Vieiras Barbosas, da Quinta do Bairral, Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses
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Vieiras Barbosas, da Quinta do Bairral, Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses
Caros amigos, estando a estudar a Genealogia dos Senhores da Casa de Cavalhõesinhos, em Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses (que foi de meu sogro e hoje pertence a uma cunhada minha), deparo-me com a dúvida acerca da ligação dos mais antigos membros conhecidos desta Casa e a sua ligação com a Quinta do Bairral, na mesma freguesia.
Assim, Guiomar de Barros, filha de António do Couto e Catarina de Barros, trouxe em dote de casamento 1/3 daquela quinta, ao casar com António Jorge, da Quinta de Cavalhõesinhos.
Ora a Guiomar de Barros era irmã de António Vieira Barbosa, sendo este filho do mesmo casal António do Couto e Catarina de Barros, do Bairral, sendo este que sucedeu no restante da mesma quinta.
A dúvida está na ascendência do casal António do Couto e Catarina de Barros, de onde vêm os apelidos que persistiram depois quer nos directos sucessores deste casal, quer nos senhores da Casa de Cavalhõesinhos, onde os apelidos Vieira Barbosa se perpetuaram até ao século XIX, quando a herdeira universal e filha única, D. Maria Júlia Vieira Barbosa Teixeira Monterroyo casou com António de Castro e Sousa Sarmento Sotomayor, Morgado do Peso, em Melgaço, senhor donatário da vila de Parderrubias, na Galiza, da honra de Remoães (Melgaço) e outros vínculos e quintas.
Que aqueles Vieiras Barbosa eram descendentes dos Barbosa Cabral que foram senhores da Quinta do Bairral, em datas anteriores, não há dúvidas; o que se mantém é a dúvida de como se passou daqueles Barbosas Cabral para o casal António do Couto e Catarina de Barros.
Se algum dos confrades souber alguma coisa, agradeço penhoradamente, pois que a idade e saúde já me impedem de me deslocar aos locais onde poderia tentar encontrar algo que ultrapassasse esta dúvida genealógica, maxime nos Livros de Prazos do Mosteiro de Vila Boa do Bispo (no Arquivo Nacional da Torre do Tombo), seu directo senhorio.
Cumprimentos cordiais para todos.
Fernando de Sá Monteiro
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Vieiras Barbosas, da Quinta do Bairral, Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses
Resta-me acrescentar que Felgueiras Gaio, no seu Nobiliário de Famílias de Portugal, em titº de Barbosas, § 70 e 71, refere-se a estes Vieiras Barbosas, nomeadamente os da quinta do Bairral (a que chama "Barral"), citando como seu senhor António Vieira Barbosa (casado com sua parente Ana Barbosa (Cabral), filha de Diogo Barbosa Cabral e marido Manuel de Oliveira, de Soalhães), sendo este filho de António Vieira e mulher Catarina Barbosa, que alguns dizem filha de Gregório Barbosa e Catarina Vieira.
Mas logo cita entre os filhos deste casal a Ana Barbosa casada com Pedro Vieira "de Bemviver", capitão de infantaria no Minho, que viveu em S. João de Ovil "em hum Nobre Prazo dota de sua mulher".
Deixaram, pelo menos, um filho, Pedro Vieira Barbosa casado com Jerónima Vieira, etc.
Algumas coincidências se notam com os que eu estudo; mas nada que sustente a filiação dos outros, além de me parecer existir aqui alguma, ou muita, confusão na sucessão descrita e mesmo nas filiações.
O Gregório Barbosa (Cabral) será certamente o que foi escudeiro fidalgo da Casa Real e cavaleiro da Ordem de Cristo, que esteve no cerco de Azamor (1513) e foi escrivão das sisas e tabelião de Penafiel, casado em 2ªs núpcias com Catarina Dias Cabral, filha ilegítima de Jorge Dias Cabral, arcediago de Campelo (Baião), e de Maria de Macedo (filha de Gonçalo Maldonado e sua mulher Beatriz de Macedo).
Seguindo a Manuel Abranches de Soveral, no seu estudo "Ensaio sobre a origem dos Correa, senhores de Fralães, Séculos XIV e XV", este Gregório Barbosa era de facto filho de Gonçalo Anes Barbosinho, escudeiro do infante D. Fernando, tabelião geral do Porto e tabelião de Aguiar de Sousa e de Penafiel, e de sua 2ª mulher Leonor Gonçalves, e neto paterno de João Afonso Barbosa, o Barbosinho, tabelião de Penafiel até 1445, pois a 27 de Fevereiro deste ano D. Afonso V nomeou Gonçalo Anes, escudeiro de D. Fernando, para o cargo de tabelião de Aguiar de Sousa, em substituição de seu pai João Afonso Barbosinho, que morrera.
Ficam mais estes elementos que poderão servir para ajuda a quem tenha interesse em investigar mais.
Cumprimentos a todos.
Fernando de Sá Monteiro
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