Fernando Xavier de Miranda Henriques (2º conde de Sandomil) -- dois baptismos?
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Fernando Xavier de Miranda Henriques (2º conde de Sandomil) -- dois baptismos?
Caros confrades,
Talvez me possam ajudar a perceber esta situação insólita. Encontro dois assentos de baptismo do meu 9º avô:
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4814872 (imagem 1008)
7.2.1706 na Encarnação, Lisboa
http://digitarq.adstb.arquivos.pt/viewer?id=1209650 (imagem 63)
6.2.1707 em São Julião de Setúbal.
Correspondem os pais (Luis de Miranda Henriques e Madalena Luisa de Bourbon).
Francisco Barreto da Costa é padrinho em ambos.
No primeiro, de difícil leitura é uma Margarida Juliana (?), com procuração por ??? José Botelho.
No segundo a madrinha é a condessa de São Miguel, pelo cunhado Miguel João Botelho (que poderá ser o que no Geneall está como Miguel José Botelho, irmão do 2º conde de São Miguel).
Alguém conhecerá melhor a casa de Sandomil e saberá esclarecer? Ou talvez alguém consiga ler algo no primeiro assento que lance alguma luz sobre a situação?
Poderão sempre ser dois filhos com o mesmo nome, claro. Mas tão perto um do outro e com o mesmo nome?
Obrigado e os melhores cumprimentos,
Nuno
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Com datas diferentes e madrinhas diferentes serão assentos diferentes. O mais provável é o primeiro ter morrido pouco depois, pelo que lhe sugeria uma pesquisa nos óbitos.
A madrinha do primeiro seria D. Margarida Juliana de Távora que casaria em 2ªs núpcias com o 1º conde de Sandomil.
A. Luciano
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Caro A. Luciano,
Obrigado pela pista. Já procurei no período entre os dois baptismos na Encarnação e em São Julião, sem sucesso. A letra atroz do primeiro também não ajuda! Poderá ter morrido noutro local, penso que será complicado encontrar. Enfim, nunca se sabe se deparo com ele por caso...
Cumprimentos,
Nuno
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Caro Nuno Miranda
Possivelmente serão dois irmãos nascidos com cerca de um ano de diferença e falecido o primeiro antes do nascimento do segundo.
A repetição do nome, a identificação dos pais e coincidências nos padrinhos também reforça essa ideia.
A descoberta do registo do óbito pode não ser fácil, admitindo que não sucedesse numa das freguesias referidas e podendo ser noutra onde o casal ou família tivessem outra residência.
O padrinho no primeiro baptismo é representado por André Teles da Silva e a madrinha D. Margarida Juliana de Távora, Condessa de Sandomil (I), por Tomás José Botelho de Távora, futuro Conde de São Miguel (III), seu sobrinho.
No segundo baptismo o padrinho é representando pelo Conde de S. Miguel, sendo a esposa deste a madrinha. Ora em 1707 o Conde poderia ser D. Álvaro José Botelho de Távora casado com D. Antónia Luisa de Bourbon ou pelo seu filho Tomás (acima) casado com D. Juliana Xavier de Lencastre.
Esta segunda hipótese com alguma força por dizer que a Condessa ser representada pelo cunhado Miguel (João ou José) Botelho (de 15 anos?)
Cumpts,
RCC
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Caro Nuno Miranda,
Já me deparei com baptismos de duas irmãs - também no século XVIII - com o mesmíssimo nome e não se deu o caso da primeira ter morrido antes da outra ter sido baptizada. De resto, ambas casaram e tiveram filhos.
Deram-lhes o nome de Josefa Luísa no baptismo. Depois a mais nova acrescentou "Maria" ( Josefa Luísa Maria, portanto) e conjugou/usou os apelidos de forma distinta da outra.
Cumprimentos,
Pedro Sousa
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Caros RRC e Pedro,
Obrigado pelas mensagens. Penso ser improvável terem dois Fernandos com um ano de diferença, mas nestas andanças raramente há certezas... Um deles tenho-o como Fernando Xavier, de quem eu seria descendente. Havendo dois, como saber ao certo?
Talvez a resposta esteja num número da revista Raízes e Memórias que terá um artigo sobre os Miranda Henriques, mas espero ainda uma oportunidade para a consultar na Biblioteca Nacional. Os apontamentos que me chegaram do meu tio-avô são algo confusos e não têm correspondência no que está no Geneall (o que não quer dizer, só por si, que estejam errados).
