Antepassados de Barcelos com os Apelidos: Barbosa, Araújo de Basto; Faria; Duarte; Gonçal

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Antepassados de Barcelos com os Apelidos: Barbosa, Araújo de Basto; Faria; Duarte; Gonçal

#436388 | Celtanya | 18 sept. 2021 18:59

Boa tarde.

Sou membro do site Geneall, subscrita com as duas quotas semestrais.

Começo, desde já, por pedir desculpa pelo "testamento" que segue, o meu testemunho... ;)

Há já algum tempo que fui agraciada com a ajuda de membros deste site, o que me proporcionou excelentes descobertas para a minha árvore genealógica - que já conta com cerca de 13.700 pessoas - aos quais eu deixo o meu eterno agradecimento. Através de, apenas um ramo familiar, no caso da família Duarte, da qual descendo diretamente, consegui descobrir antepassados "até" ao início da Idade Média! (Deixo aqui um comentário particular, mas sem reservas, de que sou autista de alto funcionamento - antiga denominação Asperger - que é obviamente uma das razões por estar tão envolvida na minha árvore e a determinação de a levar a bom termo!)

Venho, assim, pedir mais uma vez, ajuda aos excelsos genealogistas deste site, apenas algumas informações complementares para eu corrigir os inúmeros erros da minha árvore, que fui cometendo, devido às repetições de nomes próprios e apelidos os quais fui confirmando sem perceber. Sobretudo no caso da minha família Duarte, quando estes Duartes se cruzam com Araújos, Bastos, Barbosas, Fernandes, Gonçalves e Farias...

Peço, por favor, que me orientem no caso do primeiro Duarte: onde encontrar os seus pais, já que ele se fez passar por filho do Conde Dom Pedro de Barcelos e que nunca imaginou que um dia uma descendente sua viesse a ter tantas dificuldades para descobrir os nomes dos seus verdadeiros pais graças às, e desculpem-me a expressão, peneiras típicas da natureza humana. No meio de tantos antepassados "distintos" tenho bastardos, expostos, amantes, barregãs, com profissões como: camponeses, lavradores, chapeleiros, etc. o que tem sido das coisas mais interessantes nas minhas pesquisas: em livros e artigos. Tenho dois testes de ADN e os quais me reportam para os Sangue Bragança que, por portas e travessas, devido às paixões desenfreadas dos meus antepassados - quer pelos prazeres da carne ou por conveniência, aqui estou eu.

Deixo aqui uma das informações que o Doutor #António Júlio Limpo Trigueiros me deixou no fórum, há 3 anos, do ramo Duarte, acrescentando, no fim da citação, algumas notas e a minha própria geração:

"LINHA DUARTE, da Casa do Paço, em Lijó, Barcelos

I Fernão Duarte Annes. Foi senhor da Casa do Paço, em Lijó, onde terá vivido nos inícios do séc. XVI. Segundo relata Felgueiras Gayo, quem com ele inicia o titulo de Duartes, no seu Nobiliário “he o prº de q acho memoria deste appellido q em hum Livro q me veyo a mão de seus descendentes se faz filho de D. Branca fª de Pedro Annes e de sua mulher D. Constança Mendes de Souza e neto p.to de João de Aboim (...) diz no dº Livro q fora cazada a dª D. Branca com o Conde D. Pedro fº B. do Rey D. Deniz q compoz o Livro de Familias de q foi grande Investigador e q todos conhecem; igualm.te se dezia q sucedera em as terras do m.mo Conde D. Pº o dº Fernão Duarte querendo-o assim fazer fº do m.mo Conde e da dª sua prª m.er, mas tudo isto he erro apezar das rezoens fribulas q se davão no dº Livro pª dar a este Fernando Duarte hua varonia Real”.Casou em Cossourado, Barcelos, com Maria Gonçalves Barbosa, filha de Gonçalo Annes e de sua mulher Maria Barbosa, da freguesia de Cossourado, Barcelos.

