais não fosse pela atenção com que me recebeu.
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Não o conhecia. E talvez devesse. Mas quero crer que fica em boas mãos. Pelo menos é o que vai na dianteira com trabalho que julgo devermos ter em consideração
Paciência para o aturar? Nem pense nisso. Genuíno prazer.
Cumprimentos
MLM
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro José Duarte,
Apenas consegui documentar duas mulheres a João Anes do Canto: Catarina Gonçalves e Maria Gil. Terá casado primeira vez com uma Francisca da Silva?! Parece-me pouco provável, todavia, até ao momento, não tenho elementos que refutem essa possibilidade.
Quando à ascendência no inglês, creio que a fundamentação da Dr.a Rute encaixa na perfeição no cenário traçado. Até que se descubra quem foi o pai do tendeiro Afonso Anes casado com Beatriz Gonçalves, pais de Vasco Afonso, haverá sempre a tentação de os querer ligar ao inglês.
Quanto mim, esteja certo que sentiria bem mais orgulhoso em saber que o meu genearca tem origem numa humilde casta de oficiais vimaranenses do que propriamente num cavaleiro inglês.
Os melhores cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro confrade Herculano,
Efetivamente no que respeita aos nomes e patronímicos, tudo encaixa. No fundo, é o fosso estatutário que estabelece uma inequívoca separação entre Afonso Anes e o João Fernandes Sottomaior. Tudo foi arranjado por forma a dar credibilidade à construção linhagista, inclusive a referência ao «…viveu pobremente…».
A riqueza dos Cantos proveio do comércio. Só João Anes do Canto, seus filhos, netos e alguns sobrinhos acederam aos patamares da nobreza. Na origem, pertenciam a uma casta de oficiais mecânicos, sapateiros, alfaiates, almocreves, tendeiros e mercadores. Quanto a Beatriz do Canto, foi já identificada no contexto da linhagem, bem como outros membros, em particular irmãos de João Anes do Canto.
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
A socióloga portuguesa Maria Filomena Mónica escreveu recentemente um livro sobre a família CANTO dos Açores, "A tragédia dos Canto" editora ALETHEIA, de 2010, com muitos descendentes emigrados para a América. Talvez encontre nessa obra pontos que lhe interessem. Cumprimentos Jorge Resende
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Rui Faria
Foi de fato uma lástima mas ocorre-me um sugestão que não passa sisso mesmo.
A Revista da Universidade dos Açores, a cujo comité de leitura pertence a Doutora Rute, terá certamente o maior dos interesses em se debruçar sobre o seu texto tendo em vista uma provável publicação.
Caso o Rui veja alguma utilidade nesta hipótese , que uniria os esforços de Guimarães e dos Açores, faria o favor de me dispensar o seu mail para o poder por em contacto direto com a UA.
Mas, se por qualquer razão, não a entender pertinente agradeço desde já os dados que generosamente me facultou e colocar-me-ei ordeiramente na fila de espera dos interessados em adquirir,
Cumprimentos
Manuel Lamas de Mendonça
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Manuel Lamas
Terei todo o gosto em trocar impressões consigo, ou com qualquer outro especialista que conheça a família. Familiarizei-me pela primeira vez com os Cantos em 2002-2003, ainda como bolseiro de iniciação à investigação, no defunto Núcleo de Estudos de População e Sociedade da Universidade do Minho (NEPS), ao colaborar com a Doutora Maria Hermínia Morais de Mesquita na informatização de dados que serviu de base à sua dissertação de doutoramento “As gentes de Angra no século XVII”.
Desde esse momento, e porque natural de Guimarães, despertou-me particular curiosidade a história do descendente do cavaleiro inglês. Decidi então buscar os seus fundamentos recolhendo toda a informação documental sobre a família e, em particular, sobre os Cantos que ninguém canta, ou seja, os menos conhecidos. Homens e mulheres incógnitas, devotados ao trabalho e condenados à miséria e à pobreza, amparados por aqueles que os exploravam, mas que, no fundo, constituíam o verdadeiro tecido produtivo da vila.