Diz o meu tio-avô (e que a minha prima Leonor teve a paciência de transcrever):
"XIV- António de Miranda Henriques
Fidalgo da casa Real, Gentil-Homem da Câmara de El-Rei D. João IV e senhor de Codiceira, Alval e Freixofeira.
Casou com D. Mariana de Melo, Filha de Manuel Borges de Macedo, Comendador na Ordem de Cristo, e de sua mulher D. Inês de Melo; neta paterna de Cristóvão da Fonseca Borges, Fidalgo da Casa Real, e de sua mulher D. Helena Clara de Sequeira; neta materna de Lopo António Guerreiro de Gusmão e de sua mulher D. Bernarda Luiza de Melo.
Destes foi filho primogénito: Luiz Xavier de Miranda Henriques.
[ ... António de Miranda Henriques, Comendador de S. Romão de Panoyas, no Arcebispado de Évora, Ordem de São Tiago da Espada, etc., e Gentil-Homem da Camara do Senhor Infante D. Pedro (depois Rei D. Pedro II), que casou com D. Mariana de Melo, filha de Manoel Borges de Macêdo, Comendador da Ordem de Cristo, e de sua mulher D. Inês de Melo, de quem teve, entre outros filhos, Manoel de Miranda Henriques que deu origem aos viscondes de Souzelos - Livro de Oiro da Nobreza pag. 381 -... ]"
Não encontro este casamento aqui no Geneall, mas o filho Luiz Xavier de Miranda Henriques está, casado com D. Madalena de Bourbon. Continuam os apontamentos:
"XXIII- Luiz Xavier de Miranda Henriques
[... Fidalgo da Casa Real, Gentil-Homem da Câmara de El-Rei D. Pedro II, Almirante das Frotas do Brasil, senhor da Freixofeira e de várias terras e comendas.
Casou com D. Madalena de Bourbon, herdeira do título de Conde de Sandomil, filha herdeira de D. Fernão de Mascarenhas, Comendador de Alcácer do Sal na Ordem de Cristo, Coronel de Cavalaria e Governador da Praça de Setúbal, e de sua mulher D. Antónia de Bourbon; neta paterna de D. Pedro de Mascarenhas, Comendador de alcácer do Sal (filho de D. Simão de Mascarenhas e de sua mulher D. Filipa de Mendonça), e de sua mulher D. Helena Henriques (filha de Pedro Vaz Côrte-Real e de sua mulher D. Inês de Noronha); neta materna de D. Tomaz de Noronha, 3º Condes dos Arcos, do Conselho de Guerra e de Estado, presidente do Conselho Ultramarino e Gentil-Homem da Real Câmara (filho de D. Marcos de Noronha e de sua mulher D. Maria Henriques) e de sua mulher a Condessa D. Madalena de Bourbon (Filha e herdeira de D. Luiz de Lima, D. Luiz de Lima Brito e Nogueira 1º condes dos Arcos, e de sua mulher a condessa D. Victória de Cardaillac) (ver Condes dos Arcos).
Destes foi filho primogénito:
XXII- António Xavier de Miranda Henriques
Fidalgo da Casa Real e Senhor de toda a casa de seus pais.
Casou com sua prima D. Helena de Bourbon, filha de D. António de Almeida, 2º Conde de Avintes, e de sua mulher a Condessa D. Maria Antónia de Bourbon; neta paterna de D. Luiz de Almeida, 1º Conde de Avintes, e de sua mulher a Condessa D. Isabel de Castro, neta materna de D. Tomaz de Noronha, 3º conde dos Arcos, e de sua mulher a condessa D. Madalena de Bourbon.
Destes foi filho primogénito:
XXI- Fernão Xavier de Miranda Henriques
Fidalgo da Casa Real e Senhor da enorme a casa de seus pais.
Casou com a sua prima D. Violante Josefa de Melo, filha de António Teles da Silva, Fidalgo da Casa Real e Mestre de Campo General, e de sua mulher D. Teresa Josefa de Melo ( ver Condes dos Arcos); neta paterna de Fernão Teles da Silva, 2º Marquês do Alegrete e 3ª conde de Vilar Maior, e de sua mulher a Marquesa D. Helena de Noronha; neta materna de Francisco de Melo, senhor de Ficalho, e de sua mulher D. Inês Francisca de Távora.
Destes foi filho primogénito:
XX- José Xavier de Miranda Henriques
Fidalgo da casa Real.
