Quem quer ser Lobo….
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Quem quer ser Lobo….
Dirijo-me ao Forúm, para trazer à conversa um assunto que tento esclarecer, sem sucesso até à data. Peço assim, a vossa opinião ou esclarecimento sobre o seguinte:
Há uns meses, procurava os “Alvitos” na Internet, principalmente para descobrir o que é feito dos descendentes de D. Henriqueta Policarpa Lobo da Silveira, mãe do último Barão de Alvito, D. José Lobo da Silveira. Encontrei uma entrada para um curioso site “Solar dos Lobos”, bastando usar o Google, também situado no Alentejo e pelos vistos, produtores de vinho. O texto da referida página texto menção ao título de Barão de Alvito e à ligação da dita família, desta forma: “A história de uma família alentejana, com os seus antepassados ligados às terras de Alvito (Beja), tem os seus segredos e tradições encerrados no seu Brasão de Armas dos Lobo da Silveira, com origem no 1º Barão e Marquês de Alvito no séc. XV, primeiro título de barão concedido em Portugal por D. Afonso V. Cinco lobos tem este Brasão de Armas, e cinco são hoje curiosamente os seus descendentes.”.
Surpreendente, pensei eu, “cinco são hoje curiosamente os seus descendentes”. Apesar de rebuscado, não me parece que existam dúvidas que no seu significado. São cinco os descendentes do Barão de Alvito. Mas de que Barão? O último, calculei. Sabe-se que D. José Lobo da Silveira teve descendência fora do casamento, mas não se conhecia alguma “apresentação” aos demais, nessa qualidade. Mas não, conclui depois de ter pesquisado. Questionei-me, serão descendentes de algum Barão de Alvito em alguma geração mais distante? Nada encontrei, nenhum entronque até o 1475, data da carta atribuindo o título a D. João Fernandes da Silveira.
Encontrei sim a coincidência do apelido, e até a linhagem destes cinco, pois está na geneall. Enviei um e-mail, e uma carta perguntando onde podia encontrar tal entronque, mas não obtive resposta.
Aqui fica a questão em aberto: ter-me-á falhado alguma coisa na minha pesquisa? Ou, pelo contrário, há quem ande a querer vestir a pele alheia? De qualquer forma, aqui fica o meu reparo.
Com os melhores cumprimentos a todos no forúm,
Maria Alexandra Forjaz
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Bom...o que me parece é que a mensagem no site "Solar dos Lobos" é equivoca e deixa margem para a imaginação.
O que acontece é que existe vasta descendência dos primeiros Barões de Alvito, que hoje pode ser encontrada, é um facto, na família Lobo da Silveira, mas em muitos outros...até no Graf von Oriola, na Alemanha.
Acresce ainda que os Lobos (Alvito) tem o seguinte brasão de armas: em campo de prata cinco lobos pardos em aspa, armados de vermelho, tendo o escudo uma bordadura de azul com oito aspas de ouro. Timbre, um dos lobos do escudo com uma aspa na espádua. A bordadura de azul é privativa dos barões de Alvito, descendentes do primeiro senhor de Alvito, Diogo Lopes Lobo, que estes adoptaram.
Os restantes "Lobo", usam o pleno dos Lobo, os tais cinco, sem bordadura.
Em resumo...nos tempos que correm, qualquer um pouco vestir a pele de "Lobo"...ou "Lobo do Alvito", em especial sendo um título sem "utilização", provoca muitos "apetites"....
Francisco Lobo de Vasconcellos
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Agradeço a resposta, caro confrade Francisco Lobo de Vasconcelos. Li e reli o texto, que como antes disse, é rebuscado. No entanto, partindo a frase, penso que o sujeito da mesma é "a família", pelo que todos os atributos estão a "qualificar" este sujeito. Repare, não há equívoco, o brasão é dos Lobo da Silveira, não dos Lobos.
Os Oriolas da Alemanha (na época) Prussia, desapareceram, pelo menos com os apelidos conhecidos, isto é, de Lobo da Silveira, que o último Graaf Ralph von Oriola usava. As sequelas da II grande guerra ainda se fazem sentir, por isso pouco consigo investigar sobre este interessante ramo. Um dia, ...encontro-os!
Naturalmente encontra-se descendência dos Alvitos em muitas famílias, de sangue e direito....o problema é que parece não ser esse o caso em concreto, e não há nada a fazer!
Cumprimentos,
Maria Alexandra Forjaz
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A atitude dessa gente só demonstra a estatura moral que possuem. A história deles deve ter mais a ver com os vapores etilicos a que estão sujeitos pela natureza do negócio onde andam. Mentes alteradas que persistem na usurpação de uma ascendencia que não possuem. Admito que talvez não houvesse má fé e talvez tenham sido induzidos em erro pela semelhança dos apelidos... mas depois de terem sido avisados a questão muda. Pena que não possamos recorrer à justiça perante este caso claro de usurpação!
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Agradeço as informações prestadas e confesso que é um assunto, para mim, tem um interesse relativo, visto ser Lobo....