O problema é que quanto maior é a informação, mais complexo se torna resolver a questão e, se por um lado, tudo indica que a tese inglesa não passa de um mito, por outro, para quem de modo mais acirrado a defende, haverá sempre esta ou aquela forma de neles enlaçar o cavaleiro inglês.
Creio que já trocamos impressões num dos tópicos deste fórum sobre os Moura Coutinho. Recentemente descobri em Guimarães, um casamento de um almocreve Moura descendente da casa da Granja em Fervença. Deve ter nascido por volta de 1598 e era filho de um João, Leão ou Lourenço Dias e de uma Catarina de Moura, do casal da Granja freguesia de Fervença. Tem conhecimentos sobre esta casa?
arcucioarrobapontocom
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Rui Faria
Não entendi o mail que enviou. teria a paciência de o remeter para fsomas@sapo.pt ?
Andamos próximos porque sou investigador do núcleo de história medieval e do renascimento do CEPESE
Andamos incomunicados porque não conhecia também !!! As gentes de Angra no século XVII”. que também é necessária na minha bibliografia.
Estou familiarizado com as defesas á outrance desse e doutros cavaleiros e cavalheiros.A discussão pura e simplesmente torna-se impossível. No comments, serena e corretamente,
Granja é um dos logos de Fervença, onde pode aparecer mencionada uma casa, que talvez seja mais o equivalente dum casal do que da acepção clássica de casa nobre
Ando de fato á procura de Francisco de Moura, que terá nascido ainda no século XVI e é o mais antigo deste apelido que encontramos nos paroquiais de Fervença, não sendo de excluir uma teórica e eventual ligação ao contemporâneo e vizinho “António de Moura Coutinho Senhor desta quinta ( de S. Silvestre, em Gémeos) em 1580, e escudeiro fidalgo casou com Maria Freire filha bastarda de Fructuoso Mahado e de Paula Pereira que tinha sido primeiro amiga de D. Paulo Pereira, irmão do conde da Feira e clérigo de muitos benefícios e era neta paterna de Ignês Álvares Ferreira filha de João Álvares do Vinhal, senhor da quinta do Vinhal em Fervença
Arnoia 1 liv bap fl. 16 15.1.1598 mad Isabel de Barros = de Francisco de Moura
24.10.1599 * Tomás fº de Lourenço de Moura = Juliana Veloso pad Domingos de Moura irmão do pai
15.8.1600 Maria de Moura fª de Lourenço de Moura fl. 18 15.8.1601 * Lourenço pad Francisco de Moura e mad Maria de Moura fª de Lourenço de Moura
fl 18 20.1.1602 * Heitor fº de Lourenço de Moura e = Juliana Veloso pad o Pe Belchior Guedes irmão do dito Lourenço de Moura e madrinha a sua irmã
Fervença 1M fl. 108 15.7.1683 + Francisaco de Moura dentro da igreja
Telões bap 5.11.1645 Gaspar Fernandes = Maria de Moura Pad Domingos de Moura de Fervença
~Gémeos fl. 2 bap 15.10.1628 ttas Loureço de Moura Freire e sua irmã Filipa de Moura de S. Silvestre
30,4.1629 * Maria fª que se diz ser de Marcos de Moura soltº da Lage e de Isabel solteira da Lama mad Isabel Luisa da Lage = com António de Moura desta Maria fº de Antónia de Almeida = ldo Miguel de Moura da Lage
Arnoia bap fl 8 d Francisco e Paula Coelho 30.3.1592 * Joana fª de Lourenço de Moura = Joana/ juliana Veloso pad Francisco e Paula Coelho (1593 António fºfrancisco Veloso, alcaide = Maria Freire); Maria de Moura = de Lourenço Martins do Prado Diogo Coelhoi =Leonor de Moura
22.6.1604 pad Lourenço de Moura Coutinho e Paula de Moura de S. Silvestre = de António da Fonseca fregª de S. Miguel de Gémeos
Borba de Godim cas fl 186 9.10.1685 Francisco de Moura fº legº de Manuel de Moura e Maª Gonçalves de Fervença Fundoais = Catarina Ribeiro fª de Francisco Ribeiro e Ma Gonçalves do Ribeirinho
Telões bap 5.11.1645 Gaspar Fernandes = Maria de Moura Pad Domingos de Moura de Fervença
Fervença óbitos fl. 116 4.5.1689 + Manuel de Moura de Paredes enterrado dentro da igreja do Salvador tem quitação de
23 ofícios
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro
Rui Faria
Mais uma vez agradeço-lhe o tempo que me disponibilizou.
