Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
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Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Antonio de Medeiros, casado com Anna Jacintha, circa 1840-42, na Paróquia Mãe de Deos, freguesia da Povoação, tiveram os filhos:
Amâncio Mariano de Medeiros, n. 1842
João Amâncio de Medeiros, n ?
Manoel de Medeiros
Maria Julia
Recentemente descobri que o pai de Antonio de Medeiros não possuia o sobrenome dele (parece ser Amaral), e que o Medeiros foi transmitido a partir da mãe dele. Da mesma forma observo que algumas filhas levam o sobrenome dos pais, outras não, adotando nomes de consagração (se não estou equivocado).
Algum dos colegas conhece a regra que vigorava àquela época para definir o sobrenome que se deveria atribuir aos filhos? Agradeço antecipadamente os comentários.
Luiz Fernando Alves de Medeiros
Rio de Janeiro - RJ - Brasil
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Luiz de Medeiros
Julgo que não haver regra nenhuma. Os filhos usavam apelidos da lado paterno ou materno, por vezes nenhum dos usados pelos pais ou avós. É frequente nos Açores, talvez mais do que no continente.
Há um pequeno mas interessante artigo sobre o uso dos apelidos, "Apelidos de Portugal", de Carlos Bobone, no nº 3 da Raízes & Memórias, que talvez lhe possa interessar.
Cumprimentos
João Amaral Frazão
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Luís Medeiros,
Tal como já explicou o (Dr.) João do Amaral Frazão, não havia nenhuma regra, pelo menos até à instituição do Registo Civil, em 1911, depois da implantação do regime republicano (ainda assim, continuaram muitas "anomalias", se pensarmos em termos internacionais). Até então, os registos, como deve saber, eram os das paróquias.
É por essa razão que as Conservatórias do Registo Civil receberam, então, todos - em princípio - os livros paroquiais de registo de baptismos, de casamentos e de óbitos, que existiam desde meados do séc. 16 (fora os muitos casos em que os livros se perderam e já só têm início nos séc.s 17 ou 18) e que vão incorporando nos Arquivos Públicos, de 5 em 5 anos, quando atingem 100 anos, de acordo com a legislação nacional em vigor, desde há várias décadas: no caso do Arquivo Regional de Ponta Delgada, por exº, encontram-se já incorporados todos os livros anteriores a 1900, inclusive (séc. 19, portanto), tendo as últimas incorporações sido efectuadas em 2001 (livros de 1896 a 1900), pelas 7 Conservatórias da sua jurisdição: Lagoa, Nordeste, Ponta Delgada, Povoação, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo, todas da ilha de São Miguel, e Vila do Porto, da ilha de Santa Maria, que abrangem, na totalidade, cerca de 55 paróquias.
Se V. pretender reproduções de registos paroquiais que se encontrem no Arquivo Regional de Ponta Delgada - seja por certidão, seja por fotocópia do microfilme (naqueles casos em que os livros se encontram nesse suporte alternativo) - deverá dirigir-se ao respectivo Director (bpapd@mail.telepac.pt) e indicar todos os dados necessários à identificação desses registos:
- no caso dos registos de baptismo: o nome (era sempre apenas o nome próprio: "Manuel", por exº), a filiação (pois o registo era de "Manuel, filho de... e de ..."), o local preciso (paróquia) e a data (pelo menos aproximada num espaço nunca maior do que 5 anos, visto que, obviamente, não existem recursos humanos disponíveis para efectuarem pesquisas demoradas; essas já entrariam no campo da investigação genealógica, que é sempre efectuada pelos próprios interessados, ou por Genealogistas, e nunca por quadros do Arquivo, que têm de dedicar-se quase exclusivamente aos inventários dos fundos documentais);
- para os registos de casamento: os nomes dos nubentes, o local (paróquia) e a data; e
- no caso dos registos de óbito: o nome (usado em adulto), o local e a data.
E, claro, enviar uma quantia que cubra as despesas inerentes: apenas da certidão (creio que actualmente 15 euros) ou da fotocópia de microfilme, quando este existe (creio que actualmente 40 ou 50 cêntimos), e portes de Correio, não existindo taxa de investigação, precisamente porque não é possível fazê-la.
Retomando a transmissão de apelidos, como já se disse, era caracterizada quase sempre por absoluta falta de regra: ou porque o apelido da mãe era o mais sonante, ou porque havia homónimos, na localidade, o que geraria confusões se se utilizasse o apelido do pai, ou porque um tio, ou um avôzinho/a, usara um apelido com uma composição "mais agradável", etc., etc.
