Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
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Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caros Confrades
Existindo já neste fórum 3 tópicos Juzarte/Zuzarte, pareceu-me no entanto melhor iniciar outro, tanto mais que sendo o nome patronímico estou convencido que terá dado origem a diferentes troncos familiares completamente independentes uns dos outros. Distintos troncos estes suponho que ainda por destrinçar quase na sua totalidade.
Confesso que durante muitos anos baralhei na minha cabeça Juzartes com Jácomes nos meus ramos de ascendência, mas depois de recentemente Manuel Abranches do Soveral me ter esclarecido em definitivo sobre estes últimos, tive curiosidade de relembrar os primeiros, cujo apelido se manteve na minha família até ao mais velho dos irmãos de minha Avó paterna.
Ao verificar nada terem que ver com os do Alentejo ou Santarém referidos por João Cordovil Cardoso (ou terão remotamente?) e por isso mesmo, e seu eventual interesse, resolvi aqui deixá-los ficar tal como me chegaram.
Os Juzarte Correios-Móres de Coimbra são a linha de que disponho, porque publicada em árvore apensa ao texto no "Brás Garcia Mascarenhas" da autoria do Pe. Dr. António Vasconcelos (Coimbra, Imprensa da Universidade, 1922) a páginas (173/74) da Nota III dos extensos Documentos Genealógicos em anexo.
António de Vasconcelos, 1º Director do Arquivo da Universidade de Coimbra, publicara já esta sua obra anteriormente em artigos na Revista da Universidade de Coimbra vols. I, II e VIII, estudo este fazendo parte da série de trabalhos do Instituto de Estudos Históricos e Filosóficos da Faculdade de Letras da mesma cidade. O livro, embora datado de 1922, tem prefácio do Autor assinado em 1912.
Passo a trancrever:
"É uma família muita distinta de Coimbra, esta dos Juzartes, cuja pedra de armas ainda hoje se vê sobre o portão da sua casa na antiga rua das Fangas, hoje chamada de Fernandes Tomás, logo abaixo das escadas que comunicam esta rua com a antiga do Correio, ora de Joaquim António de Aguiar. Pertence hoje esta casa a um ramo da família dos Garcias Mascarenhas, enlaçada com a dos Juzartes (Nota geneal. I, XII b',,).
Eis a árvore genealógica dos Juzartes, segundo um nobiliário dos princípios do século XIX, pertencente ao meu ilustre colega Dr. Eugénio de Castro e Almeida:
1. Pedro Rodrigues Juzarte, que parece foi filho de Rodrigo Juzarte, neto do conde de Liuzarte estribeiro do infante D.Pedro duque de Coimbra, regente na menoridade de D.Afonso V; e casou com Catarina de Oliveira, de Monte-Mór-o-Velho
2. Vasco de Oliveira Juzarte, morador em Monte-Mór-o-Velho no reinado de D.Afonso V, casou na casa de Francisco de Andrade, o qual era marido de uma irmã do bispo D.Brás Neto
3. Miguel Juzarte, filho 2º, ouvidor em Cantanhede, onde casou em casa de Domingos Gonçalves Godinho
4. Agostinho Juzarte, morador em Cantanhede, casou em casa de Pedro Soares
5. Miguel Juzarte de Andrade, c.c. a herdeira de Lançarote Ribeiro
6. Francisco Cardoso Juzarte, vereador e correio-mór de Coimbra em 1653, c.c. a filha e herdeira de Agostinho Maldonado, tabelião em Coimbra, filho de António Alves Antunes e de Guiomar Vaz Maldonado
7. Agostinho Juzarte Maldonado, familiar do Santo Ofício, c.c. D.Ana Teresa da Silva, filha e herdeira de Francisco Gonçalves Tojeiro da Silva, e de sua mulher D.Maria Gonçalves Tojeiro, de Matozinhos
8.1 Francisco Juzarte Maldonado Cardoso Ribeiro da Silva, fidalgo-cavaleiro da C. R. em 1717, senhor de Eiras e Vilarinho, c.c. a herdeira de António Machado de Paços, do Pôrto
8.2 D.Teresa Maria da Silva Juzarte, c.c. Bento Madeira de Castro, 1º editor do "Viriato Trágico". Da sua descendência nos ocuparemos adiante (VII c)
8.1.1 António Xavier Juzarte Cardoso, fid. caval., casou na casa de Pedro Lopes
8.1.1.1 Francisco Xavier Juzarte de Quadros, fid. caval., correio-mór de Coimbra, casou na casa de Francisco Baptista Montes, de Fontelas, sobre o Douro
8.1.1.1.1 António Juzarte de Quadros, n. em 1784
8.2.1 D.Francisca Xavier Juzarte Cardoso, c.c. Bernardo da Silva Castelo-Branco e Melo, da quinta dos Corvos à Nogueira, freguesia de Santos Evos
8.2.1.1 D.Antónia Luisa de Melo Cardoso, c.c. o Dr. Bernardo Duarte de Figueiredo, de Avô, cuja descendência estamos descrevendo".
Mantive o rigor do texto, acrescentando apenas a necessária numeração, texto este sobre o qual agradeço desde já colaboração no sentido de o acrescentar, corrigir e entroncar com outras linhas juzartianas, tendo em conta nomeadamente que, ao contrário de todo o restante material genealógico do Brás Garcia, este manuscrito de Eugénio de Castro e Almeida não parece ter sido verificado nas fontes documentais pelo autor. Interessante seria também obter os nomes das senhoras em casa de cujos pais os primeiros Juzartes de Coimbra foram casar, e mais algumas datas pelo menos das gerações descritas no nobiliário. Confesso também a minha curiosidade de saber onde eram os senhorios de Eiras e Vilarinho que nunca vi mencionados noutro lado.
Alexandre Tavares Festas
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Corrija-se sff o lapso: onde saiu
8.2.1 D.Francisca Xavier Juzarte Cardoso e 8.2.1.1 D.Antónia Luisa de Melo Cardoso, leia-se antes
8.1.2 D. Francisca Xavier Juzarte Cardoso e
8.1.2.1 D.Antónia Luisa de Melo Cardoso etc.
ATF
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RE: Juzarte, carregal do sal
Caro Alexandre
Como consta de outros tópicos Zuzarte, um dos quais iniciado por mim, descendo de vários ramos (ou um?) de Carregal do Sal. Com a ajuda do dr. Soveral que estuda um desses ramos, e a partir de Domingos Zuzarte, 5º sr. da casa das laranjeiras, verifico que tb, tal como o exposto, há relação com os Andrade. (ponto 5)Serão os mesmos? Domingos Zuzarte casou com Simoa Gomes de Andrade no final do sec. xvii, descendente do irmão mais velho de P. Álvares Cabral, sr. da casa de Azurara. Caso deseje, posso enviar-lhe a àrvore.
Vera
silvestre@aeiou.pt
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RE: Juzarte, carregal do sal
Correcção: Domingos Zuzarte, 4º senhor da casa das laranjeiras.
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RE: Juzarte, carregal do sal
Cara Vera
Embora eu esteja ligado ao Carregal do Sal, por nele ter vivido minha Avó paterna em casa de sua Avó materna, nada mais lhe sei dizer a respeito desse assunto, excepto que o apelido Juzarte reapareceu depois de um hiato de 4 gerações, em 1870, em excepção única familiar e como principal apelido (na forma antiga peninsular) no nome de meu tio avô mais velho Arnaldo Juzarte de Figueiredo e Faro, que encontrará aqui no GP como Arnaldo Juzarte Faro de Figueiredo. Seu irmão Salvador Duarte de Figueiredo e Faro Themes consta também, erradamente, da base de dados do Genea como Salvador Juzarte de Figueiredo e Faro Themes, por confusão, talvez tipográfica, feita na obra "Soares de Albergaria" entre Duarte e Juzarte, como se pode verificar pela confrontação do texto de Manuel Pais de Melo com o do Dr. Aº de Vasconcelos sobre as mesmas pessoas. Aguardo o assento de baptismo de meu Tio Salvador Duarte do ADV, pois o Arquivo da Universidade de Coimbra nem sequer responde a solicitações (para que se teriam posto online?!), e depois lhe direi mais alguma coisa, pois acredito que haja ligação entre estes Juzartes longamente estabelecidos em Coimbra e outras famílias na região ao redor, além dos Figueiredos.
Entretanto muito agradeço e gostaria de receber a sua árvore, mas precisaria de saber primeiro se para isso é preciso ter instalado algum programa especial, paf ou assim, para a poder ler. Apesar de me debruçar regularmente sobre topicos de árvores aqui no GP, ainda não consegui tomar uma decisão sobre qual a mais adequada para fazer download. Qual é a que a Vera usa? Quero uma em português correcto, mas parecem-me todas fraquinhas pelo que li, e sobretudo não se podem visionar antes de descarregá-las, ao que me pareceu.
Cordiais Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
atavaresfestas@hotmail.com
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Senhor
Alexandre Tavares Festas, fiquei algo curioso com o seu tópico, principalmente quando refere que Pedro Rodrigues Juzarte(que foi estribeiro do Infante D.Pedro) foi casado com Catarina de Oliveira,porque acontece que na minha família Bandeira, o dito Pedro Rodrigues Juzarte(meu 13º avô)aparece casado com D.Catarina Anes da Veiga e Nápoles, filha de João Esteves da Veiga e de D.Leonor Anes de Vasconcelos.
Será que me pode adiantar mais informações sobre esse Pedro Rodrigues Juzarte?
Muito lhe agradecia.
Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Sr. Festas:
Infelizmente não posso concordar consigo.
As genealogias do livro do Dr. António de Vasconcelos "Braz Garcia Mascarenhas" estão muito imcompletas e com erros.
V. Campos
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Alexandre Tavares Festas
Basicamente, tudo como no ttº de Juzartes do Gayo §2 e árvore 96 do Tomo I.
N4 Vasco de Oliveira Juzarte cc D. Antónia de Andrade fª de Gil Rz Paes, vassalo do Rei D. Duarte, e de Isabel Affonso de Andrade (ttº de Freires de Andrade §70 N2). Vasco Juzarte, viveu em Monte-Mór-o-Velho onde possuiu a capela de Fernão Migueis.
N5 Miguel Juzarte de Andrade cc Maria Godinho natural de Pias e moradora em Cantanhede.
N6 Agostinho Juzarte de Andrade cc Francisca Jorge Soares
N7 Miguel Juzarte de Andrade cc Maria Ribeiro Cardoso irmã do Bispo de Caba Verde e filhos de Lançarote Ribeiro Fidalgo da CR e m.er Antónia Cardoso
N8 Francisco Cardoso Juzarte cc Isabel Maldonado
Os senhorios de Vilarinho e Casaes de Eiras também são referidos, mas não dá para identificar onde ficam.
Por acaso não tem informações sobre a D. Antónia de Andrade, filha de Vasco de Oliveira Juzarte e cc André Pessoa? Mais concretamente, sobre os Pessoa de Monte-Mór-o-Velho e sua ligação aos Girões, por seu filho Gaspar Pessoa cc Catarina Girão?
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
Segundo Gayo, Pedro Rodrigues Juzarte c 1ª c D. Catarina Anes da Veiga, de quem teve André Juzarte cc D. Catarina Neto (ou D. Antónia de Andrade, segundo outros) e tiveram, entre outros, Gonçalo Rz Juzarte que tomou o apelido Bandeira.
Mas Pedro Rodrigues Juzarte c 2ª c D. Catarina de Oliveira, dando origem à linha exposta por Alexandre Tavares Festas.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Vasco,"ou Vasques?"
Tenho toda a informação disponível sobre estes Pessoas de Montemor - Luís Pessoa representado em estátua jacente em seu túmulo na Igreja Matriz da autoria provável de Diogo Pires o Moço com armas de Costas e Homens.
Também a propósito de Juzartes, é magnífica a casa do Correio -Mor na Freguesia de Almalaguês com armas de Juzartes sobre uma Cruz de Cristo do Sec. XVI.Está em ruinas e ainda tem afrescos nas paredes. Tinha uma tabela renascentista no lintel que foi retirada.
Cumprimentos à família,
João Bettencourt
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro João Bettencourt
Esta minha dúvida está relacionada com a origem dos Girões, ascendentes do morgado de Vilarinho de S. Romão (que deram os Viscondes deste local), em Sabrosa. Em tempos, lancei mesmo um tópico sobre o assunto: “Girões, de Vilarinho de S. Romão”.
Mas é claro que esses Pessoa, Juzartes, Andrade, etc também interessam.
Se tiver alguma coisa que me possa facultar, agradecia.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
vascojacome@net.sapo.pt
PS: sinceramente, não percebi foi a do “Vasques”...
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Conde Liuzarte
Caro Abilio Pinto e Cardoso Bandeira
Sendo nós meio meio parentes por Pero Rodrigues Juzarte, com exclusão das suas duas mulheres, pareceu-me melhor suprimir senhorias... Qual será o grau que liga um 13º descendente de um ramo a um 14º de outro? :)
Falando sério, obrigado pela sua intervenção, mas repare que eu não refiro, quem refere é o nobiliário de inicios de oitocentos de Eugenio de Castro e Almeida que aqui transcrevi para exactamente servir de texto base a um conhecimento actualizado e corrigido do seu conteudo. Uma das minhas dúvidas sobre o texto, que aproveito para aqui e agora sujeitar à opinião do fórum, é se se deve interpretar no ponto 1 que Pº Rodrigues Juzarte seja filho ou seja neto do conde de Liuzarte estribeiro do Regente. Há falta de clareza no português empregue. Além disso, o autor afirma "que parece foi filho", pelo que teria as suas dúvidas, naturalmente por conhecimento de vários casos de famílias que ao subirem socialmente se entroncavam mitologicamente. Independentemente no entanto de Pº Rodrigues Juzarte ser filho ou neto do conde estribeiro do duque de Coimbra, interessar-me ia saber se tem alguma informaçao sobre quem teria sido este inglês Liuzarte. Como se escreverá Liuzarte em inglês, aliás?
Fica pois aqui em aberto a questão da legitimidade de se considerar Liuzarte tronco desta linhagem, ou se deveremos iniciá-la apenas em Pedro Rodrigues Juzarte, e ainda, caso se venha a provar ser ele descendente do conde Liuzarte, se era filho ou se era neto deste.
À sua outra questão não respondo por já ter sido objecto da ajuda preciosa de Vasco Jácome.
Cordiais Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Abilio Pinto e Cardoso Bandeira
Caso lhe seja possível, e não dê muito trabalho, seria do maior interesse e penso que não só para mim reproduzir aqui a linha que domina oriunda do 1º casamento de Pedro Rodrigues Juzarte, de forma a enriquecer o nosso conhecimento sobre estes Juzartes conimbricenses. Aliás, pergunto, a sua linha manteve-se em Coimbra, ou passou a outros lugares?
Alexandre Tavares Festas
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro V.Campos
Penso que o seu comentário terá origem na minha expressão "rigor do texto", expressão essa que não se aplicava no entanto à generalidade da obra do Pe. Dr. Aº de Vasconcelos, mas sim e apenas à transcrição, essa sim, rigorosa, que fiz da nota em que ele publicou a árvore do nobiliário de Eugénio de Castro e Almeida.
Quanto ao resto... Cada um sabe de si, e Deus de todos! Respeitando embora a sua opinião, posso dizer-lhe que geralmente a minha formação histórica me leva a ser bastante severo quanto a textos sem fontes documentais como suporte, e ademais que não tenham em conta que as fontes históricas tanto foram criadas no passado para informar, como para desinformar... E igualmente asseverar-lhe que, de todos os livros aonde fui ler sobre a minha família, quando cheguei à idade de querer desvendar raizes, e conhecer-me melhor desbravando a noite dos tempos que me deu origem, o Brás Garcia foi a que mais prazer me deu, ao verificar nela, diferentemente de todas as outras (digo todas), uma tentativa bem sucedida de reconstituição historiada do outrora, do viver e das origens de toda uma aldeia, no caso Avô, com episódios cheios de sabor e pitoresco que alcançavam plena e verdadeiramente a função da genealogia como plano intermédio entre a história pessoal, ou biográfica, e a história regional. Também, e no que diz respeito ao ramo meu familiar na obra tratado, verifiquei abundância de pormenores, rigor na nomenclatura, datas, situações, interligações e reprodução documental que me deleitaram ao ultrapassar largamente outros trabalhos bem posteriores limitados a simples enumerações, quantas vezes com alguma data de nascimento apenas lá de duas em duas ou de três em três gerações... Nomes truncados... Gerações omitidas... Falta de verificação de fontes... E se não cito nomes de obras genealógicas em concreto, obras servindo até de fonte aqui ao GP, é porque me recuso a entrar em polémica sobre seja que assunto for, e reconheço ao mesmo tempo a imensa dificuldade com que esses estudos do passado foram realizados, e lhes dou valor de partida para novas obras a nascerem nos nossos dias de forma bem mais científica, e aonde quaisquer vaidades ou prosápias tendenciosas não possam ainda ter lugar, ou ser a razão sua motivadora.
Resta-me aproveitar a oportunidade para publicamente prestar homenagem à figura e à obra de um genealogista que, trabalhando há mais de cem anos, soube humildemente recorrer à pesquisa demorada e crítica sobre as fontes que geralmente aliás se deu ao trabalho de publicar -incluindo paroquiais- em adendas ou notas, permitindo assim a quase permanente confrontação do leitor com o sabor da cultura e da mentalidades coevas. Historiador regional e genealogista esse que na minha modesta opinião é respeitável e até exemplo a seguir embora, claro, como homem igual a todos nós, possa ter estado sujeito a erros.
Por isso consideraria altamente positivo se quisesse ter a gentileza de aqui apontar, documentando-as, falhas ou omissões que em Aº de Vasconcelos sejam do seu conhecimento, pois não é outro o propósito com que o tópico foi aberto, pelo menos no que diz respeito à àrvore de Juzartes, e nada obsta a que esse desígnio seja alargado à generalidade da obra genealógica do 1º Director do Arquivo da Universidade de Coimbra, como aliás a qualquer outra obra publicada de qualquer outro autor, penso, em abono do único interesse que neste fórum deve reunir-nos: a verdade histórica.
Com Antecipados e Gratos Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Vasco Jácome
The last to be answered, but certainly not the least. Uns dias afastado aqui do forum, deixei propositadamente para o fim a sua resposta de maneira a ter tempo não só de lhe agradecer a sua colaboração como também poder postar a árvore de Juzartes, agora árvore da descendência do 2º casa/ de Pº Rodrigues Juzarte, refeita com os elementos que aqui nos trouxe. Fiquei contente por o ver já respondido sobre a questão que colocou e sobre a qual confesso nada saber.
Gratos Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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Casa do Correio-Mór em Almalaguês
Caro João Bettencourt
Obrigado pela sua boa achega. Desconhecia por completo a existência de Almalaguês e dessa casa, que muito me interessou e logo fui procurar ao minhaterra.com, mas não anda por lá mencionada infelizmente. Por acaso dispõe de algum retrato dela, ou sabe se aparece por estes oceanos néticos nunca dantes navegados mais alguma informação?
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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Árvore de Juzartes Corrigida
Caro Vasco Jácome
Cá vai a árvore corrigida e acrescentada:
JUZARTES, Correios-Móres de Coimbra
____________________________________
(árvore corrigida por Vasco Jácome seguindo Felgueiras Gayo)
1. PEDRO RODRIGUES JUZARTE, que parece foi filho de Rodrigo Juzarte, neto do conde de Liuzarte estribeiro do infante D. Pedro duque de Coimbra, regente na menoridade de D. Afonso V; casou 1ª vez com D. CATARINA ANES DA VEIGA e em 2ªs núpcias com D. CATARINA DE OLIVEIRA, de Montemor-o-Velho.
I Linha, descendentes com D. Catarina Anes da
_____________________________________________
Veiga
_____
2.1 ANDRÉ JUZARTE, c.c. D. CATARINA NETO (ou D. Antónia de Andrade, segundo outros, que a terão confundido com a mulher de seu meio-irmão Vasco de Oliveira Juzarte). Tiveram vários filhos, entre os quais
3. GONÇALO RODRIGUES JUZARTE, que veio a tomar o apelido BANDEIRA (c.g. até hoje)
II Linha, descendentes com D. Catarina de
_________________________________________
Oliveira
________
2.2 VASCO DE OLIVEIRA JUZARTE, morador em Montemor-o-Velho no reinado de D. Afonso V, onde possuiu a capela de Fernão Miguéis, casou na casa de Francisco de Andrade, o qual era marido de uma irmã do bispo D. Brás Neto, com D. ANTÓNIA DE ANDRADE filha de Gil Rodrigues Paes, vassalo do rei D. Duarte, e de Isabel Afonso de Andrade.
3. MIGUEL JUZARTE DE ANDRADE, filho 2º, ouvidor em Cantanhede, onde casou em casa de Domingos Gonçalves Godinho com MARIA GODINHO, natural de Pias e moradora em Cantanhede.
4. AGOSTINHO JUZARTE DE ANDRADE, morador em Cantanhede, casou em casa de Pedro Soares com FRANCISCA JORGE SOARES.
5. MIGUEL JUZARTE DE ANDRADE, c.c. D. MARIA RIBEIRO CARDOSO, irmã do Bispo de Cabo Verde e filha herdeira de Lançarote Ribeiro, FCR,(CFCR ou FCCR?) e sua mulher Antónia Cardoso,
6. FRANCISCO CARDOSO JUZARTE, vereador e correio-mór de Coimbra em 1653, c.c. ISABEL MALDONADO, filha e herdeira de Agostinho Maldonado, tabelião em Coimbra, filho de António Alves Antunes e de Guiomar Vaz Maldonado.
7. AGOSTINHO JUZARTE MALDONADO, familiar do Santo Ofício, c.c. D. ANA TERESA DA SILVA, filha e herdeira de Francisco Gonçalves Tojeiro da Silva, e de sua mulher D. Maria Gonçalves Tojeiro, de Matosinhos.
8.1 FRANCISCO JUZARTE MALDONADO CARDOSO RIBEIRO DA SILVA, FCCR em 1717, Senhor de Eiras e Vilarinho, c.c. a herdeira de António Machado de Paços, do Porto
8.2 D. TERESA MARIA DA SILVA JUZARTE, sua irmã, c.c. BENTO MADEIRA DE CASTRO, 1º editor do "Viriato Trágico". Da sua descendência se ocupa o ponto (VII c) das Notas Genealógicas do “Brás Garcia Mascarenhas” do Pe. Dr. António de Vasconcelos.
8.1.1 ANTÓNIO XAVIER JUZARTE CARDOSO, FCCR, casou na casa de Pedro Lopes
8.1.1.1 FRANCISCO XAVIER JUZARTE DE QUADROS, FCCR, Correio-Mór de Coimbra, casou na casa de Francisco Baptista Montes, de Fontelas, sobre o Douro
8.1.1.1.1 ANTÓNIO JUZARTE DE QUADROS, n. em 1784.
8.1.2. D. FRANCISCA XAVIER JUZARTE CARDOSO, c.c. BERNARDO DA SILVA CASTELO BRANCO E MELO, da quinta dos Corvos à Nogueira, freguesia de Santos Evos.
8.1.2.1 D. ANTÓNIA LUISA DE MELO CARDOSO, 2ª mulher do desembargador Dr. BERNARDO DUARTE DE FIGUEIREDO, FSO, CXO, de Avô, (b. 12.II.1688 e f. 6.II.1769) com descendência até hoje descrita no ponto (VIII a) do referido BGM.
Cordiais Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Árvore de Juzartes Corrigida
Caro Alexandre Tavares Festas
Segundo Gayo, assim é. De qualquer modo, se poder ver o título completo melhor, pois refere várias linhas laterais (vai até ao §53). Já se sabe que pode conter erros, mas julgo que é sempre bom a sua consulta, até porque contem detalhes acima da média. Não encontro é Juzartes Faro.
Mais um acrescento importante: Gayo diz que Miguel Juzarte de Andrade foi Fidalgo de Cota d’Armas e assim foi, pois Sousa Machado assim o refere na pg 133 dos “Brasões Inéditos” (Nº 417):
“Miguel Juzarte de Andrade, morador em Cantanhede filho legitimo de Agostinho Juzarte e de sua mulher Francisca Jorge Soares; neto de Miguel Juzarte, fidalgo da Casa Real e de sua mulher Mecia Godinho, filha de Domingos Gonçalves Godinho da Villa de Pias; bisneto de Vasco de Oliveira Juzarte moço fidalgo da Casa Real e senhor da capella de Fernão Migueis na igreja de S. Miguel de Monte-mór o Velho, e de sua mulher Antonia de Andrade, que era filha do capitão Gil Thomé Paes, vassallo de el-rei D. Duarte, e de sua mulher Isabel Affonso de Andrade, descendentes dos Condes de Andrade em Galiza, e moradores em Monte-mór o Velho.
JUZARTES e ANDRADES. D. uma flôr de liz de prata. B. p. 2 de julho de 1605.
L. 1º fl. 224”
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Árvore de Juzartes Corrigida
Caro Vasco Jácome
Obrigado + 1 x pelas suas sp tão úteis achegas.
Já as acrescentei à árvore, que acrescentei para sua melhor compreensão com elementos até meu Tio Arnaldo, tirados de outros ficheiros de 1 trabalho que trago em preparação, e na árvore me pareceu seria informação excessiva o que lá vinha e por isso ando a cortar.
Acho que vou conseguir ainda esta noite essa parte.
Fica-nos agora a dúvida sobre se temos Maria ou Mécia Godinho (mulher do 1º Miguel Juzarte de Andrade), se temos Gil Rodrigues Pais ou Gil Tomé Pais como pai de D.Aª de Andrade. O Vasco deu-me as 2 versões em dois posts diferentes, e como sabe não possuindo o Gayo não posso confirmar. Pode esclarecer esta dúvida? Ou vêm das 2 maneiras?
Entretanto hoje descobri novas informações sobre a origem de Juzarte/Zuzartes no Sanches de Baena, que depois de digeridas cá virão ter à árvore base deste estudo.
Gratos Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Senhor
Alexandre Tavares Festas, queira desculpar a demora em responder, mas acontece que estive uns dias sem vir ao forum.
