João da Cunha morto pelo João Brandão?

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João da Cunha morto pelo João Brandão?

#25234 | maneherbert | 12 août 2002 09:10

Caro Fórum,

Sempre ouvi dizer que um antepassado da minha avó - João da Cunha (talvez Capitão das Milícias de Coimbra)- tinha sido assassinado pelo bandido João Brandão (1837-1880) na Beira no século XIX nos tempos dos miguelistas e dos liberais. Alguém sabe se isto seria verdade?

Também ficaria agradecida por qualquer informação sobre quem eram os antepassados e descendentes deste João da Cunha.

Cumprimentos,

Manuela (Austrália)

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#25257 | jpcmt | 12 août 2002 15:23 | In reply to: #25234

Minha Senhora:
No "Portugal Antigo & Moderno" de Pinho Leal (Vol. 10, pag. 226) vem uma lista dos assasinatos conhecidos (16) perpretados por João Brandão. Entre eles não figura ninguém com o apelido Cunha. E mais não sei...
Cumprimentos,
jpcmt

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#25357 | JCALD | 16 août 2002 10:41 | In reply to: #25234

Minha Senhora:
Creio ter identificado o seu antepassado João da Cunha e o Brandão que o assassinou.
No livro «O Terror nas Beiras – Apontamentos da vida de João Brandão, por ele escritos nas prisões do Limoeiro, em 1870, envolvendo a História da Beira desde 1834», publicado em Coimbra em 1924, há uma lista de crimes de morte, que lhe eram assacados pelos inimigos políticos, depois da sua queda em desgraça, de que ele se defende, retribuindo-os a outros.
A págs. 373, vêm os seguintes verbetes:
«João Maria, de Lourosa, morto por Manuel Rodrigues Brandão (o Manuelzinho), de Midões, e outros.»
«José Joaquim Pereira, idem, autor da morte precedente, ferido gravemente com um tiro dado por Jayme da Cunha Balsemão, filho d’aquelle assassinado.»
Ora aquele João Maria era, se não me engano, João Maria Pinto da Cunha Balsemão, com casa na vila de Lourosa (hoje no concelho de Oliveira do Hospital), que fora o único de sua família que sobrevivera no berço quando os franceses saquearam a casa. Estes Cunhas Balsemões creio que ainda eram aparentados com os Cunhas Carvalhais da Casa Grande na mesma vila (estes vêm nos «Carvalhos de Basto»). O saque dos franceses e o envolvimento na guerra fratricida que ensanguentou a Beira, apressou a decadência da casa. Eram seus descendentes no século vinte, Celestino de Balsemão, proprietário da Perfumaria Balsemão, na Rua do Ouro em Lisboa, que tinha dois filhos : Jaime de Balsemão, n. 30-3-1891, escritor, desenhador e músico de grande sensibilidade, autor de vários livros (vem na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira). Faleceu cerca de 1950 e creio que não deixou descendência. Tinha uma irmã, professora de piano, casada.
Quanto ao Manuelzinho era primo direito de João Brandão, andou envolvido nas guerrilhas e era um degenerado que acabou assassinado pelos inimigos políticos.
Creio que o episódio do saque pelos franceses e talvez também o da morte de João da Cunha foram reproduzidos nalgum dos livros de Jaime de Balsemão.
Cumprimentos,
José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#25448 | maneherbert | 19 août 2002 14:18 | In reply to: #25357

Exmo Senhor,

Nem sei por onde começar, tenho tanta coisa para dizer. Começo por agradecer o senhor. A sua mensagem ajudou-me muito nas minhas pesquisas sobre os meus antepassados.

Então esse João da Cunha era o meu trisavô João da Cunha Balsemão! Ainda não tinha ligado um ao autro. Teve uma filha chamada Maria Augusta da Cunha Balsemão que foi mãe da minha avó.

Não sabia que os Cunha Balsemões tinham casa em Lourosa. A minha avó (que era de Lourosa) falava muito na Casa Grande dos Cunhas Carvalhais mas nunca da casa dos Cunhas Balsemões. Se calhar já não existia havia muitos anos. A minha avó dizia que era aparentada com os Carvalhais mas não sei bem como.

Outra historia dela era que o irmão mais velho do João da Cunha (Tristão da Cunha?) o queria morto e por isso pediu ao Brandão para o matar. Não sei se isto é verdade.

Saberia como é que os Cunhas Carvalhais estão ligados aos Cunhas Balsemões? E quem seriam os antepassados do João da Cunha Balsemão?

Os livros do Jaime Balsemão estariam à venda? Seria interessante de os consultar.

Agradeceria qualquer informão. Daqui da Austrália só tenho a net para fazer pesquisas por isso tenho que contar com a amabilidade e paciência do Fórum.

Cumprimentos e obrigada.

Manuela

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#25693 | JCALD | 28 août 2002 10:52 | In reply to: #25448

Minha Senhora:

Tive muito prazer em saber que as minhas informações lhe foram úteis.

Além de trabalhos dispersos por revistas de Portugal e do Brasil, Jaime de Balsemão publicou os seguintes livros: «Memórias sem Fim de um Homem sem Nome» (1924), «São Sabino e a boa Matrona» (1925), «Endymius e Seleneia» (1926), «Alguns Alfacinhas» (1926), «A Romagem Maravilhosa» (1927) e «A Farsa dos Miserandos» (1928), «Os Deuses de Liliput» (1929), «O Livro Profano» (1930). Esta informação vem na «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira», volume IV, página 77, onde também poderá encontrar a foto dele.

Entretanto, procurei nos meus apontamentos e encontrei umas notas sobre a sua família que tirei de uma entrevista que Jaime de Balsemão deu ao jornalista Luís Ferreira no jornal «A Comarca de Arganil» de 29-3-1955. Segundo ele, a origem da família é o lugar de Balsemão, no concelho de Lamego, e eram inicialmente de apelido Pinto, morgados de Balsemão, de onde tiraram o apelido (que ainda hoje perdura nos Viscondes de Balsemão). Um ramo passou à vila de Lourosa, onde fizeram construir o solar, ainda hoje na posse do ramo primogénito. É conhecido por Casa Grande ou Casa dos Cunhas Carvalhais ou ainda dos Tristões (Tristão é um nome de baptismo tradicional na família). Era frequentado pelas melhores famílias de Covas, Oliveira do Hospital, Avô, etc. e inclusivamente pelo João Brandão, que era um cavalheiro educado, ao contrário da lenda propalada pelos seus inimigos políticos. (Com isto não quero dizer que fosse um «santo». Foi um político numa época de excessos, com grande influência na Beira, aproveitado pelos outros políticos, incluindo alguns nas altas esferas da governação, que o deixaram cair, quando a situação acalmou e deixou de ser necessário.)

As lutas entre liberais e miguelistas, que ensanguentaram o reino no século dezanove, foram particularmente graves nas Beiras e dividiram muitas famílias. Aconteceu isso em Lourosa também com a sua família. Um ramo não morgado, que se manteve apegado ao apelido Balsemão, e vivia na Casa do Fundo de Vila, era miguelista, contrariamente aos da Casa Grande. Essa sua opção política trouxe-lhes graves dissabores e inclusivamente a ruína da casa.

