Na morte do Dr. Francisco de Simas Alves de Azevedo.
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Na morte do Dr. Francisco de Simas Alves de Azevedo.
Faleceu ontem dia 3 de dezembro, depois de prolongada doença, o Senhor Dr. Francisco António de Simas Alves de Azevedo.
O insigne heraldista e distinto investigador que ninguém que estude a Heráldica Portuguesa pode, sem profunda injustiça, ignorar, contava 81 anos.
Professor do Ensino Secundário, autor de vasta obra com centenas de estudos sobre História, Heráldica, Sigilografia e Genealogia, dispersos por artigos e livros das academias, agremiações, associações e institutos que integrou ao longo da sua vida dedicada ao Ensino e à Cultura.
Nosso muito querido Amigo, consócio, co-fundador e primeiro presidente da então Secção de Genealogia e Heráldica da Sociedade de Geografia de Lisboa, aonde integrou outras mais secções e comissões.
Distinto orador que emprestou o seu muito saber e cultura em colóquios e congressos, para além das comunicações proferidas no âmbito das instituições que integrou.
Foi sócio correspondente da Academia Portuguesa de História, sócio honorário da Academia Portuguesa de Ex-Libris (Lisboa), da Academia de Artes e Letras (Cascais), da Academia Internacional de Heráldica (Luxemburgo-Bruxelas), da Heraldry Society (Londres), da Real Academia Matritense de Heráldica y Genealogia (Madrid), da Associação dos Arqueólogos Portugueses (Lisboa), aonde foi presidente da Secção de História e vice-presidente da Comissão de Heráldica, do Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica e História da Família da Universidade Moderna (Porto), sócio de honra da Associação de Diplomados em Genealogia e Heráldica (Madrid), membro da Comissão de Heráldica da Sociedade Histórica da Independência de Portugal (Lisboa), membro do Conselho de Numismática da Imprensa Nacional - Casa da Moeda (Lisboa), consultor do Conselho de Nobreza (Lisboa), entre outras mais instituições.
Cavaleiro de justiça da Ordem Constantiniana de São Jorge, distinguido com a Cruz de Mérito da Causa Monàrquica e a Medalha de Mérito Cultural da Academia Portuguesa de Ex-Libris.
Da sua vida pública destaco ter integrado, várias vezes como vogal, a Assembleia Municipal de Lisboa e a Assembleia de Freguesia de São Jorge de Arroios.
Sei, e posso disso falar desensombradamente, que foi um homem que despertou paixões contraditórias pelo seu feitio polémico e pouco dado a subtilezas e hipocrisias. Mas foi o Amigo certo e verdadeiro que eu sempre respeitei profundamente, muito considerei e considero como um dos meus melhores Amigos, fiel como sou às minhas amizades.
PAZ À SUA ALMA
A sua esposa, Exma Senhora D. Maria Guilhermina Duarte Catarino Alves de Azevedo deixo os meus sentidos pêsames e profunda Amizade.
José Filipe D. C. Menéndez
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Meu professor de História no Colégio Militar, no 4º e 5º ano, ao seu ensino devo grande parte do meu interesse pela História e da decisão de me licenciar nesta matéria. Muito culto e de um espírito singular, a sua morte é uma perda para a cultura portuguesa. Viverá na sua obra e na memória de quem teve a honra de com ele aprender.
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Caro Sérgio Sodré
Também meu professor de História no Colégio Militar mas no 1.º e 2.º anos.
Paz à sua Alma
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