Caso este “seu” João Anes do Canto seja realmente o pai de Pedro Anes do Canto esta sua investigação será, sem dúvida, uma mais-valia para a Dra. Rute Gregório sustentar a sua tese e até retificar a filiação de Pedro Anes do Canto. Se bem que alerto para o facto de ser possível e até bastante natural, diz-me a minha humilde experiência, haver na mesma época e no mesmo lugar homónimos, tios, primos…
Sobre esta sua frase: “Até que se descubra quem foi o pai do tendeiro Afonso Anes casado com Beatriz Gonçalves, pais de Vasco Afonso, haverá sempre a tentação de os querer ligar ao inglês.” – Que se saiba não existe nenhuma tentação de ligar quem desde séculos já está ligado, até prova em contrário, parece-me sim haver a tentação em desligá-los.
Quanto ao sentir-se bem mais orgulhoso em saber que o seu genearca tem origem numa humilde casta de oficiais vimaranenses do que propriamente num cavaleiro inglês, ainda bem para si que assim o sente, estou certo que esse seu sentimento não irá influenciar as suas investigações isto caso seja descendente destes Canto. Da minha parte trato todos por igual e com o mesmo orgulho quer sejam tendeiros, cavaleiros ou o que quer que sejam.
Quanto a mim, a partir de hoje tomarei como genearca deste ramo a Pedro Anes do Canto com as devidas notas à tradição da sua origem assim com registarei as deduções genealógicas das investigações quer da Dra. Rute Gregório quer das suas que mais uma vez felicito.
Os melhores cumprimentos,
JVA
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro José Duarte
Tem absoluta razão ao dizer que, na mesma época, existem homónimos. Aliás, a homonomia é de facto uma dor de cabeça que aconselha bastante prudência nas conclusões. De momento, das gerações iniciais, tenho identificado dois indivíduos de nome António e três João. João Anes do Canto pai do açoriano teve um homónimo que, por sua vez teve, entre outros, um filho de nome António do Canto, o moço, para se distinguir de seu tio, o arcipreste António do Canto, que também foi cavaleiro fidalgo. Um irmão deste João, de nome Gonçalo, mercador com netos nobres. O terceiro João Anes do Canto foi o filho do arcipreste sucessor do Morgado do avô, falecido com geração ilegítima.
Também terá certa razão quando afirma existir a tentação de desligá-los, todavia não será propositado, pois o que me levou a recolher dados da família foi a tentativa de confirmar a origem inglesa e não refutá-la e, confesso, passei pela fase do dilema de ter que tomar posição, quando os documentos começaram a “desencaixar” com a história familiar, ou a encaixar a grande custo. Todavia, tudo continua em aberto, embora me custe cada vez mais ver a continuada referência ao inglês.
Quanto ao preferir descender de uma casta de oficiais vimaranense do que de um cavaleiro inglês, falou mais alto a minha costela de vimaranense nado e criado. Sem dúvida teria o maior orgulho ver radicado nas suas gens tão ilustre linhagem.