Casou com D. Teresa Josefa de Melo Veloso Barreto, filha e herdeira de Pedro Veloso Barreto, Fidalgo da Casa Real e senhor das casas de Alval, Vila Meã, Santa Marta, São Domingos e Corregos, e de sua mulher D. Francisca Teresa de Melo; neta paterna de Manuel Veloso Barreto, Fidalgo da Casa Real (filho de João Veloso Barreto, Fidalgo da Casa Real e de sua mulher D. Beatriz Osório da Cunha Portocarrero), e de sua mulher D. Barbara Antónia de Menezes (filha de Manuel Corrêa da Costa, Fidalgo da Casa Real, e de sua mulher D. Beatriz de Menezes); neta matrna de D. Francisco de Melo, Gentil-Homem da Real Camara (filho de Pedro de Melo, Fidalgo da Casa Real e Governador do Maranhão, e de sua mulher D. Maria de Mendonça), e de sua mulher D. Ana Maria da Cunha e Távora (filha de Tristão António da Cunha e Menezes, Fidalgo da Casa Real e Senhor do Morgado de Paio Pires, e de sua mulher D. Leonor Tomásia de Távora).
Destes foi filho primogénito:
IX- João Maria de Melo Veloso Barreto de Miranda Henriques"
(etc., etc)
Suponho que algo aqui esteja errado, mas não tenho como saber precisamente onde. Podem também ser os dados no Geneall que não estão certos. No Geneall, D. António de Almeida não tem uma filha Helena de Bourbon (em XXII, acima). Será apenas uma omissão?
Enfim, continuo a tentar destrinçar o meu puzzle, que a família é grande.
Melhores cumprimentos,
Nuno
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Caro Nuno
Será que li mal e André será António?
Assim o texto corrigido seria
O padrinho no primeiro baptismo é representado por António Teles da Silva e a madrinha D. Margarida Juliana de Távora, Condessa de Sandomil (I), por Tomás José Botelho de Távora, futuro Conde de São Miguel (III), seu sobrinho.
Sendo que este António Teles da Silva é o que refere na sua resposta.
Cumpts,
Rui C Correia
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"No Geneall, D. António de Almeida não tem uma filha Helena de Bourbon (em XXII, acima)."
Numa outra fonte vem uma filha Maria de Bourbon (que pode ser Maria Helena) mas falta a Bernarda que vem no Geneall.
Só vendo um registo desta Helena ou seu descendente podemos confirmar a ascendência. Mas as Helenas surgem antes e depois nesta família.
Luis de Miranda Henriques e Madalena de Bourbon têm uma filha Helena, nome comum da avó paterna e da bisavó por parte do avô materno.
Como tenho nas minhas linhas de estudo pessoal alguns colaterais a estes, irei conferir se eventualmente terei algumas notas sobre estes.
RCC
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Caro Rui,
Fico-lhe muito grato pela sua amabilidade.
Eu também teria lido "André", mas voltando ao assento e pensando em "António" parece-me também mais provável. O tio (e futuro sogro!) seria assim o padrinho.
Naquele "XXII" temos um casamento entre "fantasmas": um filho António que não aparece no Geneall como filho de Luis de Miranda Henriques... e uma filha Helena que não aparece na descendência de D. António de Almeida. É como se houvesse uma geração intermédia que não existe.
Se algum confrade por acaso tivesse a tal revista "Raízes e Memórias" com o artigo sobre os Miranda Henriques, talvez pudesse também ver se lá está alguma referência.
Melhores cumprimentos,
Nuno
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A título de curiosidade, procurava novamente o fugidio filho José, de Fernando Xavier e Violante, na Encarnação e em São Julião e encontrei uma filha Inês, "inédita" no Geneall (http://digitarq.adstb.arquivos.pt/viewer?id=1209641 img.145).
Cumprts,
Nuno
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Nuno
Também há informação em Felgueiras Gaio (Mirandas 9 e Mascarenhas 11).
(enviei para a sua cx)
Cumpts,
Rui
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José Xavier de Miranda Henriques
Caros confrades,
Num golpe de sorte encontrei no livro "Extractos dos Processos para Familiares do Santo Ofício" (Minerva, 1937) o que poderiam ser os dados que procurava, os locais de baptismo e casamento do José Xavier de Miranda Henriques.
Diz este livro, na pp. 622 (Maço 1, diligência 14, 3.VIII.1756, de Fr. Aleixo de Miranda Henriques) que José Xavier nasceu em 8.1.1728, bp. 22.1.1728 em Santa Justa e (numa chamada a outro processo) casou com D. Teresa Josefa de Melo Veloso Barreto em Santa Justa a 12.2.1743.