1. António Maria Pinto de Balsemão, (bisavô do escritor), Moço Fidalgo da Casa Real, foi assassinado à espada pelos seus inimigos, dentro de sua própria Casa do Fundo de Vila. (Eu tinha dito que tinham sido os Franceses, peço desculpa pelo lapso). Seu filho:
2. João Maria da Cunha Pinto de Balsemão, que dormia no berço, foi poupado por ter acordado no preciso momento em que iria sofrer igual sorte. Viria a ser morto por Manuel Rodrigues Brandão. A ruína familiar fez com que a sua descendência se afastasse de Lourosa, procurando fortuna em África ou em Lisboa, como foi o caso de seu filho:
3. Celestino de Balsemão, fundou a Perfumaria Balsemão em Lisboa, * Lourosa c. 1860 e + Lisboa 30-3-1932, c. c. D. Emília do Vale. Filhos:
4. D. Lucinda Balsemão, pianista, discípula de Alexandre Rey Colaço e de José Viana da Mota, fez o curso de piano com alta classificação no Conservatório de Lisboa, onde foi depois professora de piano. Compositora, concertista (deu um concerto de música portuguesa em Berlim), participou em diversas orquestras, em especial na «Sociedade de Concertos», * Lisboa 15-8-1880. (GEPB vol. 38 pg. 779)
4. Jaime de Balsemão, comerciante de artigos de luxo, muito culto e viajado, escritor, cultivou também o desenho e a música. Parece que casou com uma senhora estrangeira, mas que não teve filhos. * Lisboa 30-3-1891 e + Lisboa (Rua Castilho, 16) 8-7-1947. Tinha um sobrinho Mário Balsemão.

É o que tenho nos meus apontamentos. Ficarei atento. Vou consultar um meu amigo e parente genealogista que tem estudado as famílias de Lourosa. Se houver mais informações, terei muito prazer em lhas transmitir.

Cumprimentos,
José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#25814 | maneherbert | 01 sept. 2002 10:39 | In reply to: #25693

Exmo Senhor,

Mais uma vez agradeço muito as suas informações e a sua amabilidade e paciência em responder às minhas perguntas.

Estou especialmente interessada em saber quem eram os irmãos, filhos et netos do meu trisavô João Maria da Cunha Pinto de Balsemão. Sei que teve um irmão chamado Rodrigo da Cunha Balsemão que casou com Virginia Ribeiro Marçal (está na Genea)mas não sei se este casal teve geração. Tambem deve ter existido um outro irmão chamado Tristão da Cunha que era mais velho. Teria este casado com uma senhora Carvalhais e a geração dele abandonado o nome Balsemão?

Tambem sei da existencia dum Frederico da Cunha Balsemão (nascido cerca 1882) cuja geração foi para a Angola e depois para o Brasil. (Alguns desta geração tambem estão na Genea.) Seria este, sobrinho do meu trisavô?

Segundo o visconde de Balsemão, os Cunhas Balsemoes descendem do irmão mais velho do primeiro visconde de Balsemão. Parece que este irmão, Jose Pinto de Balsemão (Jose Luiz Pinto de Sousa Coutinho), embora casado, fugiu para a Espanha com uma senhora de Mangualde e tiveram um filho chamado Frederico. Este Jose Pinto acabou por renunciar a casa e ao titulo em seu irmao mais novo Luis e foi para Malta para professar na Ordem de Malta. Os Cunhas Balsemoes descendem deste Frederico mas nao tenho mais informacoes.

Saberia quando e que o meu trisavo foi assassinado? E o pai dele? Estas datas ajudariam-me nas minhas pesquisas.

E o que e que aconteceu ao Jayme da Cunha Balsemão mencionado no livro do João Brandão? Teria morrido tambem? Teria deixado geração?

Desculpe estas perguntas todas mas isto tudo e muito fascinante.

Cumprimentos e muito obrigada,

Manuela

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#28448 | JCALD | 11 oct. 2002 11:49 | In reply to: #25814

Cara Manuela Herbert:

Não me esqueci do prometido. O meu amigo e parente António Alves Borges, que estuda as famílias de Lourosa, tem estado de férias. Regressou há uma semana de Lourosa e já lhe entreguei uma cópia da nossa troca de correspondência. Sei que ele tem estado a trabalhar no caso e espero poder, brevemente, enviar-lhe o resultado das suas investigações.

Cumprimentos,

José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#28451 | magalp | 11 oct. 2002 12:32 | In reply to: #25234

Cara Manuela

Seguiu ontem pela Deutshe Lufthansa, via Singapore, com destino final Brisbane, uma senhora que possui boa informação sobre esse assunto. Creio não será inconfidencia minha dizer-lhe q. o contacto é galparrobahotmailpontocom...
Entretanto, no tópico de José do Telhado, contor referir algo sobre João Brandão.
Cumprimentos,
Manuel Maria Magalhães

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#28695 | maneherbert | 14 oct. 2002 07:09 | In reply to: #28448

Caro Senhor José Caldeira,

Agradeço a sua mensagem. Ficarei atenta.

Cumprimentos,

Manuela

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#28696 | maneherbert | 14 oct. 2002 07:15 | In reply to: #28451

Caro Senhor Manuel Maria Magalhães,

Agradeco a sua mensagem e o contacto dessa senhora.

Cumprimentos,

Manuela

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#28705 | magalp | 14 oct. 2002 12:24 | In reply to: #28696

Minha Senhora

Chamo a sua atenção para o tópico "José do Telhado" na transcrição do texto que ali fiz, hoje mesmo, do pleito em justiça, de João Brandão.
Como habitualmente, confirmam-se as informações do nosso muito distinto, erudito e sempre amável confrade, João de Mello Trovisqueira.
Mtos. cmptos.
Manuel Maria Magalhães

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#28707 | magalp | 14 oct. 2002 12:49 | In reply to: #25357

Caro José Caldeira

Só neste preciso instante li a sua muito interessante e documentada intervenção.
O dito Manuelzinho, primo de João Brandão, figura nas citações de Sousa Costa in "Grandes Dramas Judiciários".
Todavia, o mesmo não acontece já com João da Cunha, na mesma obra.
É bem possível João da Cunha ter sido uma vítima de J. Brandão, na sua grande actividade de guerrilha, bem anterior ao assassinato do Padre Portugal, procurador do Visconde de Almeidinha (causa do seu julgamento e respectiva condenação) porém não consta essa acção do seu extenso líbelo acusatório. Talvez por influencias e compadrios políticos, q. de facto tinha João Brandão.
Mtos. cmptos.
Manuel Maria Magalhães

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#28722 | JCALD | 14 oct. 2002 16:24 | In reply to: #28707

Caro Manuel Maria Magalhães:

Muito obrigado pelas suas informações.
Tenho uma opinião um pouco reservada em relação a Sousa Costa, aos seus livros e à época em que ele os escreveu.
Possuo um livro da autoria de José Maria Dias Ferrão, intitulado precisamente «João Brandão», que desfaz muita da lenda que ainda hoje encobre o verdadeiro JB e o meio em que viveu. Tudo começou com os artigos de Martins de Carvalho no «Conimbricense», que davam guarida às maiores atoardas e anacronismos. E, também, com o que escreveu Teixeira de Vasconcelos, que foi escrivão num dos processos de JB, e que tem uma visão um pouco distorcida e tendenciosa.
Vou agora ler a sua transcrição no outro tópico.

Cumprimentos,

José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#29340 | JCALD | 23 oct. 2002 16:04 | In reply to: #28695

Minha Senhora:

Estive no fim de semana com o meu parente que me deu os elementos que possui sobre a ascendência da senhora sua avó. Tanto ele, António Alves Borges, como a mulher, Cremilde Quaresma de Macedo Carvalho, conheceram muito bem sua avó e seu pai, que andou com ele no Liceu Gil Vicente em Lisboa, embora não fossem colegas. Por isso lhe enviam os melhores cumprimentos.