II Duarte Annes Gonçalves Barbosa. Foi Senhor da Casa do Paço de Lijó e Fidalgo da Casa Real. Segundo Felgueiras Gayo “sucedeo na Casa de seu Pay ; teve o foro de Fidalgo pellos servissos de seu Irmão Fran.co Duarte”. Casou em S. Tiago de Carapeços, Barcelos, com Felícia Afonso, nascida na Casa da Pia, em Carapeços; filha de Gonçalo Afonso e de sua mulher Dionísia Dias, senhores da referida Casa da Pia ( a qual mais tarde se virá a ligar por casamento a esta família de Duartes).

III Afonso Duarte Barbosa. Foi senhor da Casa do Paço, em Lijó, onde viveu nos finais do século XVI. Casou em Cossourado, Barcelos, com Ana Gonçalves, filha de Francisco Álvares e de sua mulher Isabel Gonçalves, da mesma freguesia.

IV Duarte Gonçalves Barbosa. Foi senhor da Casa do Paço de Lijó e é o primeiro desta família que pudemos documentar nos registos paroquiais de Lijó, a partir de 1597. Faleceu a 17/3/1641, na Casa do Paço, em Lijó e fez manda na qual “ficarão por seus herdeiros sua mulher Maria Gonçalves e seu genro André António e a mulher de Manuel Fernandes”. Casou em Lijó, com Maria Gonçalves, a qual veio a falecer a 4/4/1656, na Casa do Paço, em Lijó e “seu filho Manuel Duarte herdou o q ella tinha”.

V Marta Gonçalves Duarte. Baptizada a 12/9/1608, na igreja de Santa Maria de Lijó, Barcelos, tendo por padrinhos Pedro Pires, do Madorno, Lijó e Maria Gonçalves, mulher de Francisco Martins, de Paredes, Lijó. Foi a 1ª vida do Prazo do Passo, onde já vivia a 28/12/1665, data em que seu irmão Frei Manuel Duarte Gonçalves, na vila de Barcelos, “como procurador bastante que disse ser de sua mulher Maria da Silva por procuraçam bastante que me apresentou feita na notta de Antonio Dantas Correia, Tabelliam que foi nesta villa, aos vinte e tres de outubro de mil seiscentos e quarenta e oito” lhe fez prazo do Passo de Lijó e pelo mesmo foi então dito que “a elle pertencia o seu assento que tem na freguesia de Lijó onde chamam o Passo onde já morou e ao presente vive sua irmã Marta Gonçalves o coal assento está sobresí cercado de parede com suas casas terreas e ora estava contratado de emprazar em tres vidas o ditto assento que está na ditta freguesia de Lijó que he termo da villa de Barcellos a ditta sua irmam Marta Gonçalves da ditta freguesia em primeira vida e ella ditta Marta Gonçalves nomeara a segunda e a segunda nomeara a terceira e ella ditta Marta Gonçalves e vidas após ella lhe pagarão a elle senhorio seis alqueires de pam de milho libres e desima e mais emcargos pam bom limpo e de receber em cada hum anno por dia de Sam Miguel de Setembro posto em sua casa e medido pella raza que oje corre desta villa e seu termo...” . Veio a falecer, viúva, a 20/4/1660, na Casa do Paço, em Lijó. Casou a 6/2/1627, na igreja de Lijó, sendo testemunhas Gonçalo Alavares, do Paço, Francisco Lourenço, Domingos Afonso e Pedro Alvares, com Manuel António, natural de Carapeços. Era filho de António Afonso e de sua mulher Catarina Gonçalves, de S. Tiago de Carapeços. Veio a falecer a 23/4/1659, na Casa do Paço, em Lijó e fez testamento e para lhe fazer os bens de alma é declarado que “o mais sairá do terço que ficou a sua filha Marta, menor”.

VI Manuel António Duarte “O Velho”. Baptizado a 21/1/1635, na igreja de Santa Maria de Lijó, tendo por padrinhos seu tio materno, Manuel Duarte e Maria Tinoca. Viveu no lugar do Mosqueiro, em Lijó, na casa mais tarde denominada Casa das Alminhas e “viveo do seo officio de carpinteiro e de seos bens que erão abondantes”. Aparentemente não terá sido senhor do Paço de Lijó, que foi nomeado em sua filha Marta Francisca, abaixo. Veio a falecer a 5/5/1711, viúvo, na Casa das Alminhas do Mosqueiro, em Lijó e fez testamento e “ficou por testamenteiro seu genro Francisco Ferreira.”. Casou em Santa Maria de Lijó, com Maria Francisca, natural do lugar do Mosqueiro, Santa Maria de Lijó, filha de Francisco Dias e de sua mulher Maria Lourenço. Veio a falecer a 15/10/1707, na casa das Alminhas do Mosqueiro, em Lijó.