Isto levanta dois problemas:
1. Não consigo encontrar o assento de baptismo ou o de casamento nestas datas e à sua volta nos livros de Santa Justa. Todos os outros irmãos de quem encontrei assentos nasceram em São Julião, Setúbal, onde também procurei este sem sucesso.
2. As datas batem certo com os outros irmãos que encontrei, sendo que a senhora teve praticamente um filho por ano e este "calha" numa data possível. Mas segundo a "História Genealógica da Casa Real Portuguesa" (https://books.google.pt/books?id=AwhYAAAAcAAJ&pg=PA626&lpg=PA626&dq=armas+de+condes+de+sandomil&source=bl&ots=1ArSj9iqGm&sig=Op05r3xI4ITvckkcv35ZxgvDaxw&hl=pt-PT&sa=X&ei=CSQsVeC-L-Gj7AbZkQE&redir_esc=y#v=onepage&q=armas%20de%20condes%20de%20sandomil&f=false) precisamente nesta data teria nascido uma irmã Maria Josefa! Um dos dois poderia ter nascido em 1727, embora os "Extractos" refiram que o José é o terceiro filho, sendo o primeiro, segundo a "História Genealógica", Teresa Josefa a 25.9.1725.
Peço então ajuda aos confrades se por acaso terão alguma informação sobre isto ou se me poderão ajudar a encontrar os assentos "fugidios". Sei que temos por cá alguns estudiosos dos Miranda Henriques, pelo que há sempre esperança.
Um obrigado antecipado e cumprimentos,
Nuno
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Caros confrades e confreiras,
Renovo o meu pedido de informações sobre José Xavier de Miranda Henriques.
Já procurei cuidadosamente nas diversas Santa Justas que por aí há e em São Julião, mas sem sorte. Se alguém tiver alguma informação sobre o José Xavier ou seu filho João Maria de Melo Veloso Barreto de Miranda Henriques ficava muito grato.
Melhores cumprimentos,
Nuno
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Caro Nuno Miranda
Peço-lhe desculpa de só hoje tentar responder às questões colocadas por si neste tópico.
No meu artigo, do n.º 28 das “Raízes & Memórias”, intitulado «Varonia e Costados do Visconde de Sousel e outros subsídios para a Genealogia dos Mirandas Henriques, uma Família ligada à Expansão», só acessoriamente me refiro aos Miranda Henriques (MH), 2.º e 3º condes de Sandomil, ao mencionar Simão de Miranda Henriques, 2.º filho de Aires de Miranda e de sua mulher Briolanja Henriques, progenitores dos Miranda Henriques.
Este Simão de Miranda Henriques era irmão de Henrique Henriques de Miranda, progenitor do ramo conhecido como o dos MH, Alcaides-mor de Fronteira, a que pertencia o visconde de Sousel. Simão MH era 5.º avô de Luís de Miranda Henriques casado com D. Madalena Luísa de Bourbon e pais de Fernando Xavier de Miranda Henriques, 2.º conde de Sandomil.
Curiosamente, D. Madalena Luísa de Bourbon, além de ter varonia de Mascarenhas, era descendente do mesmo Simão de Miranda Henriques, também sua 5.ª neta, tal como o seu marido. Cruzamentos consanguíneos que abundam entre os Miranda Henriques e os Mascarenhas.
Aliás, D. Madalena era 4.ª neta de D. Helena Henriques, casada com Fernão de Mascarenhas e uma irmã deste, D. Isabel de Mascarenhas, era casada com Fernão de Miranda Henriques, irmão de D. Helena e 4.os avós do seu marido Luís de Miranda Henriques. Consanguinidades muito comuns, não só na nobreza como no 3.º Estado, embora por outras razões de natureza social.
Mas o meu conhecimento sobre os MH de Setúbal, sobre a Casa de Sandomil, pouco mais contem. Escrevi vários conteúdos aqui no Geneall, noutro tópico sobre os MH em:
http://geneall.net/pt/forum/157403/os-miranda-henriques/#a288589
Aí, numa entrada de 21-12-2010, falo em especial de António José de Miranda e Almeida, formado em Filosofia, a 6.7.1786 e em Matemática a 9.7.1787, doutor em Medicina a 15.7.1792. O qual era descendente de António de Miranda e Mendonça, sargento-mor de cavalaria e comendador da O. de de Cristo (irmão mais novo do 2.º conde de Sandomil, Fernão Xavier de Miranda Henriques) e de sua mulher D. Luísa Francisca de Almeida e Castro.