Claro que nas famílias de maior destaque sócio-económico e político, a maioria dos apelidos transmitia-se, mas a sua composição (ordem, ou forma de apresentação) variava muito, ao longo das gerações e tb. estava subordinada aos "critérios" supra, ou, até, à sucessão nos vínculos (morgadios), por obrigatoriedade de uso de determinados apelidos, como o do instituidor.
Quanto às mulheres, normalmente as de condição social menos elevada, apenas usavam (quase sempre e mais a partir do séc. 17) nomes de santos, ou assunções marianas: Mª da Conceição, Ana da Apresentação, Francisca da Glória, Rosa de Jesus, Quitéria das Neves, Catarina de São José, Helena da Estrela, ...; as outras usavam normalmente os apelidos de família, mas, tal como os homens, iam buscá-los a todos os antepassados e não apenas ao pai ou à mãe.
Espero ter sido razoavelmente esclarecedor e não muito aborrecido !...
Cumprimentos,
Jorge Frazão de Mello-Manoel
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caros Srs. João Amaral Frazão e Jorge Frazão de Mello-Manoel,
Muito obrigado pelas respostas.
Sr. João,
Apreciaria muito se me auxiliasse a encontrar ou conseguir acesso ao artigo "Apelidos de Portugal". Certamente agregaria mais conhecimento ler artigos desenvolvidos em Portugal sobre o tema, já que meu estudo ainda é embrionário e aqui no Brasil ainda não localizei estudo dirigido.
Sr. Jorge,
Sua descrição é bastante esclarecedora, e interessante. Mas mesmo onde não há regra oficial, certamente haverá costume adotado, ainda que não seja homogêneo.
Causa curiosidade o "sonante". Terão alguns sobrenomes sido adotados porque eram os mais comuns, como Medeiros na freguesia da Povoação ? Ou para permitir que algum novo membro passasse a ser aceito dentro de uma sociedade fechada? Soube que os açorianos apreciam viver em grupos, e aqui no Brasil todos se conhecem, por preservarem o estilo.
Em minha pesquisa nos microfilmes da Povoação percebi alguns sobrenomes adotados, diferentes dos que tinham os pais, e imaginei que fossem dos padrinhos, mas infelizmente estes não eram mencionados nos regitros que tive acesso até aqui, do período 1840-1870.
O problema dos homônimos parece realmente complicado na região, de tal forma que encontrei três casais contemporâneos com os nomes Antonio de Medeiros e Anna Jacintha. A dificuldade criada para bem identificar se os filhos eram irmãos é enorme, já que nem sempre aparecem os nomes dos avós nos registros que localizados até aqui. Só a partir de 1860 encontro os nomes dos avós nas certidões de casamento do Concelho de Administração da Povoação. Certamente derivado de alguma nova regra da igreja. Interessante observar que o mesmo modelo foi adotado nas serras fluminenses, para onde migraram levas de açorianos a partir daquela época, e hoje pode ser comparado nos livros de Petrópolis, Teresópolis e São José do Vale do Rio Preto, interior do Rio de Janeiro.
Percebi que naquela localidade a família Bittencourt detinha poder de influência, pois seus registros eram compostos de detalhes não percebidos em outros.
Essa questão do morgadio também parece interessante. Esteve presente até quando esta regra ?
Observei que os batismos e registros de nascimento do Conselho de Administração apresentam apenas o primeiro nome e que no registro de casamento aparecem outros, além do sobrenome, como por exemplo Manoel Marianno de Medeiros, registrado inicialmente apenas como Manoel, e seu pai Amâncio Marianno de Medeiros, também registrado inicialmente apenas como Amâncio. Em que momento adotavam o segundo nome ? Há algum lugar onde isso esteja definido, ou só se percebe nos registros de casamento e óbito ?
Quando diz que as mulheres adotavam nomes de santos ou assunções marianas, devo considerar que uma pessoa que não tenha tal sobrenome adotado seja judia, ou atéia (sem batismo) ? Encontrei alguns casamentos onde o nome da mulher se resumia a Maria Julia, Rosa Maria, ou algo assim, sugerindo falta de sobrenome ou preguiça do pároco. A segunda hipótese parecia mais provável, pois em diversos registros de nascimento de filhos percebi variações na descrição do nome da mãe, ora completo, ora incompleto de formas diferentes.
Exemplo:
Rosário Pacheco da Conceição foi encontrada como Rosário da Conceição, Rosário Pacheco, Rosália da Conceição e até Rosário com o sobrenome do marido, Medeiros.
A propósito, a adoção do sobrenome do marido se tornou regra na região a partir de alguma data específica ? Ou foi sempre opcional ?