Os seus antepassados de Lourosa são os seguintes (numeração Sosa-Stradonitz):
1- Maria Aurora da Cunha Leitão, sua avó.
Pais:
2- José Antunes Leitão, professor, * Avô ou de Vinhó c. Lourosa 12-8-1891 c.
3- Maria Augusta da Cunha Balsemão * Lourosa
Avós:
4- António Romão * Vila Cova de Sub Avô
5- Gertrudes Emília * Vila Cova de Sub Avô
6- João Maria da Cunha Pinto Balsemão * Lourosa
7- Maria Adelina da Costa Amaral * Covas (irmã de Francisco Augusto da Costa Amaral, que pode encontrar na Base de Dados do Genes Portugal, com muita geração, entre a qual o sr. Luís Filipe Lara Éverard do Amaral, anfitrião deste sítio)
Bisavós:
12- João Maria Pinto da Cunha Carvalho * Lourosa + Lourosa 6-11-1835 (assassinado). Era irmão de Tristão Lopes de Carvalho Cunha Castelo Branco, Senhor da Casa Grande em Lourosa.
13- Maria Rosa das Mercês Pinto * Lisboa (S. Miguel de Alfama ou S. Vicente de Fora)
14- Inácio da Costa Morais do Amaral * Covas (ver ascendência na base de dados)
15- Balbina Cândida da Cunha * Percelada, Covas (ver ascendência na base de dados)
Trisavós:
24- Manuel Ricardo Lopes de Carvalho * Lourosa (?) senhor da Casa Grande
25- Maria Rita Joaquina Pinto (Balsemão?) * Real, bispado de Viseu
26- João Gonçalves Manuel * S. Vicente de Germil, Ponte da Barca, Braga
27- Maria Felizarda do Carmo * Lisboa (Santos-o-Velho)
Quartos Avós:
48- João Tristão Carvalho da Cunha * Arazede, Montemor-o-Velho, fundador da Casa Grande, Familiar do Santo Ofício
49- Ana Maria Micaela de Moura * Vila Pouca da Beira b. 16-5-1715 (casados em Papízios ?)
Quintos Avós:
96- Manuel Soares de Carvalho * Buarcos, Figueira da Foz
97- Antónia Micaela de Carvalho Brandão * Moimenta da Serra
98- Miguel Marques da Fonseca Brandão * Nogueira do Cravo
99- Maria Marques de Moura * Lourosa
Sextos Avós:
192- Simão de Carvalho * Buarcos
193- Francisca Soares de Araújo * Buarcos
194- Tristão Carvalho da Cunha * Manteigas
195- Ângela Brandão * Sameice
196- Domingos Marques de Unhão * Nogueira do Cravo (tetraneto de Marcos Garcia Mascarenhas * c. 1450, de quem descendem todos os Garcias Mascarenhas, entre os quais o poeta Brás Garcia Mascarenhas, de Avô, ficando assim aparentada com as melhores famílias da Beira)
197- Catarina da Fonseca * Vila Pouca da Beira
198- José de Moura * Lourosa
199- Maria Marques * Várzea de Candosa
Sétimos Avós:
396- José de Moura * Lourosa
397- Antónia da Costa * Percelada (filha de Baltazar da Costa) ou Leonor Nunes * Vila Pouca (filha de Francisco Fernandes * Vila Pouca e de Águeda Nunes * Cerdeira)
398- Simão Jorge * Casal de Abade
399- Ana Marques * Várzea de Candosa
Oitavos Avós:
792- Gaspar Madeira * Lourosa
793- Margarida de Moura * Vila Pouca da Beira

Cumprimentos,

José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#29652 | maneherbert | 29 oct. 2002 08:26 | In reply to: #29340

Caro Senhor José Caldeira,

Nem sei como agradecer o senhor e o seu parente António Alves Borges. Já há muito tempo que estava procurando obter esses dados sobre a familia da minha avó. Foi com muito interesse que os estive a estudar. Só tenho pena de não os poder mostrar à minha avó. Infelizmente ja não está viva. Morreu com 91 anos em 1990.

Tenho a certeza que ela se lembraria dos seus parentes. Cumprimentos da Australia pare eles.

So tenho uma pergunta. O meu tetravô (n.12) seria João Maria ou Antonio Maria?

Ha uma outra senhora (do Brazil) que esta procurando ja ha muito tempo saber quem eram os pais e avos do seu bisavô Frederico da Cunha Balsemão (*c. 1882). O seu parente teria essa informação?

Os meus melhores cumprimentos e mais uma vez muito obrigada,

Manuela
maneherbert@yahoo.com

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#29772 | JCALD | 31 oct. 2002 10:59 | In reply to: #29652

Minha Senhora:

Muito obrigado pela sua mensagem.
Consultei novamente o meu parente sobre as suas perguntas.
Confirmou o nome do seu tetravô (n.º 12): João Maria. Foi o escritor Jaime de Balsemão que lhe chamou António Maria. Mas foi numa entrevista e deve ter feito confusão.
A propósito, pela data em que foi morto esse seu antepassado (1835), verifica-se que o assassino não podia ser João Brandão, que tinha então apenas 10 anos de idade.
Quanto ao antepassado da senhora do Brasil, a sua bisavó D. Maria Augusta tinha, entre outros, um irmão Frederico nascido em Lourosa a 26 de Abril de 1853. Pela data não pode ser o bisavô dela. Será trisavô?

Cumprimentos,

José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#29826 | maneherbert | 01 nov. 2002 08:20 | In reply to: #29772

Caro Senhor José Caldeira,

Obrigada pela sua pronta resposta.

Penso que foi o meu trisavô (n.6) que foi assassinado pelo Brandão, Manuel Brandão provavelmente. Também se chamava João Maria.

A propósito, encontrei uma referência a um João da Cunha, Capitão da Milicias de Coimbra, numa website sobre Vide que conta uma lenda sobre João Brandão (http://www.cm-seia.pt/concelho/freguesia27.htm). Não percebi bem quem matou quem. (O meu português é um português de criança. Vim para a Australia com 12 anos.) Seria este João da Cunha o meu trisavô? A data de 1848 não ajuda. Em 1848 devia ter a volta de 14 anos.

Alem de Jayme da Cunha Balsemão, Celestino de Balsemão, e agora Frederico, a minha bisavó tinha uma irmã. Qual seria o nome dela? Sei que viveu em Viseu, que foi casada mas não teve filhos. A minha avó falava muito da tia dela de Viseu. Alem destes todos teria a minha bisavó tido mais irmãos?

O que e que teria acontecido ao Jayme da Cunha Balsemão? E mencionado no livro do João Brandão.

Cumprimentos,

Manuela

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#29929 | Eduardo Osório | 03 nov. 2002 21:39 | In reply to: #29340

Caro José Caldeira

Estando a acompanhar as suas várias intervenções neste e noutros temas, venho perguntar-lhe se tem alguma fonte documental segura para a filiação de José de Moura (396) que consta do seu documento.

Os pais que lhe indica, Gaspar Madeira e s. m. Margarida de Moura, são «meus conhecidos», e assim a sua ascendência deverá ser como segue:

396 – José de Moura, «alferes da ordenança de Lourosa (...) pessoa das principais».