Embora tenha muitas dezenas e dezenas de páginas de apontamentos e fotocópias sobre os MH, creio não ter mais nada, em particular, sobre os Sandomil.
Mas se, no meio do que tenho, encontrar algum elemento de interesse voltarei aqui para o partilhar.
Agora quanto à sua dúvida, relativa aos dois baptizados, pode ter na origem vários motivos.
Ainda esta 5.ª feira, com o meu Amigo e confrade José Costa Caldeira, distinto genealogista e pessoa de muito saber, lhe expus e relatei um caso, melhor dizendo O CASO, dos 4 assentos de baptismo do pai do visconde de Sousa Prego. É um quebra- cabeças saber porque é que o mesmo (e não se trata de um irmão homónimo) foi baptizado duas vezes, com um lapso de 3 anos, em freguesias diferentes, como filho dos mesmos pais, nas duas reformulações dos assentos de baptismo originais em que vinha, num deles, como filho natural do pai e de mãe incógnita e no outro como filho de pais incógnitos. Ambos os assentos foram reformulados mais tarde e posteriormente ao casamento do pai, in articulo mortis, com a mãe. Ambas as crianças, A MESMA no dizer do pai no seu testamento (datado de 20-01-1845, data do seu casamento e da morte), legitimadas de jure por duas legitimações afastadas 7 anos uma da outra (30-05-1849 e 11-03-1856) escrevendo preto no branco o mesmo nome do jovem que procurava a estabelecer a legitimação para a mercê do foro de Cavaleiro Fidalgo da Casa Real (no 1.º caso com 21 anos e no 2.º com 25 anos) e o mesmo nome dos seus pais.
Bem, no caso que o Nuno relata, e pondo de parte a hipótese de se tratar de dois irmãos com o mesmo nome (sucedia, por vezes, serem vivos dois irmãos com o mesmo nome de baptismo, que só por altura do crisma sofria um acrescento que os distinguia), o que pode ter acontecido é terem surgido dúvidas quanto ao baptismo inicial e, a dada altura, terem procedido a um novo baptismo. Mas nesse caso não vinha, em princípio, exarada outra data de nascimento … a menos que se quisesse passar uma esponja sobre um hiato de n meses sobre o nascimento em que a criança não fora baptizada.
Casos comuns e frequentes que conheço na própria família, lá para trás, em que para aligeirar a falta de n meses sem se ter baptizado a criança, se dava o suposto nascimento desta para uma data posterior à verdadeira, de modo a encobrir um intervalo tão grande.
Também sucedia, por motivos justificados de falta de saúde, fazer-se um baptismo à pressa da criança que, sobrevivendo, recebia depois os Santos Óleos. Mas, em qualquer dos casos, não existiria nunca razão para dois assentos de baptismo com duas datas diferentes de nascimento. Quando muito o pároco escrevia no mesmo assento, à margem, a data dos Santos Óleos ou, no caso de haver dúvidas quanto à eficácia do bapismo, à sua repetição. Mas nunca com duas datas de nascimento diferentes.
Neste caso dos Sandomil, não sei se se tratará mesmo de duas crianças?
No caso que relatei o quebra-cabeças é dizer-se que é a mesma criança, com duas datas de nascimento espaçadas temporalmente três anos e geograficamente ocorrido e registado em duas freguesias vizinhas.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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Prezado José Filipe Menéndez,
Por acaso terias a ascendência da Luísa Francisca de Almeida e Castro, que pudesse fazer a gentileza de aqui informar?
Antecipo agradecimentos. Abraço fraterno.
Samuel de Castro
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Caros Senhores,
Deparei-me com este fórum e tomo a liberdade de enviar informação que, por ventura, poderá trazer mais informação a quem seria o Conde de São Miguel, pelo menos em 1710 e que teria um filho chamado Miguel João Botelho de Távora. Na verdade, Leonor, filha de uns avós meus, também tem dois registos de batismo: Um na freguesia de Nossa Senhora do Monte na Caparica onde de facto foi batizada e outro na freguesia de São Tiago onde residiam seus pais na quinta de Vale Mourelos . No registo da Caparica não é referido o nome do Conde de São Miguel (só o titulo) mas no 2º o seu nome vem expresso: Álvaro José Botelho de Távora. Segue link da freguesia de São Tiago, Almada.
http://digitarq.adstb.arquivos.pt/viewer?id=1204773 (imagem 72)
Atentamente,
Ana Val Ferreira
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