Mais uma vez agradeço pela cooperação e informações.
Abraços,
Luiz Medeiros
Rio de Janeiro
Pesquiso os sobrenomes AMARAL, MEDEIROS, MOTTA, PACHECO, provenientes da freguesia da Povoação, e que emigraram para povoar as serras do Rio de Janeiro - Brasil.
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Luís Medeiros,
Embora disponha, agora, de muito pouco tempo, para um texto tão longo como o de ontem, aproveito para:
- esclarecer um dado de que ontem me esqueci: a Povoação não é freguesia, desde meados do séc. 19, mas sim vila, sede de concelho; antes, pertenceu ora ao concelho de Vila Franca do Campo, ora ao do Nordeste, consoante as alterações administrativas, ao longo do tempo; esse novo concelho. então criado, engloba a única paróquia da vila propriamente dita (Mãe de Deus) - que é também freguesia, mas em termos administrativos civis -, bem como as paróquias rurais / freguesias de Água Retorta (Penha de França, creio que do séc. 18 [estou a falar de cor]), Faial da Terra (Srª da Graça, séc. 16), Furnas (Sant'Ana, séc. 18) e Ribeira Quente (S. Paulo, início do séc. 19); a estas, juntaram-se outras dos finais do séc. 19, criadas por desanexação da paróquia da vila (Mãe de Deus), em ermidas de algumas das chamadas "Lombas" (localidades limítrofes da vila, que a rodeiam, nos montes envolventes, sendo a vila na região baixa, junto ao mar): casos de Lomba do Loução e, pelo menos, uma outra que creio ser a da Lomba dos Remédios;
- quanto aos nomes das mulheres, não tem nada a ver com ateísmo ou judeísmo, mas simplesmente a) pela absoluta falta de regra na adopção de nomes, b) pela condição social mais baixa, em que a forma de tratamento variava consoante os costumes da localidade, as alcunhas, a ignorância, pelos outros (entre os quais os próprios curas), do nome habitualmente usado, recorrendo-se oas nomes das mães e das tias (por exº), para indicar o da mulher a referir: Ana de Jesus seria filha de uma Maria do Rosário, logo, era a Ana da Maria do Rosário, ou a Ana do Rosário; a Francisca da Ressurreição era filha do Simão Pacheco, logo, seria a Francisca Simôa; são elementos que se vão detectando ao longo dos registos de casamento, de baptismos dos filhos, do próprio óbito e dos baptismos dos netos;
- quanto à indicação de avós, creio que não seria obrigatória, até determinada época, pelo que os párocos mais diligentes a incluiam (há paróquias em que isso acontece desde muito cedo no séc. 18), mas os mais "apressados" a omitiam; podia, até, haver, em determinadas paróquias, uma tradição de redacção mais ligeira dos registos, do que em outras, que fosse sendo continuada pelos párocos, ao longo do tempo; efectivamente, em 1860, houve alterações eclesiásticas mais profundas, a nível de regulamentação e procedimentos, pelo que os livros passam a ser anuais, os registos passam a ser numerados, em cada livro, a fórmula de redacção é mais homogénea (apesar dos "prevaricadores"); no caso do registo de baptismos, por exº, os avós são sempre obrigatoriamente indicados, tal como a paróquia de casamento dos pais, as profissões, etc.;
- quanto a padrinhos, sempre foram indicados, desde o início do registo paroquial, no séc. 16 !;
- o que me parece é que V., como fala em registos "do Conselho de Administração" [sic!], terá, sim, consultado livros não paroquiais, mas de uma tentativa surgida no âmbito das reformas administrativas civis de 1832-1833 (após a implantação do regime liberal, com a vitória dos partidários de D. Pedro IV, o V. D. Pedro I), de criação de um registo civil efectuado por um tipo de entidade adminsitrativa então criada, que era a Administração do Concelho - com as suas "delegações" nas paróquias / freguesias, que tinham a designação de "Regedoria de Paróquia da Freguesia de ...". Essa Administração do Concelho era a sede do Administrador do Concelho, uma figura então criada para representar o poder central do Estado (através dos também então criados Governos Civis dos Distritos), junto do poder local (Câmaras Municipais). Uma das suas atribuições era precisamente o Registo Civil de nascimentos (aqui já não baptismos, pois esses competiam à Igreja), de casamentos e de óbitos. Essa função perdurou até ao regime republicano de 1910, mas nem sempre era efectiva e os registos perderam-se em muitíssimos casos, pois não lhes foi dada a mesma importância que aos registos paroquiais (a Igreja ainda era um poder muito mais efectivo, mesmo e principalmente, a nível das mentalidades). De qualquer modo, os registos que perduraram, também foram recolhidos, das antigas Administrações de Concelho (entretanto extintas), pelas Conservatórias do Registo Civil, em +/-1911, e também vão sendo incorporados nos Arquivos Públicos, juntamente com os registos paroquiais.
