Ajuda para interpretar um registo de casamento entre irmãos
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Ajuda para interpretar um registo de casamento entre irmãos
Caros Confrades,
Deparei pela primeira vez com um registo de casamento católico algo insólito. Trata-se de matrimónio ocorrido na Marmeleira, S. João da Ribeira, Rio Maior, em Maio de 1852 entre António Martins, viúvo de MariaTeresa, e sua irmã Maria do Carmo Martins, solteira (cf. PT-ADSTR-PRQ-PRMR09-002-0001_m0008).
Desse registo consta o seguinte, que me deixou perplexo: "dispensados no segundo grau de afinidade proveniente de cóplula lícita".
À luz das regras vigentes na época, era este tipo de casamento autorizado pela Igreja Católica?
Agradeço os vossos prezados comentários/esclarecimentos.
Sérgio Feliz
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Caro Confrade;
...È o que está escrito, e com letra bem legível. Palavras para quê?...
https://digitarq.adstr.arquivos.pt/vaultimage/?id=DISSEMINATION/3636CED4698979EC5F70C2E832F4935A&r=0&ww=1000&wh=600&s=false
Cumprimentos
Sc.
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E se fosse resultado de "cópula ilícita". O casamento seria autorizado?
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Interpreto como sendo cunhados e não irmãos. Além disso, a despensa é do segundo grau por AFINIDADE e não consaguinidade
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Ajuda para interpretar um registo de casamento
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Confrade Sérgio;
Onde foi que viu que os nubentes eram irmãos?
Naquele tempo, casavam entre primos, para evitar
que as " Terras- Bens", saíssem do núcleo familiar.
Presumo que seriam primos, no entanto poderá haver
outra explicação.
Sc.
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No Familysearch, aparece indexado o baptismo de Joaquina, na Marmeleira, 8/1/1849, filha de António Martins e Maria Teresa, muito provavelmente o noivo e a primeira esposa. Como avós paternos, Tomé Martins e Maria Vitória.
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https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6X6Y-BVW7
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registo de casamento entre irmãos
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Caro Sérgio;
Continuamos à espera que nos dê alguns esclarecimentos
sobre essa estória do casamento entre irmãos.
"Ainda estamos para saber onde foi descobrir esse fenómeno".
Cumprimentos
Sc.
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Obrigado pela pista. Penso que ajudou a esclarecer a questão.
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Caro Confrade,
Dois homónimos, contemporâneos, um registo de casamento com uma referência pouco usual e o facto de esses registos de casamento, pelo menos naquela região e época, não identificarem os avós dos cônjuges, conduziram-me a uma conclusão implausível e felizmente manifestamente incorrecta.
Passando a explicar: graças à pista fornecida pelo confrade Silvestre, a quem agradeço, encontrei o assento de baptismo de Joaquina (*Dez 1848), filha de António Martins e Maria Teresa, neta paterna de Tomé Martins e Maria Vitória e materna de José Lopes “Tanoeiro” e Ana de Jesus (cf. PT-ADSTR-PRQ-PRMR09-001_m0264 e seguinte). Nova pesquisa conduziu ao casamento de António Martins com Maria Teresa, em Março de 1848, ele filho de Tomé Martins e Mª Vitória, ela filha de José Lopes e Ana Teresa (e não Ana de Jesus; encontram-se pequenas discrepâncias deste tipo com frequência, nos assentos da Marmeleira; cf. PT-ADSTR-PRQ-PRMR09-002_m0205).
Este António Martins nasceu em 1818 (cf. PT-ADSTR-PRQ-PRMR09-001_m0052) e terá casado com Mª do Carmo Martins, filha de Manuel Martins “Prioste” e Maria Teresa, em 1852. O outro António Martins, que originou a confusão, e irmão de Mª do Carmo, nasceu em 1825 (cf. PT-ADSTR-PRQ-PRMR09-001_m0125).
Não consegui, até agora e por falta de tempo, apurar qualquer relação de parentesco entre os 2 António Martins, que justifiquem a menção, penso eu pouco habitual, "dispensados no segundo grau de afinidade proveniente de cópula lícita".
Melhores cumprimentos,
Sérgio Feliz
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Caro Confrade;
...Pensa que ajudou a esclarecer a situação!
Assim; nem ata, nem desata. Ou realmente eram
irmãos, o que eu duvido, primos ou cunhados...
Veja se consegue dar uma resposta concisa.
Cumprimentos
Sc.
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Segundo Grau afinidade
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I.A.
"O parentesco por afinidade é subdividido em linha reta e linha colateral, assim como o parentesco sanguíneo. Na linha reta, os parentes afins de primeiro grau são sogros, genros ou noras e enteados. Na linha colateral, os parentes afins de segundo grau são cunhados. O vínculo de parentesco por afinidade está em linha colateral até o segundo grau e ambos terminam com o fim do relacionamento. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade. "
Sc.
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Caro Confrade,
Pensei de facto que tinha sido claro. Resumindo a mensagem anterior: António e Mª do Carmo Martins são irmãos, filhos de Manuel Martins. Quem casou, em segundas núpcias, com Mª do Carmo foi outro António Martins, filho de Tomé Martins.
Cumprimentos,
Sérgio
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