Assento de óbito "sem nome"
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Assento de óbito "sem nome"
Caros confrades,
De Edmundo e Marianna, tive, até há pouco tempo, estes filhos:
CARLOS
N. 18.04.1793
Mercês, Lisboa
GUILHERME
N. 06.10.1794
São Mamede, Lisboa
ANNA
N. 06.03.1797
São Mamede, Lisboa
JOSÉ
N. 22.02.1799
JOSÉ EDMUNDO
N. 1801
São Mamede, Lisboa
ANTÓNIO
N. 26.07.1804
São Mamede
Entretanto, ao consultar os registos de óbitos da freguesia de São Mamede, deparei-me com este assento, que refere uma menina, sem nome, falecida em 10.09.1796.
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4819876 0013.tif
Pensei que se tratava de uma morte no parto, dada a ausência de nome, mas depois verifiquei a discrepância em relação à data da filha “seguinte”, Anna, nascida a 6.03.1797, e fui procurar o nascimento desta filha “sem nome” (em São Mamede).
Não encontrei nada … isto é mais um desabafo que outra coisa, pois fiquei com mais um mistério … se algum dos confrades / confreiras tiver alguma idéia …
Cumprimentos,
Fátima
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Assento de óbito
Fátima;
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Guilherme 1794
Menina---- 1796--Tente encontrar o assento nasc. nesta difª tempo!....
Ana-------- 1797
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Cumprimentos
Sc.
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Assento de óbito
Já encontrei em vários livros de óbitos crianças recém nascidas sem nome e apenas designadas por menino e menina.
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Assento de óbito
Está bem, Saintclair, eu vou procurar nas Mercês ... embora não veja a lógica, eles moraram sempre em São Mamede a partir de 94 ...
Vera, a o problema está no lapso de tempo entre a tal menina sem nome, e a menina seguinte ...
... em que situações os padres registavam assentos de óbito "sem nome", se a criança já não fosse recém nascida ?
Obrigada
Fátima
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Assento de óbito
...A menina teria à volta de 12 meses, e ainda não
estaria baptizada.Talvez tivesse sido esse o motivo.
http://digitarq.arquivos.pt/vaultimage/?id=EE1622C9AEE194DD4DDFB82A8C966997&r=0&ww=1000&wh=600&s=false
Sc.
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Assento de óbito
Mas Saintclair, porque teria ela 12 meses ? O assento diz que tinha sido baptizada em São Mamede, e todos os outros filhos foram baptizados menos de um mês após o nascimento.
Já verifiquei nas Mercês, não está lá ... bom, como eu disse, é só um desabafo, mais uma coisa que não faz sentido, mas não deve ser nada de importante :)
Fátima
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Assento de óbito
Cara Fátima:
«Sem Nome», «Inominado» e outras expressões equivalentes eram usadas na época para referir crianças que não tinham vivido tempo suficiente para receber o sacramento do baptismo.
Ora, nesse tempo, não se registavam nascimentos, mas apenas baptismos.
Por isso, parece-me que não vale a pena procurar o assento de um baptismo que nunca se realizou.
Cumprimentos,
José Caldeira
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Assento de óbito
Quando nasc. Ana 6.03.1797, tinham passado 6 meses
sobre o óbito dessa criança sem nome,10.9.1796, o quer
dizer que a Ana já andava em gestação há 3 meses quando
houve o desenlace. Basta fazer as contas.
Sc.
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Assento de óbito
Caro José Caldeira,
Isso foi o que eu aprendi, uma morte da criança no parto ou pouco depois. Ainda assim, não era costume as parteiras baptizarem algumas dessas crianças ... ? Em muitos assentos de baptismo consta "anteriormente baptizado/a em casa por estar em perigo de vida", pois acreditava-se que as crianças não baptizadas não podiam ir para o céu.
No caso em apreço, o assento de óbito não menciona "sem nome" ou "inominado" ou "anjinho" como já vi por várias vezes. Aparece um espaço em branco onde devia estar o nome. E o padre indica que a criança, sim, havia sido baptizada.
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4819876 0013.tif
A minha questão, e talvez não me tenha explicado, prende-se com o referido acima. Se a criança não tinha vivido tempo suficiente para ser baptizada (no entanto o assento indica que terá sido), então ela teria nascido algures no início de Setembro (data do óbito 10.09.1796), no entanto existe uma irmã que nasceu a 06.03.1797 !
É uma incongruência. Se faleceu com poucos dias, como pode ter uma irmã nascida menos de 6 meses depois ? E se não faleceu com poucos dias, como pode não ter nome, nem assento de baptismo ?
Caro Saintclair,
ver acima, por favor.
Obrigada a ambos,
Fátima
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Assento de óbito
Cara Fátima
Quanto a mim, não existe mistério nem incongruência.
O pároco quando quis redigir o assento não se lembrou do nome da criança, motivo por que deixou em branco o espaço para ele. Mais tarde, as ocupações, os afazeres…
Em finais do séc. XVIII, é caso pouco corrente, mas em tempos anteriores, sobretudo no séc XVI, é banalíssimo.
Cumprimentos deste que ainda não esqueceu que se chama…
Manuel Cravo.
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