Os melhores cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Olá á todos, os estudiosos de Sobrenome CANTO.
Era meu Avô João Isidoro Canto.
João Isidoro Canto, Nasceu em Santana do Deserto, em 1900 filho de Giovanni Angelo Canto e
Giacinta Polito , Vivia em Árqua Petrarca , Padova Itália , Casado em , 17/ 09/1893 em Baone, com Maria Bottaro, filha de
Domenico Bottaro e
Maria Celeste Turrin, filhos de Giovanni Bottaro e Maria Limena e do outro lado, Giuseppe Turrin e Domenica Marangon.
Desembarcaram no Brasil, em 1896 , pelo Vapor Itália no RJ, e foram para Juiz de Fora
Busco esta Genealogia, tanto em Minas , quanto em Itália.
Obrigada
Abraços
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RE: Origem da Familia "Canto"
Olá á todos, os estudiosos de Sobrenome CANTO.
Era meu Avô João Isidoro Canto.
João Isidoro Canto, Nasceu em Santana do Deserto, em 1900 filho de Giovanni Angelo Canto e
Giacinta Polito , Vivia em Árqua Petrarca , Padova Itália , Casado em , 17/ 09/1893 em Baone, com Maria Bottaro, filha de
Domenico Bottaro e
Maria Celeste Turrin, filhos de Giovanni Bottaro e Maria Limena e do outro lado, Giuseppe Turrin e Domenica Marangon.
Desembarcaram no Brasil, em 1896 , pelo Vapor Itália no RJ, e foram para Juiz de Fora
Busco esta Genealogia, tanto em Minas , quanto em Itália.
Obrigada
Abraços
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RE: Origem da Familia "Canto"
Chamou-se Antonina de Cantos a minha tia-bisavó que exerceu o papel de mãe de sua cunhada (irmã de seu marido). Ela era filha de um tenente Fabiano de Cantos e de Anna Joanna de Toledo, e passou a vida a lutar para afiermar-se como "de Cantos", e não "do Canto". A sua forma de atuar evidencia estar ciente de uma diferença, ou seja, que uma "de Cantos" não é exatamente a mesma coisa que uma "do Canto". No Brasil, o meu país, o nome "do Canto" até carrega mais lçustro do que o "de Cantos", mas a tia-bisa fazia questão da integridaade de seu nome. Como o marido teve uma certa importândcia no mundo econômico, commo mulher casada ela passou a assinar como Antonina de Cantos Durão, insistindo na assinatura à sua meneira mesmo na subscrição de documentos cartorários em que o escrivão grafava "do Canto". Era português de Coimbra o seu marido e o padrasto por assim dizer de suas irmãs, e o seu nome era Hygino Correa Durão, Eles viveram nas cidades de Jaguarão e do Rio Grande, no Sul do Brasil. Encontrei outra Antonina de Cantos nascida na Argentina, mas não pode ser a minha por outra filiação e pela idade. A dda Argentina era descendente direta de espanhóis., a minha tia Antonina nasceu em Jaguarão, segundo diz o registro eclesial de seu casamento com Hygino.
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro confrade Rui Faria
Como estudioso da família Canto aproveito para perguntar se sabe como "encaixa" nesta família:
Jerónimo Vaz do Canto, de São Torcato, Guimarães casado com Margarida Francisca a 19.11.1684 em Fontarcada, Póvoa de Lanhoso (sem nome dos pais) e que têm em Gondomar: Bento (16.07.1690) e em São Torcato: Josefa (22.08.1692) e João (07.08.1694).
Jerónimo Vaz do Canto terá tido, em solteiro, com Ângela Duarte, Maria do Canto (São Torcato, 22.10.1678) a qual casa com Francisco Mendes a 26.03.1701, também em São Torcato.
Como há uma falha nos livros de São Torcato de 1613-1659 não consigo progredir neste "Canto"!
Será que tem outros dados que me ajudem?