Penso que o 13º descendente de um ramo e o 14º descendente de outro ramo, são parentes emtre si, embora afastados(muito) não deixam de o ser. Penso até que é uma designação mais simpática do que "décimo não sei quantos" primo.
Agora falando de coisas mais sérias, não posso deixar de referir que o meu 12º avô, e 1º a chamar-se BANDEIRA, era Gonçalo Pirez Bandeira, e não, como vi referido, Gonçalo "Rodrigues" Bandeira.
Nasceu com o nome de baptismo de Gonçalo Pires Juzarte, e morreu, em 1450, chamando-se Gonçalo Pirez Bandeira.
No meu ramo, que é descendente de Anna Bandeira(filha de Gonçalo Pirez Bandeira, o 1º), e de Diogo Alvares Fidalgo, a familia manteve-se, desde cerca de fins do séc. XVI até aos nossos dias, no Distrito de Coimbra, mais concretamente nos concelhos de Góis e Lousã.
Não conheço no entanto nenhum caso em que tivesse permanecido o apelido "Juzarte".
Sobre os meus antepassados Juzartes, o que sei, apenas por tradição familiar e apontamentos escritos por meus passados, e nada mais que isso, é o que passo a descrever:
-Rodrigo Juzarte, casou com D.Catarina Netto,
e tiveram pelo menos a:
-PEDRO RODRIGUES JUZARTE, Estribeiro do Conde D.Pedro, que casou com D.Catarina Anes da Veiga e Nápoles, que era filha de João Esteves da Veiga e de D.Leonor Anes de Vasconcellos.
que tiveram os seguintes filhos:
1) D.Leonor Juzarte, que casou com Ayres de
Sá Sottomayor.
2) Gonçalo Pires Juzarte(meu 12º avô), que casou com D.Violante Nunes da Costa Cardoso, e que na batalha de Crasto Queimado, por ter recuperado o estandarte Real, ganhou o apelido "Bandeira", que passou a usar.
3) D.Maria Juzarte, que casou com Fernão de Sá Sottomayor.
Na minha família, segundo me lembro, a teoria dos Juzartes serem descendentes de um tal de "Conde de Lizuarte" é algo considerado muito duvidoso e subjectivo, e longe de estar provado.
Por último gostaria de referir que o meu parente e amigo, sr. Ernesto Alexandre Pires Soares Bandeira de Mello Ferreira Jordão, está para lançar em breve uma obra sólida sobre a descendência de Anna Bandeira(minha 11ª avó), filha do 1º Bandeira, que abordará também os Juzartes a que me referi, na parte dos ascendentes do 1º Bandeira.
Caro Senhor Alexandre Tavares Festas, espero não ter sido maçador e disponha sempre...
Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Vasco
Vou ver se consigo descobrir uma foto.Peça entretanto à sua tia Tatão o exemplar de Coimbra do Inventário artístico ( Pe Nogueira Gonçalves). Vasques é Patronímico e como sabe quer dizer filho de Vasco. Era uma pergunta!
Um abraço,
João Bettencourt
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RE: Árvore de Juzartes Corrigida
Caro Alexandre Tavares Festas
Como disse nas mensagens anteriores, a questão é que foram usadas fontes diferentes: na primeira Gayo e na 2ª o texto da Carta de Armas transcrito por Sousa Machado nos “Brasões Inéditos”. Não sei é qual a correcta!
Mas o próprio Gayo no ttº de Andrades Freires §70 N2 fala em D. Gil Tomé Paes, Capitão-mor das Fronteiras da Galiza.
Provavelmente, temos de concluir que para determinados “pormenores” não podemos ir só por fontes impressas. Melhor seria mesmo identificar e consultar qualquer “papelada” primária.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro João Bettencourt
Deduzo então que esse “Coimbra do Inventário artístico” do Pe Nogueira Gonçalves, tem elementos sobre os indivíduos ligados ao início dos Juzarte, informação que agradeço. Quando tiver oportunidade, vou ver se contacto a minha prima.
Quanto ao patronímico, o que me ficava bem era Fernandes...
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Árvore de Juzartes Corrigida
Caro Alexandre Tavares Festas,
Por lapso meu, a minha resposta ao se pedido, apareceu inserida lá para o meio do tópico.
As minhas desculpas.
Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
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Árvore de Juzartes Corrigida
Caro Vasco Jácome
É o que eu supunha, mas queria ver confirmado. Agradeço + 1 x a maçada que lhe venho a dar. Inclino-me pois para uma das distracções do Gayo, e adoptarei para já e até nova ordem Mécia e Gil Tomé, que parecem óbvios em confrontação de fontes a esta altura do trabalho. Bicudo será sim eventualmente a inclusão e localização na árvore de ANDRE JUZARTE e sua dita mulher Catarina Neto que agora aparece mais acima na linhagem, depois das informações de APCB. De qualquer maneira, esta árvore sabêmo-la apenas base de trabalho, por enquanto. Penso postar a árvore tal como a tenho aqui de momento, já a seguir, mas apenas para esse efeito. Não vi ainda o último trabalho do Nuno Borrego, mas deve trazer sobre Ju/Zuzartes do Alentejo com certeza. E confessso que acho engraçado ver isto a crescer. De uma coisa no entanto parece não haver dúvidas: todos eles se reclamam "si vera est fama" do Liuzarte da rainha D. Filipa.
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro Vasco Jácome
Aqui vai então a árvore tal como lhe mexi até à data de hoje. Meu Tio Arnaldo Juzarte é posterior ao Gayo. Espero ainda um dia, com calma e sossego, verificar o ttº completo como me sugere. Entretanto fui-lhe juntando material tirado de cartas de armas em Sanches de Baena, pareceu-me interessante esta pista para junção documental das formas Juzarte e Zuzarte, começa a parecer que em Coimbra se usou com J, e no Alentejo na forma mais próxima de Liuzarte, com Z. Nesse caso o Zuzarte da nossa coforeira Vera Silvestre, da Casa das Laranjeiras, poderá eventualmente ter raiz em Zuzartes alentejanos chegados ao Carregal, e não em Juzartes conimbricenses. Embora isto seja apenas uma hipótese, parece-me já demonstrado que cada ramo usou em exclusivo a forma Ju ou Zu, sem as intercalar ou pôr nunca em paralelo.
Informação de alguma espécie sobre o propriamente dito cujo estribeiro conde Liuzarte é que ainda não topei, mas pode ser que ainda me venha à mão. Confesso entretanto que me tenho visto bastante grego (ou mesmo turco) com o novo Word,especialmente com a numeração, do que peço desculpa. Mas como é tarde já vai assim mesmo.
Ei-la como ficou hoje:
JUZARTES,Correios-Móres de Coimbra
TEXTO BASE DE TRABALHO:
Fontes:
a. Árvore em nobiliário manuscrito oitocentista na posse de Eugénio de Castro e Almeida, publicada no Brás Garcia Mascarenhas do Pe. Dr. António de Vasconcelos a p.(173) da Nota III e trabalhada por Vasco Jácome seguindo Felgueiras Gayo e Sousa Machado;
b. aditada e corrigida a I Linha segundo informações familiares de Abílio Pinto e Cardoso Bandeira;
c. e um ramo alentejano seguindo cartas de brasaõ em Sanches de Baena)
CONDE LIUZARTE OU LIZUARTE, antepassado alegado pelos vários ramos adiante descritos, foi estribeiro do Infante Regente D. Pedro Duque de Coimbra, tendo sido este conde “fidalgo inglez que veiu a Portugal com a rainha D. Filippa, e n’este reino fez assento onde foi o progenitor d’esta família”(8 E 10). Terá tido de ? os seguintes filhos:
A GASPAR LIZUARTE, LIUZARTE OU ZUZARTE, progenitor possível de Zuzartes do ALENTEJO, terá tido
A 2 JOÃO ZUZARTE “que parece ser filho de” Gaspar Lizuarte acima (8 e 10). FCR, “fidalgo muito honrado e criado dos duques de Bragança”, e Alcaide-Mór de Monforte, c.c. ISABEL FERNANDES. Tiveram pelo menos a
A 3 GASPAR ZUZARTE, FCR, Alcaide-Mór de Aviz e Monforte, ou Aviz e Setúbal (10), Sr. da Qª. de Amarelos e comendador de Azeitão na Ordem de Santiago, “capitão-mór de uma armada que foi à ilha Graciosa, quando o senhor rei D. João II mandou fazer n’ella uma fortaleza” (8) Teve de ?
A 4 NICOLAU ZUZARTE, que teve de ?
A 5 ISABEL ZUZARTE, c.c. ESTÊVÃO LUIZ DA VIDE, 2º marido. Tiveram pelo menos a
A 6 SALVADOR ZUZARTE DE MELO, FCR. Teve de ?
A 7 MARIA MARTINS ZUZARTE, c.c. ANTÓNIO GARCIA, 1º marido. Tiveram pelo menos a
A 8 BRITES DA COSTA ZUZARTE, c.c. FRANCISCO BARRADAS MONTOSO, 1º marido de quem teve a
A 9 MIGUEL BARRADAS ZUZARTE, c.c.MARIA ZUZARTE, tiveram pelo menos A 10 ANTÓNIO RODRIGUES ZUZARTE. c.c. MARIA ROMACHA MALDONADO, e tiveram pelo menos duas filhas, MARIA BRITES ZUZARTE MALDONADO,a quem foi passada CBA em 1757, e CATARINA MALDONADO ZUZARTE DA SILVA, “naturaes e moradoras no termo da villa de Monforte, comarca de Villa-viçosa” (8).
A 11 MARIA ZUZARTE DA SILVA, c.c. PEDRO BARRADAS, Capitão-Mór de Monforte, tiveram pelo menos a
A 12 Dr. DIOGO BARRADAS ZUZARTE, “que tirou brazão em 1753”.(8)
B RODRIGO LIUZARTE, LIZUARTE OU JUZARTE, progenitor possível dos Juzartes de COIMBRA 2º Sanches de Baena (8 E 10) e o nobiliário, c.c. D. CATARINA NETO e terão tido pelo menos a
1. PEDRO RODRIGUES JUZARTE, “que parece foi filho de Rodrigo Juzarte” acima, “e neto do conde de Liuzarte estribeiro” do Infante Regente D. Pedro Duque de Coimbra, casou 1ª vez com D. CATARINA ANES DA VEIGA E NÁPOLES , fª de João Esteves da Veiga e de D. Leonor Anes de Vasconcelos; e em 2ªs núpcias com
D. CATARINA DE OLIVEIRA, de Montemór-o-Velho.
I Linha, descendentes com D. Catarina Anes da Veiga e Nápoles
1ª VERSÃO, 2º GAYO (Referida VJ):
2.1 ANDRÉ JUZARTE, c.c. D. CATARINA NETO (ou D. Antónia de Andrade, segundo outros, que terão confundido com a mulher de seu meio-irmão Vasco de Oliveira Juzarte). Tiveram pelo menos a
3.1 GONÇALO RODRIGUES JUZARTE, que veio a tomar o apelido Bandeira, etc.
2ª VERSÃO. 2º APCB (Tradição Familiar):
3.1 D. LEONOR JUZARTE, c.c. AIRES DE SÁ SOTTOMAYOR, s.m.n.
3.2. GONÇALO PIRES JUZARTE, que morreu em 1450, c.c. D. VIOLANTE NUNES DA COSTA CARDOSO, que passou a chamar-se GONÇALO PIRES BANDEIRA depois da batalha de Crasto Queimado, por ter recuperado o estandarte real.
3.2.1 ANA BANDEIRA, c.c. DIOGO ÁLVARES FIDALGO, são raiz da família Bandeira, vivendo nos concelhos de Góis e da Lousã até hoje, não reaparecendo o apelido Juzarte nessa descendência.
3.3 D. MARIA JUZARTE, c.c. FERNÃO DE SÁ SOTTOMAYOR, s.m.n.
II Linha, descendentes com D. Catarina de Oliveira
2.2 VASCO DE OLIVEIRA JUZARTE, MFCR, Senhor da Capela de Fernão Miguéis na Igreja de S. Miguel de Montemor-o-Velho aonde residiu, reinando D. Afonso V, casou na casa de Francisco de Andrade (o qual era marido de uma irmã do bispo D. Brás Neto) com D. ANTÓNIA DE ANDRADE, filha de D. Gil Tomé Paes, Capitão-Mór das Fronteiras da Galiza (9), vassalo d’el-Rei D. Duarte, e de Isabel Afonso de Andrade, descendentes dos condes de Andrade na Galiza e também residentes em M-O-V. (Notas 1, 2 e 3). Tiveram a
3. MIGUEL JUZARTE DE ANDRADE, filho 2º, ouvidor em Cantanhede, onde casou em casa de Domingos Gonçalves Godinho da vila de Pias com MÉCIA GODINHO, natural de Pias e moradora em Cantanhede. (2). Tiveram a
3.1 D. ANTÓNIA DE ANDRADE, c.c. ANDRÉ PESSOA, de M-O-V. C.g.
4. AGOSTINHO JUZARTE DE ANDRADE, morador em Cantanhede, casou em casa de Pedro Soares com FRANCISCA JORGE SOARES. (1 e 2). Tiveram a
5. MIGUEL JUZARTE DE ANDRADE, FCA, morador em Cantanhede, c.c. D. MARIA RIBEIRO CARDOSO, irmã do Bispo de Cabo Verde e filha herdeira de Lançarote Ribeiro, FCR, e sua mulher Antónia Cardoso (1 e 2). Tiveram a
6. FRANCISCO CARDOSO JUZARTE, vereador e correio-mór de Coimbra em 1653, c.c. ISABEL MALDONADO, filha e herdeira de Agostinho Maldonado, tabelião em Coimbra, filho de António Alves Antunes e de Guiomar Vaz Maldonado. (2). Tiveram a
7. AGOSTINHO JUZARTE MALDONADO, familiar do Santo Ofício, c.c. D. ANA TERESA DA SILVA, filha e herdeira de Francisco Gonçalves Tojeiro da Silva, e de sua mulher D. Maria Gonçalves Tojeiro, de Matosinhos. Tiveram pelo menos dois filhos:
8.1 FRANCISCO JUZARTE MALDONADO CARDOSO RIBEIRO DA SILVA, FCCR em 1717, Senhor de Eiras e Vilarinho, c.c. a herdeira de António Machado de Paços, do Porto. Tiveram pelo menos dois filhos (9.1 e 9.2).
8.2 D. TERESA MARIA DA SILVA JUZARTE, irmã de Fcº. Juzarte Maldonado,c.c. BENTO MADEIRA DE CASTRO, 1º editor do "Viriato Trágico". C.g. Da sua descendência se ocupa o ponto (VII c) das Notas Genealógicas do “Brás Garcia Mascarenhas” do Pe. Dr.António de Vasconcelos.
9.1. ANTÓNIO XAVIER JUZARTE CARDOSO, FCCR, casou na casa de Pedro Lopes e teve a
9.1.1. FRANCISCO XAVIER JUZARTE DE QUADROS, FCCR, Correio-Mór de Coimbra, casou na casa de Francisco Baptista Montes, de Fontelas, sobre o Douro e teve a
9.1.1.1. ANTÓNIO JUZARTE DE
QUADROS, n. em 1784.
9.2. D. FRANCISCA XAVIER JUZARTE CARDOSO, c.c. BERNARDO DA SILVA CASTELO BRANCO E MELO, da quinta dos Corvos à Nogueira, freguesia de Santos Evos,e tiveram a
10. D. ANTÓNIA LUISA DE MELO CARDOSO, 2ª mulher do juiz desembargador Dr. BERNARDO DUARTE DE FIGUEIREDO, FSO, CXO, de Avô, (b. 12.II.1688 e f. 6.II.1769) com descendência até hoje descrita no ponto (VIII a) do referido BGM. Fº. de Alexandre de Figueiredo Jácome (b. 13 III 1646), de Avô, aonde foi tabelião do público e judicial, e de sua mulher D. Feliciana Coelho de Miranda. Tiveram a
11. ALEXANDRE JOSÉ DE FIGUEIREDO E MELO CARDOSO, n.a 6, b. a 10 XI 1757 em Avô. Tenente Coronel de Milícias do batalhão de Arganil e Sargento-Mór de Avô. Casou em 28 V 1793 com sua prima D. ANA MÁXIMA SOARES DE ALBERGARIA, morgada de Tonda e Seia, fª de José Bernardo de Miranda Brandão Castelo Branco, Sargento-Mór de Seia, e mulher D. Antónia Joaquina de Melo e Távora. (4) Tiveram a
12.1. ANTÓNIO DE FIGUEIREDO MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO, morgado de Tonda e Seia, c. no Fundão em 1840 c. D. BERNARDA CAROLINA GODINHO DE SAMPAIO E MELO, fª do desembargador Dr. Francisco Maria Godinho da Fonseca do Amaral e mulher D. Ana Cândida da Cunha Sottomayor Sampaio e Melo. (5 e 6).
12.1.1. ALEXANDRE DE FIGUEIREDO MIRANDA SOARES DE ALBERGARIA SAMPAIO E MELO, c.c. D. ANA LEOPOLDINA DE CARVALHO E ALBUQUEERQUE, de Vila da Igreja. S.g. 12.1.2. D. MARIA DELFINA DE FIGUEIREDO, soltª. e s.g..
12.1.3. D. FRANCISCA DE FIGUEIREDO GODINHO SOARES DE ALBERGARIA, c.c. JOÃO SOARES DE ALBERGARIA CABRAL DA COSTA E FARO, de Seia, fº de João Soares Coelho da Costa Freire e mulher D. Maria Jerónima Cabral Soares de Albergaria Costa e Faro, descendente dos Faros de Cães de Cima e Lobelhe. C.g. (5, 6 e 7).
12.2. FRANCISCO DE FIGUEIREDO CARDOSO E MELO, que casou na Quinta da Costa em Nogueira do Cravo com D.ANA AUGUSTA MADEIRA DE ABREU TOVAR E ALBUQUERQUE, c.g.
12.3 D. CASIMIRA CÂNDIDA DE FIGUEIREDO CARDOSO E MELO, c.c. o Dr. JOÃO DA COSTA GARCIA, da Foz da Moura, em Avô, bacharel em Direito pela U.C. etc. Tiveram dois filhos:
13.1 D. MARIA DA ASSUNÇÃO DA COSTA FIGUEIREDO CARDOSO ALBERGARIA E MELO, c.c. JERÓNIMO DE MORAIS ALMEIDA E SOUSA,da Foz da Moura. C.g.
13.2 ALEXANDRE DE FIGUEIREDO COSTA SOARES DE ALBERGARIA E MELO, Sr. da Casa de Figueiredos em Avô onde nasceu e morreu, c.c. D. MARIA FORTUNATA GUEDES THEMES DE ALBUQUERQUE BRITO E FARO, de Vilar Seco, fª do juiz Dr. José Guedes Themes de Bahamonde do Prado, dos Themes de Valdigem, Lamego, e mulher D. Balbina Estuarda de Albuquerque do Couto Costa Brito e Faro, de Vilar Seco, parente de D. Maria Jerónima Cabral pela Casa de Lobelhe e Cães de Cima. Tiveram três filhos:
14.1 ARNALDO JUZARTE DE FIGUEIREDO E FARO THEMES, n. em 3 VIII 1870 em Avô. Casou em IX 1899 c. D. ANA DU TERTRE D’AUVERGNE SOARES DE ALBERGARIA, fª de Miguel Aquiles Louis Arnaldo Soares de Albergaria Pereira e mulher e prima D. Maria Angelina Soares de Albergaria Pereira. C.g.
14.2 SALVADOR DUARTE DE FIGUEIREDO E FARO THEMES, n. em Vilar Seco em 13 VIII 1872 e c. em Currelos em VIII 1899 c. D. TERESA JOSEFINA SOARES DE ALBERGARIA, de Travanca do Douro, fª de Manuel Soares de Albergaria Pereira (irmão gémeo de Miguel Aquiles acima) e mulher D. Ana Emília de Sousa de Meneses Cochofel Montenegro. C.g.
14.3 D. MARIA ISABEL DE FIGUEIREDO E FARO THEMES, Sra. da Casa de Figueiredos em Avô, aí n. em 30 IX 1875. C. na capela da Colmeosa, Couto do Mosteiro, Santa Comba Dão em 29 VII 1901 com o Dr. ANTÓNIO TAVARES FESTAS, que n. na Casa da Gândara em Mortágua em 11 VII 1860; fº de António de Leão Festas e mulher D.Constança da Luz de Sousa Tavares. C.g.
NOTAS:
1. Sousa Machado, “Brasões Inéditos”, p.133, nº 417:
“Miguel Juzarte de Andrade, morador em Cantanhede filho legitimo de Agostinho Juzarte e de sua mulher Francisca Jorge Soares; neto de Miguel Juzarte, fidalgo da Casa Real e de sua mulher Mecia Godinho, filha de Domingos Gonçalves Godinho da Villa de Pias; bisneto de Vasco de Oliveira Juzarte moço fidalgo da Casa Real e senhor da capella de Fernão Migueis na igreja de S. Miguel de Monte-mór o Velho, e de sua mulher Antonia de Andrade, que era filha do capitão Gil Thomé Paes, vassallo de el-rei D. Duarte, e de sua mulher Isabel Affonso de Andrade, descendentes dos Condes de Andrade em Galiza, e moradores em Monte-mór o Velho.
JUZARTES e ANDRADES. D. uma flôr de liz de prata. B. p. 2 de julho de 1605.
L. 1º fl. 224”.
2. Felgueiras Gayo, ttº de Juzartes, §2 nº 4 a nº 8, e árvore 96 do Tomo I.
3. Idem, ttº de Freires de Andrade, §70 nº2
4. Consta no GP erradamente como Alexandre de Melo de Figueiredo Cardoso
5. Brás Garcia Mascarenhas, Nota III, p.(175)
6. SDA, Manuel Pais do Amaral, §17 nº22 e seguintes.
7. D. Maria Jerónima Cabral era filha de Lucas Osório de Castro Soares de Albergaria e mulher D. Maria Máxima da Costa e Faro da Silva e Albuquerque, fª esta de D. Eugénia Maria Matilde de Albuquerque da Silva e Amaral, (n. e b. em Mangualde em 14 X 1769, e aí falª. em 16 V 1844) e marido Lourenço Bernardo Jacinto da Costa e Faro Sanches, que n. na vila de Santa Marinha (Seia) em10 XII 1779.
8. Archivo Heraldico-Genealogico etc. pelo visconde de Sanches de Baena, 2ª ed., vol. I, p. 517, nº. 2056 (D. Maria Brites Zuzarte Maldonado).
9. F. Gayo, ttº de Andrades Freires, §70 nº 2
10. AHG do VSB, idem, idem, p. 381, nº. 1514 (JOSÉ FRANCISCO BARRADAS JUZARTE, FSO)
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RE: Juzarte e Bandeira
Caro Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
O trabalho grande que me tem dado a árvore me impediu de lhe responder mais cedo, agradecendo a sua simpática ajuda num trabalho que já vai ganhando alguma dimensão, ultrapassando a dos correio-móres de Coimbra largamente. Sendo esta árvore mera base de estudo, poderá no entanto ver que procurei aditá-la e corrigi-la segundo as suas informações, que aliás vieram trazer um problema bicudo, o de André Juzarte e Catarina Neto, sobre o qual espero ainda chegar no futuro a uma conclusão. Peço-lhe que reveja a árvore, que esta noite postei renovada, e me diga da sua justiça sobre esse caso sff.
Ser-lhe-ia possível adiantar-me alguma informação sobre a batalha de Crasto Queimado? Ficava-lhe grato. Confesso que não conhecia esse episódio talvez paralelo ao do Decepado.
Curioso a sua família ter ficado também sempre na zona do território coimbrão. Agradecia-lhe tb se pudesse informar-me quando da saída da obra do seu amigo que refere, de maneira a poder documentar-me.
Também na minha família se referiu dubitativamente a origem do conde Liuzarte, tal como na sua. Porém, e como mera hipótese apenas, vai-me parecendo à medida que avanço neste estudo que talvez não haja "fumo sem fogo", e que eventualmente será verdadeira, para alguns deles, senão para todos os Ju/Zuzartes. Naturalmente virão é por via ilegítima, suponho, visto nunca até agora ainda ter visto referido aludir ao nome da mulher de Liuzarte, mãe de seus filhos em Portugal.
Nunca maça, bem pelo contrário, e disponha sempre do
Alexandre Tavares Festas
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RE: Juzarte, carregal do sal
Alexandre Tavares Festas,
Descendo de uma Maria Zuzarte que casou na Mouta da Castanheira (Castanheira de Pera) a 7/5/1675 com Domingos Fernandes. No assento de casamento diz ser ela filha de Manuel Francisco, e nada mais. Parece-me assim difícil estabelecer qualquer ligação a outros ramos, até porque na sua descendência, na linha que me diz respeito, não encontro mais o apelido Zuzarte. Mas uma vez que se se referiram alguns ramos na região, não queria deixar de registar mais este.
Cumprimentos,
Marcos Soromenho Santos
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RE: Juzarte, carregal do sal
Caro Marcos Soromenho Santos
Obrigado pela sua participação. Já tentou encontrar o assento de baptismo da sua avoenga? Ainda lhe é possível subir nessa linha se o descobrir.
Cump.tos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro Alexandre
Refiro-me aos meus Zuzarte sempre com Z por uma questão de comodidade. Só os mais recentes aparecem com essa grafia. os mais antigos (sec. XVII) aparecem como Jusarte ou Juzarte.
Vera
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Juzarte /Zuzarte
Acabo de ir "espreitar" as listagens dos Zuzarte e dos Juzarte em "famílias Portuguesas" e por coincidência ou não, os Juzarte são mais antigos que os Zuzarte.
Vera
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RE: Juzarte, carregal do sal
Caro Alexandre Tavares Festas,
Tem razão. Nunca tentei, mas tendo presente que no seu casamento só vem mencionado o nome do pai, não se refere o seu local de nascimento e de um modo geral os paroquiais da Mouta da Castanheira no séc. XVII são pouco desenvolvidos, fiquei pouco motivado a fazê-lo.
Com o interesse despertado por este tópico, tentarei agora fazer por lá uma busca.