792 – Gaspar Madeira, n. em Vila Pouca cerca de 1590 (a ascendência que segue decorre do seu assento de casamento, embora haja em Vila Cova um casal Francisco Nunes x Cecília Madeira que se poderia confundir com os que vão), c. em Lourosa a 10.08.1626 c.
793 – Margarida de Moura, b. em Lourosa a 15.06.1596 (a ascendência que segue decorre deste assento de baptismo)

1584 – Licº Francisco Nunes de Abreu, n. de Vila Pouca, c. em Vila Cova de Sub-Avô a 24.07.1583 c.
1585 – Cecília Madeira da Costa, n. em Vila Cova em 1562
1586 – Licº Domingos de Moura, n. de Carragosela – Espariz, c. em Lourosa a 17.05.1583 c.
1587 – Ana de Gouveia, n. de Lourosa

3168 – António Fernandes de Abreu, n. de Lourosa, Sr. da Casa de Vila Pouca, pessoa «das mais nobres da terra».
3169 – Isabel Nunes de Figueiredo, n. de Vila Cova
3170 – Fernão Gil da Costa, n. de Arganil, c. em Vila Cova a 24.04.1554 c.
3171 – Maria Madeira Arrais, n. de Vila Cova
3172 – Domingos Afonso de Moura, n. de Carragosela
3173 – Domingas Gonçalves do Amaral
3174 – Adrião de Abarca, que parece n. de Gouveia
3175 – Ana de Gouveia, n. de Lourosa

6336 – Roque Fernandes de Abreu «o Pequeno», que todas as genealogias fazem filho de Luís de Abreu e de s. m. Águeda Fernandes de Figueiredo. Neto paterno de Pedro Gomes de Abreu e de s. m. D. Mécia da Cunha. Bisneto paterno do bispo de Viseu D. João Gomes de Abreu e de D. Brites d'Eça. Esta D. Brites d’Eça era filha de D. Fernando d’Eça, que pela sua grande devassidão, e porque teve muitas mulheres ao mesmo tempo, não há certeza da qual foi a mãe desta filha aqui nomeada. D. Fernando d’Eça era filho do Infante D. João, e este filho de D. Pedro 1º e da Rainha D. Inês de Castro.
6337 – Briolanja Fernandes de Sequeira Castelo Branco, n. de S. Romão.
6340 – Pedro Dias da Costa, n. de Arganil, Escudeiro-fidalgo, almorarife do bispado de Coimbra, Tabelião em Arganil.
6341 – Branca Quaresma, que outros chamam Joana Gonçalves
6342 – Domingos Fernandes de Brito, n. de Vila Cova, Capitão em Avô.
6343 – Catarina Madeira Arrais, n. de Avô
6344 – Jerónimo Afonso Baticela, comendador da Ordem de Cristo
6345 – Inês Afonso de Moura, que é referida, sem confirmação, como sendo parente do célebre D. Cristóvão de Moura, marquês de Castelo Rodrigo.

12672 – Luís de Abreu, que todas as genealogias fazem filho de Pedro Gomes de Abreu e de s. m. D. Mécia da Cunha. Neto paterno do bispo de Viseu D. João Gomes de Abreu e de D. Brites d'Eça. Esta D. Brites d’Eça era filha de D. Fernando d’Eça, «que pela sua grande devassidão, e porque teve muitas mulheres ao mesmo tempo, não há certeza da qual foi a mãe desta filha aqui nomeada». D. Fernando d’Eça era filho do Infante D. João, e este filho de D. Pedro 1º e da Rainha D. Inês de Castro.
12673 – Águeda Fernandes de Figueiredo
12674 – João de Sequeira Castelo Branco
12675 – Teresa da Costa
12680 – Diogo Álvares da Costa, «dos Costas de Alpedrinha».
12681 – Senhorinha Dias
12682 – André Quaresma, n. de Arganil, Cavaleiro-fidalgo
12683 – Ana Esteves
12686 – Henrique Madeira Arrais, Escudeiro da Rainha D. Leonor, filho de Fernando Madeira Arrais, escrivão das sisas de Lourosa e Sinde por carta de 18.09.1499 (ANTT – Chancelaria de D. Manuel I), filho de Simão Arrais de Mendonça.
12687 – Leonor Fernandes

Gostaria de ter a sua opinião quanto a estes elementos.

Cumprimentos
Eduardo Osório

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#30029 | JCALD | 05 nov. 2002 17:58 | In reply to: #29929

Caro Eduardo Osório:

Muito obrigado pela sua intervenção, que veio enriquecer muito este tópico.

Como deve ter visto pela troca de mensagens com a autora do tópico, eu tenho sido intermediário entre a referida senhora e o meu parente António Alves Borges, genealogista «especializado» em Lourosa. Não quis, por isso, deixar de o consultar primeiro antes de dar uma resposta.
As gerações mais antigas da árvore dos Cunhas Balsemões (ou Balsemãos?) foram deduzidas através de habilitações ao Santo Ofício, entre as quais:
- Dr. João de Moura e Gouveia, opositor na Fac. dos Sag. Cânones na U. C., Abade de Papízios, b. Lourosa 24-6-1684 (ANTT – HSO João M.47 D.930 - 1711). Filho de José de Moura (198) e de Maria Marques (199), casados em Candosa 6-2-1671.
- João Tristão Carvalho da Cunha (48) (FSO 28-11-1733 – João M.66 D.1236) n. Arazede 1709 e c.c. D. Ana Maria Micaela de Moura (49) b. V. Pouca 16-5-1715, filha de etc.
Entre estas duas inquirições há uma diferença na filiação do José de Moura (198). A primeira dá-lhe por mãe Antónia da Costa n. Percelada, filha de Baltazar da Costa e dupla prima direita do Pe. Manuel da Costa n. Percelada. A segunda atribui-lhe Leonor Nunes n. V. Pouca, filha de Francisco Fernandes n. V. Pouca e Águeda Nunes n. Cerdeira, e regista o baptismo do filho José de Moura (198)
em Lourosa a 26-3-1652. Eu acredito mais na versão da primeira, em que o habilitando era neto, do que na segunda em que a habilitanda era bisneta. Mas esta apresenta uma certidão de baptismo... (pode ser outro José de Moura).
A filiação de José de Moura (396) foi retirada de testemunhos destas habilitações, e talvez também de outras de colaterais. As inquirições do Santo Ofício são bastante rigorosas, mas por vezes verificam-se discrepâncias como a que refiro acima. No entanto, o meu parente A. A. Borges é muito cuidadoso e estou convicto que se tivesse alguma dúvida, não poria este casal na árvore, como, aliás, não mais nenhum desta geração.

Também já tinha notado a coincidência de dois casais Francisco Nunes - Cecília Madeira em Vila Cova.

Aproveito para contribuir com alguns acrescentamentos para a árvore que compôs:
- Adrião da Barca (3174) – A naturalidade – Gouveia – vem confirmada na HSO do neto Ldº Adrião da Barca Gouveia n. Pinheiro de Ázere (ANTT – Adrião M.1 - D.1 – FSO em 21-10-1621) fº de Baltazar Cardoso n. P. Ázere e de Guiomar de Gouveia n. Lourosa.
- Ana de Gouveia (3175) era filha de Pedro Fernandes de Gouveia (mesma fonte).
- Pedro Dias da Costa (6337) a sua existência em Arganil e o cargo estão documentados no assento de óbito em 31-1-1568.
- Branca Quaresma (6338) a sua existência em Arganil e os seu casamento com o anterior vêm no assento de óbito em 18-1-1567.
- Inês Afonso de Moura (6345) a informação de ser filha bastarda de D. Cristóvão de Moura aparece, talvez pela primeira vez, na carta de armas de seu descendente Manuel de Castanheda Cabral de Moura e Horta (1722), Sargento Mor de Coimbra, mas não é mencionada na habilitação ao S. O. do mesmo.
Quanto aos outros costados, parecem-me de acordo com o que habitualmente deles se diz.