Queria também perguntar-lhe se existe suporte em papel ou digital da sua comunicação “Os Cantos de Guimarães – Achegas sobre uma origem” e onde pode ser consultada.
Desde já muito obrigada pelo que aqui já expôs.
Com os meus melhores cumprimentos,
Lúcia Cardoso
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RE: Origem da Familia "Canto"
Cara Luísa Cardoso,
Infelizmente também não consegui estabelecer a ligação entre Jerónimo Vaz do Canto e os ascendentes Canto que detinham a fazenda de Cima de Selho no início de seiscentos, este sim, entroncados no ramo original. Jerónimo Vaz do Canto, senhor herdeiro da fazenda de Cima de Selho será filho, ou sobrinho, de Damásia do Canto, de quem herdou a propriedade, casada com Gonçalo Sodré, oriundo da casa da Pousada em Mesão Frio, onde corria o apelido Sodré vindo de Lobeira.
Cumprimentos,
Rui Faria
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RE: Origem da Familia "Canto"
Caro Rui Faria
Muito obrigada.
Quem sabe novos dados surjam em algum documento.
Com os meus cumprimentos,
Lúcia Cardoso
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Origem da Familia
Alguém descende presentemente de Jeronimo Pires do Canto ? Herdei a CBA deste , e não sei como foi parar ‘a família de minha bisavo’ Vilhena de Lagos . Seguindo a geneall ou as indicações da revista asbrap.org.br , n 21, vou sempre parar a becos sem saída .
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Origem da Familia
Boas tardes confrade
Quem se ocupou credível mente das descendências dos Provedores Canto, naturais de Guimarães, foi o genealogista Jorge Forjaz que terá o maior prazer em o auxiliar.
NB a ascendência tradicional que este autor lhes empresta foi documentadamente derrogada em trabalhos académicos publicados
Com respeitosos cumprimentos
Manuel Lamas de Mendonça
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Origem da Familia
Muito obrigado confrade Manuel Lamas de Mendonça. Vou tentar contacto.Cumprimentos , Fernando Sanches de Miranda
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Origem da Familia
Descobri a ligação entre Jeronimo Pires do Canto e Maria Fernandina Correia Henriques de Vasconcelos.Foi um chocante mergulho a uma época de grande intolerância religiosa .
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Origem da Familia
Até o presente e apesar da intensidade de minha dedicação a meus antepassados "favoritos" (sim, eu os tenho -- será que nisso sou uma exceção?) ), quase fim do ano de 2019, sabendo uma enormidade sobre o marido que definitivamente é o antepassado paradigmático, nada eu consegui descobrir sobre a sua mulher, Antonina de Cantos, a preceptora da irmandade e a desbravadora de um lugar social digno para os meus Durãos que têm inúmeras "Antoninas" entre os seus descendentes brasileiros, sem dúvida em memória e em homenagem à Antonina que foi esposa de Hygino Correa Durão.
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Origem da Familia
Antonina de Cantos e Hygino Correa Durão não tiveram filhos, mas exerceram o papel de ,mais-do-que-pais de seus sobrinhos, razão pela qual a História pode ser dita omissa quando tão pouco ela diz sobre a origem da mulher de Hygino que tão maravilhosamente formou os sobrinhos, e sobrinhos pelo lado do marido, e não pelo seu lado.
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Origem da Familia
Buenas a todos, estou há algum tempo realizando pesquisa genealógica de minha família e de fato sou descendente dos Canto Castro que passaram ao Brasil e, isto causou-me grande curiosidade pelo fato da família Castro possuir uma linhagem nobre e antiquíssima, a própria Marquesa dos Santos (amante de D. Pedro I do Brasil) descende deste ramo e outrora aparentada de meus tataravós, sendo o nome da Marquesa, Domitila de Castro Canto e Melo, pois bem, por ser um amador em questão de estudos genealógicos com uma paixão recém desperta aos idos de 2018 comecei a pesquisar mais sobre tais assuntos quando me deparei com esta questão extremamente ambígua em relação à descendência de John of Chandos ser realmente ligado aos Canto ou não.