Grato,
Marcos Soromenho Santos
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro Alexandre,
Tenho acompanhado os vários apontamentos a respeito dos Zuzarte, de Coimbra. Como agora se estendeu ao Alentejo, lembrei-me de lhe perguntar se sabia que os Mendonça, de Teixeira de Mendonça, passaram a ser, a partir do século passado, Zuzarte de Mendonça, pelo casamento de José de Mendonça com D. Eulália Ramos Zuzarte. O nosso ramo deixou o Zuzarte no meu trisavô, bisavô do nosso primo J.M., mas o ramo mais velho ainda hoje o usa.
Este ramo Zuzarte, do qual sei relativamente pouco, deu também origem aos Zuzarte da Silva, durante duas gerações governadores militares de Angola.
Um abraço
José Seabra
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De Juzarte a Zuzarte
Cara Vera
Muito interessante o que relatou. E a mudança é súbita e definitiva no sc. XVII? Nesse caso só em paroquiais se poderá esclarecer definitivamente o assunto da transição do J para o Z, e porque acontece nalguns ramos e não noutros.
Cumptos.
ATF
Alexandre
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RE: Juzarte /Zuzarte
Cara Vera
Obrigado + 1 x. Seria interessante verificarmos se deslocações de residência de alguns Juzartes teriam dado origem a nova grafia correspondendo a nova pronúncia do nome.
Cumptos.
ATF
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro José Manuel
Realmente sei muito pouco sb Mendonças, geralmente ouvi mais falar de Varennes. Teixeira de Mendonça tb não me diz nada, sòmente Monteiro de Mendonça. Vou ter que dizer esta então ao Primo Zé se é que já voltou do Brasil. Ainda está frio... Entretanto já me enchi de coragem e fui buscar os sacos do arquivo, onde penso encontrar a àrvore que te prometi sb Rº. Ivens para baixo. Terá que ser com paciência, não lhe mexo há 20 anos.
Será que arranjas essa árvore de Zuzartes Mendonça e Zuzartes da Silva?
Abraço do
Alexandre
PS.: Outro dia meti bota, e confundi a tua cruz com a medalha de Fernando Serrão. Desculpa.
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro Alexandre Tavares Festas
Se é descendente de Francisco Juzarte Maldonado Cardoso Ribeiro da Silva, por sua filha Francisca Xavier, no Gayo, também tem interesse a árvore de costado Nº 125v, do “Costados II”, onde pode ver alguma ascendência de Bernardo da Silva Castelo Branco e Melo.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Meus caros
Cá venho eu outra vez.
Estou "encravado" com um Luis Freire de Mendonça Juzarte de Santa Maria, que nasceu em Pernambuco, em 1783 filho de Joaquim Isidoro Freire de Mendonça e de D. Maria de Santa Ana e Oliveira. Não o consigo entroncar.
Tenho também uma carta de armas passada a João Juzarte de Santa Maria, governador que foi de Cabo Verde, em que ele invoca descendencia de Freire, Mendonças e Barbosas, mas deverão existir uma ou duas gerações entre eles.
Ambos viviam em Santarém
Alguém tem alguma pista?
João Cordovil Cardoso
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro Alexandre,
O que sei dos Zuzarte é o seguinte:
João Zuzarte casou com D. Maria Joana Eulália
Ramos de quem teve três filhas:
1-D.Maria Rita Ramos Zuzarte.
2-D.Maria da Arrábida Ramos Zuzarte
3-D. Mariana Ramos Zuzarte.
1-D. Maria Rita que casou com João Manuel da Silva Dantas, general de Cavalaria, capitão general de Moçambique, do Conselho de S.M.F., e teve:
a-João Manuel Zuzarte da Silva, tenene-coronel
de Cavalaria que casou Louise de Niemeyer de Bellegarde. c.g. (Tamagnini, Bello)
b-D.Maria Joana Eulária Zuzarte da Silva que casou com seu primo co-irmão José Maria Zuzarte de Mendonça. c.g. (Zuzarte de Mendonça)
2-D.Maria da Arrábida Ramos Zuzarte, que casou com José Maria de Mendonça, FCCR, Cav Ordem de Cristo e São Cristovão e teve:
a-Honorato José de Mendonça, FCCR, general de Cavalaria, ajudante de Campo de SSMMFF El Rei
D. Luis e El Rei D. Carlos, que casou com D. Henriqueta Emília de Almeida c.g. (Liz Teixeira de Mendonça, de Varennes de Mendonça,
Araújo de Mendonça, Teixeira de Almeida de Mendonça, Duff Burnay de Mendonça e Arnaut de Mendonça).
b-D.Salomé que casou com Joaquim Teotónio de Mello. c.g
c-João Zuzarte de Mendonça.
d-José Maria Zuzarte de Mendonça que casou com sua prima (supra).
3-D.Mariana, que casou com José Wrem de quem teve:
Caetano Zuzarte Wwrem, cônsul de Portugal em Barcelona, comendador das Ordens de Cristo, Isabel a Católica de Espanha, Salvador da Grécia e cavaleiro da Ordem da Torre e Espada
e Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, que casou com D.Virginia Marty e Alvarez.c.g
(Viscondes de Wrem, Silveira Viana, Sacadura Botte).
Nada sei dos pais de João Zuzarte, embora tenha ouvido sempre dizer que eram do Alentejo
ou Algarve.
A descendência é numerosa, mas fácil de encontrar o rasto de toda, penso.
Um grande abraço
José
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro João Cordovil Cardoso,
Os Mendonças de que falo são da Ilha da Madeira, descendentes de Tristão Vaz, descobridor das ilhas de Porto Santo e Madeira, capitão de Machico, que casou com D. Branca Teixeira, de quem teve João Vaz Teixeira casado com D. Filipa de Mendonça.
É só no século XIX que um Mendonça casa com uma Zuzarte. Parte da descendência está numa mensagem minha para Alexandre Tavares Festas.
Penso que não se trata dos Mendonças e Zuzartes que procura.
Cumprimentos
José Seabra
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Bernardo da Silva Castelo Branco e Melo
Caro Vasco Jácome
Li com muito prazer essa sua informação, pois nunca soube nada sobre este Bernardo da Silva, além do casamento que fez, sendo que é origem de um dos 2 ramos fonte do nome Melo usado por seus descendentes até meu Bisavô Alexandre. Sabe alguma coisa sobre Antónia Joaquina de Melo e Távora e marido José Bernardo de Miranda Brandão Castelo Branco? Nunca soube de onde vem este Távora e este Melo. Tendo lido que o Vasco Jácome anda muito azafamado, tenho ainda mais razões para lhe agradecer a sua sempre prestimosa ajuda.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Árvore de Juzartes Corrigida
Caros Alexandre Tavares Festas e Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
Realmente em todas as fontes que já vi sobre a origem dos Bandeira, sempre chamaram Gonçalo Pires ao herói de Toro. Inclusivamente Gayo no seu ttº de Bandeiras. Certamente que o Rodrigues do ttº de Juzartes é apenas “gralha”.
Quanto à questão da filiação de Gonçalo Pires em Pedro Juzarte e não em André, será que não está “viciada” pelo patronímico? O problema é que, pelo que sei, o uso dos patronímicos em inícios/meados do séc. XV já estava longe do rigor “matemático” dos séc. XII ou XIII, mas sim em decadência. Não me parece que se possa deduzir automaticamente que este Gonçalo era filho de Pedro por causa do Pires. Para a época, julgo perfeitamente admissível que o usasse inspirado no avô. Até porque se era filho de André... sinceramente desconheço qual o patronímico que resulta deste nome.
É claro que isto são só especulações, que só se ultrapassam com fontes primárias. Se é que ainda ninguém esclareceu já o assunto desse modo, claro.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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Zuzarte de Mendonça
Caro José Manuel
Obrigado por esta verdadeira aula mendonciana, de que muito aproveitei. Conclui-se então que a varonia de M's é a de Tristão Vaz? E da mulher deste para cima, 1ª M., sabe-se alguma coisa?
Se algum dia subires por assentos esta linha Zuzarte até entroncá-la, diz, para a pôr aqui também.
Um grande abraço
Alexandre
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André Juzarte e patronímico André
Caro Vasco Jácome
Cá venho agradecer de novo a sua pode-se dizer que permanente ajuda. Então se Gonçalo Pires Juzarte depois Gonçalo Pires Bandeira é mesmo de Toro, como eu pensei inicialmente, a que veio a referência de uma batalha de Crasto Queimado de que confesso nunca ouvi falar? Infelizmente Abilío Pinto e Cardoso Bandeira tem andado ausente aqui do fórum e ainda não nos poude esclarecer sobre este assunto. Entretanto o meu primo Nuno Ponces comunicou-me possuir também a linha Bandeira, de que igualmente descende, de maneira que espero no próximo fds poder confrontar os dados dele com os que estão na árvore para ver se chegamos a alguma conclusão sobre o caso Catarina Neto/André Juzarte.
Quanto à forma patronímica de André de que fala, como sabe, muitos nomes não alteravam a forma ao tornarem-se patronímicos, excepto na sua versão masc/fem. do tipo José Francisco pai de Ana Francisca avô de Joana Francisca etc. Curiosamente estudei uma linha André setecentista da Beira Alta por ser minha Tetravó Maria André Varela, irmã de Manuel Varela e do Rdo. João Varela Festas, quem trouxe o nome Festas à família em finais do sc. XVIII, sendo neta materna de João André Fazendeiro de quem herdou o patronímico mas não o apelido, ainda mal fixado também, e filha, consoante diferentes designações nos documentos coevos, de "Manoel Varella", primeiro, ou "Manoel Varella, de alcunha festas" depois, ou ainda "Manoel Varella. o festas", alcunha usada tardiamente para o distinguir de seu pai, de seu primo e de seu filho, todos três de igual nome Manuel Varela, e que veio depois a estender-se para particularizar este ramo da numerosa família Varela do extinto concelho do Couto do Mosteiro, tendo finalmente este meu pentavô, primeiro do nome, acabado por assinar-se Manoel Varella Festas no final da sua vida. André permanece invariável ao longo das gerações anteriores ao nascimento por alcunha do apelido Fazendeiro, por inícios de setecentos, na mesma intenção de distinguir qual o ramo da mesma família de Andrés locais a quem se referiam. Ignoro totalmente porque não evoluiu para a forma Andrés, mas penso que se aplicou geralmente a lei do menor esforço, como ainda hoje se pratica nas tentativas de designar individual e concretamente alguém, entre pessoas conhecidas.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Bernardo da Silva Castelo Branco e Melo
Caro Alexandre Tavares Festas
Dei uma vista de olhos ao Gayo, mas não encontrei esse casal. Ainda por cima, a ligação a Soares de Albergaria, como Gayo a faz, não parece correcta, pelo que se vê aqui no GP e pela bibliografia aqui apontada.
Devem é estar ligados a FCA, referido nos “Brasões Inéditos”, pg 6:
“18 António Brandão de Castello Branco, morador na villa de Goes; filho de Matheus de Miranda Castello Branco e de sua mulher Isabel Godinho; neto de João Nunes Coelho de Miranda e Anna Roiz de Castello Branco e de Anna Godinho; e bisneto de Felipe Vaz Vaz d eCastello Branco e de Gonçalo Nunes Coelho de Miranda a quem el-rei D. Affonso V deu privilégio de fidalgo para seus criados e caseiros por elle descender dos Coelhos e Mirandas.
O supplicante era parente do coronel de Queiroz de Castello Branco a quem a quem se passou brasão em 1537, e de Manoel Godinho de Castello Branco a quem se passou brasão em 1568.
Castellos Brancos, Godinhos (T), Brandões e Mirandas. D. uma moleta de prata. B. 5. de março de 1592.
L. 1º fl. 159.”
O (T) é o timbre.
Desta gente fala Gayo no ttº de Mirandas §58, intitulado Mirandas de Midoens.
Posso também acrescentar que Gayo trata da ascendência de Bernardo da Silva Castelo Branco e Melo cc Francisca Xavier Juzarte, no ttº de Castelos Brancos, §27 N6.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Bernardo da Silva Castelo Branco e Melo
Caro Vasco Jácome
Mais uma vez o meu obrigado por todo o trabalho que à minha conta vem tendo tão amavelmente. A verdade é que estas minhas linhas estão paradas por impossibilidade de comunicação com o Arquivo da U.C., que nem responde. Li algures o Nuno Borrego mencionar em post que o arquivo se encontrava fechado, não sei se assim continua, a verdade é que embora com página na net não se alcança sequer qualquer tipo de resposta.
Quando fala de ligação a SA's como Gayo a faz refere-se a Ana Máxima Soares d'Albergaria? No caso dela, acredito que se tenha assinado diferentemente depois de herdar do irmão Aº os vinculos de morgadio, ligados certamente aos apelidos Miranda Brandão Castº Branco, apelidos que passam nas gerações antes e depois para primogénitos exclusivamente. Já vi que vou ter de comprar os Brasões Inéditos, que parece trazerem informações relevantes para várias linhas. Se se chegar a entroncar estas pessoas do nº 18 que transcreveu com Alexandre José de Figº e mulher Ana Máxima SA, ficaria talvez explicado o "mulher e prima" dos textos, por ambos virem de Coelhos de Miranda.
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Bernardo da Silva Castelo Branco e Melo
Caro Alexandre Tavares Festas
É exactamente a essa senhora que me referia. Como Gayo não traz esse ramo devidamente desenvolvido, não consigo “saltar” para outros e assim localizar esses Miranda Castelos Branco.
O tal § dos Miranda também não está muito desenvolvido. Por acaso não sabe seriam parentes de uns Póvoas, de Barcarena?
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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Miranda Brandão Castelo Branco, morgados de Tonda
Caro Vasco Jácome
Depreendo que não tenha o SDA de Manuel Paes de Melo, que fui agora relembrar pª o efeito, e está melhor pª esta linha que o BGM, útil no entanto para o rectificar quanto a nomenclatura e datas. Afinal talvez não seja tão difícil deslindar isto, na medida em que José Bernº de Miranda Brandão Castº Branco foi FSO (maço 118 - Diligência 2502, ano 1768 - T.T. - Habilitações para o Santo Ofício). Casou com D. Antónia Joaquina de Melo e Távora, irmã de João de Lemos e Sousa, FECR e Cap. Mór de Seia e seu termo em 1766. Algum dia arranjarei tempo para ir a estas fontes primárias, mas confessso não serem minha prioridade actual. Passo a esquematizar o costado Miranda Brandão C.Bº até onde vêm no SDA e BGM, que demonstram aliás a veracidade do parentesco que supus no post anterior entre os meus tetras Alexandre José de Figueiredo e Ana Máxima Soares de Albergaria, pelo que aproveitei e fiz também em proveito próprio a árvore de junção destes descendentes de Coelhos de Miranda de que ainda me não tinha ocupado. Desculpará se for informação a mais.
MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO, de São Romão, Seia, morgados de Tonda e de Seia
1. D. BRITES GONÇALVES DO AMARAL, da Casa de Touriz, c.c. PEDRO COLAÇO GODINHO, que n. no Crato e foi sobº de D. João Galvão, Bispo de Coimbra e Arcebispo de Braga.
2. D. ANA GODINHO DO AMARAL, c.c. o Licº ANTÓNIO FERNANDES DA COSTA.
3. D. ISABEL GODINHO DO AMARAL, de Midões, c.c. MATEUS DE MIRANDA.
4. D. ANA DE MIRANDA GODINHO DO AMARAL, c.c. JOÃO CORREIA BOTELHO.
5. D. FELICIANA BOTELHO DE MIRANDA, c.c. ESTÊVÃO COELHO DE SOUSA.
6. ANTÓNIO COELHO DE MIRANDA,de S. Romão, c.c. D. MARIA MASCARENHAS, de Coja.
I Linha
7.1 D. FRANCISCA COELHO DE MIRANDA DO AMARAL, casou em São Romão, Seia, em 1689, c. ESTÊVÃO SOARES D'ALBERGARIA CABRAL.
8. D. MARIA CAETANA SOARES D'ALBERGARIA DE SOUSA MASCARENHAS, casou em São Romão, Seia, c. CAETANO LUÍS ANTÓNIO BRANDÃO CASTELO BRANCO,(certamente primos por Mirandas de Midões) fº de Estêvão de Miranda Brandão, de Midões, e mulher D.Jerónima Soares de Albergaria, de Aveiro; neto paterno de Simão Machado da Costa e 2ª mulher D.Maria Botelho de Miranda, neto materno de Manuel Soares de Albergaria, de Aveiro, e mulher D. Maria Chamorro Guedes.
9. JOSÉ BERNARDO DE MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO, FSO, c.c. D. ANTÓNIA JOAQUINA DE MELO E TÁVORA, irmã do FECR João de Lemos e Sousa, Capitão Mór de Seia e seu termo em 1766.
10.1. ANTÓNIO DE MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO, morgado de Tonda e Seia, c.c. D. ANA BÁRBARA DA SILVA FRAGOSO; morreu em 1830 s.g.
10.2. D. MARIA CÂNDIDA, freira no Convento do Vinhó.
10.3. HENRIQUE DE MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO, soltº e s.g..
10.4. D. ANA MÁXIMA SOARES DE ALBERGARIA, morgada de Tonda e de Seia, c. em Avô EM 28 v 1793 com seu parente ALEXANDRE JOSÉ DE FIGUEIREDO E MELO CARDOSO, nº 9 da II Linha.
II Linha
7.2 D. FELICIANA COELHO DE MIRANDA, morreu em 14 XI 1708 e c. em São Romão, Seia, a 7 III 1672, c. ALEXANDRE DE FIGUEIREDO JÁCOME, b. em Avô aos 13 III 1646, habilitado para ordens menores em Dezº de 1661, tabelião do público e judicial em Avô, fº de Bernardo Duarte de Figueiredo, Sargento-Mór de Avô, e mulher D. Maria Jácome de Mendonça (c. na capela de Nª Sra. do Mosteiro em Avô em 8. II 1641) e neto paterno de Salvador Duarte de Figueiredo, Capitão-Mór de Pombeiro da Beira e mulher D. Catarina Gomes da Silva, em finais do sc. XVI.
8. Dr. BERNARDO DUARTE DE FIGUEIREDO, b. em 12 II 1688, FSO em 1718, CXO, canonista, desembargador dos agravos e suplicações, servindo de chanceler em 1755, juiz de fora em Miranda e na Covilhã, corregedor em Pinhel e em Coimbra. "Prestou relevantes serviços na fundação da Compª dos Vinhos do Alto Douro". Morreu em 6 II 1769. c. 1º em 1744 c. D. Ana Geralda de Brito Brandão e Abreu, que morreu em 1751 s.g.. C. 2º c. D.ANTÓNIA LUISA DE MELO CARDOSO, fª de Bernardo da Silva Castº Branco e Melo e mulher D. Francisca Xavier Juzarte Cardoso, etc.
9. ALEXANDRE JOSÉ DE FIGUEIREDO E MELO CARDOSO, (bisneto dos nº6) n. a 6, b. a 10 XI 1757, tenente coronel de milícias do batalhão de Arganil, e Sargento-Mór de Avô, onde casou em 28 V 1793 com sua prima D. ANA MÁXIMA SOARES DE ALBERGARIA, (trisneta dos nº6) nº10.4 da I Linha.
10.1. ANTÓNIO DE FIGUEIREDO MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO. Último morgado de Tonda e de Seia. C.c.g..
10.2. FRANCISCO DE FIGUEIREDO CARDOSO E MELO. C.c.g..
10.3. D.CASIMIRA CÂNDIDA DE FIGUEIREDO CARDOSO E MELO. C.c.g..
Temos portanto aqui vários cruzamentos entre linhas descendentes de Mirandas, de Midões. É tudo o que sei, e talvez lhe possa ser útil nas suas buscas no Gayo. Pelos textos, no entanto, não vislumbro ligações a Barcarena. Mas também ignoro completamente a origem e entronque possível destes Miranda e destes Brandão e deste Castelo Brancos oriundos de Midões e ligados ao morgadio de Tonda e Seia (ou só ao de Seia?), bem como o seu propósito ao perguntar-me isso. Oxalá lhe possa ser minimamente útil.
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: De Juzarte a Zuzarte
Caro alexandre
Sim, a mudança é definitiva. Dou alguns exemplos de registos: casamento de Julião d'Abreu com Maria Jusarte, em 1667;
Rertingindo-me ao ramo da Casa das laranjeiras, temos: 1- Casamento de Domingos Jusarte com Simoa Gomes em 1663;2- Antónia, (filha 2ª) nasceu em 1681, f. de Simoa Gomes de Andrade e Domingos Juzarte; 3- O filho de Antónia, Manuel, casa em 1753 e o avô é agora Domingos Zuzarte. O mesmo se passa em relação aos outros ramos Jusarte/Zuzarte. Um, do ramo do meu bisavô José Silvestre do Amaral, via Abreu, e outro, também como este, do ramo materno da m. bisavó Mª da Natividade de Sousa. Sei que o ramo que liga aos Abreu está tb a ser estudado p. dr. Soveral. O casal António Lopes/Mª Zuzarte cas. em 1756, é desconhecido...
Cumprimentos
Vera
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RE: Miranda Brandão Castelo Branco, morgados de Tonda
Caro Alexandre Tavares Festas
Realmente o Gayo tem bastante interesse para si, mesmo que seja necessário ter sempre aquelas reservas que já sabemos, pois são vários os ramos que encontra na obra! Esse é mesmo um dos motivos (além de não ter muito tempo...) porque normalmente indico às pessoas a obra e a partir daí, julgo que é preferível que a tentem consultar nem que seja em biblioteca.
Neste caso, também já encontrei a ligação dos seus Mirandas aos do FCA António Brandão de Castelo Branco. Com efeito, este é filho do Mateus de Miranda cc (3.) D. Isabel Godinho do Amaral, está no tal ttº de Mirandas §58 N3:
N1 Gonçalo Nunes de Miranda cc D. Violante Machado
N2 João Nunes Coelho de Miranda cc Ana Rz de Castelo Branco
N3 Mateus de Miranda cc Isabel Godinho do Amaral. Tiveram, entre outros:
N4 António Brandão de Castelo Branco, FCA
N4 Ana de Miranda (§60) cc João Correia Botelho (irmão de Simão Viegas Botelho e do Desembargador Pedro Ayres Botelho). Viveram em Medões de Canas de Senhorim.
N5 Simão Botelho de Miranda. Gayo só lhes dá este filho, mas terão então tido, pelo menos, mais essa Feliciana Botelho de Miranda.
A D. Isabel Godinho do Amaral, está no ttº de Amarais §3 N2. Neste ttº diz-se que sua avó Brites do Amaral era:
N5 João Lourenço do Amaral
http://www.geneall.net/pessoas/pes_show.php?id=38991
N6 Gonçalo Anes do Amaral cc Catarina Vicente Correia
N7 Martim Gonçalves do Amaral cc Mecia Dias Homem
- Brites do Amaral cc Pedro Colaço Godinho
- etc
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: De Juzarte a Zuzarte
Cara Vera
João Cordovil Cardoso também aludiu aqui no fórum a Juzartes de Santarém grafados com J. Isto realmente requer muito estudo e paciência, mas se todos os zuzartianos e juzartianos formos publicando por aqui as linhas de que dispomos, depois será mais fácil um dia partir para fontes primárias e relacioná-los todos entre eles.
Cumprimentos
Alexandre
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Alexandre Tavares Festas,
As minhas desculpas pela demora, mas aliada à falta de tempo, tenho tido problemas com a net, pois, já por duas vezes que estou a responder para este tópico e de repente, fico sem ligação.E ainda por cima já depois de ter escrito bastante.
Por isso, e até verificar qual é o problema, vou enviar esta minha resposta por partes.
1ª PARTE:
BATALHA DE CRASTO QUEIMADO.
é a Batalha de Toro, apesar do nome ser outro, sempre ouvi na minha familía chamár-lhe assim.
aliás, na carta de armas novas concedidas a meu avô Gonçalo Pires Bandeira, diz-se a determinado Passo...
"...e princepalmente per na batalha que o dicto sennhor que Deos tem e nos com elle nos dictos regnnos de Castella em Crasto Queimado, ouvemos com elrey D.Fernamdo..."
(A CONT.)
Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
2ª parte
Por lapso, disse anteriormente que Gonçalo Pires Bandeira morreu em 1450, do que peço desculpa, 1450 é a data do seu nascimento.
Já por mais do que uma vez vi referirem-se ao "Conde de Lizuarte", duvidoso antepassado (na minha fraca opinião), dos Jusartes, como sendo estribeiro do Conde D.Pedro.
óra, o único estribeiro do Conde D.Pedro que eu sempre ouvi falar foi Pedro Rodrigues Juzarte, precisamente o pai de Gonçalo Pires Bandeira, não será confusão?
Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
3ª e última Parte:
Transcrevo a seguir, por poder interessar aos Juzartes, e por ser, penso eu, obra pouco conhecida,tudo o que a essa família se refere na obra:
"Gonçalo Pires Bandeira-Herói da Batalha de Toro"
de ANTÓNIO MACHADO DE FARIA, Edição da Academia Portuguesa de História, de 1959.
A fls.130
"...Um Rodrigo Jusarte, fidalgo do tempo do rei D.João I, vivem em Coimbra, e os genealogistas o fazem pai de Pedro Rodrigues Jusarte, estribeiro do infante-regente D.Pedro, o qual foi casado em 1ªs núpcias com D.Catarina Anes da Veiga, filha de Joaõa Esteves da Veiga, rico homem do conselho de D.jOÃO I e senhor de Salvaterra de Magos, Montargil, Vila Nova de Monçarros e Vacariça, e de sua mulher, D.Leonor Anes de Vasconcelos, filha de João Rodrigues de Vasconcelos, mordomo mor do rei D.Afonso IV, e de D.Constança Soares.
João Esteves da Veiga era filho de Leonardo Esteves, vassalo deste soberano, e senhor de Coja, Penela e de toda a Veiga de Santa Maria, e de sua mulher D.Margarida Anes. Do primeiro matrimónio de do referido Pedro Rodrigues fazem Filho Gonçalo Pires..."
(A CONT.)
Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
4ªe(agora sim)ÚLTIMA PARTE:
Ainda a fls. 130 da atrás referida obra:
"...Os Jusartes provenientes de Gaspar Jusarte, que se diz irmão inteiro de Rodrigo Jusarte, expandiram-se no Alentejo, de onde passaram a outras regiões, porém todas muito ao sul do Mondego, conforme parece, e, até, fora do Reino. A descendência de Rodrigo Jusarte desenvolveu-se sobretudo, em Montemor-o-Velho, irradiando para outros lugares, mas sem grande desenvolvimento..."
"...Houve, porém, só uma linhagem de Jusartes? Esta designação de família foi patronimico, e, portanto, muitas linhagens diversas se podem ter formado, partindo de vários Jusartes, se bem que não fossem contemporâneos, mas também muitos homens com este nome tiveram filhos a quem coube o mesmo nome familiar, embora nem todos fossem cabeça de linhagem de Jusartes..."
(A CONT.)
Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
5ª(e já não digo nada) PARTE:
a FLS. 131 DA OBRA
"GONÇALO PIRES BANDEIRA-HEROÍ DA BATALHA DE TORO"
"...Se percorrermos a chancelaria do rei D.Afonso V nela encontraremos muitos Jusartes, de nome próprio, assim sucedendo também na de D.João II.
é no reinado de D.Afonso V que na chancelaria aparecem os nomes de Jusarte e de Lisuarte, não se encontrando nas duas anteriores, nem como nome próprio, nem como patronimico ou apelido, o que contraria as informações dos nobiliários, os quais assinalam a existência de Gaspar e de Rodrigo Jusarte no tempo de D.João I e os dizem filhos de um conde Elli Jusarte ou Lisuarte, vindo com D.Filipa de Lencastre ou por intermédio de Espanha, para onde fora no tempo do rei D.Fernando III; e de João Jusarte e Pedro Fernandes Jusarte, que viviam nos reinados de D.João I e de D.Duarte."
(A CONT.)
Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
6ª e Finalmente, última Parte.
A fls. 131.
"...o primeiro do apelido(Jusarte) que, teria ido para lá(Montemor-o-Velho), conforme dizem escritos genealógicos, foi Vasco de Oliveira Jusarte, que nesta vila se casou com D.Antónia de Andrad, mas ele é posterior a Gonçalo Pires Bandeira..."
Espero, que tena tido algum interesse esta transcrição.
As minhas desculpas pelas gralhas ortográficas e pela forma pouco ortodoxa como vai esta minha modesta colaboração.
Disponham sempre...
Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
Direct link:
RE: Miranda Brandão Castelo Branco, morgados de Tonda
Caro Vasco Jácome
Não queria de maneira nenhuma que pudesse pensar que havia pedidos subentendidos meus de novas consultas ao Gayo, tanto mais que li por aqui que anda muito ocupado, e se fosse o caso lho pediria directamente, com toda a franqueza. Decerto todos os meus ramos me interessam sempre, e tenho apontado muito grato todas as entradas e §§ que me vem apontando, facilitando-me assim grandemente o trabalho quando for consultar o FG pessoalmente. Um dos meus tios possuia a obra, acontece que o meu primo que ficou com ela mora nos EUA, pelo que terei que aproveitar uma das passagens dele por Lx. para lá ir com sossego. Acredite que ao por no post os Mirandas Bº CBº acreditei que eventualmente lhe pudesse ser útil, a si, mais do que houvesse propriamente um interesse meu actual em desenvolver esta linha que de momento não é prioridade, embora, claro, tenha ficado bem contente por vê-la avançar, como qualquer outra. O que me deliciou foi a Prisca, que por indicação sua apanhei aqui no GP, e ao que vejo Mãe de Amarais da Beira. Ainda não fiz as contas aos séculos para a situar no tempo. Que se saberá sobre ela? O Lourenço Martins do Amaral seria eclesiástico? Ainda cumpriam os patronímicos correctamente. Acrescentei e corrigi totalmente a lista dos MBCB seguindo este seu post, e posso enviar-lha se quiser, ou pô-la aqui mesmo. Ando agora agarrado aos Varelas e Leões, de quem já tenho bastante documentaçao primária, e que resolvi alargar em colaterais para além dos ascendentes que já dominava. Mas são tantos que isto me cria quase que um âmbito de história local... :)
Entretanto descobri um post de Sapeca em tópico de Brandão, aqui no GP, aonde diz preparar uma obra de fundo sobre esta família. Pelo que li, não duvido que entronquem com estes MBCB, sendo que ele adiantou já alguns elementos de muito interesse como aperitivo.
Ficamos pois entendidos que ao dialogar virtualmente aqui consigo o Vasco de maneira nenhuma se sente obrigado a buscas ou pesquisas aturadas que o desviem dos seus interesses próprios, ou das suas obrigações.
Gratos Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
PS: Sabe quem foi o D.João Galvão Arcebispo de Braga? Possuo apenas a lista de Patriarcas, que vem no site do Patriarcado, quem sabe alguém conhece listas mais extensas do clero português. Seriam bem úteis. Também nunca ouvi falar de Touriz ou da Casa de Touriz, nem encontro no minhaterra.com o nome.
Direct link:
Batalha de Toro e Crasto Queimado
Caro Abílio Pinto e Cardoso Bandeira
Obrigado pela sua informação tão interessante. Posso adiantar-lhe que estudei que a batalha de Toro, que está para os castelhanos como a de Aljubarrota para nós, teve o seu desfecho bem incerto. De facto, houve dois grupos de combatentes, muito perto um do outro. O primeiro, comandado por D. Afonso V, foi de facto derrotado, mas o segundo grupo, em local ali perto (Crasto Queimado?)e comandado pelo Príncipe Perfeito ficou vitorioso. Mas a desfeita do rei levou a que se levantassem arraiais, e assim se considerou perdida a lide na totalidade, pois na Idade Média era preciso o vencedor permanecer três dias no campo de batalha para se lhe reconhecer vitória plena.
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
Direct link:
Miranda Brandão Castelo Branco, Árvore aditada
Caro Vasco Jácome
Já agora, cá vai ela, com Prisca e tudo :)
Quem sabe seja útil a alguém.
Cump.tos
ATF
MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO, de São Romão, Seia, morgados de Tonda e de Seia
1. LOURENÇO MARTINS DO AMARAL, teve com Prisca a
2. JOÃO LOURENÇO DO AMARAL, c.c. D. MARIA FERNANDES DE BARRANTES.
3.1.GONÇALO ANES DO AMARAL, c.c. D. CATARINA VICENTE CORREIA
3.2.Guiomar Anes, c.c. Gonçalo Martins Rebelo. C.g.
4. MARTIM GONÇALVES DO AMARAL, c.c. D. Mécia Dias Homem. Tiveram entre outros a
5. D. BRITES GONÇALVES DO AMARAL, da Casa de Touriz, c.c. PEDRO COLAÇO GODINHO, que n. no Crato e foi sobº de D. João Galvão, Bispo de Coimbra e Arcebispo de Braga.
6. D. ANA GODINHO DO AMARAL, c.c. o Licº ANTÓNIO FERNANDES DA COSTA.
7. D. ISABEL GODINHO DO AMARAL, de Midões, ( FG ttº Amarais §3 nº2) c.c. MATEUS DE MIRANDA, fº de João Nunes Coelho de Miranda e mulher D. Ana Rodrigues de Castelo Branco, neto paterno de Gonçalo Nunes Coelho de Miranda e mulher D. Violante Machado.
8.1.António Brandão de Castelo Branco, FCA.
8.2.D. ANA DE MIRANDA GODINHO DO AMARAL, (FG §3) c.c. JOÃO CORREIA BOTELHO, irmão de Simão Viegas Botelho e do Desembargador Pedro Ayres Botelho. Viveram em Midões, Canas de Senhorim.
9.1.Simão Botelho de Miranda
9.2.D. FELICIANA BOTELHO DE MIRANDA, c.c. ESTÊVÃO COELHO DE SOUSA.
10. ANTÓNIO COELHO DE MIRANDA,de S. Romão, c.c. D.MARIA MASCARENHAS, de Coja.
I Linha
11.1 D. FRANCISCA COELHO DE MIRANDA DO AMARAL, irmã de D. Feliciana Coelho de Miranda nº 11.2 da Linha II, casou em São Romão, Seia, em 1689, c. ESTÊVÃO SOARES D'ALBERGARIA CABRAL.
12. D. MARIA CAETANA SOARES D'ALBERGARIA DE SOUSA MASCARENHAS, casou em São Romão, Seia, c. CAETANO LUÍS ANTÓNIO BRANDÃO CASTELO BRANCO,(certamente primos por Mirandas de Midões) fº de Estêvão de Miranda Brandão, de Midões, e mulher D.Jerónima Soares de Albergaria, de Aveiro; neto paterno de Simão Machado da Costa e 2ª mulher D.Maria Botelho de Miranda, neto materno de Manuel Soares de Albergaria, de Aveiro, e mulher D. Maria Chamorro Guedes.
13. JOSÉ BERNARDO DE MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO, FSO, c.c. D. ANTÓNIA JOAQUINA DE MELO E TÁVORA, irmã do FECR João de Lemos e Sousa, Capitão Mór de Seia e seu termo em 1766.
14.1. ANTÓNIO DE MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO, morgado de Tonda e Seia, c.c. D. ANA BÁRBARA DA SILVA FRAGOSO; morreu em 1830 s.g.
14.2. D. MARIA CÂNDIDA, freira no Convento do Vinhó.
14.3. HENRIQUE DE MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO, soltº e s.g..
14.4. D. ANA MÁXIMA SOARES DE ALBERGARIA, morgada de Tonda e de Seia, c. em Avô em 28 V 1793 com seu primo ALEXANDRE JOSÉ DE FIGUEIREDO E MELO CARDOSO, nº 13 da II Linha. C.g.
II Linha
11.2 D. FELICIANA COELHO DE MIRANDA, irmã de D. Francisca Coelho de Miranda nº 11.1 da I Linha, morreu em 14 XI 1708 e c. em São Romão, Seia, a 7 III 1672, c. ALEXANDRE DE FIGUEIREDO JÁCOME, b. em Avô aos 13 III 1646, habilitado para ordens menores em Dezº de 1661, tabelião do público e judicial em Avô, fº de Bernardo Duarte de Figueiredo, Sargento-Mór de Avô, e mulher D. Maria Jácome de Mendonça (c. na capela de Nª Sra. do Mosteiro em Avô em 8. II 1641) e neto paterno de Salvador Duarte de Figueiredo, Capitão-Mór de Pombeiro da Beira e mulher D. Catarina Gomes da Silva, em finais do sc. XVI.
12. Dr. BERNARDO DUARTE DE FIGUEIREDO, b. em 12 II 1688, FSO em 1718, CXO, canonista, desembargador dos agravos e suplicações, servindo de chanceler em 1755, juiz de fora em Miranda e na Covilhã, corregedor em Pinhel e em Coimbra. "Prestou relevantes serviços na fundação da Compª dos Vinhos do Alto Douro". Morreu em 6 II 1769. c. 1º em 1744 c. D. Ana Geralda de Brito Brandão e Abreu, que morreu em 1751 s.g.. C. 2º c. D.ANTÓNIA LUISA DE MELO CARDOSO, fª de Bernardo da Silva Castº Branco e Melo e mulher D. Francisca Xavier Juzarte Cardoso, etc.
13. ALEXANDRE JOSÉ DE FIGUEIREDO E MELO CARDOSO, (bisneto dos nº6) n. a 6, b. a 10 XI 1757, tenente coronel de milícias do batalhão de Arganil, e Sargento-Mór de Avô, onde casou em 28 V 1793 com sua prima D. ANA MÁXIMA SOARES DE ALBERGARIA, (trineta dos nº6) nº14.4 da I Linha.
14.1. ANTÓNIO DE FIGUEIREDO MIRANDA BRANDÃO CASTELO BRANCO. Último morgado de Tonda e de Seia. C.c.g..
14.2. FRANCISCO DE FIGUEIREDO CARDOSO E MELO. C.c.g..
14.3. D.CASIMIRA CÂNDIDA DE FIGUEIREDO CARDOSO E MELO. C.c.g..
Direct link:
RE: Miranda Brandão Castelo Branco, morgados de Tonda
Caro Alexandre Tavares Festa
Sobre arcebispos de Braga, julgo que a obra (que não tenho, mas tenho visto inúmeras referências) mais completa que existe é:
“Fastos episcopais da Igreja Primacial de Braga (sec. III-sec. XX) / José Augusto Ferreira .- Braga: Mitra Bracarense, 1928-1935”.
Como pode ver na Pesquisa Bibliográfica de www.bn.pt, a obra existe em Lisboa (julgo que é aí que vive) na Biblioteca Nacional.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
Direct link:
Casa de Touriz em Midões
Caro Vasco Jácome
Obrigado pela dica para os arcebispos de Braga. Entretanto localizei Touriz como um lugar da freguesia de Midões, sendo aí então esta Casa de Touriz de Amarais entroncados com Coelhos de Miranda. Vem na p. do brasão de Amarais, aqui no GP. O que restará dela?
Cump.tos
Alexandre Tavares Festas
Direct link:
RE: Miranda Brandão Castelo Branco, morgados de Tonda
Caro Vasco Jácome
Por lapso parece que respondi a mim proprio. Veja Casa de Touriz em Midoes sff.
ATF
Direct link:
RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro José Seabra,
Descendo de uma senhora da família Teixeira de Mendonça/Zuzarte de Mendonça, mais precisamente de Carlota Conteiro Zuzarte de Mendonça (minha bisavó)casada com Francisco de Assis António de Oliveira de Sommer.
Tenho alguma documentação sobre este meu ramo, apesar de estar bastante incompleta e confusa. Foram papeís dados por um primo e, que não sabe qual é a sua origem. Nestes, realmente é traçada a ascedência desta senhora até Tristão Vaz.
Se tiver interesse poderíamos trocar informações a fim de completarmos dados.
Com os melhores cumprimentos,
Lourenço Botelho de Sousa
Direct link:
RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro Lourenço Botelho de Sousa,
Sei muito bem a existência do seu ramo e num
trabalho muito incompleto que fiz há uns anos
a sua Bisavó aparece casada, só que a descendência é que está muito incompleta.
Terei todo o gosto em lhe fornecer elementos
tanto quanto aos ascendentes como em relação
aos casamentos de quase todos até por volta de 1960. Segundo um primo, Carlos Athayde Carvalhosa, filho da Tia Céu Mendonça, vai sair
um trabalho em breve acerca dos Mendonças, mas sabe como são estas coisas, vão-se arrastando
às vezes anos...
Fica com o meu email, para poder contactar-me
directamente, josemseabra@mail.telepac.pt.
Um abraço
José Seabra
Direct link:
"Brasões Inéditos"
Caro Vasco Jácome
Poderia dar-me as referências do seu livro Basões Inéditos, Sousa Machado? A Ferin pediu-mas para encomendar a obra, que desconhece. Pensei que fosse fácil comprá-la, mas parece que não.
Cumptos.
Alexandre Tavares Festas
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RE: "Brasões Inéditos"
Caro Alexandre,
Os "Brasões Inéditos" é uma daquelas obras quase miticas que nunca aparecem à venda e, quando há, tem um preço normalmente proibitivo. Eu também não tenho. O melhor será tentares que alguém aqui no Fórum te fotocopieo lilivro ou então tentares a Biblioteca Nacional para consulta.
Abraço
Lourenço
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RE: "Brasões Inéditos"
Caro Alexandre Tavares Festas
Sobre esse livro pode dar uma vista de olhos ao tópico “Livro "Brazões Inéditos"”.
Como de facto já é uma publicação antiga (1931), julgo que a aquisição só poderá ser feita em alfarrabistas. Sugiro:
Fernando Ferreira Santos
Rua dos Chãos, 121 r/c - T
4710-230 BRAGA
Telef: 253 271 962
Já agora, aproveito para lhe pedir para fazer uma visita ao tópico “Furtados de Mendonça, dos Arcos e Alentejo”, principalmente à minha mensagem de 2002-03-06.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: "Brasões Inéditos"
Caro Vasco Jácome
Esqueceu-me agradecer-lhe a indicação que me dá neste tópico, na resposta que postei há bocadinho em Furtados de Mendª. Amanhã ligarei para esta livraria que me indica aqui, talvez essa edº de 1931 seja mais acessível que a original de 1906.
Grato
Alexandre Tavares Festas
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Gostaria de contactar com o João Bettencourt sobre os Pessoas de Montemor .O meu e-mail é gbcalheiros@hotmail.com
Cumprimentos
Gonçalo
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Juzartes, morgados de Sobral, no Carregal do Sal
Caro Vasco Jácome
Desta vez é que lhe venho mesmo pedir ajuda - quando lhe der jeito e tiver disponibilidade, já se vê - para me ajudar a deslindar o seguinte caso: Francisco Carlos de Azeredo Pinto Melo e Leme, nos seu livro "Os Meus Costados",(Porto, 1960) menciona a pg. 64 como mulher de Lourenço do Couto da Costa e Faro(FCA, CXO, Capº Mór de Mangualde, Sr.da Casa de Cães de Cima e morgado de Lobelhe, onde foi b. a 9 X 1759) a D. Antónia Rita Inácia de Abreu e Brito Abranches JUZARTE, que dá como filha de António da Costa Ribeiro JUZARTE, morgado do Sobral, Carregal do Sal,(b. 2. V 1701)e mulher D. Maria Inácia de Brito Ribeiro Madeira. Mas o mesmo autor, no capítulo "Casa de Cães de Cima" da obra dos solares, a p. 218, para a qual diz ter consultado o arquivo da Casa de Cães, refere a mesma senhora como D. Antónia Rita Inácia de Abreu de Brito Madeira Homem e Abranches, b. em Sobral de Papízios (Carregal do Sal) em 17 V 1753, e como filha herdeira de Alexandre da Costa de Abreu JUZARTE Ribeiro, Senhor do Morgado de Sobral, e mulher D. Maria Inácia de Brito Madeira Homem e Abranches.
Não me intrigam os diversos arranjos de apelidos, mas gostaria de confirmar se o morgado de Sobral foi António ou Alexandre, isso sim. E perguntar-lhe se nas suas obras se poderá localizar a ascendência Juzarte desta família, de forma a poder entroncá-la na árvore de Juzarte que nas horas vagas vou alinhavando.Muito obrigado desde já.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Alexandre,
Qual é a sua ligação ao meu colega de curso Manuel Tavares Festas?
Como posso contactar com ele?
Um abraço,
Francisco Montanha Rebelo
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Manuel Tavares Festas
Caro Francisco
Existem actualmente dois Manuéis Tavares Festas: um é meu irmão e o outro primo segundo, um tirou engenharia e o outro gestão de empresas. Nenhum deles é o que consta erradamente no GP em duplicado sob os nomes Manuel de Figueiredo Tavares Festas e Manuel Tavares Festas. Contacte-me pelo email para melhor o poder informar.
Abraço
Alexandre Tavares Festas
atavaresfestas@hotmail.com
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RE: Juzartes, morgados de Sobral, no Carregal do Sal
Caro Alexandre Tavares Festas
A única obra que tenho que fale de Juzartes é o Gayo. Acontece que não encontro lá os que refere. No ttº de Juzartes §46 ainda encontro ligações entre Costas e Juzartes, mas não me parece que sejam a mesma gente.
Não me pode fornecer alguma linha de ascendência de modo a ver se a partir dela chego aos que procura?
É que eu não tenho “Os Meus Costados”.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Juzartes, morgados de Sobral, no Carregal do Sal
Caro Vasco Jácome
Segundo entretanto o Gonçalo Calheiros me enviou pª o e-mail, é a seguinte essa linha recta ascendente:
1-Alexandre da Costa de Abreu Juzarte Ribeiro,Morgado de Sobral e de Ferreirós,*02/03/1704 Currelos,2-João Zuzarte da Costa 3-Maria de Abreu Ribeiro 4-Manuel Zuzarte 5-Maria Nunes 6-João Fernandes 7-ntónia de Abreu 8-Manuel Zuzarte 9-Maria da Costa 16-Cristovão Borges 17-Simoa Zuzarte 34-Francisco Dias 35-Isabel Zuzarte 68-Diogo Fernandes do Couto. Vou verificarse esta Simoa Zuzarte e este Domingos Borges serão os mesmos de que fala Vera Silvestre, se não me engano, da Casa das Laranjeiras.
"s Meus Costados" está na loja de fotocópia agora, e se quiser diga que telefonarei para lá e envio-lho com muito gosto.
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Juzartes, morgados de Sobral, no Carregal do Sal
Caro Vasco Jácome
Realmente em tópico de Zuzarte MAS fala do assunto, por sorte esta é uma linha que ele estuda para trabalho a publicar. Pela relevância transcrevo aqui o que ele nos disse em 5 V 2001:
"Os Juzarte de Carregal começam com duas irmãs, naturais de S. Miguel o Anjo, que no séc. XVI vieram casar a Carregal, dando origem a dois ramos desta família. Eu só estudei a descendência de uma delas, Simoa Juzarte, que cc Cristóvão Borges, sr. da Casa das Laranjeiras, em Carregal, dando origem aos Juzarte desta casa, que nos finais do séc. seguinte, por ligação aos Costa Veloso, de Papízios, mas com ascendência em Braga, passaram a Juzarte da Costa, e mais tarde, por ligação aos Britto Ribeiro de Figueiredo, de Oliveira do Conde, passaram a Juzarte de Figueiredo, e depois, por ligação aos Soares de Albergaria Cabral, passaram a Soares de Britto e Albergaria Cabral, que sucederam na dita Casa das Laranjeiras. Só o posso ajudar se as suas investigações o conduzirem a alguma desta gente.
Cordiais cumprimentos
Manuel Abranches de Soveral".
Cumptos.
Alexandre Tavares Festas
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RE: Juzartes, morgados de Sobral, no Carregal do Sal
Caro Alexandre Tavares Festas
Infelizmente, isto está complicado. Ainda não encontrei o rasto dos que procura. Os Costa Veloso, de Papízios, de quem falava Manuel Abranches de Soveral, estão “ligeiramente” referidos por Gayo no ttº de Costas §263, mas não encontro essa ligação a Zuzartes. É natural que esteja bastante incompleto.
Quanto à oferta das cópias de “Os Meus Costados” desde já agradeço, mas interessava-me se tivesse alguma coisa sobre a Casa das Torres, em Oliveira, Mesão Frio. Aqui no GP há uma referência à pg. 72:
http://www.geneall.net/pessoas/pes_show.php?id=72976
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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Juzartes do Carregal; Casa das Torres
Caro Vasco Jácome
Obrigado pela sua busca. Penso que, com os elementos mais aprofundados que espero receber dentro de dias do Gonçalo Calheiros, e a ajuda se necesssário de MAS se conseguirá saber isto.
Quanto à Casa das Torres, é muito bonita e bem situada. Visitei-a uma única vez, há bastantes anos atrás, por pertencer ao pai de meu cunhado António Caetano Girão, com quem vejo que é aparentado pelo livro dos "Costados", os quais realmente mencionam a linha ascendente dos donos, se me não engano. As fotocópias não ficarão prontas antes de 15 dias, por serem muitas, e então poderá ver melhor, e penso que lhe interessará. Agradecia que me dissesse a sua morada para o meu email.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
atavaresfestas@hotmail.com
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José Juzarte de Quadros
Caro Vasco Jácome
Na DDJII, Canedo menciona a pg. 575 do I vol. um José Juzarte de Quadros, FCR, Provedor de Moncorvo, Correio-Mór de Coimbra, o qual foi Senhor das Lezírias de Buarcos e Tavarede pelo seu casamento com D. Joana Madalena Leite de Quadros. Foram pais de D. Antónia Madalena de Quadros Sousa e Sá, herdª, Sra. de Tavarede e Buarcos e herdeira também de sua tia a Viscondessa de Condeixa, que veio a casar com D. Francisco de Almada e Mendonça, irmão do 1º Visconde de Vila Nova de Souto d'El-Rei, sendo progenitores dos Condes de Tavarede.
Olhando a árvore de Juzartes neste tópico, penso que será fácil entroncar o dito José Juzarte de Quadros com os numeros 8 ou 9, Francisco Xavier Juzarte de Quadros, FCCR, Correio Mór de Coimbra, e seu filho António Juzarte de Quadros. Mas não o sei fazer, será que por aí pelo menos em Quadros se encontra alguma coisa?
Melhores Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: José Juzarte de Quadros
Caro Alexandre
Francisco Juzarte Maldonado cc Maria Machado de Passos, tiveram:
8.1.1 António Xavier Maldonado Cardoso de Andrade cc D. Brites Henriques de Menezes, fª de Pedro Lopes de Quadros (Gayo: ttº Gouveias §135 N17), tiveram:
- Francisco Pedro Juzarte de Quadros Fid. da CR, Correio-mor de Coimbra c 1ª c D. Joana Rita de Noronha, viúva de João de Melo Lobo SG e c 2ª na Beira c ... Tiveram descendência que Gayo ignora.
- Madalena
- Mariana
- Luísa
- Paula
- José, que segue:
- José Juzarte de Quadros cc Joana Teles de Quadros (ou da Silva e Castro), fª de Fernão Gomes de Quadros, Fid. da CR, Sr. da Casa de Tavarede. Tiveram (ttº Gouveias §55 N18):
- Antónia Madalena de Quadros e Sousa, herdeira da Casa de Tavarede cc Francisco de Almada de Mendonça, COX, Moço Fid. c/ exercício na CR, Corregedor da comarca do Porto, Desembargador na Relação do Porto e na Suplicação, fº 2º de João de Almada e Melo, Tenente-General Governador das Armas e das Justiças do Porto, Presidente do Senado da Câmara e da Marinha, COX, Alcaide-mor de Palmela, Comendador de Santiago, e de sua m.er Ana Joaquina de Lencastre.
Essa alusão à Casa de Tavarede foi fundamental para localizar no Gayo a descendência de António Xavier Maldonado Cardoso de Andrade, pois no ttº de Juzartes o autor nada mais diz, esquecendo-se de colocar a ligação aos Gouveia.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Manuel Tavares Festas
Alguem me poderá dar informação sobre uma familia Zuzarte de Vasconcelos que viveu no concelho de Santarém no séc. 19?