Mas reconheço que é um assunto curioso e cada vez mais existem pessoas a imaginar e a inventar pretensas ligações e parentescos (não digo que seja este caso...não tenho informação ou conhecimento) em espacial com uma família tão ilustre, com tantas ligações ao Alentejo, e que, por acaso o meu bisavô, sempre se tratou de "parente" com o ultimo Marquês (mas também nunca me preocupei em investigar esse "parentesco") como comprovam algumas cartas e fotografias.
Acho curioso, numa altura em que andam tantas pessoas atrás de títulos, que ainda ninguém tenha ido "buscar" este, o mais antigo Barão de Portugal!!!
Em resumo...quem é de direito, pode dizer que é descendente...quem se faz, a verdade virá ao de cima.
Efectivamente, gostaria de, um dia, averiguar se existe alguma ligação do meu Lobo (CBA 1606) com estes Lobos (Alvito)...mas uma curiosidade, só iss.
FLV
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A explicação para a falta de candidatos é simples e foi explicada aos ditos usurpadores em várias comunicações que foram tentadas. Emails para o email da empresa, mensagem na página da empresa no Facebook e em carta registada enviada para a empresa. Nunca se dignaram a responder! E a explicação é a seguinte e faz parte da comunicação que enviámos - ...o décimo sexto Barão de Alvito faleceu sem deixar descendência legitima, porém, tinha dois irmãos e uma irmã, todos com descendência. Significa isto, que para além da descendência do próprio Barão de Alvito, D. José Lobo da Silveira, que teve filhos fora do casamento e estes tiveram geração, existem os descendentes legítimos dos irmãos do último titular. Posso afiançar que são mais de cinco os descendentes dos Barões de Alvito.
Escusado será explicar quem são os Alvitos e o que representam na história de Portugal, pois é bem conhecido. É exactamente por se tratar de tão ilustre família e ser tamanha a responsabilidade de os representar, que ninguém dos legítimos descendentes se habilitou ao titulo de Barão. Esse facto não significa que o lugar esteja vazio e que possa ser por isso tomado. Não. Não existir Barão, representante da casa a quem compete representar os avoengos, preservar as memórias, transmitir a história, não significa que os descendentes estejam comatosos, distraídos e desleixados no que diz respeito à utilização de tão ilustre titulo ou revindicação de linhagem.
Estou segura que V.Exas uma vez informadas sobre a genealogia de uns e de outros, compreenderão que o apelido em comum é apenas uma coincidência, e que corrigirão o texto da vossa página da net, fazendo jus aos vossos verdadeiros avoengos que naturalmente merecem ser recordados e permitindo que os Alvitos sejam honrados por quem de direito.
Assim, em representação dos demais descendentes dos Barões de Alvito, vimos solicitar essa correcção ou retirado o referido texto.
Sem outro assunto por ora e com os melhores cumprimentos,
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Por acaso creio poder corrobar a sua informação, com algumas cautelas e sem pormenores por ser memória antiga.
Há muitos anos tinha um parente que fez - por não muito tempo - parte do Conselho de Nobreza e que me confidenciou que um descendente se candidatara ao título de barão de Alvito. Feitas algumas investigações o Conselho entendeu que o melhor direito estava num descendente que tinha uma profissão relativamente modesta.
Então alguém do Conselho efectuou um contacto no sentido de dar a conhecer o seu direito e questionar se pretendia candidatar-se ao título ou se quereria dele renunciar. Em resposta recebeu uma carta muito sóbria em que recusava candidatar-se por entender que a sua situaçao não dignificaria o título mas que também não renunciava por admitir que um dia um seu filho pudesse ter uma situação melhor e querer então usar o título.
O meu há muito falecido parente comentou qualquer coisa do género: houve decaimento mas manteve-se a nobreza de carácter.
A. Luciano
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Só um esclarecimento..julgo que na mensagem do Paulo Forjaz...é a transcrição da carta que terá enviado...e não seja dirigida a mim.
Frisei que nada tenho a ver com a família Lobo (Alvito), pelos menos nos anos mais recentes...talvez algum longínquo parentesco, que volto a repetir, nunca me dei ao trabalho de investigar.
Quanto ao resto, não é caso único, e existem muitos casos em que a representação está em pessoas que não se encartaram, ou que podem ter vidas mais modestas.
Para mim...a vida, modesta ou faustosa, dos representantes de famílias ilustres, apenas me interessa na medida em que saibam honrar o nome que tem e quem representam...e que saibam transmitir os valores, o exemplo, a história, aos vindouros.
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Estimado FLV,
Li com muito interesse os seus posts. Estou a pesquisar as últimas gerações dos Alvitos. Como calcula, dadas as circunstâncias à altura da morte de D. José Lobo da Silveira, pouco ou nada do seu arquivo, memória chegou aos dias de hoje,...., pelo menos que se conheça o paradeiro. Qualquer ajuda a resgatar e compilar as memórias deste, seria fabuloso.
(o texto acima, é como disse, uma transcrição da carta enviada há meses.).
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Estimado A. Luciano,
Obrigado pelo seu testemunho. Julgo saber de quem se trata apesar de nunca ter conhecido. A resposta do descendente, é digna de quem tem consciência e responsabilidade. Como disse o seu parente, "rectidão de carácter" aplica-se na perfeição.
Com os melhores cumprimentos,
Maria Alexandra Forjaz
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