Perdidos e Achados
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Perdidos e Achados
Caros colegas
Chamo a vossa atenção para um artigo do Diário de Notícias (secção regional- Guimarães) escrito por Paula Ramos Nogueira: «Origens de Portugal em aberto», do qual faço uma súmula:
Foi descoberto o cofre relicário de Luís Vasques da Cunha, prior da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, datado de 1419, descoberto por acaso no decurso de arrumações no Museu Alberto Sampaio, em Guimarães. Este cofre, em liga metálica de ferro contém autenticas relíquias: um dos documentos, nele achado, é autenticado pelo Papa Gregório XIII(Bula Papal), de 1582.
Segundo o artigo, o cofre poderá conter a lipsonoteca da Condessa Mumadona Dias, fundadora da vila de Guimarães no séc. XI.
Foi também encontrado um conjunto de tecidos, sedas e linhos, que embrulhavam restos de sepulturas, ossos, uma moeda, algo que s presume ser pele humana, algodão e restos de um selo. Num dos embrulhos foram descobertos pedacinhos de tecido identificados com pequenas «etiquetas manuscritas»: "Manto de Cristo, "Véu de Nossa Senhora", "Véu da Virgem" e ainda um pouco de «Algodão que Nossa Senhora Fiava".
A Directora do Museu, a Dra. Isabel Fernandes terá dito ao DN que os técnicos não terão aberto alguns dos embrulhos, por duas razões: "Primeiro porque não fariam avançar a investigação, segundo porque estamos a tratar de relíquias religiosas e isso obriga-nos a um grande cuidado".
Conclui, o artigo, dizendo que se impunha a datação dos materiais que apresentavam problemas de conservação distintos.
Sendo a tecnologia existente em Portugal, «um método destrutivo, o IPCR optou por enviar as peças para um laboratório nos Estados Unidos.
Meus caros, tenho-vos a dizer que fui recebido (Agosto de 2000) pela Dra. Isabel Fernandes, no seu gabinete: estava à procura de documentos antigos que pudesse consultar, e preocupado com o estado de algumas «Casas de Guimarães". Mantive com ela, uma conversa curta, mas elucidativa do seu "querer fazer": disse-me ela, que tinha muitas coisas no sótão do Museu, sem estarem devidamente estudadas. Não me admira pois, a sua atitude, assim como louvo a atitude do IPCR. O que acho pouco natural, é um país quase milenar, como o nosso, não ter meios técnicos à altura.
Meus caros, acho muito bem que se tivesse lançado um satélite, o "Posat"; acho incrível, que, Portugal, não aposte na aquisição de equipamento para a datação de achados arqueológicos: para além do mais, saíria muito mais barato!
Com os melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Perdidos e Achados
Carísimo Artur
Pois é, meu velho. Os "euros" q. deveriam ir para estas e outra rúbricas, é alarve e alegremente gasto nos comícios políticos e, estádios de futebol!!!
Grande abraço solidário nesta e em muitas outras questões.
Manuel Maria
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