Luis Melo
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Zuzartes do Ribatejo
João Cordovil Cardoso é quem aqui mais percebe de Juzartes escalabitanos.
ATF
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RE: José Juzarte de Quadros
Caro Vasco
Muito Obrigado! Cheio de pressa, só para lhe agradecer, e aqui vai a árvore mais remexida ainda com os novos dados...
Cumptos.
Alexandre Tavares Festas
JUZARTES, Correios-Móres de Coimbra
(Árvore em nobiliário manuscrito oitocentista na posse de Eugénio de Castro e Almeida, publicada no Brás Garcia Mascarenhas do Pe. Dr. António de Vasconcelos a p. (173) da Nota III e trabalhada por Vasco Jácome seguindo Felgueiras Gayo; aditada e corrigida a I Linha segundo informações familiares de Abílio Pinto e Cardoso Bandeira)
0. Rodrigo Juzarte, c.c. D. Catarina Neto e tiveram pelo menos a
1. Pedro Rodrigues Juzarte, (que parece foi filho de Rodrigo Juzarte, neto do conde de Liuzarte estribeiro do infante D. Pedro duque de Coimbra, regente na menoridade de D. Afonso V); casou 1ª vez com D. Catarina Anes da Veiga e Nápoles , fª de João Esteves da Veiga e de D. Leonor Anes de Vasconcelos; e em 2ªs núpcias com D. Catarina de Oliveira, de Montemor-o-Velho.
I Linha, descendentes com D. Catarina Anes da Veiga e Nápoles
1ª VERSÃO, 2º GAYO (Referida VJ)
2.1 André Juzarte, c.c. D. Catarina Neto (ou D. Antónia de Andrade, segundo outros, que terão confundido com a mulher de seu meio-irmão Vasco de Oliveira Juzarte). Tiveram pelo menos a
3.1. Gonçalo Rodrigues Juzarte, que veio a tomar o apelido Bandeira, etc.
2ª VERSÃO. 2º APCB (Tradição Familiar)
3.1 D. Leonor Juzarte, c.c. Aires de Sá Sottomayor, s.m.n.
3.2 Gonçalo Pires Juzarte, que morreu em 1450, c.c. D. Violante Nunes da Costa Cardoso, e que passou a chamar-se Gonçalo Pires Bandeira depois da batalha de Crasto Queimado, por ter recuperado o estandarte real.
3.3 Ana Bandeira, c.c. Diogo Álvares Fidalgo, são raiz da família Bandeira, vivendo nos concelhos de Góis e da Lousã até hoje, não reaparecendo o apelido Juzarte nessa descendência.
3.3 D. Maria Juzarte, c.c. Fernão de Sá Sottomayor, s.m.n.
II Linha, descendentes com D. Catarina de Oliveira
2.2 Vasco de Oliveira Juzarte, MFCR, Senhor da Capela de Fernão Miguéis na Igreja de S. Miguel de
Montemor-o-Velho aonde residiu, reinando D. Afonso V, casou na casa de Francisco de Andrade (o qual era marido de uma irmã do bispo D. Brás Neto) com D. Antónia de Andrade, filha do Capitão Gil Rodrigues Paes ou Gil Tomé Paes, vassalo do rei D. Duarte, e de Isabel Afonso de Andrade, descendentes dos condes de Andrade na Galiza e também residentes em M-O-V. (Notas 1, 2 e 3). Tiveram a
3. Miguel Juzarte de Andrade, filho 2º, ouvidor em Cantanhede, onde casou em casa de Domingos Gonçalves Godinho da vila de Pias com Mariaou Mécia Godinho, natural de Pias e moradora em Cantanhede. (2). Tiveram
3.1 D. Antónia de Andrade, c.c. André Pessoa, de M-O-V. C.g.
4. Agostinho Juzarte de Andrade, morador em Cantanhede, casou em casa de Pedro Soares com Francisca Jorge Soares. (1 e 2). Tiveram a
5. Miguel Juzarte de Andrade , FCA, morador em Cantanhede, c.c. D. Maria Ribeiro Cardoso, irmã do Bispo de Cabo Verde e filha herdeira de Lançarote Ribeiro, FCR, e sua mulher Antónia Cardoso (1 e 2). Tiveram a
6. Francisco Cardoso Juzarte, vereador e Correio-Mór de Coimbra em 1653, c.c. Isabel Maldonado, filha e herdeira de Agostinho Maldonado, tabelião em Coimbra, filho de António Alves Antunes e de Guiomar Vaz Maldonado. (2).
Tiveram a
7. Agostinho Juzarte Maldonado, FSO, c.c. D. Ana Teresa da Silva , filha e herdeira de Francisco Gonçalves Tojeiro da Silva, e de sua mulher D. Maria Gonçalves Tojeiro, de Matosinhos. Tiveram pelo menos dois filhos:
8.1 Francisco Juzarte Maldonado Cardoso Ribeiro da Silva, FCCR em 1717, Senhor de Eiras e Vilarinho, c.c. D. Maria Machado de Passos, herdª de António Machado de Passos, do Porto. Tiveram pelo menos dois filhos (9.1 e 9.2)
8.2 D. Teresa Maria da Silva Juzarte, irmã de Fcº. Juzarte Maldonado, c.c. Bento Madeira de Castro, 1º editor do "Viriato Trágico". C.g. Da sua descendência se ocupa o ponto (VII c) das Notas Genealógicas do “Brás Garcia Mascarenhas” do Pe. Dr. António de Vasconcelos.
9.1. António Xavier Juzarte Maldonado Cardoso de Andrade, FCCR, casou na casa de Pedro Lopes de Quadros com sua filha D. Brites Henriques de Meneses (11) e teve a
9.1.1. Francisco Xavier (Pedro?) Juzarte de Quadros, FCR, Correio Mór de Coimbra, n. em 1784. C. 1º c.
D. Joana Rita de Noronha, viuva de João de Melo Lobo. S.g. C. 2º c. D. ?, com descendência que FGayo
ignora.
9.1.2 D. Madalena s.m.n.
9.1.3 D. Mariana s.m.n.
9.1.4 D. Luisa s.m.n.
9.1.5 D. Paula s.m.n.
9.1.6. José Juzarte de Quadros, Correio Mór de Coimbra 2º Canedo, c.c. D. Joana Madalena de Quadros (ou Teles de Quadros, ou da Silva e Castro, ou Leite de Quadros), fª de Fernão Gomes de Quadros, FCR, Senhor da Casa de Tavarede (11). Tiveram D. Antónia Madalena de Quadros Sousa e Sá, herdª, 12ª Senhora de Tavarede e Buarcos, que c.c. D. Francisco de Almada de Mendonça (irmão do 1º Visconde de Vila Nova de Souto d’El-Rei), MFCR com exercício no Paço, Senhor Donatário da Ponte da Barca, Corregedor na Comarca do Porto, Desembargador na Relação do Porto e na Suplicação, fº segundo de D. João de Almada e Melo, Tenente General das Armas e das Justiças do Porto, Presidente do Senado da Câmara e da Marinha, COX, Alcaide Mór de Palmela, e de Marialva, Comendador de Santiago, etc. etc. e mulher D. Ana Joaquina de Lencastre. C. g. na Casa Tavarede.
9.2. D. Francisca Xavier Juzarte Cardoso, c.c. Bernardo da Silva Castelo Branco e Melo, da quinta dos Corvos à Nogueira, freguesia de Santos Evos, e tiveram a
10.2. D. Antónia Luisa de Melo Cardoso, 2ª mulher do juiz desembargador Dr. Bernardo Duarte de Figueiredo, FSO, CXO, de Avô, (b. 12.II.1688 e f. 6.II.1769) com descendência até hoje descrita no ponto (VIII a) do referido BGM. Filho de Alexandre de Figueiredo Jácome (b. 13 III 1646), de Avô, aonde foi tabelião do público e judicial, e de sua mulher D. Feliciana Coelho de Miranda. Tiveram a
11. Alexandre José de Figueiredo e Melo Cardoso, n.a 6, b. a 10 XI 1757 em Avô. Tenente Coronel de Milícias do batalhão de Arganil e Sargento-Mór de Avô. Casou em 28 V 1793 com sua prima D. Ana Máxima Soares de Albergaria, morgada de Tonda e Seia, fª de José Bernardo de Miranda Brandão Castelo Branco, Sargento-Mór de Seia, e mulher D. Antónia Joaquina de Melo e Távora. (4) Tiveram a
12.1. António de Figueiredo Miranda Brandão Castelo Branco, morgado de Tonda e Seia, c. no Fundão em 1840 c. D. Bernarda Carolina Godinho de Sampaio e Melo, fª do desembargador Dr. Francisco Maria Godinho da Fonseca do Amaral e mulher D. Ana Cândida da Cunha Sottomayor Sampaio e Melo. (5 e 6).
12.1.1 Alexandre de Figueiredo Miranda Soares de Albergaria Sampaio e Melo, c.c. D. Ana Leopoldina de
Carvalho e Albuquerque, de Vila da Igreja. S.G.
12.1.2. D. Maria Delfina de Figueiredo, soltª. e s.g..
12.1.3. D. Francisca de Figueiredo Godinho Soares de Albergaria, c.c. *João Soares de Albergaria Cabral da
Costa e Faro, de Seia, fº de João Soares Coelho da Costa Freire e mulher D. Maria Jerónima Cabral
Soares de Albergaria Costa e Faro, descendente dos Faros de Cães de Cima e Lobelhe. C.g. (5 e 6 e 7).
12.2. Francisco de Figueiredo Godinho Cardoso e Melo, que casou na Quinta da Costa em Nogueira do Cravo com D. Ana Augusta Madeira de Abreu de Tovar e Albuquerque, c.g.
12.3 D. Casimira Cândida de Figueiredo Cardoso e Melo, c.c. o Dr. João da Costa Garcia, da
Foz da Moura, em Avô, bacharel em Direito pela U.C. etc. Tiveram dois filhos:
13.1 D. Maria da Assunção da Costa Figueiredo Cardoso Soares de Albergaria e Melo, c.c. Jerónimo de Moraes Almeida e Sousa, da Foz da Moura. C.g.
13.2 Alexandre de Figueiredo da Costa Soares de Albergaria e Melo, Senhor da Casa de Figueiredos em Avô onde nasceu e morreu, c.c. D. Maria Fortunata Guedes Themes de Albuquerque Brito e Faro, de Vilar Seco, fª do juiz Dr. José Guedes Themes de Bahamonde do Prado, os Themes de Valdigem, Lamego, e mulher D. Balbina Estuarda de Albuquerque do Couto e Brito da Costa e Faro, de Vilar Seco, parente de D. Maria Jerónima Cabral pela Casa de Lobelhe e Cães de Cima. Tiveram três filhos. C. g. numerosa.
NOTAS:
1. Sousa Machado, “Brasões Inéditos”, p.133, nº 417:
“Miguel Juzarte de Andrade, morador em Cantanhede filho legitimo de Agostinho Juzarte e de sua mulher Francisca Jorge Soares; neto de Miguel Juzarte, fidalgo da Casa Real e de sua mulher Mecia Godinho, filha de Domingos Gonçalves Godinho da Villa de Pias; bisneto de Vasco de Oliveira Juzarte moço fidalgo da Casa Real e senhor da capella de Fernão Migueis na igreja de S. Miguel de Monte-mór o Velho, e de sua mulher Antonia de Andrade, que era filha do capitão Gil Thomé Paes, vassallo de el-rei D. Duarte, e de sua mulher Isabel Affonso de Andrade, descendentes dos Condes de Andrade em Galiza, e moradores em Monte-mór o Velho.
JUZARTES e ANDRADES. D. uma flôr de liz de prata. B. p. 2 de julho de 1605.
L. 1º fl. 224”.
2. Felgueiras Gayo, ttº de Juzartes, §2 nº 4 a nº 8, e árvore 96 do Tomo I.
3. Idem, ttº de Freires de Andrade, §70 nº2
4. Consta no GP erradamente como Alexandre de Melo de Figueiredo Cardoso
5. Brás Garcia Mascarenhas, Nota III, p.(175)
6. SDA, Manuel Pais do Amaral, §17 nº22 e seguintes.
7. D. Maria Jerónima Cabral era filha de Lucas Osório de Castro Soares de Albergaria e mulher D. Maria Máxima da Costa e Faro da Silva e Albuquerque, fª esta de D. Eugénia Maria Matilde de Albuquerque da Silva e Amaral, (n. e b. em Mangualde em 14 X 1769, e aí falª. em 16 V 1844) e marido Lourenço Bernardo Jacinto da Costa e Faro Sanches, que n. na vila de Santa Marinha (Seia) em10 XII 1779.
8. Archivo Heraldico-Genealogico etc. pelo visconde de Sanches de Baena, 2ª ed., vol. I, p. 517, nº. 2056 (D. Maria Brites Zuzarte Maldonado).
9. F. Gayo, ttº de Andrades Freires, §70 nº 2
10. AHG do VSB, idem, idem, p. 381, nº. 1514 (JOSÉ FRANCISCO BARRADAS JUZARTE, FSO)
11. FGayo, ttº Gouveias, §135 N17 e N18
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro João,
Um Manuel António Juzarte de Santa Maria, foi baptizado na freguesia dos Anjos, Lisboa, a 20-VIII-1735. Habilitado de genere em Lisboa em 1756 (Mç 376, Proc. 2), irmão do P.e Jacinto Freire de Mendonça Santa Maria; filhos do Capitão João Juzarte de Santa Maria, baptizado na freguesia do Salvador, Santarém, casado na freguesia dos Anjos, Lisboa, com D. Vitória Teresa de Miranda, ou de Melo, bap. na freguesia de São Tomé, Lisboa.
- D. Josefa Maria de Carvalhais, n. c. de 1697 em Marvila Santarém, filha de José Juzarte de Santa Maria e de s. m. D. Maria Pereira de CArvalhais. Em 22-VI-1728 teve alv. para c. c. João Tavares de Sousa Cyrne, nat. da freg. São Nicolau, Santarém e morador em Almoster, filho de Manuel de Sousa Cyrne e de s. m. D. Susana Maria Pimentel. Foi testemunha no proc. matrimonial (1728, Mç 4, Proc. 85), Inácio José de SAnta Maria, 23 anos, filho do Dr. Manuel Correia Lobo.
-Em 1678-79 (IAN/TT, Hab. de genere, Mç. 15, Proc. 11), habilitou-se Manuel Juzarte de Santa MAria.
Abraço
NB
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro Nuno
Obrigado por estes dados. Os da familia do João Juzarte de Sta. Maria penso que já os teria, não com as datas, mas sim com a freguesia dos Anjos.
Vou tentar explorar os filhos do José Juzarte de Santa Maria para ver se, para além da filha aparece algum Joaquim Isidoro.
Vamos ver. Tudo isto está na TT?
João Cordovil Cardoso
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Caro João,
Está tudo na Torre. Câmara Eclesiástica de Lisboa, Habilitações de genere e Sumários Matrimoniais.
Abraço
NB
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Nuno
Já que está online vou mandar-lhe um email.
Um abraço
JCC
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RE: Árvore de Juzartes - Coimbra e Alentejo
Nuno
Já que está online vou mandar-lhe um email.
Um abraço
JCC
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Entreguei ao site para divulgação e delícia dos interessados através dos meios adequados uma fotografia da pedra de armas do secXVI de Cardosos Juzartes da casa dos Correios mores de Coimbra em Almalaguês. É um exemplar soberbo e como tudo o que é património está em ruínas quase abandonada!Peço informe o Vasco Jácome assim como o Festas para não perderem esta imagem que lhes prometi em tempos.
João Bettencourt
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro João Bettencourt e interesados,
A fotografia que teve a amabilidade de nos enviar das armas destes Correios -Móres, já cá está na respectiva página: http://www.geneall.net/titulos/tit_show.php?id=9526
Um abraço,
Genea Portugal
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro João Bettencourt
Muito obrigado pela referência. É realmente um belo exemplar!
Parece evidente que são Cardosos e Jusartes, embora para estes apresente uma versão muito simplificada em relação ao que está no “Armorial Lusitano”.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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Figueiredo e Miranda
Exmo Senhor
Tenho seguido com curiosidade o desenvolvimento deste tópico, sobretudo pela coincidência da conjugação dos apelidos Figueiredo e Miranda na Beira Alta.
Os dados que tenho são:
D. Maria de Figueiredo e Miranda, n. em Gouveia, Bp. 08.01.1770 (c. Gouveia-S. Pedro, 25.07.1801 com Manuel (Craveiro) Ramos (n. de Manteigas)).
Filha de:
João Dias Vanana (n. Gouveia-S.Pedro, filho de António Dias e de D. Leonarda Nunes)
e de D. Maria de Figueiredo e Miranda
(n. Gouveia-S.Pedro)
Neta Materna de José Rodrigues e de D. Maria de Figueiredo e Miranda.
Não se poderá ter alguma ligação com os seus Figueiredos e Miranda, mas parece-me interessante a conservação dos apelidos femininos em pelo menos três gerações e a proximidade geográfica.
Os meus melhores cumprimentos
Rita Cabeça Ramos
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RE: Figueiredo e Miranda
Cara Rita Cabeça Ramos
Sem excelentíssimo, sff. Realmente tem razão, talvez seja pena ter-se perdido o antigo hábito português de transmissão linear feminina dos apelidos, a par das linhas masculinas. Quanto a Figueiredos, não recuo os meus além dos finais do sc. XVI, com Salvador Duarte de Figueiredo, Capitão-Mór de Pombeiro da Beira. Seria trabalho a ter que se tentar fazer no complicado arquivo de Coimbra, e portanto ignoro se entroncam, e de que forma, nos Figueiredos medievais os Figueiredos de Avô. A ligação com Mirandas é bastante posterior, e desconheço em absoluto se terão alguma coisa que ver com o seu Figueiredo e Miranda, dado terem existido várias famílias ainda na monarquia absoluta que usaram sobrenomes idênticos sem partilharem laços de sangue. Já procurou a primeira D. Maria de Figueiredo e Miranda no Gayo? Talvez subindo a ascendência dela se encontre uma pista para a origem dos apelidos.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Figueiredo e Miranda
Boa tarde
Caro Alexandre
Não, de facto não procurei - nem sei se será a primeira, pois não tenho, ainda, a sua ascendência (tenho estado mais dedicada a outros costados) e não tenho o Gayo, mas vou tentar consultá-lo.
Obrigada pela pronta resposta
Rita
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Alexandre Tavares Festas,
Coloco-lhe a seguinte questão apenas porque fiz uma pesquisa por "correio-mór" aqui no fórum e ... surgiu este tópico sobre os "Juzartes, Correios-Móres de Coimbra".
Saberá dizer-me se existe alguma forma de se saber quem foram os "correios-móres" ao longo dos tempos em Portugal? ... é que procuro um antepassado Xavier de Carvalho, nascido cerca de 1830, local ?, e que penso ter sido correio-mór ???
Desde já grata pela atenção,
A Pinto de Abreu
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Cara A Pinto de Abreu
Além dos Correio-mór do Reino, havia Correios-mór locais. Provavelmente será esse o caso.
Em relação aos Correio-mór do Reino, o último foi o 1º Conde de Penafiel, que sendo descendente de várias gerações de Correios-mór, trocou com a Casa Real o cargo precisamente pelo título de Conde de Penafiel.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Vasco Jácome,
Grata pela sua resposta.
Quanto à questão dos Correios-mór, é provável que quem procuro fosse um correio-mór local ... não sei ... é uma pista.
Tenho apenas o nome dos filhos e a data de nascimento de um deles, mas não sei o local onde nasceu, pelo que se torna um pouco complicada a pesquisa: Francisco Xavier de Carvalho, n. 30.1.1861 em ? e Maria Teresa Xavier de Carvalho, n. ? (no GP em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=28173).
M. Cumprimentos,
A Pinto de Abreu
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro A. Pinto de Abreu
Melhor do que eu (que nunca pesquisei o assunto, que vinha feito no Braz Garcia) lhe poderão responder velhos e experimentados genealogiastas que por aqui andam. Mas sendo o correio mor ligado às Câmaras Municipais, eu procuraria no acervo das ditas e em Ministério do Reino na TT, para começar. No seu caso, o que complica mais é saber: correio mor de que terra, visto não o ter sido do Reino? Porque listas publicadas de todos os correios mor municipais não creio que existam.
Cumps.
A. Tavares Festas
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Alexandre Tavares Festas,
Grata pela atenção e pela ajuda. Irei tentar na TT e ... vamos ver se tenho sorte!
Cumprimentos,
A. Pinto de Abreu
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RE: Manuel Tavares Festas
Caro Luis Melo
Só agora, um ano passado, reparei nesta sua mensagem.
Tenho antepassados Juzarte (ou Zuzarte) em Santarém e são, neste momento, um dos meus quebra cabeças. Tenho tb algumas informações acessórias.
Será que poderemos trocar ideias?
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Alexandre Tavares Festas
Queira perdoar esta “intromissão”, mas não consegui resistir a participar em tão interessante e animado debate.
Por do seio destes Juzartes — que, nos documentos seiscentistas e setecentistas que consultei, aparecem quase sempre grafados como Zuzartes — terem saído duas “Morgadas” de Pomares, acabei por explorar brevemente a biografia de alguns dos “Correios-Móres” de Coimbra.
Durante muito tempo estive convencido de que o cargo em questão, tal como o de capitão-mor, seria de nomeação camarária, até que tomei conhecimento do notável estudo intitulado “Assistentes do correio-mor do Reino em Coimbra” (Separata, publicada em 1966, dos n.os 296 a 299, 301 e 302 do “Guia Oficial dos CTT”), da autoria de Godofredo Ferreira (1886-1981), que foi membro da Associação dos Arqueólogos Portugueses e da Academia Iberoamericana de História Postal, e chefe de repartição dos CTT (o site da Biblioteca Nacional disponibiliza informações sobre a sua vasta bibliografia).
Na respectiva introdução, o autor — que terá sido um dos grandes especialistas da matéria, senão o maior — aborda a problemática da criação dos serviços postais portugueses, inicialmente reduzidos à Capital, e a sua posterior extensão a outros pontos do país, em particular a Coimbra, referindo que (chamo apenas a atenção para o facto de, devido às características do Fórum, as palavras que no texto estão em itálico passarem a figurar entre aspas):
[p. 7] Mais de dois séculos decorreriam [da transferência da Universidade de Lisboa para Coimbra, em 1308] ainda antes de ser posta à disposição do público uma organização de correios de ofício, incumbidos de levar as correspondências de um para outro ponto do país, porquanto só em 1520 se criou o cargo de [p. 8] «Correio-Mor do Reino», e os seus serviços, centralizados em Lisboa, só algumas décadas depois se ramificariam até Coimbra e outras cidades de Portugal (...)
[p. 10] No último quartel do século XVI, como consequência do considerável acréscimo de correspondências entre Portugal e Espanha, determinado pela residência de Filipe I de Portugal (II de Espanha) em território português, o correio tomou grande desenvolvimento como serviço de utilidade pública. Com o regresso do soberano a Espanha, o tráfego diminuiu, mas a posição alcançada pelo nosso correio não se alterou; e houve necessidade de colocá-lo em condições de satisfazer as exigências do escalão que alcançara. Criaram-se carreiras ordinárias para o serviço interno e de relações com a Espanha; e para as assegurar impôs-se a obrigação de estabelecer nas principais cidades do país delegados do «Correio-Mor do Reino» encarregados de fiscalizar a celeridade da marcha dos «correios-peões» e «correios a cavalo», de prover o bom encaminhamento das correspondências e, em especial, de proceder à recolha e distribuição de correspondência que dizia respeito à àrea da sua administração, com a cobrança dos portes estipulados.
É sem dúvida, desta época, a nomeação do primeiro delegado ou «assistente» para a cidade do Mondego; mas este, como aconteceu nas outras localidades do país, achou modesta a designação de assistente e logo se intitulou «Correio-Mor de [p. 11] Coimbra»; e de tal modo se lhe colou, e aos seus sucessores, o sonoro título, que assim foram conhecidos e designados, mesmo em documentos oficiais, até 1813. Nós, porém, de harmonia com o que deixámos exposto no prólogo do nosso trabalho «Assistentes do correio-mor do Reino em Viseu» (1960), preferimos designar esses altos funcionários pelo cargo que verdadeiramente desempenhavam” (...)
Mais à frente, Godofredo Ferreira “retrata” pormenorizadamente os diferentes detentores do cargo, ficando-se assim a saber que os seis últimos “Correios-Móres” de Coimbra saíram desta família Zuzarte/Juzarte, designadamente:
FRANCISCO CARDOSO ZUZARTE
«7.º Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1653 (?) a 1659»
[p. 47] “Filho de Miguel Zuzarte de Andrade, que teve carta de brasão de armas dos apelidos «Zuzartes e Andrades», em 1605, e de D. Maria Ribeiro, nasceu em Cantanhede no último quartel do século XVI, de uma das melhores famílias da região.
Foi da obrigação do Marquês de Marialva, cuja casa serviu, e veio para Coimbra, onde ocupou vários cargos da governança da cidade, tais como: superintendente dos linhos; escrivão do Hospital de Coimbra; vereador da Câmara de Coimbra, em vários anos; juiz de fora interino, por mais de uma vez; comissário para o alistamento de soldados voluntários (1647); Presidente da Junta das décimas da freguesia de Santa Cruz; deputado dos marachões; almotacé diferentes vezes, etc.
[p. 48] Teve o ofício de assistente de Correio-mor do Reino, cargo que já ocupava pelo menos em 1653.
Como e quando passou o lugar de correio de Coimbra para Francisco Cardoso Zuzarte, não sabemos. Sendo aquele propriedade dos Azevedos, por doação absolutamente legalizada, como atrás vimos em pormenor, mal se compreende que eles o tivessem largado de mão sem forte motivo. poderá ter sido uma venda do ofício, autorizada pelo Correio-mor do Reino; mas o que nos parece mais provável é que António de Azevedo, 2.º, tenha falecido sem descendentes e sem herdeiros dentro da família e que, por tal razão, o cargo regressasse automàticamente à posse do Correio-mor do Reino, que dele dispos a favor de Francisco Cardoso Zuzarte, pessoa dinâmica, como hoje se diz, e de excelentes relações sociais no meio coimbrão, o que era condição apreciável para o bom desempenho do importante lugar, seu desenvolvimento e acréscimo de rendimento.