Após vários e inúmeros dias realizando um trabalho mental de indagação e resposta, cheguei a aquilo que pode trazer alguns pontos pertinentes sobre a discussão, como:
- John of Chandos conforme pesquisado não possuía títulos de nobreza, sendo nada além de um "nobre" cavaleiro que se destacou mais pelos seus atos que por qualquer vínculo de nobreza;
- A ligação da família Canto a Chandos foi conclamado pelo então descendente de Pedro Anes do Canto, Manoel de Canto e Castro;
- Fato é que quando se há de "enxertar" algum vínculo com nobreza à genealogia, se faz utilizando ramos nobres, principalmente à antigos reis, sendo desta forma, até temerário a dizer que, inventar ser descendente de um cavaleiro sem qualquer distinção de nobreza passa até a ser algo que descabido.
- Pelo que li em várias fontes inglesas sobre Chandos é que ele veio a falecer sem haver sido casado, o que desperta uma outra pergunta, pois se em fontes arcaicas portuguesas conclama esta descendência, porquê nas fontes inglesas é retratada de uma outra forma? Desta forma, sobram algumas hipóteses, como, sua descendência fora gerada fora de qualquer casamento (bastardos), ou, frutos de um casamento que não fora aprovado em época e, ou, no caso sua possível esposa fosse de alguma outra religião que não o cristianismo na época (para ser considerado casado na época, ambos deveriam seguir a fé cristã);
- A família Castro possui tronco mais antigo e nobre, descendendo dos antigos reis portugueses, sendo que de fato, à época para contrair matrimônio com família tão importante, era necessário possuir "pedigree" para tal (coisas medievais), então no caso, talvez se fosse algo fabricado a família Castro descobri-lo-ia (por conta das ligações importantes que havia na época, meu antepassado Fernando de Castro além de importante Diplomata e Militar Lusitano foi quase contemporâneo a Chandos, então no caso, algo fabricado de sobremaneira seria facilmente descoberto já à época.
- Para facilitar o exercício mental, tomemos como exemplo o caso da famosa galega Inês de Castro (a Rainha Morta) que fora executada a mando do pai de Pedro o Cruel, o mesmo que solicitou o auxílio de Eduardo Príncipe Negro e, que teve em sua companhia o tão famoso, porém, não nobre Chandos, entretanto, o caso do Pedro o Cruel ficou obviamente conhecido por seu desfecho.
- Por fim, registros antigos seguiam um padrão, era somente escrito aquilo que gostariam que fosse escrito, para um fim específico ou interesse em questão, deixando para a posteridade inúmeras lacunas que mais parecem um labirinto, desta forma, para confrontar a pesquisa portucalesa, realizei buscas em fontes inglesas, já que sendo Chandos um inglês a serviço da coroa é algo extremamente prudente, em quase todos artigos em inglês ressaltava que ele faleceu solteiro, sem ter sido casado, mas enfim na data de hoje, acabei por tropeçar em um artigo da "Heraldry Family Institute of UK" onde em seu cabeçalho é ressaltado "All genealogical research was conducted by area authorities, documents and evidence found in Lord Lamont Couto de Chandos personal collection", onde ao fim do artigo está descrito "Sir John (Kent) Chandos is the founder of the Canto medieval family in Portugal".
Segue link do estudo apresentado: https://www.heraldryfamily.org.uk/SirJohnChandos.html
Ao fim, coloco-me à disposição de todos para quem sabe conseguirmos eximir esta dúvida.
Tulio Oliveira
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Origem da Familia
Existe o apelido Canto proveniente do topónimo de Poço do Canto, no concelho de Mêda.