Cumprimentos,

José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#30038 | JCALD | 05 nov. 2002 18:43 | In reply to: #29826

Cara Manuela Herbert:

Fiquei muito admirado quando me disse que só viveu 12 anos em Portugal. O seu Português é correctíssimo. Supunha que estivesse apenas de passagem na Austrália.
Contrariamente, o «português» do sítio da freguesia da Vide que me indicou é muito mau. Também eu não consigo entender a história. Não faz sentido. Todo o sítio do concelho de Seia é esteticamente muito bonito, mas muito mal redigido. Parece que «scannerizaram» os textos, mas não fizeram a revisão dos erros.
Penso, no entanto, que a história não deve ser importante. Mais uma das muitas lendas que se fizeram à volta de João Brandão.
Porém, João Brandão passou por Vide, pois, muito tempo antes do seu casamento com D. Eugénia de Jesus Correia Nobre de Brito, teve um filho de D. Águeda Maria, de Baloquinhas, freguesia da Vide, Seia: João Augusto Brandão, meio-cirurgião de renome regional, casou com D. Leocádia de Brito, da casa da Coucedeira, Vide. Sem geração.

A sua bisavó (D. Maria Augusta) teve 4 irmãos (António, Frederico, Jaime e Celestino) e 2 irmãs (D. Maria dos Prazeres * 22-3-1849 e D. Maria da Madre de Deus * 8-7-1854). Todos os 7 irmãos nasceram em Lourosa. Mas o meu parente Borges não se lembra de ter encontrado o casamento das irmãs, por isso não sabe qual delas foi para Viseu.

Cumprimentos,

José Caldeira

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Paradeiro de João Brandão + - em 1859

#30042 | Portuguez | 05 nov. 2002 19:47 | In reply to: #30038

Caro Parente José Caldeira

Parece que nos encontramos em cada esquina do caminho... :) Mas parece-me aqui bem informado sobre a vida de João Brandão, pelo que vou tentar a minha sorte. A fim de confirmar uma tradição familiar, relativa ao casamento dos meus Bisavós paternos, tenho andado a ler tudo o que encontro, e até livros esgotados, sobre ele, a ver se consigo ter prova documental das suas andanças no ano de 1859, e eventualmente 1858. Quem sabe me poderá ajudar, porque até agora nada encontrei.
Cordiais cumprimentos

Alexandre Tavares Festas

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Famílias de Avô, scs. XV, XVI e XVII

#30044 | Portuguez | 05 nov. 2002 20:02 | In reply to: #30029

Caros Eduardo Osório, e José Caldeira

Verifico que se interessam pelo estudo das avoengas de Avô, que pessoalmente conheço um pouco pelo que delas publicou o Doutor António Vasconcellos no BGM. Acontece que pela minha 7ª Avó Maria Jácome de Mendonça venho também de alguns nomes que citam nas vossas mensagens, e verifiquei que constavam elementos preciosos, e datas, decerto já retiradas por ambos do Arquivo da Universidade, em Coimbra, arquivo que me é difícil consultar. Elementos novos para mim. Por isso resolvi postar aqui o pouco que sabia relativamente aos nomes que me são comuns e ambos mencionaram:

"Bernardo Duarte de Figueiredo, Sargento-Mór de Pombeiro da Beira, e depois de Avô, Alferes da Milícia de Avô, eleito Juiz Ordinário desta antiga vila e seu termo, aonde foi também Tabelião do Público e Judicial, bem como em Nogueira do Cravo, S. Sebastião da Feira, e Vila Cova, foi filho segundo que passou de Pombeiro da Beira a Avô, aonde ficou célebre o episódio em que desmontou do cavalo para chicotear na face o Pe. Matias Garcia, que ousara insultá-lo de “judeu” ao cruzarem-se na estrada, e que veio a conseguir condenar por esse acto, depois de já falecido o eclesiástico, em longa demanda judicial que demorou até à última instância. Em Avô casou, na capela de Nossa Senhora do Mosteiro, em 8 II 1641, com D. Maria Jácome de Mendonça. FILHA de Simão Madeira da Costa, escrivão dos órfãos de Avô, Vila Cova e S. Sebastião da Feira (irmão de Gaspar Dias da Costa, FSO), e mulher e prima D. Isabel Nunes de Mendonça. NETA PATERNA de Gaspar Dias da Costa, Capitão-Mór de Avô, que “além dos avultados rendimentos de sua casa, auferia lucros da indústria de fabricação de tecidos de linho e lã, e do comércio”, que casou em Avô em 1585 c. D. Susana Manuel, baptizada no 1º de Junho de 1567 (fª de Manuel João, de Buarcos, e mulher Catarina Rodrigues, de Avô, a qual Catarina Rodrigues se disse descendente de António Rodrigues, de Buarcos, escudeiro d’el-Rei D. João I). NETA MATERNA de António Simões, de Vila Cova-sob-Avô, e mulher D. Maria Jácome, filha de Domingos Fernandes, Sargento-Mór de Avô, e mulher e prima co-irmã D. Maria Jácome. Neto este Domingos Fernandes por Henrique Madeira Arrais de outro Henrique Madeira Arrais, que n. em Avô em Maio de 1458, e morreu cerca de 1525, CFCR, Fidalgo Escudeiro da rainha D. Leonor de Aviz, mulher de D. João II; e de sua mulher Leonor Fernandes, criada da mesma rainha com fama de ascendência mourisca. BISNETA PATERNA de Fernão Gil da Costa, de Arganil, que abandonou a sua indústria de lãs e fabricação de tecidos em Avô (filho de Pedro Dias da Costa, EFCR, que diziam ser dos Costas do Cardeal de Alpedrinha e do Arcebispo de Lisboa e Braga D. Martinho da Costa; e neto materno de André Quaresma, FCCR em tempo do rei D. João III, natural de Arganil, que se dizia descendente de D. Paio Soares Correia, e do Paio Ramires que passou a Portugal com o Conde D. Henrique de Borgonha) e de sua mulher D. Maria Madeira Arrais, natural de Vila-Cova-sob-Avô, neta materna do Henrique Madeira Arrais, CFCR e Fidalgo Escudeiro da Casa da Rainha D. Leonor, descrito acima. Tiveram oito filhos:".

Como hoje já estou cansado, amanhã procederei á analise dos nomes em comum, pois receio enganar-me com homonímias.