Na família Cardoso Zuzarte se conservaria a função através de seis gerações, durante 160 anos, rotulados os seus servidores, até em documentos oficiais, como «correios-mores de Coimbra», vaidade, cujo uso quase fez lei” (...)
[p. 49] Francisco Zuzarte, que foi senhor da nobre quinta da Copeira, faleceu na sua casa da rua da Moeda — onde certamente teria a repartição do correio — a 20 de Novembro de 1659, e foi a enterrar na igreja de Santa Cruz, defronte do altar de Santa Comba.
Foi casado com D. Isabel Maldonado, filha de Agostinho Maldonado, escrivão da receita do [p. 50] hospital da Universidade, e tabelião. Houve os filhos seguintes:
Agostinho Zuzarte Maldonado, com quem se segue;
D. Miguel de Santa Maria, frade crúzio; D. Joana do Deserto, D. Maria da Natividade e D. Juliana, freiras em Sant’Ana de Coimbra”.
AGOSTINHO ZUZARTE MALDONADO
«8.º Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1659 a 1701»
[p. 51] Filho de Francisco Cardoso Zuzarte e de D. Isabel Maldonado, nasceu em Coimbra, por volta de 1640 (?).
Matriculou-se em Cânones na Universidade de Coimbra, em 1661, já depois de ocupar o lugar de correio da mesma cidade, que herdara do pai.
Foi familiar do Santo Ofício e das pessoas mais ricas de Coimbra, onde exerceu vários cargos públicos, como o de vereador, almotacé, escrivão do Hospital de Coimbra, etc.
Arrancou da vida a 23 de Dezembro de 1701, e foi a enterrar na igreja do Convento de Santa Cruz, por lá ter sepultura de família.
[p. 52] Casara em Matosinhos com D. Ana Teresa da Silva, filha herdeira de Francisco Gonçalves Tojeiro, de quem houve os filhos seguintes:
Francisco Zuzarte Cardoso Maldonado, a quem nos referimos no capítulo seguinte; e
D. Teresa Silva, que casou com o capitão-mor de Avô, Bento Madeira da Costa e Castro” (...)
FRANCISCO ZUZARTE MALDONADO
«9.º Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1701 a 1728»
[p. 55] Filho de Agostinho Zuzarte Maldonado e de D. Ana Teresa da Silva, nasceu em Coimbra e sucedeu a seu pai no lugar do correio .
Formou-se em Leis, na Universidade de Coimbra, em 1694; foi familiar do Santoo Ofício; fidalgo-cavaleiro por mercê do Rei D. João V; e teve carta de brasão de armas dos apelidos «Zuzartes, Cardosos Ribeiros e Maldonados», em 1723.
Instituiu o morgado dos «Zuzartes» e teve, além disso, os senhorios da Capela dos Silvas Tojeiros, de Matosinhos, por herança, e do prazo de Vilarinho Casais das Eiras, que comprou.
Erigiu uma ermida perto do Arco da Copeira, cuja invocação era a de um «Crucifixo Milagroso», de grande devoção popular.
Faleceu repentinamente na sua casa da Rua das Fangas, a 15 de Dezembro de 1728 e foi [p. 56] sepultado na igreja do Convento de Santa Cruz como os seus antepassados.
Fora casado com D. Mariana Machado de Paços, filha herdeira de António Machado de Paços, e dela houve:
António Xavier Zuzarte Maldonado, de quem tratamos no capítulo seguinte;
D. Joana Eusébia da Silva, freira em Santa Clara de Coimbra;
D. Luísa Isabel da Purificação, freira em Santana; D. Francisca Xavier Zuzarte Cardoso, que casou com Bernardo da Silva Castelo Branco; e
D. Maria Vitória Maldonado Cardoso.
A excelente casa solarenga que os «Zuzartes» possuíam na velha rua das Fangas (hoje Rua Fernandes Tomás) estava implantada no sítio onde outrora foi o «mercado das farinhas». É bem provável que esta casa fosse adaptação, ou até mesmo reconstrução, de outra ali existente à data em que os Zuzartes nela se fixaram, o primeiro dos quais terá sido Francisco Zuzarte Maldonado. O brasão colocado sobre a porta principal do imóvel é justamente o que em 1723 foi concedido a este assistente do correio-mor do [p. 57] Reino, e o aspecto arquitectónico da casa não vai fora dessa mesma época, apesar das alterações com que terá chegado aos nossos dias.
As traseiras do edifício davam para a antiga rua de S. Cristovão, que veio a chamar-se «rua do Correio», depois que nesta parte do mesmo edifício se alojou aquele serviço público, e lá se conservou por mais de um século. E por tal forma o nome se colou à rua, que, muitos anos depois dali ter saído o correio, e de a mesma artéria ser crismada de Joaquim António de Aguiar, ainda o vulgo a designava pelo antigo nome.
A velha casa teve vários inquilinos depois que de lá saíram os «Zuzartes», em 1813, e o correio depois.
Ali tiveram assento, alternadamente, duas associações secretas, em 1848; e para que as entradas e saídas dos «encobertos» associados se não tornassem notadas, improvisou-se uma sala de diversões, com bilhar, que mascarava a verdadeira finalidade das reuniões. Em 1854, 1856 e 1863 ali esteve a tipografia «Comercial»; e...nada mais sabemos do decaído solar, de que reproduzimos três fotografias”.
ANTÓNIO XAVIER ZUZARTE CARDOSO MALDONADO
«10.º Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1728 a 1777 (?)»
[p. 59] “Filho de Francisco Zuzarte Maldonado e de D. Mariana Machado de Paços, nasceu em Coimbra, a 15 de Janeiro de 1707.
Foi fidalgo da Casa real, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Familiar do Santo Ofício, Senhor do morgado dos Zuzartes, dos prasos de Vilarinho e do casal das Eiras e administrador do morgado e Capela de S. Francisco no Convento de Leça.
Frequentou a Universidade de Coimbra e, por herança de seu pai, teve os ofícios de assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra, e de escrivão da receita e despesa do Hospital real da mesma cidade.
Faleceu, segundo parece, por alturas de 1777.
Fora casado com D. Brites Madalena Henriques de Meneses Quadros, filha de Pedro Lopes de Quadros, de quem houve:
D. Magdalena Zuzarte de Meneses;
[p. 60] Francisco Zuzarte Maldonado de Quadros, de quem tratamos no capítulo seguinte;
José Zuzarte de Quadros, que nasceu em Coimbra em 1745 e faleceu na mesma cidade em 1791. Cavaleiro-fidalgo, casou com sua prima D. Joana Madalena da Silva e Quadros, e foi ascendente dos Condes de Tavarede;
D. Maria Magdalena de Meneses, que nasceu em Coimbra em 1751.
Este «assistente do correio», como provàvelmente seu pai e seu avô, não exerceu pessoalmente o ofício. Um seu serventuário, com a designação de «tenente» ou de «intendente» dirigia os serviços e entregava-lhes as rendas, única coisa que lhes interessava.
Em 1774, António Xavier dava, como garantia das suas dívidas, a renda de várias propriedades e «o rendimento do Correio de Coimbra, donde até ao presente se lhe pagaram por mão do tenente do mesmo correio» (Torre do Tombo — Desembargo do Paço da Beira).
Esta referência parece bem esclarecedora do que do que afirmámos quanto ao exercício do cargo.
Em 1760, por exemplo, era «Intendente» do Correio de Coimbra Brás Teixeira de Paula, que naquele ano teve carta de familiar do Santo Ofício”.
FRANCISCO ZUZARTE DE QUADROS
«11.º Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1777 (?) a 1783»
[p. 61] “Filho de António Xavier Zuzarte Cardoso Maldonado e de D. Brites Madalena Henriques de Meneses Quadros, foi apadrinhado no baptismo, a 21 de Outubro de 1742, pelo Correio-mor do reino José António de Sousa Coutinho da Mata, que para o efeito deu procuração a Álvaro Teles de Meneses e Quadros, tio do neófito.
Formado em leis pela Universidade de Coimbra em 1767, foi Senhor dos morgados e prazos dos seus antecessores, e igualmente teve, como eles, os ofícios de correio assistente de Coimbra, e escrivão da receita e despesa do Hospital da mesma cidade.
Faleceu a 10 de Outubro de 1783, em casa de seu sogro «apressadamente, o que fez dizer que o ajudaram» («Arquivo do Distrito de Aveiro» — N.º 79 — 1954, pág. 239).
[p. 62] Casara poucos meses antes, em Sidacelhe (Douro), com D. Ana Clementina Cabral, que lhe trouxe um dote de 42.000 cruzados.
Houve um filho póstumo, António Xavier Zuzarte Quadros, a quem nos referimos no capítulo seguinte (...)
ANTÓNIO XAVIER ZUZARTE QUADROS
«12.º e último Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1784 a 1813»
[p. 65] “Filho de Francisco Zuzarte de Quadros e de D. Ana Clementina Cabral, nasceu na freguesia de Fontelas, em Fevereiro de 1784, quatro meses após a morte de seu pai. Era, pois, filho póstumo, e assim, durante a sua menoridade, foi a mãe encarregada, por alvará régio, de administrar o correio de Coimbra. Não foram, porém, muito amistosas as relações entre mãe e filho, depois que este entrou na adolescência, como se infere de um processo que correu pelo Desembargo do Paço da Beira, em que há mútuas recriminações. Ele diz «que a mãe tenciona casar em segundas núpcias»; e ela declara «desejar libertar-se da tutela e acusa o filho de gastador pródigo, inquietando-a diàriamente, e não há dinheiro que lhe chegue» (Torre do Tombo — Desembargo do Paço da Beira —360/27353).
[p. 66] António Xavier Zuzarte de Quadros, foi fidalgo-cavaleiro da Casa Real, ingressou na vida militar com quatorze anos incompletos, como cadete do regimento de Cavalaria 12, unidade em que, mais tarde, veio a exercer o posto de tenente-coronel.
Em 1808, alegando serviços prestados por ocasião das invasões francesas, pediu o governo das Armas de Aveiro, o que parece lhe não concederam, embora no ano seguinte se encontrasse na região a comandar as milícias de Coimbra encorporadas na Divisão de Entre-Douro e Minho que se opunha à passagem das tropas francesas do comando do Marechal Soult pelo rio Vouga («Arquivo do Distrito de Aveiro» — n.º 93, de 1958, pág. 51).
Era tenente-coronel agregado ao Regimento de Milícias da comarca de Aveiro, quando se reformou, em 6 de Julho de 1812, parece que por falta de saúde.
No que respeita à carreira de funcionário postal, saliente-se como facto mais notável ocorrido no período da sua administração, embora para isso nada tenha contribuído, o estabelecimento da MALA-POSTA ENTRE LISBOA E COIMBRA (...)
[p. 91] A 30 de Setembro de 1813 faleceu António Xavier Zuzarte de Quadros e foi a enterrar na Igreja de Santa Cruz.
Solteiro e sem filhos, com a sua morte quebrava-se, automàticamente, a dinastia dos «Zuzartes correios-mores de Coimbra». Três membros da família que pretenderam a sucessão não foram atendidos, porque os tempos haviam mudado, e o uso consuetudinário da passagem dos cargos públicos de pais para filhos era sistema julgado intolerável, naquele princípio do século XIX.
Além dos três membros da família acima referidos, a mãe do extinto, D. Ana Clementina Cabral; uma prima, D. Antónia Madalena de Quadros e Sousa, sucessora legítima do morgado; e o filho desta, o Barão de Tavarede, João de [p. 92] Almada Quadros de Sousa Lencastre; muitos mais pretendentes apareceram a solicitar o chorudo cargo: João Torcato, oficial do Ministério da Marinha; José Maria de Almeida, e Sousa e seu pai Manuel de Almeida e Sousa; José Maria Osório Cabral, fidalgo da Casa Real; Luís Porfírio da Mota e Silva, fidalgo da Casa Real; Francisco Alves Agrão Martins; João dos Santos Correia, fiel do Real Museu da Universidade; e Joaquim José Mendes Fevereiro, «Assistente» do Correio de Castelo Branco e grande proprietário no mesmo distrito. Como se vê, os concorrentes não faltaram; mas o Ministro dos Negócios Estrangeiros, a quem então estava subordinada a Sub-Inspecção Geral dos Correios e Postas do Reino, a nenhum atendeu, porque resolvera explorar aqueles serviços directamente pelo Estado como já fizera com o Porto, anos atrás.
À data do falecimento de António Xavier a receita bruta do correio de Coimbra era de sete contos anuais, dos quais ele pagava, como rendeiro que era da Sub-Inspecção, três contos de réis de pensão anual; e para garantir a sua responsabilidade na remessa de dinheiros e correspondências registadas, tinha uma caução de dez contos. Além destas importâncias dava anualmente ao Correio-mor do Reino e, quando este acabou, à Sub-Inspecção, uma «pitança» constituída por uma «caixa de frutas e pêssegos», e «pela quaresma barris de lampreia». As «pitanças», muito variadas, em qualidade e quantidade, que pagavam bastantes dos «Assistentes» pelo país fora, eram ini- [p. 93] cialmente simples galanteria e amabilidade para com seu chefe; mas, com o decorrer dos tempos, quase veio a constituir obrigação, uma espécie de foro.
As cifras apontadas deixam-nos ver quão rendoso era o ofício de «assistente» de Coimbra; e, por isso, não admira que o Estado aproveitasse a morte do último funcionário daquela categoria na cidade do Mondego, para instituir ali uma administração por sua conta, e assim canalizar para o Tesouro Nacional os rendimentos daquele serviço público. Aliás essa resolução estava prevista para outras localidades, à medida que o plano fosse exequível”.
Como complemento a este desenvolvido historial, deixo ainda aqui as seguintes notas:
-A origem que a tradição genealógica atribui ao apelido Zuzarte parece ser posta em causa pelo célebre Miguel Leitão de Andrade (1553-1632), que três anos antes da sua morte produziria o seguinte testemunho (“Miscellanea”, 2.ª edição, Lisboa, Imprensa Nacional, 1867):
[p. 199] “E da dita linhagem dos Condes de Andrada descendem tambem estes nossos Andrades, ou Andradas. Por via de minha bisavó Dona Isabel Affonso de Andrada, filha do Conde de Andrada, casando ella com Gil Thomé Paes, Capitão mór daquellas fronteiras, meu bisavô pai de meu avô Pero de Andrada, Alcaide mór de Penamacor, pai de meu pai Belchior de Andrada, e teve outros muitos filhos, e o mesmo teve outros muitos filhos o dito Pero de Andrada meu avô. E este casamento foi no tempo das guerras deste Reino com Castella del-Rei Dom Affonso V, e seu filho el-Rei Dom João II com el-Rei Dom Fernando e Dona Isabel que chamárão os Catholicos.
E os filhos do dito Gil Thomé forão: Bertolameu de Andrada, senhor do Bairro de Villanova de Andrade em Lisboa como atras digo; e Francisco de Andrade, que foi Provedor dos Almazens della, de quem procedem os Andrades dessa cidade, e de Villa Franca. E duas filhas, Antonia de Andrada, que casou do mosteiro de Chellas em Montemor [p. 200] o velho, com hum fidalgo fulano Jusarte de quem procedem os Andradas de ali e dessa Beira. E outra filha que casou com hum fulano Betancourt das ilhas, de quem são os Andradas de lá, das quaes houve grande geração. E o mesmo teve Pedro de Andrade meu avô muitos filhos, e filhas de quem ha grande geração”.
-Todavia, Manuel Marques Duarte, no Capítulo I da Introdução do fac-símile daquela mesma edição (publicado em 1993 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda), informa que Braamcamp Freire provou não ter fundamento a circunstância de D. Isabel Afonso de Andrade ser filha do Conde de Andrade (“Brasões da Sala de Sintra”, 2.ª edição, vol. II, pp. 257-258).
-Segundo Jaime Forjaz de Serpa Pimentel (“Livro de linhagens”, vol. III, p. 227), “D. Mariana Machado, de Passos da Serra” (que foi a segunda mulher de Francisco Zuzarte Maldonado) era “senhora de uma fortuna superior a 500:000 cruzados, que lhe proveio por herança de seus pais, António Machado, de Passos da Serra, e D. Maria da Silva”.
-O morgadio dos Zuzartes foi instituído por Francisco Zuzarte Maldonado Cardoso nas notas do Tabelião Manuel de Almeida Furtado, da vila de Gouveia, a 3-III-1728, através da mesma escritura com que dotou sua filha D. Maria Vitória Zuzarte Cardoso para casar com o Capitão-Mor da mesma vila, Brás de Figueiredo e Melo; ficando desse modo o remanescente da sua terça vinculado à obrigação de cinco missas anuais, em altar privilegiado, e chamando para primeiro administrador do mesmo seu filho varão António Xavier.
-D. Maria Manuela Joaquina de Figueiredo e Melo, única filha sobrevivente daquele casal, viria a desposar seu primo Francisco Xavier de Brito Barreto da Costa e Castro, administrador do opulentíssimo morgadio de Pomares, etc.; neto e representante de Bento Madeira da Costa e Castro e de D. Teresa Maria da Silva (filha de Agostinho Zuzarte Maldonado e de D. Ana Teresa da Silva). Tiveram numerosa geração que se acabaria por extinguir em 1926, com a morte da veneranda Marquesa de Pomares.
-A imponente casa da actual Rua Fernandes Tomás — que, devido à estreiteza desta, passa praticamente desapercebida — mereceu a Vergilio Correia o seguinte comentário (“Inventário artístico de Portugal. Cidade de Coimbra”..., p. 180):
“N.º 55. A casa do «Correio». Largo e alto portão, tendo encrustado na cimalha um complicado brasão de armas. Na parte entre o portão e a esquina, para o beco das Cruzes, ficam, no primeiro andar, duas janelas de avental rectangular, dominadas por duas sacadas com verga de cornija e ferros cilíndricos e de anéis, encontrando-se uma terceira sacada sobre o portão”.
Oportunamente, poderei enviar para o Genea Portugal uma fotografia da “complicada” pedra de armas, que mais não representa do que o brasão concedido em 1723 a Francisco Zuzarte Maldonado Cardoso.
Não era minha intenção alargar-me tanto, mas penso que as citações de Godofredo Ferreira contêm dados do maior interesse, cujo âmbito extravasa a Genealogia, e acabam por constituir uma merecida homenagem a este distinto investigador; do mesmo modo que subscrevo integralmente aquela que aqui prestou ao insigne Autor do “Brás Garcia de Mascarenhas”.
Um abraço
Miguel Mora
Direct link:
RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Alexandre Tavares Festas
Queira perdoar esta “intromissão”, mas não consegui resistir a participar em tão interessante e animado debate.
Por do seio destes Juzartes — que, nos documentos seiscentistas e setecentistas que consultei, aparecem quase sempre grafados como Zuzartes — terem saído duas “Morgadas” de Pomares, acabei por explorar brevemente a biografia de alguns dos “Correios-Móres” de Coimbra.
Durante muito tempo estive convencido de que o cargo em questão, tal como o de capitão-mor, seria de nomeação camarária, até que tomei conhecimento do notável estudo intitulado “Assistentes do correio-mor do Reino em Coimbra” (Separata, publicada em 1966, dos n.os 296 a 299, 301 e 302 do “Guia Oficial dos CTT”), da autoria de Godofredo Ferreira (1886-1981), que foi membro da Associação dos Arqueólogos Portugueses e da Academia Iberoamericana de História Postal, e chefe de repartição dos CTT (o site da Biblioteca Nacional disponibiliza informações sobre a sua vasta bibliografia).
Na respectiva introdução, o autor — que terá sido um dos grandes especialistas da matéria, senão o maior — aborda a problemática da criação dos serviços postais portugueses, inicialmente reduzidos à Capital, e a sua posterior extensão a outros pontos do país, em particular a Coimbra, referindo que (chamo apenas a atenção para o facto de, devido às características do Fórum, as palavras que no texto estão em itálico passarem a figurar entre aspas):
[p. 7] “Mais de dois séculos decorreriam [da transferência da Universidade de Lisboa para Coimbra, em 1308] ainda antes de ser posta à disposição do público uma organização de correios de ofício, incumbidos de levar as correspondências de um para outro ponto do país, porquanto só em 1520 se criou o cargo de [p. 8] «Correio-Mor do Reino», e os seus serviços, centralizados em Lisboa, só algumas décadas depois se ramificariam até Coimbra e outras cidades de Portugal (...)
[p. 10] No último quartel do século XVI, como consequência do considerável acréscimo de correspondências entre Portugal e Espanha, determinado pela residência de Filipe I de Portugal (II de Espanha) em território português, o correio tomou grande desenvolvimento como serviço de utilidade pública. Com o regresso do soberano a Espanha, o tráfego diminuiu, mas a posição alcançada pelo nosso correio não se alterou; e houve necessidade de colocá-lo em condições de satisfazer as exigências do escalão que alcançara. Criaram-se carreiras ordinárias para o serviço interno e de relações com a Espanha; e para as assegurar impôs-se a obrigação de estabelecer nas principais cidades do país delegados do «Correio-Mor do Reino» encarregados de fiscalizar a celeridade da marcha dos «correios-peões» e «correios a cavalo», de prover o bom encaminhamento das correspondências e, em especial, de proceder à recolha e distribuição de correspondência que dizia respeito à àrea da sua administração, com a cobrança dos portes estipulados.
É sem dúvida, desta época, a nomeação do primeiro delegado ou «assistente» para a cidade do Mondego; mas este, como aconteceu nas outras localidades do país, achou modesta a designação de assistente e logo se intitulou «Correio-Mor de [p. 11] Coimbra»; e de tal modo se lhe colou, e aos seus sucessores, o sonoro título, que assim foram conhecidos e designados, mesmo em documentos oficiais, até 1813. Nós, porém, de harmonia com o que deixámos exposto no prólogo do nosso trabalho «Assistentes do correio-mor do Reino em Viseu» (1960), preferimos designar esses altos funcionários pelo cargo que verdadeiramente desempenhavam”.
Mais à frente, Godofredo Ferreira “retrata” pormenorizadamente os diferentes detentores do cargo, ficando-se assim a saber que os seis últimos “Correios-Móres” de Coimbra saíram desta família Zuzarte/Juzarte, designadamente:
FRANCISCO CARDOSO ZUZARTE
«7.º Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1653 (?) a 1659»
[p. 47] “Filho de Miguel Zuzarte de Andrade, que teve carta de brasão de armas dos apelidos «Zuzartes e Andrades», em 1605, e de D. maria Ribeiro, nasceu em Cantanhede no último quartel do século XVI, de uma das melhores famílias da região.
Foi da obrigação do Marquês de Marialva, cuja casa serviu, e veio para Coimbra, onde ocupou vários cargos da governança da cidade, tais como: superintendente dos linhos; escrivão do Hospital de Coimbra; vereador da Câmara de Coimbra, em vários anos; juiz de fora interino, por mais de uma vez; comissário para o alistamento de soldados voluntários (1647); Presidente da Junta das décimas da freguesia de Santa Cruz; deputado dos marachões; almotacé diferentes vezes, etc.
[p. 48] Teve o ofício de assistente de Correio-mor do Reino, cargo que já ocupava pelo menos em 1653.
Como e quando passou o lugar de correio de Coimbra para Francisco Cardoso Zuzarte, não sabemos. Sendo aquele propriedade dos Azevedos, por doação absolutamente legalizada, como atrás vimos em pormenor, mal se compreende que eles o tivessem largado de mão sem forte motivo. poderá ter sido uma venda do ofício, autorizada pelo Correio-mor do Reino; mas o que nos parece mais provável é que António de Azevedo, 2.º, tenha falecido sem descendentes e sem herdeiros dentro da família e que, por tal razão, o cargo regressasse automàticamente à posse do Correio-mor do Reino, que dele dispos a favor de Francisco Cardoso Zuzarte, pessoa dinâmica, como hoje se diz, e de excelentes relações sociais no meio coimbrão, o que era condição apreciável para o bom desempenho do importante lugar, seu desenvolvimento e acréscimo de rendimento.
Na família Cardoso Zuzarte se conservaria a função através de seis gerações, durante 160 anos, rotulados os seus servidores, até em documentos oficiais, como «correios-mores de Coimbra», vaidade, cujo uso quase fez lei” (...)
[p. 49] Francisco Zuzarte, que foi senhor da nobre quinta da Copeira, faleceu na sua casa da rua da Moeda — onde certamente teria a repartição do correio — a 20 de Novembro de 1659, e foi a enterrar na igreja de Santa Cruz, defronte do altar de Santa Comba.
Foi casado com D. Isabel Maldonado, filha de Agostinho Maldonado, escrivão da receita do [p. 50] hospital da Universidade, e tabelião. Houve os filhos seguintes:
Agostinho Zuzarte Maldonado, com quem se segue;
D. Miguel de Santa Maria, frade crúzio; D. Joana do Deserto, D. Maria da Natividade e D. Juliana, freiras em Sant’Ana de Coimbra”.
AGOSTINHO ZUZARTE MALDONADO
«8.º Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1659 a 1701»
[p. 51] “Filho de Francisco Cardoso Zuzarte e de D. Isabel Maldonado, nasceu em Coimbra, por volta de 1640 (?).
Matriculou-se em Cânones na Universidade de Coimbra, em 1661, já depois de ocupar o lugar de correio da mesma cidade, que herdara do pai.
Foi familiar do Santo Ofício e das pessoas mais ricas de Coimbra, onde exerceu vários cargos públicos, como o de vereador, almotacé, escrivão do Hospital de Coimbra, etc.
Arrancou da vida a 23 de Dezembro de 1701, e foi a enterrar na igreja do Convento de Santa Cruz, por lá ter sepultura de família.