VII André Duarte. Nascido no lugar do Mosqueiro, em Lijó. Ficou na casa de seus pais, a Casa das Alminhas do Mosqueiro, onde viveu como lavrador abastado. Veio a falecer a 20/7/1747, na referida Casa das Alminhas do Mosqueiro. Casou a 2/2/1701, na igreja paroquial de Santa Maria de Galegos, Barcelos, sendo testemunhas presentes “o Senhor Leonardo Lopes de Azevedo e de sua mulher a Senhora Dona Margarida Isabel de Sousa” (senhores do Solar e Honra de Azevedo, na vizinha freguesia da Lama”com a sobrinha do Abade dessa Igreja, Reverendo Francisco de Macedo, Ana de Macedo, natural da freguesia de S. Romão da Ucha, Barcelos. Era filha de Manuel Gonçalves e de sua mulher Ana Fernandes de Macedo. Veio a falecer a 25/4/1754, viúva, na Casa das Alminhas do Mosqueiro, em Lijó, tendo feito testamento.

VIII João Duarte de Macedo. Nasceu a 16/5/1719, na Casa das Alminhas do Mosqueiro, em Lijó e foi baptizado a 24/5/1719, na igreja de Santa Maria de Lijó, por seu tio-avô materno, o Reverendo Francisco de Macedo, Abade do igreja de Santa Maria de Galegos, tendo por padrinhos o mesmo padre batizante e Rosa Maria, donzela, filha de Padre Domingos Gomes, da vila de Prado, e assistindo ainda por testemunha o Reverendo João Barbosa de Faria, Abade de Cavalões. Estabeleceu-se em Barcelos, onde viveu na rua de S. Vicente, ou arrabalde de São Bento. Veio a falecer a 26/5/1782, no referido arrabalde de S. Bento, em Barcelos, tendo feito testamento e foi sepultado na Capela de São José, na mesma vila. Casou a 24/6/1746, na igreja de Santa Maria de Lijó, sendo testemunhas o Dr. Francisco Duarte de Macedo, o Padre António Barbosa e o Padre Manuel Barbosa Duarte, com Francisca Teresa Pereira de Jesus, natural do arrabalde do Espírito Santo, na vila de Barcelos. Era filha de Bento Pereira e de sua mulher Paula Rodrigues, moradores no referido arrabalde.

IX Francisca Teresa de Jesus Duarte. Nasceu a 13/12/1749, no arrabalde de S. Bento, na vila de Barcelos e foi baptizada a 21/12/1749, na igreja matriz Colegiada de Barcelos, pelo Padre Manuel Pereira Medela, tendo por padrinhos o Dr. Francisco Duarte de Macedo, de Lijó e D. Francisca Maria de São Bento, Religiosa no Convento de S. Bento da vila de Barcelos e por ela tocou José Soares de Sá Lançós. Viveu na rua de são Vicente, em Barcelos. Casou em Barcelos com Manuel Fernandes da Silva, natural de S. Veríssimo de Tamel, Barcelos. Era filho de Domingos Fernandes e de sua mulher Domingas Fernandes.

X João Fernandes Duarte. Nasceu a 24/10/1792, no arrabalde de S. Vicente, em Barcelos e foi baptizado a 1/12/1792, na Colegiada de Barcelos, tendo por padrinhos João Pereira Cibrão e Rosa de Jesus. Viveu na rua de S. Vicente, em Barcelos. Foi benfeitor do Asilo dos Entrevados e existe o seu retrato a oleo na galeria de Benfeitores da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Veio a falecer a 25/10/1879, no Campo da Feira, em Barcelos, viúvo, com 86 anos de idade, deixando dois filhos e tendo feito testamento. Casou com D. Rosa Joaquina da Conceição de Araújo Basto, natural de Barcelos, filha de António José da Silva Araújo Basto e de sua mulher Rosa Maria Cerqueira.