Melhores cumprimentos

Alexandre Tavares Festas

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#30112 | Portuguez | 06 nov. 2002 18:50 | In reply to: #30029

Caros Parente José Caldeira, e Eduardo Osório
Ora então o que lhes queria perguntar, no seguimento da mensagem de ontem, era se dispoem de mais elementos (datas e locais de baptismo, casamento, óbito, e biográficos) relativamente às seguintes pessoas já aqui referidas por ambos:

6337 Pedro Dias da Costa, deram data de + e cargos. O BGM di-lo filho de um Diogo Alves da Costa "dos Costas de Alpedrinha". Conseguem entroncá-lo?
6338 Branca Quaresma, deram data de +, gostaria de perceber melhor a dúvida com o nome Joana Gonçalves
6342 Domingos Fernandes de Brito, dão naturalidade. Suponho o Capitão seja abreviatura de Capitão-Mór. O Brás não o refere capitão, nem o faz Brito, mas diz que o sobrinho-neto de sua mulher Catarina Madeira Arrais, tb. de nome Domingos Fernandes, cc Maria Jácome, foi sargento-mór de Avô. Venho dos dois Domingos, mas quem percebe melhor isto é Manuel Abranches de Soveral.
6343 Catarina Madeira Arrais, dão naturalidade
12682 André Quaresma, deram naturalidade e registo na Casa Real
12683 Ana Esteves
12686 Henrique Madeira Arrais, deram filiação e avoenga paterna, e fonte do documento de concessão da escrivedoria das sisas.
12687 Leonor Fernandes.
3170 Fernão Gil da Costa, deram data de c.
3171 Maria Madeira Arrais
Cumptos.
Alexandre Tavares Festas

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#30143 | JCALD | 07 nov. 2002 11:31 | In reply to: #29929

Caro Eduardo Osório:

Em complemento da mensagem de ontem, dou hoje mais alguns elementos comprovativos da filiação de José de Moura.

Nas minhas desorganizadas fichas de habilitações ao Santo Ofício (manuscritas, pois há 30 anos ninguém sonhava ainda com computadores pessoais), encontrei o processo do Licenciado Silvestre de Moura (M.18 – D.4 –
Incompletas – 3-10-1684). Era Vigário da Paroquial Igreja de Lourosa, Arcipreste do Arciprestado de Covas no Arcediagado de Seia e Bacharel formado nos Sagrados Cânones. Pretendia ser Comissário, mas foi recusado por defeitos de conduta, pois era «... muito soberbo e culpado de mancebia com uma sua freguesa casada ... e emprenhou uma criada (em 1687?), imputando a acção a seu pai que então com ele residia ...». O processo deve ter mais elementos com interesse, mas o meu apontamento é muito resumido, talvez por falta de tempo. A árvores de costados é a seguinte:

1-Silvestre de Moura * Lourosa c. 1653

2-José de Moura * Lourosa c.c.
3-Leonor Nunes * Vila Pouca

4-Gaspar Madeira * Vila Pouca c.c.
5-Margarida de Moura * Lourosa
6-Francisco Fernandes * Vila Pouca c.c.
7-Águeda Nunes * Cerdeira, mors. Vila Pouca

Cumprimentos,

José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#30720 | maneherbert | 15 nov. 2002 07:15 | In reply to: #30038

Senhor José Caldeira,

Muito obrigada pelas suas ultimas informações. Agora já posso começar a fazer a minha árvore.

Gostaria de saber mais detalhes como datas e cargos para pôr na árvore, mas não gosto de estar sempre a maçar o senhor e o seu parente com as minhas perguntas. Os senhores vão publicar esses dados sobre as familias de Lourosa?

Os antepassados de Simão de Carvalho (192) e de Tristão Carvalho da Cunha (194) são conhecidos?

Cumprimentos,

Manuela

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#30786 | Eduardo Osório | 16 nov. 2002 14:37 | In reply to: #30112

Caro Alexandre Tavares Festas:

Os elementos de que disponho são os seguintes:

6337 PEDRO DIAS DA COSTA – Na "Genealogia dos Costas" do bispo Mendonça Arrais, aparece como n. de Arganil, filho 2º de Diogo Alves (ou Álvares) da Costa, n. da Covilhã, e de s. m. Senhorinha Dias (certamente n. de Arganil, onde casaram e viveram) «que era bem dotada». Apresenta como sua mulher Joana Gonçalves, dando-lhe como filhos Francisco Dias da Costa, Fernão Gil da Costa e outro sem mais notícia.

Acerca desta Joana Gonçalves, refere o mesmo que «consta do assento de recebimento de seu filho Fernão Gil da Costa feito [em Vila Cova] em 24 de Abril de 1554». Consultando os meus registos paroquiais, tenho de facto este casamento, mas de Pedro Dias não me aparece nele a mulher. Fico sem saber se não está lá, ou se não consegui ler na altura por se tratar de um assento muito antigo.

Quem trás como sua mulher Branca Quaresma é António de Vasconcelos, no "Brás Garcia". Terá casado duas vezes?

Os costados daquele Pedro Dias da Costa, de acordo com aquela genealogia, são os seguintes, tendo a mesma pontualmente mais alguns elementos biográficos:

1. Pedro Dias da Costa, n. de Arganil, filho segundo.
2. Diogo Alves da Costa, n. da Covilhã, c. em Arganil c.
3. Senhorinha Dias, «que era bem dotada».
4. Álvaro da Costa, viveu na Covilhã onde vivera seu pai. Refere que alguns dizem que fora sr. do Ninho de Açor e também que fora casado com Margarida Vaz da Costa, «o que certamente é falso».
8. Gonçalo Gomes da Costa, filho primogénito, sucedeu na casa de seu pai e viveu na Beira.
16. Gomes Gonçalves da Costa, sucedeu na casa de seu pai e foi sr. da quinta da Costa mas não viveu nela porque o seu valor o levou para a província da Beira (...) sr. do lugar de S.ta Eufémia da Matança, c. c.
17. Teresa de Figueiredo, filha de D. Gonçalo de Figueiredo, bispo de Viseu.
32. Gonçalo da Costa, sucedeu na casa de seu pai e foi sr. da quinta e solar da Costa, serviu a el Rei D. Dinis e a seu filho D. Afonso IV.
64. Gomes Gonçalo da Costa, sucedeu na casa de seu pai e foi sr. da quinta e solar da Costa onde viveu e teve a desgraça de se não lembrar dele o Conde D. Pedro (...)
128. Gonçalo da Costa, sucedeu na casa e quinta de seu pai., foi do conselho e valido do rei D. Afonso 3º.
256. Gomes da Costa, sucedeu na casa de seu pai e foi sr. da quinta da Costa, solar de sua família.
512. Gonçalo da Costa, fidalgo da casa de el Rei D. Afonso Henriques com o qual se achou na batalha de Ourique (...).

6342 DOMINGOS FERNANDES DE BRITO – Quem lhe chama assim e o faz capitão (de ordenanças?) é justamente Manuel Abranches de Soveral, nos trabalhos que tem em curso sobre os Abranches.

6343 CATARINA MADEIRA ARRAIS – f. em Avô a 05.05.1554.

12682 ANDRÉ QUARESMA – Sei apenas o que vem no "Brás Garcia".

3170 FERNÃO GIL DA COSTA – O processo de habilitação ao Santo Ofício de seu neto Gaspar Dias da Costa (31.05.1625) refere esta Fernão do seguinte modo: «tosador no princípio da sua vida, e nunca serviu ofício vil, antes foi rendeiro de muitos senhores e andou no governo (...)».

3171 MARIA MADEIRA ARRAIS – F. em Vila Cova a 13.06.1583 c. testamento.

Cumprimentos
Eduardo Osório

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#80982 | Filomena | 05 janv. 2005 22:56 | In reply to: #25693

Sr. José Caldeira

Saberia me informar os filhos da D. Lucinda Balsemão filha de Celestino Balsemão? Meu interesse é porque meu bisavô Frederico era irmão de Celestino.