[p. 52] Casara em Matosinhos com D. Ana Teresa da Silva, filha herdeira de Francisco Gonçalves Tojeiro, de quem houve os filhos seguintes:
Francisco Zuzarte Cardoso Maldonado, a quem nos referimos no capítulo seguinte; e
D. Teresa Silva, que casou com o capitão-mor de Avô, Bento Madeira da Costa e Castro (...)”.
FRANCISCO ZUZARTE MALDONADO
«9.º Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1701 a 1728»
[p. 55] “Filho de Agostinho Zuzarte Maldonado e de D. Ana Teresa da Silva, nasceu em Coimbra e sucedeu a seu pai no lugar do correio .
Formou-se em Leis, na Universidade de Coimbra, em 1694; foi familiar do Santoo Ofício; fidalgo-cavaleiro por mercê do Rei D. João V; e teve carta de brasão de armas dos apelidos «Zuzartes, Cardosos Ribeiros e Maldonados», em 1723.
Instituiu o morgado dos «Zuzartes» e teve, além disso, os senhorios da Capela dos Silvas Tojeiros, de Matosinhos, por herança, e do prazo de Vilarinho Casais das Eiras, que comprou.
Erigiu uma ermida perto do Arco da Copeira, cuja invocação era a de um «Crucifixo Milagroso», de grande devoção popular.
Faleceu repentinamente na sua casa da Rua das Fangas, a 15 de Dezembro de 1728 e foi [p. 56] sepultado na igreja do Convento de Santa Cruz como os seus antepassados.
Fora casado com D. Mariana Machado de Paços, filha herdeira de António Machado de Paços, e dela houve:
António Xavier Zuzarte Maldonado, de quem tratamos no capítulo seguinte;
D. Joana Eusébia da Silva, freira em Santa Clara de Coimbra;
D. Luísa Isabel da Purificação, freira em Santana; D. Francisca Xavier Zuzarte Cardoso, que casou com Bernardo da Silva Castelo Branco; e
D. Maria Vitória Maldonado Cardoso.
A excelente casa solarenga que os «Zuzartes» possuíam na velha rua das Fangas (hoje Rua Fernandes Tomás) estava implantada no sítio onde outrora foi o «mercado das farinhas». É bem provável que esta casa fosse adaptação, ou até mesmo reconstrução, de outra ali existente à data em que os Zuzartes nela se fixaram, o primeiro dos quais terá sido Francisco Zuzarte Maldonado. O brasão colocado sobre a porta principal do imóvel é justamente o que em 1723 foi concedido a este assistente do correio-mor do [p. 57] Reino, e o aspecto arquitectónico da casa não vai fora dessa mesma época, apesar das alterações com que terá chegado aos nossos dias.
As traseiras do edifício davam para a antiga rua de S. Cristovão, que veio a chamar-se «rua do Correio», depois que nesta parte do mesmo edifício se alojou aquele serviço público, e lá se conservou por mais de um século. E por tal forma o nome se colou à rua, que, muitos anos depois dali ter saído o correio, e de a mesma artéria ser crismada de Joaquim António de Aguiar, ainda o vulgo a designava pelo antigo nome.
A velha casa teve vários inquilinos depois que de lá saíram os «Zuzartes», em 1813, e o correio depois.
Ali tiveram assento, alternadamente, duas associações secretas, em 1848; e para que as entradas e saídas dos «encobertos» associados se não tornassem notadas, improvisou-se uma sala de diversões, com bilhar, que mascarava a verdadeira finalidade das reuniões. Em 1854, 1856 e 1863 ali esteve a tipografia «Comercial»; e...nada mais sabemos do decaído solar, de que reproduzimos três fotografias”.
ANTÓNIO XAVIER ZUZARTE CARDOSO MALDONADO
«10.º Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1728 a 1777 (?)»
[p. 59] “Filho de Francisco Zuzarte Maldonado e de D. Mariana Machado de Paços, nasceu em Coimbra, a 15 de Janeiro de 1707.
Foi fidalgo da Casa real, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Familiar do Santo Ofício, Senhor do morgado dos Zuzartes, dos prasos de Vilarinho e do casal das Eiras e administrador do morgado e Capela de S. Francisco no Convento de Leça.
Frequentou a Universidade de Coimbra e, por herança de seu pai, teve os ofícios de assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra, e de escrivão da receita e despesa do Hospital real da mesma cidade.
Faleceu, segundo parece, por alturas de 1777.
Fora casado com D. Brites Madalena Henriques de Meneses Quadros, filha de Pedro Lopes de Quadros, de quem houve:
D. Magdalena Zuzarte de Meneses;
[p. 60] Francisco Zuzarte Maldonado de Quadros, de quem tratamos no capítulo seguinte;
José Zuzarte de Quadros, que nasceu em Coimbra em 1745 e faleceu na mesma cidade em 1791. Cavaleiro-fidalgo, casou com sua prima D. Joana Madalena da Silva e Quadros, e foi ascendente dos Condes de Tavarede;
D. Maria Magdalena de Meneses, que nasceu em Coimbra em 1751.
Este «assistente do correio», como provàvelmente seu pai e seu avô, não exerceu pessoalmente o ofício. Um seu serventuário, com a designação de «tenente» ou de «intendente» dirigia os serviços e entregava-lhes as rendas, única coisa que lhes interessava.
Em 1774, António Xavier dava, como garantia das suas dívidas, a renda de várias propriedades e «o rendimento do Correio de Coimbra, donde até ao presente se lhe pagaram por mão do tenente do mesmo correio» (Torre do Tombo — Desembargo do Paço da Beira).
Esta referência parece bem esclarecedora do que do que afirmámos quanto ao exercício do cargo.
Em 1760, por exemplo, era «Intendente» do Correio de Coimbra Brás Teixeira de Paula, que naquele ano teve carta de familiar do Santo Ofício”.
FRANCISCO ZUZARTE DE QUADROS
«11.º Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1777 (?) a 1783»
[p. 61] “Filho de António Xavier Zuzarte Cardoso Maldonado e de D. Brites Madalena Henriques de Meneses Quadros, foi apadrinhado no baptismo, a 21 de Outubro de 1742, pelo Correio-mor do reino José António de Sousa Coutinho da Mata, que para o efeito deu procuração a Álvaro Teles de Meneses e Quadros, tio do neófito.
Formado em leis pela Universidade de Coimbra em 1767, foi Senhor dos morgados e prazos dos seus antecessores, e igualmente teve, como eles, os ofícios de correio assistente de Coimbra, e escrivão da receita e despesa do Hospital da mesma cidade.
Faleceu a 10 de Outubro de 1783, em casa de seu sogro «apressadamente, o que fez dizer que o ajudaram» («Arquivo do Distrito de Aveiro» — N.º 79 — 1954, pág. 239).
[p. 62] Casara poucos meses antes, em Sidacelhe (Douro), com D. Ana Clementina Cabral, que lhe trouxe um dote de 42.000 cruzados.
Houve um filho póstumo, António Xavier Zuzarte Quadros, a quem nos referimos no capítulo seguinte (...)”.
ANTÓNIO XAVIER ZUZARTE QUADROS
«12.º e último Assistente do Correio-mor do Reino em Coimbra — 1784 a 1813»
[p. 65] “Filho de Francisco Zuzarte de Quadros e de D. Ana Clementina Cabral, nasceu na freguesia de Fontelas, em Fevereiro de 1784, quatro meses após a morte de seu pai. Era, pois, filho póstumo, e assim, durante a sua menoridade, foi a mãe encarregada, por alvará régio, de administrar o correio de Coimbra. Não foram, porém, muito amistosas as relações entre mãe e filho, depois que este entrou na adolescência, como se infere de um processo que correu pelo Desembargo do Paço da Beira, em que há mútuas recriminações. Ele diz «que a mãe tenciona casar em segundas núpcias»; e ela declara «desejar libertar-se da tutela e acusa o filho de gastador pródigo, inquietando-a diàriamente, e não há dinheiro que lhe chegue» (Torre do Tombo — Desembargo do Paço da Beira —360/27353).
[p. 66] António Xavier Zuzarte de Quadros, foi fidalgo-cavaleiro da Casa Real, ingressou na vida militar com quatorze anos incompletos, como cadete do regimento de Cavalaria 12, unidade em que, mais tarde, veio a exercer o posto de tenente-coronel.
Em 1808, alegando serviços prestados por ocasião das invasões francesas, pediu o governo das Armas de Aveiro, o que parece lhe não concederam, embora no ano seguinte se encontrasse na região a comandar as milícias de Coimbra encorporadas na Divisão de Entre-Douro e Minho que se opunha à passagem das tropas francesas do comando do Marechal Soult pelo rio Vouga («Arquivo do Distrito de Aveiro» — n.º 93, de 1958, pág. 51).
Era tenente-coronel agregado ao Regimento de Milícias da comarca de Aveiro, quando se reformou, em 6 de Julho de 1812, parece que por falta de saúde.
No que respeita à carreira de funcionário postal, saliente-se como facto mais notável ocorrido no período da sua administração, embora para isso nada tenha contribuído, o estabelecimento da MALA-POSTA ENTRE LISBOA E COIMBRA (...)
[p. 91] A 30 de Setembro de 1813 faleceu António Xavier Zuzarte de Quadros e foi a enterrar na Igreja de Santa Cruz.
Solteiro e sem filhos, com a sua morte quebrava-se, automàticamente, a dinastia dos «Zuzartes correios-mores de Coimbra». Três membros da família que pretenderam a sucessão não foram atendidos, porque os tempos haviam mudado, e o uso consuetudinário da passagem dos cargos públicos de pais para filhos era sistema julgado intolerável, naquele princípio do século XIX.
Além dos três membros da família acima referidos, a mãe do extinto, D. Ana Clementina Cabral; uma prima, D. Antónia Madalena de Quadros e Sousa, sucessora legítima do morgado; e o filho desta, o Barão de Tavarede, João de [p. 92] Almada Quadros de Sousa Lencastre; muitos mais pretendentes apareceram a solicitar o chorudo cargo: João Torcato, oficial do Ministério da Marinha; José Maria de Almeida, e Sousa e seu pai Manuel de Almeida e Sousa; José Maria Osório Cabral, fidalgo da Casa Real; Luís Porfírio da Mota e Silva, fidalgo da Casa Real; Francisco Alves Agrão Martins; João dos Santos Correia, fiel do Real Museu da Universidade; e Joaquim José Mendes Fevereiro, «Assistente» do Correio de Castelo Branco e grande proprietário no mesmo distrito. Como se vê, os concorrentes não faltaram; mas o Ministro dos Negócios Estrangeiros, a quem então estava subordinada a Sub-Inspecção Geral dos Correios e Postas do Reino, a nenhum atendeu, porque resolvera explorar aqueles serviços directamente pelo Estado como já fizera com o Porto, anos atrás.
À data do falecimento de António Xavier a receita bruta do correio de Coimbra era de sete contos anuais, dos quais ele pagava, como rendeiro que era da Sub-Inspecção, três contos de réis de pensão anual; e para garantir a sua responsabilidade na remessa de dinheiros e correspondências registadas, tinha uma caução de dez contos. Além destas importâncias dava anualmente ao Correio-mor do Reino e, quando este acabou, à Sub-Inspecção, uma «pitança» constituída por uma «caixa de frutas e pêssegos», e «pela quaresma barris de lampreia». As «pitanças», muito variadas, em qualidade e quantidade, que pagavam bastantes dos «Assistentes» pelo país fora, eram ini- [p. 93] cialmente simples galanteria e amabilidade para com seu chefe; mas, com o decorrer dos tempos, quase veio a constituir obrigação, uma espécie de foro.
As cifras apontadas deixam-nos ver quão rendoso era o ofício de «assistente» de Coimbra; e, por isso, não admira que o Estado aproveitasse a morte do último funcionário daquela categoria na cidade do Mondego, para instituir ali uma administração por sua conta, e assim canalizar para o Tesouro Nacional os rendimentos daquele serviço público. Aliás essa resolução estava prevista para outras localidades, à medida que o plano fosse exequível”.
Como complemento a este desenvolvido historial, deixo ainda aqui as seguintes notas:
-A origem que a tradição genealógica atribui ao apelido Zuzarte parece ser posta em causa pelo célebre Miguel Leitão de Andrade (1553-1632), que três anos antes da sua morte produziria o seguinte testemunho (“Miscellanea”, 2.ª edição, Lisboa, Imprensa Nacional, 1867):
[p. 199] “E da dita linhagem dos Condes de Andrada descendem tambem estes nossos Andrades, ou Andradas. Por via de minha bisavó Dona Isabel Affonso de Andrada, filha do Conde de Andrada, casando ella com Gil Thomé Paes, Capitão mór daquellas fronteiras, meu bisavô pai de meu avô Pero de Andrada, Alcaide mór de Penamacor, pai de meu pai Belchior de Andrada, e teve outros muitos filhos, e o mesmo teve outros muitos filhos o dito Pero de Andrada meu avô. E este casamento foi no tempo das guerras deste Reino com Castella del-Rei Dom Affonso V, e seu filho el-Rei Dom João II com el-Rei Dom Fernando e Dona Isabel que chamárão os Catholicos.
E os filhos do dito Gil Thomé forão: Bertolameu de Andrada, senhor do Bairro de Villanova de Andrade em Lisboa como atras digo; e Francisco de Andrade, que foi Provedor dos Almazens della, de quem procedem os Andrades dessa cidade, e de Villa Franca. E duas filhas, Antonia de Andrada, que casou do mosteiro de Chellas em Montemor [p. 200] o velho, com hum fidalgo fulano Jusarte de quem procedem os Andradas de ali e dessa Beira. E outra filha que casou com hum fulano Betancourt das ilhas, de quem são os Andradas de lá, das quaes houve grande geração. E o mesmo teve Pedro de Andrade meu avô muitos filhos, e filhas de quem ha grande geração”.
-Todavia, Manuel Marques Duarte, no Capítulo I da Introdução do fac-símile daquela mesma edição (publicado em 1993 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda), informa que Braamcamp Freire provou não ter fundamento a circunstância de D. Isabel Afonso de Andrade ser filha do Conde de Andrade (“Brasões da Sala de Sintra”, 2.ª edição, vol. II, pp. 257-258).
-Segundo Jaime Forjaz de Serpa Pimentel (“Livro de linhagens”, vol. III, p. 227), “D. Mariana Machado, de Passos da Serra” (que foi a segunda mulher de Francisco Zuzarte Maldonado) era “senhora de uma fortuna superior a 500:000 cruzados, que lhe proveio por herança de seus pais, António Machado, de Passos da Serra, e D. Maria da Silva”.
-O morgadio dos Zuzartes foi instituído por Francisco Zuzarte Maldonado Cardoso nas notas do Tabelião Manuel de Almeida Furtado, da vila de Gouveia, a 3-III-1728, através da mesma escritura com que dotou sua filha D. Maria Vitória Zuzarte Cardoso para casar com o Capitão-Mor da mesma vila, Brás de Figueiredo e Melo; ficando desse modo o remanescente da sua terça vinculado à obrigação de cinco missas anuais, em altar privilegiado, e chamando para primeiro administrador do mesmo seu filho varão António Xavier.
-D. Maria Manuela Joaquina de Figueiredo e Melo, única filha sobrevivente daquele casal, viria a desposar seu primo Francisco Xavier de Brito Barreto da Costa e Castro, administrador do opulentíssimo morgadio de Pomares, etc.; neto e representante de Bento Madeira da Costa e Castro e de D. Teresa Maria da Silva (filha de Agostinho Zuzarte Maldonado e de D. Ana Teresa da Silva). Tiveram numerosa geração que se acabaria por extinguir em 1926, com a morte da veneranda Marquesa de Pomares.
-A imponente casa da actual Rua Fernandes Tomás — que, devido à estreiteza desta, passa praticamente desapercebida — mereceu a Vergilio Correia o seguinte comentário (“Inventário artístico de Portugal. Cidade de Coimbra”..., p. 180):
“N.º 55. A casa do «Correio». Largo e alto portão, tendo encrustado na cimalha um complicado brasão de armas. Na parte entre o portão e a esquina, para o beco das Cruzes, ficam, no primeiro andar, duas janelas de avental rectangular, dominadas por duas sacadas com verga de cornija e ferros cilíndricos e de anéis, encontrando-se uma terceira sacada sobre o portão”.
Oportunamente, poderei enviar para o Genea Portugal uma fotografia da “complicada” pedra de armas, que mais não representa do que o brasão concedido em 1723 a Francisco Zuzarte Maldonado Cardoso.
Não era minha intenção alargar-me tanto, mas penso que as citações de Godofredo Ferreira contêm dados do maior interesse, cujo âmbito extravasa a Genealogia, e acabam por constituir uma merecida homenagem a este distinto investigador; do mesmo modo que subscrevo integralmente aquela que aqui prestou ao insigne Autor do “Brás Garcia de Mascarenhas”.
Um abraço
Miguel Mora
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RE: Manuel Tavares Festas
Caro João Cordovil Cardoso
Agradeço sua mensagem e tenho interesse em trocar informação sobre Zuzartes que viveram no concelho de Santarém. Um dos ramos que me interessa mais é o dos Zuzartes de Vasconcelos, que se ligou às familia Pegado e Loureiro. Tem alguma informação ?
Cumprimentos
Luis Duarte e Melo
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caros confrades,
Investigando hoje a freguesia de Góis, encontrei um casamento entre João Zuzarte e Filipa Mendes aos 23-11-1656.
João Zuzarte era filho de Domingos Zuzarte e Ana Nunes e moradores no Mião, freguesia de São Miguel do Pinheiro.
Cumprimentos
JLiberato
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RE: Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Carissimos,
Alguém sabe explicar porque hà um hiato nos registos paroquais de casamento em cadima de 1604 até 1669? como contornar esse problema?
Tenho muitas familias (de andrade, cardoso, cabano, cheirozo) cujos casamentos apontam para essa conjuntura cronologica de modo que torna dificil subir.
ficaria muitissimo grato por qualquer informação
melhores cumprimentos,
Filipe
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RE: Conde Liuzarte
Caro Alexandre Tavares Festas:
Pareceu-me intressante tentar "revigorar" este debate por si iniciado há mais de sete anos. Chegado há menos de três anos a este forum não pude intervir nele. Acontece que "investigo" o tema, ascendência do Francisco Cardoso Zuzarte e descendência de sua irmã, Maria Cardoso Zuzarte há três décadas. Ao longo deste tempo foi cimentando ideias. É o debate delas que lhe proponho..
A existência de um Rui Juzarte está documentalmente comprovada. Será esse o Rui Juzarte, dito morador em Coimbra, dado como pai do Pedro Rodrigues Juzarte. Esse Rui Juzarte seria certamente filho de um Lizuarte, de seu nome de baptismo, que, por corruptela, transformou-se no patronímico Juzarte, depois convertido em apelido identificador de uma linhagem. Este "processo" não foi imediato. O "Agostinho Juzarte de Andrade", identificado no geneall com este nome, pai do Miguel Juzarte de Andrade (FCA morador em Cantanhede), e filho de outro Miguel Juzarte de Andrade (dito ouvidor em Cantanhede), não terá usado esse nome. De facto, o genealogista aveirense Luis da Gama Rangel da Maia (Agostinho Juzarte tinha ligações a Aveiro que não lhe terão passado despercebidas) chama-lhe "JUZARTE AGOSTINHO". Nas chancelarias régias existe uma carta de perdão passada a esse Juzarte Agostinho (cerca de 1550), na altura morador em Aveiro, perdoando-o de uma pena mais severa e obrigando-o a permanecer xx léguas distante de Aveiro (estou a escrever de memória). Foi viver para Cantanhede... onde seu pai é dito ter sido ouvidor (com certeza por nomeação dos senhores da vila a cuja casa os seus descendentes pertenceram). Finalmente, tenho um documento (do arquivo familiar dum ramo seu descendente onde o apelido "Zuzarte" se mantém vivo) em que assina...Juzarte Agostinho. Terá sido baptizado como Juzarte (com o nome do iniciador da linhagem) e usou como apelido o nome próprio de algum antepassado, talvez do lado materno.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Conde Liuzarte
JUZARTE AGOSTINHO. Na carta de brasão passada a seu filho é chamado Agostinho Juzarte (Juzarte era nome de família usado desde a geração anterior, n.º 4). Na justificação de nobreza para uso de armas de família a ordem contrária nos nomes provocaria dificuldades indesejáveis. Nos documentos seus contemporâneos que vimos é chamado de Juzarte Agostinho. Na única assinatura sua, que vi, também. Casou com FRANCISCA JORGE SOARES, filha de Pero Soares. Morou na vila de Aveiro. Sabemos que por um crime cometido em Aveiro foi condenado a quatro anos de degredo para África. Desse crime foi perdoado em Agosto de 1554 por D. João III com obrigação de estar quatro anos proibido de entrar em Aveiro e seis léguas ao seu redor (Chancelaria de D. João III – livro 23 F167 e livro 24 F142). Terá sido por esse altura que foi viver para Cantanhede, onde seu pai é dito ter sido ouvidor. Juzarte Agostinho em 24 Fevereiro de 1555 faz juramento de posse de ouvidor de Cantanede, em substituição do titular, na sua ausência. Terá nascido por volta de 1510. Terá falecido por volta de 1560 e sido sepultado na Misericórdia de Cantanhede.
FILHOS:
1- CRISTÓVÃO JUZARTE. Tabelião em Cantanhede por carta de D. João III. Renovação do dito ofício por D. João de Meneses Soutomaior, senhor de Cantanhede, e confirmação por D. Sebastião em 25-11-1558 (Chancelaria de D. Sebastião - livro 3 F210) - Escrivão dos órfãos de Cantanhede, por renúncia do titular em 11-11-1558 (Chancelaria de D. Sebastião – livro 4 F87). Em 1561 renunciou, perante Rui Dias, tabelião no arcediagado da vila do Vouga, ao ofício de
escrivão dos órfãos de Cantanhede em seu irmão Miguel (Cancelaria de D. Sebastião – livro 7 F173). Já era falecido em 1562 quando o mesmo irmão foi apresentado por D. João de Meneses tabelião em Cantanhede (Chancelaria de D. Sebastião – livro 10 F125).
2- MIGUEL JUZARTE DE ANDRADE. Escrivão dos órfãos e tabelião do público e judicial em Cantanhede. Em 1571 foi perdoado por uma questão com o comendador António Lobo Pereira, da igreja e couto de Cadima, com o vigário Manuel Ferreira e com Pêro Gomes, tabelião no dito couto (Perdões de D. Sebastião – livro 25 F468). Em 1574 é autorizado a ter ajudante em seu ofício (Chancelaria de D. Sebastião – livro 11 F33). D. Filipe I, por servir há 30 anos o ofício de escrivão dos órfãos, dá-lhe autorização para renunciar num filho, ou na pessoa que casar com uma das suas filhas, o dito ofício (Chancelaria D. Filipe I – livro 24 F65). Casou em Cantanhede em 15-10-1564 com MÉCIA GODINHO DE ANDRADE, que poderia ser sua prima (o conde de Cantanhede, servindo de testemunha na inquirição de seu neto, Miguel, dá-lhe estes apelidos, em 1632, dizendo que eram muito honrados e nobres, que a conheceu e referindo o que sempre ouviu dizer a seus avós). O assento de casamento diz que eram criados de Dª. Constança de Noronha. Miguel Juzarte de Andrade recebe a carta de brasão já referida, com as armas de Juzarte e Andrades e, por diferença, uma flor de lis de prata, em 2-7-1605.
FILHOS:
2.1- MIGUEL. Baptizado em 29-9-1568 em Cantanhede. Foram padrinhos Jorge Miz, beneficiado da Sé de Coimbra e Branca Travassos, mulher de Manuel da Costa.
2.2- D. ISABEL GODINHO. Baptizada em 3-8-1572 em Cantanhede. Foram padrinhos o sr. D. Diogo e Branca Travassos. Casou em Cantanhede em 17-10 1604 com ANDRÉ VELHO DA FONSECA, natural de Barcelos, desembargador da Casa da Suplicação, corregedor do crime na Corte, filho do dr. Paulo Velho Tinoco, provedor em Leiria, e de s. m. Perpétua Velho de Mesquita. Pela inquirição de seu filho sabemos que estes eram “gente muito nobre e principal, parentes de Dom Gomes de Soutomaior, inquisidor na cidade de Santiago de Compostela, de D. Diogo, bispo de Orense e de D. Baltasar, castelhano do castelo de Baiona”. Foram recebidos pelo prior de Carvalho, Simão da Costa.
2.2.1- PAULO VELHO DA FONSECA. Casou com D. CATARINA DE AZEVEDO, filha de André Velho de Azevedo (ver L. G. F. Portalegre).
2.2.2- MIGUEL JUZARTE DE AZEVEDO, bacharel. Em 1640 estava casado e morava em Lisboa (leitura de bacharéis – mç. 4 – nº 39). Foi desembargador e corregedor do crime na Corte. Casou com D. JOANA DE SOUSA, filha de Manuel Soares de Sousa (ver L. G. F. Portalegre). COC.
MIGUEL JUZARTE DE ANDRADE, n.º 2, casou 2ª vez com MARIA RIBEIRO CARDOSO, da vila de Aveiro, filha de Lançarote Ribeiro e de s. m. Filipa Cardoso de Albergaria, da rua dos Sombreireiros, freguesia de N. S. da Expectação. Neta paterna de Miguel Ribeiro e de s. m. Maria Anes, de Aveiro. Neta materna de Gaspar Dias Cardoso e de s. m. Antónia Cardoso de Albergaria, também de Aveiro. Faleceu em 17-5-1606, em Coimbra, sem testamento, sendo sepultado no mosteiro de S. Francisco da Ponte. Maria Ribeiro faleceu em Santarém em 29-8-1639 sendo sepultada na Misericórdia de Cantanhede.