XI D. Maria das Dores Duarte. Nasceu a 7/9/1829, na rua de S. Vicente, em Barcelos e foi baptizada a 7/9/1829, na Colegiada de Barcelos, tendo por padrinhos Domingos José Afonso e Maria das Dores, mulher de Manuel José Leite, da vila de Barcelos. Casou a 30/9/1849, na igreja de Arcozelo, Barcelos com Manuel José Ribeiro, natural de Barcelos. Era filho de Manuel António Alves, natural de Vairão e de sua mulher Ana Joaquina, natural de Viana do Castelo. Foi chapeleiro em Barcelos e no Porto.

XII D. Ana das Dores Duarte. Nasceu a 19/1/1851, na rua Direita, Barcelos e foi baptizada a 25/1/1851, na Colegiada de Barcelos, tendo por padrinhos Francisco José Bento de Oliveira, negociante e Ana Emília de Oliveira. Veio a falecer a 9/10/1928, em casa de sua filha, em Barcelos, viúva. Casou na Colegiada de Barcelos, com Francisco José Ferreira de Faria, natural de Barcelos. Era filho de Manuel José Ferreira de Faria, natural de Airó, negociante e de sua mulher D. Maria Cândida da Luz, natural de S. Victor, Braga; neto paterno de Teresa Maria Ferreira, viúva, de Airó e materno de José António Fernandes Braga e de sua mulher Joana Joaquina Teixeira, de Braga. Foi negociante em Barcelos.

XIII D. Maria dos Prazeres Duarte de Faria. Nasceu em Barcelos. Veio a falecer a 8/5/1904, no lugar do Areal, S. Martinho de Vila Frescaínha, com 28 anos de idade, fez testamento e deixou filhos.

XIV D. Maria da Luz Duarte de Faria. Nasceu a 14/11/1900, em S. Martinho de Vila Frescaínha e ali foi baptizada no mesmo dia, tendo por padrinhos António Pacheco Leão, 1º Sargento do Batalhão nº 20 estacionado na vila de Barcelos e Ana Joaquina. Veio a falecer a 30/2/1978, em Águas Santas, Maia. Casou a 17/5/1923, em Barcelos, com António Gonçalves, que veio a falecer a 19/12/1951, em Barcelos (...
Com geração".

A minha mãe, dentre os 8 filhos do casal Maria da Luz e de António Gonçalves:
Maria Teresa Faria Gonçalves Dias da Silva, natural de Valpaços c.c. César Dias da Silva n. em Lisboa, faleceu em 2015, Lisboa, filho de Honorato da Silva e polícia em Lisboa, n. em Carvalhal, Bombarral, Leiria e de Amélia da Cruz Matos Dias, n. em Mogofores, Anadia, Aveiro.

Eu: Tânia Patrícia Faria Gonçalves Dias da Silva c.c. Daniel Oleirinha Adrião

Filha: Constança Dias da Silva de Faria Adrião.

Nota 1: O meu avô materno, citado acima, António Gonçalves, nasceu em Refojos de Basto, Barcelos, em 1885, filho de Teresa de Jesus Sousa e de Joaquim Gonçalves, ambos naturais de São Miguel de Refojos de Basto, Cabeceiras de Basto, Barcelos, foi Oficial de Diligências no Tribunal de Comarca de Barcelos e depois no Tribunal da Comarca de Valpaços, foi soldado na Primeira Grande Guerra, morreu de cancro, aos 67 anos.

Nota 2: A minha avó: Maria da Luz Duarte Faria Gonçalves, aos 18 anos foi coagida a assinar um documento, e sem saber do que se tratava, que desistia da herança - que a sua mãe lhe deixou - o meu avô morreu quando a minha mãe tinha 8 anos e a minha avó teve de colocar as filhas, as minhas tias mais velhas e já adultas, a trabalhar para as famílias abastadas de Barcelos e no caso de uma delas empregada da casa da sua própria família! As filhas mais novas num orfanato por não ter dinheiro para as sustentar.

A minha mãe foi uma dessas filhas colocadas no orfanato...


Muito obrigada por lerem o meu testemunho.


Os meus mais respeitosos cumprimentos,

Tânia.

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