Peniche - Rio de Janeiro - Inquisição - João Álvares - Isabel Palhana
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Caros confrades,
Investigo a ancestralidade de João Alves Palhano, filho de João Álvares e de Isabel Palhana, batizado na Freguesia de São Pedro de Peniche, que se casou com Maria Francisca, filha de Leonardo Gonçalves e de Maria Franca, em 17 de novembro de 1712, batizada na Freguesia de Nossa Senhora da Ajuda de Peniche, conforme assento de matrimônio a seguir:
TIF 22: http://digitarq.adlra.arquivos.pt/viewer?id=1114485
Sei que há pelo menos uma família Palhano em Peniche, mas há na Torre do Tombo um processo da Inquisição relativo à prática de judaísmo em face de uma Isabel Palhana, casada com João Álvares Mouzinho (no processo é tratado tanto por "João" quanto por "Simão").
http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2304955
Ocorre que esta Isabel Palhana e este João Álvares (Mouzinho) referidos nos autos residiam no Brasil.
Seria possível, naquela época, que os pais de João Alves Palhano tenham nascido no Brasil e imigrado para Portugal? Ou seria um casal homónimo, sem qualquer parentesco com os pais de João Alves Palhano?
Se os confrades puderem auxiliar-me no decifrar deste pequeno mistério, ficarei muito grato.
Cordiais cumprimentos,
FilipeFlard
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Casamento do filho em 1712.
Prisão em 1714
Sentença auto-Fé em;16/2/1716
Marido; João Alves Mouzinho; cristão-velho, Capitão
A Ré recebeu da Mesa,licença a 24/10/1718 para poder
regressar ao Brasil.
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Analisando este caso; parece ser a mesma família, por
qualquer motivo o filho casou em Peniche, e teria sido
após esse casamento que a Inquisição começou a actuar.
Marido;Capitão-Pai;Mercador, gente que tinha contactos
com os Portos de Mar em Portugal e Brasil etc....
Saintclair
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Caro SaintClair,
Analisando melhor os documentos, parece que João Álvares e Isabel Palhana eram naturais do Brasil, enquanto João Alves Palhano seria natural de Peniche.
Isabel Palhana declarou no processo ter 22 anos. Se ela declarou essa idade em 1713, ela deve ter nascido por volta de 1691.
Logo, em 1712, ela devia ter 21 anos e dificilmente poderia ter um filho em idade de se casar.
Até penso que se trate da mesma família, mas que se trata de homónimos. O João Álvares e a Isabel Palhana pais de João Alves Palhano devem ser parentes do João Álvares Mouzinho e da Isabel Palhana referidos no processo, mas penso que não sejam as mesmas pessoas.
Seguirei investigando e informarei neste tópico se descobrir algo.
Cordiais cumprimentos,
FilipeFlard
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Localizei na Freguesia de São Pedro de Peniche o assento de baptismo de um João, filho de Isabel Palhana e de pai incerto, baptizado em 09 de setembro de 1681.
Pode ser o João Alves Palhano...
TIF 35: http://digitarq.adlra.arquivos.pt/viewer?id=1112862
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Talvez a Isabel tivesse mais que 22 anos;
Casada, problemas com a Inquisição etc,
poderá a idade não estar correcta!
Cumprimentos
Sc.
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Prezados confrades,
Com o apoio das genealogias constantes dos processos do Santo Ofício envolvendo a família e do que pude pesquisar nos livros paroquiais, pude fazer algumas descobertas.
Isabel Palhana nasceu mesmo no Rio de Janeiro e era filha de António Farto Dinis e de Catarina Gomes Pereira, bem como neta paterna de Martinho Rodrigues e de Maria Martins Palhana e neta materna de Luís Gomes Pereira (por sua vez, filho de Fernando Gomes e de Maria das Neves, filha de Luís Pereira e de Branca Álvares) e de Inês do Rosário (filha de João Lopes Pinto e de Joana Rodrigues).
Os problemas desta família com a Inquisição parecem ter ligação com o destino de Diogo Gomes Pereira, filho de Fernando Gomes e de Maria das Neves, que foi relaxado à justiça secular no auto-da-fé de 30 de junho de 1709 e aparentemente ardeu na fogueira por delito de judaísmo.
À exceção do próprio António Farto Dinis, havido por cristão velho, responderam a processos no Santo Ofício sua mulher Catarina Gomes Pereira e os filhos Simão Farto Dinis, Diogo Rodrigues da Cruz, Francisco Gomes Dinis, Catarina Gomes Palhana, Maria do Bom Sucesso e Isabel Palhana, além de outros parentes colaterais.
Alguns alegaram ter o estatuto de cristãos velhos, mas as diligências da Inquisição não tardaram a ligá-los ao Diogo Gomes Pereira.
António Farto Dinis, nascido em Peniche, casou-se em 08 de junho de 1676 com Catarina Gomes Pereira, nascida em Santos (Brasil). O assento está no Livro 2º da Sé do Rio de Janeiro:
"Aos oito dias do mês de junho de mil e seiscentos e setenta e seis, às nove horas da manhã, nesta Igreja de São José [...], em minha presença [...] casaram-se [...] com as bênçãos ANTÓNIO FARTO DINIS, natural da vila de Peniche, filho de Martinho Rodrigues e de sua mulher Maria Martins Palhana, e CATARINA GOMES [PEREIRA], natural da vila de Santos, filha de Luís Gomes [Pereira] e de sua mulher Inês do Rosário, de que fiz este assento no próprio dia que assinei."
(Número do Filme: 004626356 - Imagem 291 - https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-GVLS-8?i=290&cc=1719212&cat=57132)
Se Isabel Palhana tiver nascido no Rio de Janeiro depois do casamento de seus pais em 1676, não pode ser a mãe deste João, filho de Isabel Palhana e de pai incerto, baptizado em 09 de setembro de 1681.
TIF 35: http://digitarq.adlra.arquivos.pt/viewer?id=1112862
Parece-me possível que o João Alves Palhano seja filho desta Isabel Palhana e do João Álvares (também chamado pela Inquisição de João Álvares Mouzinho e de Simão Álvares Mouzinho).
De todos os processos inquisitoriais que consultei, porém, consta que Isabel Palhana não teve filhos, o que tanto a mãe quanto os irmãos, tios e primos dela repetiram ao serem interrogados sobre a genealogia.
Foi João Alves Palhano protegido por seus parentes, todos os quais disseram em interrogatório que Isabel Palhana e João Álvares não tinham filhos, embora tenham dado os nomes de outros membros da família?
Ou as circunstâncias de seu nascimento fizeram com que ele fosse criado longe da família, de modo que só os pais soubessem de sua existência, o que permitiu escondê-lo da Inquisição?
Ou talvez Isabel Palhana não tivesse filhos legítimos de João (ou Simão) Álvares Mouzinho, mas tenha tido um filho natural com outro João Álvares (pai do João baptizado em 1681), segredo conhecido por poucos?
Sem excluir ainda a possibilidade de haver equívocos por homonímia, penso que ainda haja muito por esclarecer...
Cordiais cumprimentos,
FilipeFlard
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