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Origem da Familia
http://www.themcs.org/characters/Guy%20Bryan.htm achei informações sobe Guy de Bryan, irmão da Phillipa de Bryan e, que Guy foi sucessor de John na Order of the Garter, infomações da The Medieval Combat Society
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Origem da Familia
Caro Túlio Oliveira,
Muito interessantes as suas observações, tanto mais que pelo lado do meu Pai - natural da Ilha da Madeira - descendo por várias linhas de Francisco Vieira do Canto, primo-irmão de Pedro Anes do Canto. Daí o meu interesse pela origem dos Cantos. Segundo Clode,no título Canto, pg 75, in Famílias da Madeira e do Porto Santo, ambos passaram à Madeira ao mesmo tempo, tendo Pedro Anes seguido depois para os Açores (Terceira), e aí fundado grande casa, etc.
Francisco Vieira do Canto, filho de Manuel Afonso do Canto e de sua mulher Isabel Vieira, de Guimarães, casou por 1530 com Beatriz Gonçalves (Ferreira) neta de Gonçalo Ayres Ferreira - conhecido como o mais erudito ou sabedor companheiro de Zarco, embora a sua "obra" se imaterializou ou porventura nunca existiu.
Também descendo do primeiro Castro da Madeira, o escudeiro Diogo Fernandes de Castro. e por outras linhas de Pedro Fernandes de Castro, "o da Guerra", que está na origem do Castro dos Canto e Castro. Daí que este tópico me interesse bastante, embora ignorantíssimo me declare desde já.
Clode que tem um "penchant" óbvio para as famílias de origem inglesa que passaram à Madeira, não podia deixar de passar em claro a suposta e tradicional ascendência inglesa dos Cantos e escreve que a família Canto descende de João do Kant (sic), da Inglaterra, que veio para a Galiza, passando os seus descendentes para Portugal. (Não refere qual parte de Portugal, mas obviamenee infere-se que será para o Norte).
Francisco Vieira do Canto, irmão de Pedro Anes do Canto - em saga ascencional tal como o seu primo-irmão, foi contador das contas da Ilha da Madeira. E mais informa Clode aque este ofício "lhe ficou do sogro", coisa corrente na altura, Foi sepultado na Sé Catedral (do Funchal) com sua mulher. E como bem sabe o status continua post-mortem.
Neste tópico falou-se da existência de vários homónimos, em Guimarães. O mesmo, embora em muito menor número aconteceu na Madeira.- assim p.ex. está documentado um outro Francisco Vieira de Brito que casou em 1620 com Andresa de Brito.
É no mínimo curiopso, senão significativo, que o "claim" de ascendência ao tal de Chandos - segundo alguns "chevalier de fortune" . como se sabe, o que conquista nobreza pelos seus feito,s tenha cedo sido proclamado e pelos vistos com força suficiente para se tornar mais do que num mito fundador, numa certeza. . Se não me falha a memória foi um neto de Pedro Anes dio Canto que, pelo menos nos Açores, formula essa pretensão.Como é que na remota Ilha Terceira (longe dos centros de saber da época e de eventuais arquivos familares ou outros) se saberia desta figura, John ou João do Kant ou mais "graal-sounding" Sir John Chandos ? ) Não é que seja impossível, mas referenciar e localizar como fundador de uma dinastia um inglês bastante obscuro - sobretudo para açorianos,no fimiar do séc. XVI indica que ou tinham um conhecimento singular das andanças de cavaleiros ingleses pelo Continenete ou se reportavam a uma tradição familar- errada ou não. Por isso, com alguma segurança se poderá inferir que o "know-how" do neto de Pedro Annes do Canto, muito provavelmente provém do banco de dados familiar, da tradição familiar, errada ou não. Claro que isto é uma hipótese. Veremos o que posteriores investigações dirão.
Entretanto o link que o meu caro nos porporcionou não funciona. Ser-lhe ia possível recuperar esse link?- o que desde já lhe agradeço,
com os melhores cumprimentos
Miguel de Castro Henriques
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