Com os melhores cumprimentos
Filomena Balsemão

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#86934 | Filomena | 25 mars 2005 23:30 | In reply to: #29340

Caro Sr. José Caldeira

Acompanhando este tema gostaria de saber se tem alguma informação sobre a data e local de nascimento de Tristão CArvalho da Cunha (194) e de Mª Rita Joaquina Pinto (25) e seus pais (50) e (51). Meu interesse é porque sou bisneta de Frederico da Cunha Balsemão irmão do Celestino da Perfumaria Balsemão.
Como moro no Brasil, torna-se difícil a ida aos arquivos.

Com os melhores cumprimentos
Filomena Balsemão

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#87133 | JCALD | 29 mars 2005 02:04 | In reply to: #80982

Cara Filomena Balsemão:
Peço-lhe desculpa pela demora na resposta e também por não lhe ter respondido à sua outra mensagem de que só agora dei conta.
Lamento mas nada mais sei sobre os seus parentes, além daquilo que já disse neste tópico.
Estive a procurar todos os Balsemãos existentes nas listas telefónicas de Portugal, aqui na internet, mas nenhum me pareceu pertencer à sua família.
Com os melhores cumprimentos,
José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#124611 | miguelnoutel | 09 août 2006 16:25 | In reply to: #30029

Caro José Caldeira,

Só agora vi este tópico, reparando que acrescente alguma coisa à ascendência de Ana de Gouveia (3174) que não vem no raízes da Beira do Arquitecto Eduardo Osório. Confirma- se esta filiação? E a filiação de adrião Abarca?
Julgo que é no "Ascendências Visienses" que Inês Afonso de Moura é dada como filha bastarda de D. Luis de Moura, Alcaide de Castelo Rodrigo e meia irmã do famoso D. Cristóvão de Moura.
E o nome castanheira, vem de Castanheda?

Os melhores cumprimentos,

Miguel Noutel

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#268419 | maneherbert | 12 janv. 2011 00:18 | In reply to: #29772

Caro José Caldeira,

Desculpe esta intervenção depois de tantos anos ausente deste topico mas estou de novo às voltas com este assassinio do meu tetravô João Maria Pinto da Cunha a tentar descobrir mais algumas coisas. Ja li o livro do João Brandão escrito por ele mesmo na prisão e tambem o de Martins de Carvalho e encomendei agora o de Castro Pinto. Estou a tentar ler o mais que possivel sobre o João Brandão. Confesso que acho uma figura interessante.

O José Caldeira mencionou um artigo que apareceu na «Comarca de Arganil» em 29-3-1955, uma entrevista que Jaime de Balsemão deu ao jornalista Luís Ferreira. Não o quero maçar com as minhas perguntas mas saberia como é que eu posso obter uma copia deste artigo?

João Brandão acusa o seu primo o Manuelzinho (e outros - um deles chamado José Joaquim Pereira também de Lourosa) de ser o autor desta morte do meu antepassado em Lourosa em 1835. Já estive a estudar os assentos de Midões e encontrei o assento de baptismo do Manuelzinho. Nasceu em 6-1-1819 filho de José Lino Joaquim Brandão e Anna Joaquina, neto de José Joaquim Brandão e Teresa de Jesus. Em 1835 tinha ele 16 anos. Será possivel que fosse ele o assassino? Será que já pertencia a guerrilha do pai do João Brandão, Manuel Rodrigues Brandão? Sei que nesta altura os Brandões de Midões (familia do tio do João Brandão) e os Brandões do Casal da Senhora ainda eram amigos. Será que foi esta guerrilha a culpada da morte em Lourosa? E seria o pai do João Brandao o lider desta guerrilha? São estas as perguntas com as quais eu ando a volta.

Também encontrei o assento de baptismo do pai do João Brandão, Manuel Rodrigues Brandão nascido em 14-1-1785, filho de José Brandão e de sua segunda mulher Maria Rosa, neto de Pedro Brandão e de Maria Lopes. Manuel Rodrigues Brandão era meio irmão de José Joaquim Brandão, avô do Manuelzinho.

Cumprimentos,

Manuela

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#268420 | Vasco Camp | 12 janv. 2011 00:32 | In reply to: #268419

Cara Manuela Herbert,

Os arquivos da Comarca de Arganil vão ser digitalizados pela novel Fundação da Comarca de Arganil, depois da falência da empresa. Não sei se de momento os mesmos estão na Câmara Municipal de Arganil ou na Santa Casa da Misericórdia de Arganil. Contacte-os por E-mail. Talvez seja mais fácil falar falar com o Dr. Nuno Gomes da Misericórdia. Pode dizer que vem da minha parte.

Espero ter sido útil.

Os meus cumprimentos.


José Vasco de Campos

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#268506 | maneherbert | 12 janv. 2011 22:35 | In reply to: #268420

Caro José Vasco de Campos,

Fico muito agradecida com esta ajuda e informação preciosa.

Cumprimentos,

Manuela

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#268524 | JCALD | 13 janv. 2011 01:24 | In reply to: #268419

Cara Manuela Herbert:

Foi com grande prazer que recebi a sua mensagem e fico contente por saber que continua interessada em aprofundar a história da sua Família.

A Biblioteca Nacional, em Lisboa, possui a colecção de A Comarca de Arganil a partir de 1907. Suponho que em circunstâncias normais poderão atender um pedido vindo estrangeiro e enviar uma fotocópia ou uma digitalização do artigo referido. Acontece, porém, que as circunstâncias não são normais pois a Biblioteca Nacional está neste momento em obras e com os serviços reduzidos.

Por isso, foi com grande satisfação que li a mensagem do meu caro Primo Zé Vasco de Campos dando conta de iminente digitalização feita pela Fundação A Comarca de Arganil recentemente criada. Neste caso, trata-se da única colecção verdadeiramente completa (1900-2008) e não imagina como é importante para a História da região pela quantidade de artigos que foram publicados ao longo dos 108 anos.

Vou tentar informar-me sobre como e quando essa digitalização estará disponível. Se ficasse "online" seria o ideal.

Entretanto, peço-lhe o favor de me informar se o seu e-mail ainda é o mesmo.

Cumprimentos,
José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#268527 | maneherbert | 13 janv. 2011 03:11 | In reply to: #268524

Caro José Caldeira,

Foi com muito prazer que li a sua mensagem. Nunca me esqueço da ajuda que me deu já vai em oito anos. Posso até dizer que o José Caldeira foi o "catalyst" da minha "viagem de descoberta" em genealogia e história portuguesas.

O meu email ainda é o mesmo: maneherbertarrobayahoo.com

Os meus cumprimentos,

Manuela

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#275033 | JCALD | 23 avril 2011 11:14 | In reply to: #268419

Cara Manuela Herbert:

Estive esta semana na Hemeroteca Municipal de Lisboa e solicitei o número de "A Comarca de Arganil" para fotografar ou fotocopiar.
Acontece que a entrevista com Jaime de Balsemão não se encontra nessa data.
Devo ter-me enganado ao escrever a data neste tópico.
Aliás, se a data da morte de Jaime de Balsemão está correcta (1950), ele não poderia dar uma entrevista 5 anos depois.
Tenho agora que rever os meus apontamentos manuscritos, para encontrar a data certa.

Peço-lhe desculpa pela involuntária confusão.

Cumprimentos e Boa Páscoa,

José Caldeira

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RE: João da Cunha morto pelo João Brandão?