2.3- MARIA CARDOSO JUZARTE. Baptizada em Cantanhede em 7-1-1587. Foram padrinhos Simão da Costa, prior da Cordinhã e Maria Viegas, filha de Gonçalo Ferraz. Casou em Cantanhede em 10-2-1610 com MANUEL DE ANDRADE, filho do licenciado Manuel de Andrade e de s. m. Juliana Lopes, da freguesia de S. João de S.ª Cruz de Coimbra. Estes tinham casado nesta freguesia em 12-2-1586, ele filho de André Dias e ela filha de Francisco Anes e de s. m. Francisca Lopes. Manuel de Andrade foi escrivão dos orfãos em Cantanhede, em sucessão a seu sogro (Chancelaria de D. Filipe II – liv. 23 F202). Herdou do tio em 2.º grau, o padre António Bernardes, vigário de Cadima, a quinta do Paúl, no lugar do Olho, freguesia de Cadima, que este tinha comprado em 1557 a Lopo Ceitil e s. m. Francisca Ribeiro (S. Cruz de Coimbra – livro 164 – F168v - foral de Montemor-o-velho). Manuel de Andrade faleceu em Cantanhede em 27-12-1648 sendo sepultado na Misericórdia. Sua mulher, Maria Cardoso, faleceu na mesma vila em 14-12-1633 efoi sepultada na citada igreja.
2.3.1- JULIANA. Foi baptizada em Cantanhede em 28-11-1611. Foram padrinhos o abade Sebastião Roiz e Joana Cardoso, tia.
2.3.2- D. BERNARDO DE SANTA MARIA JUZARTE DE ANDRADE, cónego regular de Santo Agostinho. Foi baptizado em Cantanhede em 28-8-1615. Foram padrinhos Miguel Ribeiro e Francisca Ribeiro. Bispo de S. Tomé, nomeado em 30-8-1677. Falecido em 1680 (catholic hierarchy.org/ bishop) ou em Fevereiro de 1685 (Joseph Kenny).
2.3.3- MARIA CARDOSO JUZARTE. Foi baptizada em Cantanhede em 23-3-1618. Foram padrinhos Gaspar Tavares, prior de Vilarinho, e Maria Cardoso. Casou com VALENTIM DE BARROS PINTO, natural de Montemor-o-velho, capitão de ordenanças de Montemor, filho de João de Barros Pinto, tabelião, e de s. m. Isabel Girão de Azambuja. Neto materno de Fernão Girão, homem nobre, natural de Tentúgal, e de s. m. Isabel Vaz, de Montemor. Maria Cardoso Juzarte faleceu, viúva, com testamento, em 2-10-1702, na quinta do Paúl em Cadima. Valentim de Barros faleceu em 22-4-1673. Com geração
2.3.4- MIGUEL JUZARTE DE ANDRADE. Foi baptizado em Cantanhede em 26-8-1619. Foram padrinhos Gaspar Tavares, prior de Vilarinho e Maria Nunes. Casou com LUISA PINTO DE ALMEIDA. Com geração.
2.3.5- D. ESTEFÂNIA DE ANDRADE JUZARTE. Foi baptizada em Cantanhede em 9-6-1622. Foram padrinhos o abade Sebastião Roiz e Joana Cardoso. Casou a 7-5-1645, em Cantanhede, com MANUEL DA SILVA MAGULHÃO, licenciado, que quando faleceu era provedor em Viseu, filho de Luís Magulham Martel, almoxarife da casa de Aveiro, natural da vila de Ermelo, Entre Douro e Minho, e de sua mulher Maria da Silva Lobo, de Lisboa. Com geração.
2.3.6-JOÃO. Foi baptizado em Cantanhede em 23-8-1626. Foram padrinhos Francisco Cardoso Jusarte, tio, e Joana Cardoso, tia, moradora nas Meãs.
2.4- JOANA CARDOSO. Baptizada em Cantanhede em 15-12-1587. Foram padrinhos o prior da Cordinhã e Isabel de Sá, mulher de Diogo Hortiz. Casou em 22-8-1623, em Cantanhede, com DOMINGOS FERNANDES DA COSTA, das Meãs, filho de António Fernandes e de s. m. Maria Fernandes, sendo recebidos por Gaspar Tavares prior de Vilarinho. Julgo que não tiveram geração.
2.5- SEBASTIÃO. Baptizado em Cantanhede em 23-1-1589. Foram padrinhos o prior da Cordinhã e Maria Viegas, filha de Gonçalo Tavares.
2.6- TOMÉ. Baptizado em Cantanhede em 13-5-1590. Foram padrinhos o prior da Cordinha e Maria Ribeiro.
2.7- JOÃO. Baptizado em Cantanhede em 8-2-159?. Foram padrinhos o prior da Cordinhã e Violante Viegas, mulher de Diogo de Novais. Foi crismado em Cantanhede em 1603 sendo padrinho o padre Agostinho de S. António. Poderá ser o João Jusarte de Andrade, um dos três capitães que constituíram a Junta Governativa de Angola em 1646, aquando dos ataques holandeses àquela colónia.
2.8- ANTÓNIO JUZARTE. Baptizado em Cantanhede em 19-7-1595. Foram padrinhos Simão da Costa, prior de Carvalho, e Margarida de Pinho. Foi crismado em Cantanhede conjuntamente com seu irmão João.
2.9- FRANCISCO CARDOSO JUZARTE. Baptizado em Cantanhede em 27-8-1599. Foram padrinhos o prior de Carvalho, Simão da Costa, e Isabel Godinho, irmã do baptizado. Casou em Coimbra, em S. João de S.ª Cruz em 23-8-1628, por procuração a Francisco Tavares, com ISABEL MALDONADO, filha de Agostinho Maldonado, tabelião, e de s. m. Maria de Góis, de Coimbra, da rua da Moeda. Foi correio-mor e da “governança“ da cidade de Coimbra, da casa do conde D. Pedro de Meneses. Com geração nos Correios-mor de Coimbra.
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RE: Conde Liuzarte
JUZARTE AGOSTINHO. Na carta de brasão passada a seu filho, Miguel Juzarte de Andrade, é chamado Agostinho Juzarte (Juzarte era nome de família usado desde a geração anterior). Na justificação de nobreza para uso de armas de família a ordem contrária provocaria dificuldades indesejáveis. Nos documentos seus contemporâneos que vimos é chamado de Juzarte Agostinho. Na única assinatura conhecida sua, também. Casou com FRANCISCA JORGE SOARES, filha de Pedro Soares. Morou na vila de Aveiro. Por um crime cometido em Aveiro foi condenado a quatro anos de degredo para África. Desse crime foi perdoado em Agosto de 1554 por D. João III com obrigação de estar quatro anos proibido de entrar em Aveiro e seis léguas ao seu redor (Chancelaria de D. João III – livro 23 F167 e livro 24 F142). Terá sido por esse altura que foi viver para Cantanhede, onde é dito seu pai ter sido ouvidor. Juzarte Agostinho em 24 Fevereiro de 1555 faz juramento de posse de ouvidor de Cantanhede, em substituição do titular, na ausência deste. Terá nascido por volta de 1510. Terá falecido por volta de 1560 e sido sepultado na Misericórdia de Cantanhede.
FILHOS:
1- CRISTÓVÃO JUZARTE. Tabelião em Cantanhede por carta de D. João III. Renovação do dito ofício por D. João de Meneses Soutomaior, senhor de Cantanhede, e confirmação por D. Sebastião em 25-11-1558 (Chancelaria de D. Sebastião - livro 3 F210) - Escrivão dos órfãos de Cantanhede, por renúncia do titular em 11-11-1558 (Chancelaria de D. Sebastião – livro 4 F87). Em 1561 renunciou, perante Rui Dias, tabelião no arcediagado da vila do Vouga, ao ofício de
escrivão dos órfãos de Cantanhede em seu irmão Miguel (Cancelaria de D. Sebastião – livro 7 F173). Já era falecido em 1562 quando o mesmo irmão foi apresentado por D. João de Meneses tabelião em Cantanhede (Chancelaria de D. Sebastião – livro 10 F125).
2- MIGUEL JUZARTE DE ANDRADE. Escrivão dos órfãos e tabelião do público e judicial em Cantanhede. Em 1571 foi perdoado por uma questão com o comendador António Lobo Pereira, da igreja e couto de Cadima, com o vigário Manuel Ferreira e com Pêro Gomes, tabelião no dito couto (Perdões de D. Sebastião – livro 25 F468). Em 1574 é autorizado a ter ajudante em seu ofício (Chancelaria de D. Sebastião – livro 11 F33). D. Filipe I, por servir há 30 anos o ofício de escrivão dos órfãos, dá-lhe autorização para renunciar ao dito ofício, num filho, ou na pessoa que casar com uma das suas filhas (Chancelaria D. Filipe I – livro 24 F65). Casou em Cantanhede em 15-10-1564 com MÉCIA GODINHO DE ANDRADE, que poderia ser sua prima (o conde de Cantanhede, servindo de testemunha na inquirição de seu neto, Miguel, dá-lhe estes apelidos, em 1632, dizendo que eram muito honrados e nobres, que os conheceu e referindo o que sempre ouviu dizer a seus avós). O assento de casamento diz que eram criados de Dª. Constança de Noronha. Miguel Juzarte de Andrade recebe a carta de brasão já referida, com as armas de Juzarte e Andrades e, por diferença, uma flor de lis de prata, em 2-7-1605.
FILHOS:
2.1- MIGUEL. Baptizado em 29-9-1568 em Cantanhede. Foram padrinhos Jorge Miz, beneficiado da Sé de Coimbra e Branca Travassos, mulher de Manuel da Costa.
2.2- D. ISABEL GODINHO. Baptizada em 3-8-1572 em Cantanhede. Foram padrinhos o sr. D. Diogo e Branca Travassos. Casou em Cantanhede em 17-10-1604 com ANDRÉ VELHO DA FONSECA, natural de Barcelos, desembargador da Casa da Suplicação, corregedor do crime na Corte, filho do dr. Paulo Velho Tinoco, provedor em Leiria, e de s. m. Perpétua Velho de Mesquita. Pela inquirição de seu filho sabemos que estes eram “gente muito nobre e principal, parentes de Dom Gomes de Soutomaior, inquisidor na cidade de Santiago de Compostela, de D. Diogo, bispo de Orense e de D. Baltasar, castelhano do castelo de Baiona”. Foram recebidos pelo prior de Carvalho, Simão da Costa.
2.2.1- PAULO VELHO DA FONSECA. Casou com D. CATARINA DE AZEVEDO, filha de André Velho de Azevedo (ver L. G. F. Portalegre).
2.2.2- MIGUEL JUZARTE DE AZEVEDO, bacharel. Em 1640 estava casado e morava em Lisboa (leitura de bacharéis – mç. 4 – nº 39). Foi desembargador e corregedor do crime na Corte. Casou com D. JOANA DE SOUSA, filha de Manuel Soares de Sousa (ver L. G. F. Portalegre). C.O.C.
MIGUEL JUZARTE DE ANDRADE, n.º 2, casou 2ª vez com MARIA RIBEIRO CARDOSO, da vila de Aveiro, filha de Lançarote Ribeiro e de s. m. Filipa Cardoso de Albergaria, da rua dos Sombreireiros, freguesia de N. S. da Expectação. Neta paterna de Miguel Ribeiro e de s. m. Maria Anes, de Aveiro. Neta materna de Gaspar Dias Cardoso e de s. m. Antónia Cardoso de Albergaria, também de Aveiro. Faleceu em 17-5-1606, em Coimbra, sem testamento, sendo sepultado no mosteiro de S. Francisco da Ponte. Maria Ribeiro faleceu em Santarém em 29-8-1639 sendo sepultada na Misericórdia de Cantanhede.
2.3- MARIA CARDOSO JUZARTE. Baptizada em Cantanhede em 7-1-1587. Foram padrinhos Simão da Costa, prior da Cordinhã e Maria Viegas, filha de Gonçalo Ferraz. Casou em Cantanhede em 10-2-1610 com MANUEL DE ANDRADE, filho do licenciado Manuel de Andrade e de s. m. Juliana Lopes, da freguesia de S. João de S.ª Cruz de Coimbra. Estes tinham casado nesta freguesia em 12-2-1586. Ele, filho de André Dias. Ela, filha de Francisco Anes e de s. m. Francisca Lopes. Manuel de Andrade foi escrivão dos orfãos em Cantanhede, em sucessão a seu sogro (Chancelaria de D. Filipe II – liv. 23 F202). Herdou do tio em 2.º grau, o padre António Bernardes, irmão de seu avô Francisco Anes, vigário de Cadima, a quinta do Paúl, no lugar do Olho, freguesia de Cadima, que este tinha comprado em 1557 a Lopo Ceitil e s. m. Francisca Ribeiro (S. Cruz de Coimbra – livro 164 – F168v - foral de Montemor-o-velho). Manuel de Andrade faleceu em Cantanhede em 27-12-1648, sendo sepultado na Misericórdia. Sua mulher, Maria Cardoso, faleceu na mesma vila em 14-12-1633.
2.3.1- JULIANA. Foi baptizada em Cantanhede em 28-11-1611. Foram padrinhos o abade Sebastião Roiz e Joana Cardoso, tia.
2.3.2- D. BERNARDO DE SANTA MARIA JUZARTE DE ANDRADE, cónego regular de Santo Agostinho. Foi baptizado em Cantanhede em 28-8-1615. Foram padrinhos Miguel Ribeiro e Francisca Ribeiro. Bispo de S. Tomé, nomeado em 30-8-1677. Falecido em 1680 (catholic hierarchy.org/ bishop) ou em Fevereiro de 1685 (Joseph Kenny).
2.3.3- MARIA CARDOSO JUZARTE. Foi baptizada em Cantanhede em 23-3-1618. Foram padrinhos Gaspar Tavares, prior de Vilarinho, e Maria Cardoso. Casou com VALENTIM DE BARROS PINTO, natural de Montemor-o-velho, capitão de ordenanças de Montemor, filho de João de Barros Pinto, tabelião, e de s. m. Isabel Girão de Azambuja. Neto materno de Fernão Girão, homem nobre, natural de Tentúgal, e de s. m. Isabel Vaz, de Montemor. Maria Cardoso Juzarte faleceu, viúva, com testamento, em 2-10-1702, na quinta do Paúl em Cadima. Valentim de Barros faleceu em 22-4-1673 na Carapinheira. Com geração
2.3.4- MIGUEL JUZARTE DE ANDRADE. Foi baptizado em Cantanhede em 26-8-1619. Foram padrinhos Gaspar Tavares, prior de Vilarinho e Maria Nunes. Sucedeu a seu pai no ofício de escrivão dos orfãos de Cantanhede. Faleceu no cerco de Elvas. Casou com LUISA PINTO DE ALMEIDA. Com geração.
2.3.5- D. ESTEFÂNIA DE ANDRADE JUZARTE. Foi baptizada em Cantanhede em 9-6-1622. Foram padrinhos o abade Sebastião Roiz e Joana Cardoso. Casou a 7-5-1645, em Cantanhede, com MANUEL DA SILVA MAGULHÃO, licenciado, que quando faleceu era provedor em Viseu, filho de Luís Magulham Martel, almoxarife da casa de Aveiro, natural da vila de Ermelo, Entre Douro e Minho, e de sua mulher Maria da Silva Lobo, de Lisboa. Com geração.
2.3.6-JOÃO. Foi baptizado em Cantanhede em 23-8-1626. Foram padrinhos Francisco Cardoso Jusarte, tio, e Joana Cardoso, tia, moradora nas Meãs.
2.4- JOANA CARDOSO. Baptizada em Cantanhede em 15-12-1587. Foram padrinhos o prior da Cordinhã e Isabel de Sá, mulher de Diogo Hortiz. Casou em 22-8-1623, em Cantanhede, com DOMINGOS FERNANDES DA COSTA, das Meãs, filho de António Fernandes e de s. m. Maria Fernandes, sendo recebidos por Gaspar Tavares prior de Vilarinho. Julgo que não tiveram geração.
2.5- SEBASTIÃO. Baptizado em Cantanhede em 23-1-1589. Foram padrinhos o prior da Cordinhã e Maria Viegas, filha de Gonçalo Tavares.
2.6- TOMÉ. Baptizado em Cantanhede em 13-5-1590. Foram padrinhos o prior da Cordinhã e Maria Ribeiro.
2.7- JOÃO JUZARTE. Baptizado em Cantanhede em 8-2-159?. Foram padrinhos o prior da Cordinhã e Violante Viegas, mulher de Diogo de Novais. Foi crismado em Cantanhede em 1603 sendo padrinho o padre Agostinho de S. António. Poderá ser o João Jusarte de Andrade, um dos três capitães que constituíram a Junta Governativa de Angola em 1646, aquando dos ataques holandeses àquela colónia.
2.8- ANTÓNIO JUZARTE. Baptizado em Cantanhede em 19-7-1595. Foram padrinhos Simão da Costa, prior de Carvalho, e Margarida de Pinho. Foi crismado em Cantanhede conjuntamente com seu irmão João.
2.9- FRANCISCO CARDOSO JUZARTE. Baptizado em Cantanhede em 27-8-1599. Foram padrinhos o prior de Carvalho, Simão da Costa, e Isabel Godinho, irmã do baptizado. Casou em Coimbra, em S. João de S.ª Cruz em 23-8-1628, por procuração a Francisco Tavares, com ISABEL MALDONADO, filha de Agostinho Maldonado, tabelião, e de s. m. Maria de Góis, de Coimbra, da rua da Moeda. Foi correio-mor e da “governança“ da cidade de Coimbra, da casa do conde D. Pedro de Meneses. Com geração nos Correios-mor de Coimbra.
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Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Boa tarde,
Estou a fazer a minha árvore genealógica e encontrei os seguintes familiares com este mesmo apelido:
- Filipa Zuzarte (natural do Infesto, S. Miguel, Penela), casada em 2/9/1675 com António João (natural das Palras, S. Miguel, Penela) e moradores nas Palras, S. Miguel, Penela;
Pais de,
- Francisca Mendes Zuzarte (nascida em 2/4/1683 em S. Miguel, Penela), casada em 10/1/1701 com João Mendes.
O apelido Zuzarte desapareceu da minha família e ainda não consegui identificar os pais da Filipa Zuzarte. Desconhecia a versão Juzarte mas Como Penela fica no caminho de Tomar de quem parte de e para Coimbra e os grandes proprietários de terra de Penela também o em em Montemor-o-Velho faz sentido esta grafia nos meus ascendentes.
Caso alguém me possa ajudar a saber mais alguma coisa da minha família, ficaria muito grato.
Américo Oliveira
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Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caros colegas.
Ligaram Manuel Cardoso a Domingos Fernandes da Costa e Joana Cardoso. Vejam endereço abaixo:
https://geneall.net/pt/nome/2560923/manuel-cardoso-o-velho/
Alguém conheceria a fonte?
Obrigado
Lourval
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Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Lourval,
Obrigado pelo alerta !
Receio que seja obra de uma espécie perigosa - "os enxertadores genealógicos" - que no afã de comporem o ramalhete da sua ascendência, não precisam de provas nem documentos - basta-lhes a sua vaidade.
Até à data não vislumbrei descendência de Domingos Fernandes e Joana Cardoso que viveram nas Meãs do Campo. Se a tivessem, com certeza que os descendentes assinariam Juzarte em detrimento do Cardoso, como em todos os outros ramos.
Se por acaso a tiveram, e a ligação que refere é correcta, desde já peço desculpa do juízo acima expresso.
Melhores cumprimentos,
António Taveira
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Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro António Taveira.
Obrigado pelo seu comentário. Indico abaixo o link para o casamento de Tomé Cardoso com Maria Francisca em Mira em 22.02.1717. Gostaria de saber sua opinião sobre a naturalidade de Manuel Cardoso, pai de Tomé Cardoso.
https://pesquisa.auc.uc.pt/viewer?id=39880&FileID=272322
Obrigado
Lourval
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Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Lourval,
como indicado no assento de casamento eu também tenho esse Manuel Cardoso (meu ascendente) como natural de Lordemão, São Paulo de Frades, Coimbra.
Não estou a ver quais as fontes que podem ter para o ligar a uma família de Cantanhede.
Nota: Em São Paulo de Frades, por 1633-1640 há alguns Manuéis filhos de Cardosos / Cardosas, quanto a mim Manuel Cardoso será um desses (ele faleceu em 1720 na Sanguinheira, Cadima).
Vou espreitar os casamentos dos outros filhos dele para ver e há mais algumas dicas.
Cumprimentos,
Nuno Silva
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Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Boa tarde,
Há alguns anos, ao pesquisar o lado paterno do meu filho, cheguei aos avós Manuel Cardoso cc Maria Antónia, que, segundo o registo de um filho, seria natural da Taboeira, Cadima. (Inicialmente julguei que Taboeira era apelido e posteriormente pedi para corrigir): https://geneall.net/pt/nome/2004411/manuel-cardoso/
Passaram-se alguns anos e como foram surgindo parentes, através de contactos neste forum e da genealogia genética, retornei a estes ramos e verifiquei que existiam adições, tal como datas e um segundo casamento que não consigo encontrar nos registos paroquiais. Ao completar os dados dessas pessoas, verifiquei que ligavam a outros ramos que, por sua vez, estavam ligados a Manuel Cardoso, o Velho: https://geneall.net/pt/nome/2560923/manuel-cardoso-o-velho/
Penso que se tratará do mesmo casal mas também não encontrei qualquer indicação sobre os pais de Manuel.
Cumprimentos
Vera
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Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro Nuno Silva,
Obrigado pelos seus comentários e também pela informação que eu ainda não tinha, a data do falecimento de Manuel Cardoso.
Cumprimentos
Lourval
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Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caro João Bettencourt e Vasco,
Descendo de Antónia de Andrade e dos Juzartes mas este tópico sobre os Pessoa de Montemor-o-Velho despertou o meu interesse visto ter também Pessoa em Montemor o velho e um deles foi para a ribeira da varziela, hoje Varziela, concelho de Cantanhede.
Deixo aqui as informações que tenho e procuro os pais do Francisco Pessoa cc Joana Francisca e ver se há ligação com o Luís Pessoa de Eça (um dos filhos casou-se com a Antónia de Andrade, filha de outra Antónia de Andrade cc. Vasco Juzarte de Oliveira.
A informação que procuro segue:
Procuro os pais do Francisco Pessoa.
procuro ligação desta familia Francisco Pessoa n. 3/05/1666 cc. a 2/11/1689 com Joana Francisca n. 12/12/1667 este casal teve 6 filhos todos da ribeira da Varziela (hoje Varziela) concelho de Cantanhede. é frequente aparecer cantanhede pois varziela é muito proxima de cantanhede com o Pascoal Pessoa do Geneall como consta no https://geneall.net/fr/name/2784164/pascoal-pessoa/
Muito obrigado!
Posso facultar o meu mail
philippedmnzs@gmail.com
Cordialmente,
Filipe
Direct link:
Juzartes
Caros Confrades
Se me permitem dar alguns contributos, à clarificação da extensa e complexa árvore genealógica dos Juzartes, passo a enunciar alguns dados.
Um dos meus ramos familiares entronca nos Juzartes, em 25SET1799, quando Caetana Maria, (minha 5ªAvó), nascida em Vaiamonte, em 01JAN1780, casa com Francisco Pires Juzarte (meu 5º Avô), nascido em 26NOV1779, no Assumar.
Francisco Pires Juzarte, era filho de Domingos Pires da Ascensão (6ºAvô), nascido em 17MAI1752, no Assumar, tendo este casado em 08FEV1779, no Assumar, com Cecília Maria Juzarte (6ª Avó), nascida em 10JAN1755.
Cecília Maria Juzarte, era filha de Luís Rodrigues de Vargas (7ºAvô), natural do Assumar ou Elvas ???, casado em 10OUT1746, em Assumar, com Maria Juzarte (7ª Avó), nascida em 15NOV1719, no Assumar.
Maria Juzarte, era filha de João Juzarte da Silva (8ºAvô), natural do Assumar, casado por volta de 1696, com Isabel Mexia (8ª Avó), natural da Urra.
João Juzarte da Silva, era filho de Manuel Martins Juzarte (9º Avô), casou em segundas núpcias com Maria Martins Alamão (9ª Avó). O primeiro casamento foi Maria Teixeira Juzarte, sua prima.
Manuel Martins Juzarte, era filho de João Martins Juzarte da Costa (10º Avô), e de Isabel Dias Cid (10ª Avô), natural do Assumar. Casou também com Leonor Gonçalves Subtil.
João Martins Juzarte da Costa, era filho de António Martins da Costa (11ºAvô), e de Tareja da Silva Juzarte (11ªAvó), nascida por volta de 1562, no Assumar.
Tareja da Silva Juzarte, era filha de Estêvão Luís de Vide (12º Avô) e de Isabel Juzarte (12ª Avó), segundas núpcias, falecida em Monforte. Casou em primeira núpcias com Gaspar Dias Mures.
A partir daqui é seguir o Felgueiras Gayo, estando ele certo ou errado,até porque os Registos Paroquiais de Baptismo, por exemplo, da Paróquia de Nª Srª da Graça do Assumar só vão até 1673.
A minha linha segue depois pelo Nicolau Juzarte (13º Avô) e Ana de Azevedo (13ª Avó), até ao Conde Elli Juzarte, eventual (17º Avô).
As datas completas que eu referi, têm todas apoio documental.
Com os melhores cumprimentos,
Luís Manuel Pimenta Cabaço
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Juzarte, Correios-Móres de Coimbra
Caros confrades,
A quem ler este tópico pedia informações e agradecia desde já a atenção dispensada !
Descendo de Antónia de Andrade e dos Juzartes mas este tópico sobre os Pessoa de Montemor-o-Velho despertou o meu interesse visto ter também Pessoa em Montemor o velho e um deles foi para a ribeira da varziela, hoje Varziela, concelho de Cantanhede.
Deixo aqui as informações que tenho e procuro os pais do Francisco Pessoa cc Joana Francisca e ver se há ligação com o Luís Pessoa de Eça (um dos filhos casou-se com a Antónia de Andrade, filha de outra Antónia de Andrade cc. Vasco Juzarte de Oliveira.
A informação que procuro segue:
Procuro os pais do Francisco Pessoa.
procuro ligação desta familia Francisco Pessoa n. 3/05/1666 cc. a 2/11/1689 com Joana Francisca n. 12/12/1667 este casal teve 6 filhos todos da ribeira da Varziela (hoje Varziela) concelho de Cantanhede. é frequente aparecer cantanhede pois varziela é muito proxima de cantanhede com o Pascoal Pessoa do Geneall como consta no https://geneall.net/fr/name/2784164/pascoal-pessoa/
Muito obrigado!
Posso facultar o meu mail
philippedmnzs@gmail.com
Cordialmente,
Filipe
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