Investigação familias dos Velho, Enes e Leitão, e Robles na ilha de São Miguel

Caros membros do fórum,

Espero que estejam todos bem!

Estou neste momento a investigar, por curiosidade, algumas linhagens antigas de São Miguel e não consigo encontrar nada para além do que as Genealogias de São Miguel e Saudades da Terra me têm dado para algumas delas.

A primeira, os Velhos:

Maria Esteves, casada com o Cavaleiro Diogo de Oliveira de Vasconcelos (o que foi legitimado pelo Rei por Ordem Régia para a outra linhagem dos Vasconcelos que se liga a D. Rodrigo Anes de Vasconcelos e Mécia Rodrigues de Penela se recuarmos algumas gerações):



''Contudo pode muito bem ser que este Diogo de Oliveira de Vasconcelos, seja o Diogo de Vasconcelos, escudeiro, legitimado por El-rei D. Manuel, cuja carta está publicada no Arquivo dos Açores, Vol.º V, pág.105, com data de 3.7.1504, em que se diz ser ele filho natural de Martim de Oliveira, capitão de Arzila, onde foi armado cavaleiro e confirmado por carta do Rei D. Manuel (Torre do Tombo, Chancelaria de D. Manuel, Livro IX, fls. 50 v.º), onde se diz ser Martim de Oliveira filho de Rui de Oliveira, criado da casa do Infante D. Fernando. A mãe do dito Diogo de Vasconcelos é Catarina Afonso, mulher solteira. Esta filiação é que deve ser a exacta pois da parte de Frutuoso houve certamente confusão, dando Diogo de Oliveira de Vasconcelos como filho de uma irmã de Frei Gonçalo Velho, aliás homónima da que foi mãe do capitão donatário João Soares de Albergaria. Diogo de Oliveira de Vasconcelos, segundo Frutuoso veio de Beja casou com Maria Esteves, filha de Afonso Velho, da geração dos Velhos.''

-Genealogias de São Miguel e Santa Maria

Maria Esteves foi filha de Afonso Velho, ''homem poderoso, da geração dos Velhos'' segundo Gaspar Frutuoso no seu 4o livro de Saudade das Terras. E posivel que a confusão em relaçao com a mãe de Diogo de Oliveria Vasconcelos começou aqui nas suas notas.

O que eu gostaria de pedir a vossa ajuda, caros confrades, é encontrar as gerações anteriores a Afonso Velho. Se ele era poderoso e da nobre linhagem Velho, porque é que não consigo encontrar absolutamente nada que seja anterior a ele? Alguém sabe onde posso procurar pistas a seguir?


Relativamente aos Robles, Joana Fernandes de Robles está inscrita como mulher de Tristão Soares de Albergaria em finais do século XV em diversas fontes, entre as quais estas:
-Soares de Albergaria, Manuel Soares de Albergaria Paes de Melo, Edição: 1 1951
-Nobiliário das Famílias de Portugal - vol. IX - pg. 482 ((Soares de Albergaria))

Os Robles são uma linhagem muito pequena e muito pouco numerosa. É provável que tenha nascido de um deles, que passou algum tempo na localidade onde nasceu, depois de ter feito a paz com a Casa Real de Castela. Dado que o seu apelido é muito raro e que casou com uma família importante e muito ilustre, seria razoável concluir que descende, de facto, da nobre linhagem dos Robles. O problema é que não encontro nada que confirme a existência de gerações posteriores a ela. Alguém pode saber mais?


Por último, sobre Gonçalo Enes e Ana Leitão, estão inscritos nas Genealogias de São Miguel e Santa Maria, cap. 240, como sendo pais de Sebastião Rebelo Leitão, nascido por volta de 1580 e casado com Francisca Soares de Albergaria - da já referida linhagem dos Soares de Albergaria.

Não há mais gerações escritas depois deles e diz-se que Gonçalo Enes terá sido o primeiro a lá chegar? E a sua mulher? Se o filho conseguiu casar com uma filha de uma família muito proeminente e que tinha uma descendência patrilinear direta, através do pai, de uma pessoa com o título de Dom, é de imaginar que os pais fossem, no mínimo, nobres. No entanto, não há nada escrito sobre eles que eu tenha encontrado. Alguém sabe onde procurar mais pistas?

Obrigado a todos pela vossa ajuda nesta curiosa investigação,
Com os melhores cumprimentos,
Joshua Pacheco G.

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