#275066 | maneherbert | 24 avril 2011 01:41 | In reply to: #275033

Caro José Caldeira:

Agradeço a sua mensagem. Não tem que pedir desculpas. Confesso que ainda não tinha escrito à Biblioteca.

Fiquei contente de saber que ainda está interessado em obter uma copia dessa entrevista.

Boa Páscoa.

Os meus cumprimentos,

Manuela

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#416354 | FrederikoCG | 17 juil. 2019 21:08 | In reply to: #25234

Talvez João Brandão tenha sido Capitão de Milicias que esttavam do lado liberal e não seja assim tão bandido como pretende deetrminado discurso.

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#432121 | clover779 | 20 mars 2021 21:35 | In reply to: #29826

Jaime da Cunha Costa Balsemão, filho de João da Cunha Balsemão pediu passaporte para ir para o Ambriz (Angola) a 26 de Junho de 1871, tendo, nessa altura, 14 anos (nascido por volta de 1857, portanto).

https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:33SQ-GBK8-XDG?i=141&wc=9VH2-C66%3A222737301&cc=1928596

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#451819 | Pedro Fernandes | 09 janv. 2024 11:17 | In reply to: #432121

Os registos de concessão de passaportes a portugueses para o ultramar são após da independência. Se viu essa informação, está errada. O que viu foi outro documento para outro fim.

Todas essas informações sobre os Balsemões aqui publicadas não passam de uma mistura de nomes que são parentes afastados, e muitos nem se conheceram. Um dos maiores romancistas que aqui se encontra já faleceu, acabando-se as caldeiradas das Libélulas azuis visitados por fadas e duendes ao som da onírica da Natureza encantada.
Este senhor levou muitos acreditar na sua imaginação…
O engano de seguir por um tramo genealógico é o suficiente para romancear...

A historia dos Balsemões aqui nesse Fórum não passa de um romance. Desde 1970 que me debrucei sobre os conhecimentos do DR Manuel Rosado Marques de Camões e Vasconcelos (1899--1978) Sou descendente de D Teresa Augusta de Albuquerque Pinto Tavares Castelo-Branco - 1.º viscondessa de Ervedal; venho do ramo de onde vem o Conde Correia Godinho de Oliveira de Fazemão: O meu trisavô era meio irmão da viúva D. Eugenia Correia Nobre ( mulher de João Brandão). Por ultimo chego a 1720, de onde descendo de Estevao Pinto Morais de Sarmento Consultei a biblioteca de família dos meus antepassados do concelho de Tábua, e dos seus filhos, sendo os primeiros proprietários dos terrenos vendidos em hasta publica, após da extinção das ordens religiosas, em 1837.

Os Balsemoes era uma família que só se destaca em Avô, como capitão de Ordenanças (arquivo militar). Alguns viveram em Lourosa, que nada têm a ver com a Casa Grande e, a não ser serem seguidores Dr. António Salema Pinto da Cunha Castelo Branco (22/08/1796- exilado?). Formado em cânones 1820. Conhecido pelo major Salema do Batalhão dos realistas, absolutistas de Arganil. Formado em cânones em 1820. É dado como desaparecido depois de 1834 das hostes do Absolutista. Daí as represálias recaem sobre todos os Balsemão que tiveram que se exilar no Brasil e Angola, tendo pelo meio muitos detalhes. Do escritor Jaime Balsemão, ainda tive algumas narrativas com seus sobrinho Mário Balsemão em 1973/4.

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#451824 | tmacedo | 09 janv. 2024 15:39 | In reply to: #451819

Caro senhor Pedro Fernandes,

A casa grande de Lourosa é tema do meu interesse genealógico.

As suas afirmações sobre o tema são relevantes.
Diz que a ascendência dos Balsemões de Lourosa, aqui colocada pelo falecido José Caldeira com informações prestadas pelo genealogista António Alves Borges, não é verdadeira. Diz ainda que é romanceada, não tendo eles nada a ver com a Casa Grande.

Quer colocar, então, aqui a ascendência "verdadeira" destes Cunha Pinto Balsemão ?
Nomeadamente de João Maria Pinto da Cunha, assassinado em 6.11.1835 em Lourosa, tronco comum de todos eles.
É que, os dados que possuo coincidem com os que aqui foram colocados. E, se por acaso há um erro, todos ficaremos gratos pela sua correcção.
Se assim não for, estou certo que se retratará da afirmação que fez.

Fico a aguardar na expectativa do que poderá ter a dizer.

Com os melhores cumprimentos,
António Taveira

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#451835 | VEB | 10 janv. 2024 01:23 | In reply to: #25234

Caro confrade e parente Pedro Fernandes:

Agradeço que corrija a sua afirmação (errada) que D. Teresa Augusta de Albuquerque Pinto Tavares foi a 1ª Viscondessa do Ervedal da Beira. Na verdade foi sim a mãe do primeiro visconde.

Com os melhores cumprimentos
Sebastião de Albuquerque

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João da Cunha morto pelo João Brandão?

#452359 | Pedro Fernandes | 03 févr. 2024 12:39 | In reply to: #451824

Caro António Taveira, faz muito bem em ser o tema do seu interesse genealógico. Eu não venho aqui cuidar das exortações pastorais desse senhor Alves que conheço bem de longe, e muito menos insistir nas suas decisões…
Também sou Alves, trineto de 30 proprietários de terrenos comprados em Lourosa em hasta publica a partir de 1837, …. Não sou descendente, taberneiro, merceeiro e muito menos de Caramelos… por muito respeito que tenha a essa gente . Não gosto de andar a rezar o ofício divino aos defuntos…
Não invento historias de Balsemões nem da Casa Grande, que nem o brigadeiro Caldeira Carvalhaes, como a madre sua irmã me recebeu com muito carinho no seu convento para uma entrevista ( periódico Portugal Hoje), não sabiam da historia dos seus antepassados. Ambos fizeram uma pausa , e depois disseram que ouviram falar de um colaborador Balsemão.
Em conversa com o Dr. Fernando Baeta, o Dr. José Matoso e João Hall Themido já me falavam de um tal Macedo de Lourosa contador de Historias como Reinaldo Ferreira – Não sei quem era, mas ouvi a suponho a minha avó Nazaré (1883- 1973) e dos meus tios falar desse senhor.
Quanto às minhas gerações vindouras, tenho agradecer a gente com credibilidade, por volta de 1976/8 como Dr Manuel Rosado Marques de Camões e Vasconcelos, Luiz Bívar Guerra, ao Dr. José Vitorino Pina Martins de Penalva de Alva. Não me esquecendo da oralidade do Padre Laurindo Marques Caetano de Oliveira do Hospital.
Recomendo que leia tudo que se diz nesse Fórum, e tenha atenção às contradições…
Veja os nomes das meninas da casa Grande com casamentos com nomes falsos, e muitas outras comédias…
Eu não venho aqui influencia-lo, até porque nem tudo é falso, o mal está no que não se sabe, que está inventado.
Se o senhor for de Lourosa ou de aldeamentos próximos já ouviu falar de alguns familiares meus, que nunca deram às asas a mostrar riqueza nem sabedoria.

Com os melhores cumprimentos

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#452360 | Pedro Fernandes | 03 févr. 2024 13:11 | In reply to: #451835

Tem razão no que diz. Já fui verificar e verifiquei que escrevi uma gafe que não tem muita importância. Mas obrigada por corrigir-me. Já lá vão 50 anos. O erro tanto podia vir de Camões e Vasconcelos, como da minha parte na passagem da sebenta para o computador.

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