Por agora, tenho de terminar, mas em outra oportunidade poderei esclarecer mais algum pormenor.
Cumprimentos,
Jorge de Mello-Manoel
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Jorge de Mello Manoel
Muito esclarecedora sua mensagem. Muito obrigado.
Estava curioso com a terminologia, que em muito difere da que utilizamos aqui (como cidade, município, bairro, regiões, etc). Devo entender que Lombas são bairros (zonas residenciais ou agrícolas apenas) afastados, mas parte da Villa da Povoação, e que correspondem a montes, destacados da área onde está o centro da Villa, certo ou não ? Nos registros encontro várias como Dos Paz, do João Loução, do Cavaleiro e do Alcaide.
Fico satisfeito em saber como ocorreram as mudanças na organização dos registros públicos, e quais as fontes que estão disponíveis para podermos ampliar nossa pesquisa. Haverá registros de passageiros embarcados para o Brasil em algum órgão de São Miguel ?
Cumprimentos,
Luiz Medeiros
Rio de Janeiro - Brasil
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Luís de Medeiros,
Lomba: planura sobre serra, colina ou qualquer altura (elevação de terreno) [Gr. Encicl. Port. Bras., 15, 397].
No caso da Povoação, como lhe expliquei, a vila fica na parte baixa, junto ao mar e todos os outros lugares povoados, adjacentes, em redor, são as 7 Lombas (L. do Alcaide, L. do Botão, L. do Carro, L. do Cavaleiro, L. do Loução [ou de João Loução], L. do Pomar, L. dos Pós). Alguns, mais importantes, constituíram-se em paróquia, mas nem todos, principalmente os mais próximos da vila, que permaneceram na sua jurisdição eclesiástica e civil.
Aqui, em Ponta Delgada, estava sediado o distrito de Ponta Delgada (incl. ilhas de S. Miguel e de Stª Maria), criado no início dos anos 1830, como lhe disse, e extinto (como os outros do arquipélago [Angra do Heroísmo e Horta]), em 1975-1976, com a criação da Região Autónoma dos Açores.
Na prática, a estrutura dos antigos distritos ainda tem algum peso, sendo as cidades principais Ponta Delgada (em S. Miguel), Angra do Heroísmo (cidade património mundial, na ilha Terceira) e Horta (na ilha do Faial).
Por exº nos Arquivos Regionais - que se encontram precisamente nas 3 cidades, pois eram antes Arquivos Distritais - as respectivas jurisdições para incorporações de arquivos públicos (paroquiais, notariais, judiciais, etc.) mantêm-se para as ilhas que antes constituíam os distritos: Ponta Delgada (Grupo Oriental: S. Miguel e Stª Maria), Angra do Heroísmo (Grupo Central: Terceira, Graciosa e S. Jorge) e Horta (ainda Grupo Central: Faial e Pico, com as 2 ilhas do Grupo Ocidental: Flores e Corvo).
De cada concelho é sede uma vila, ou cidade:
- em Stª Maria apenas a vila de Vila do Porto ("cabeça" das paróquias / freguesias de [Nª Srª da] Assunção], urbana, e de Stª Bárbara, [Nª Srª da Purificação de] Stº Espírito e S. Pedro, rurais; hoje, existe mais a de [Nª Srª do Bom Despacho de] Almagreira, junto á vila);
- mas em S. Miguel, as cidades de Ponta Delgada e Ribeira Grande [esta elevada de vila a cidade na década de 1980] e as vilas de Lagoa, Nordeste, Povoação e Vila Franca do Campo.
Em cada vila ou cidade, as próprias freguesias urbanas e as rurais do concelho:
- em Ponta Delgada, por exº, as urbanas de S. José, S. Pedro e Matriz de S. Sebastião, e as rurais (hoje algumas já praticamente urbanas, por serem limítrofes da cidade) de [Nª Srª da] Ajuda da Bretanha, Arrifes (creio que com 2 paróquias actualmente: Nª Srª da Saúde e Nª Srª dos Milagres), Capelas, Candelária, Fajã de Baixo, Fajã de Cima, Fenais da Luz, Feteiras, Ginetes, [Nª Srª do] Livramento [de Rosto de Cão], Mosteiros, [Nª Srª do] Pilar da Bretanha (esta é paróquia dos anos 1890, mas não freguesia, que é a geral, da Bretanha), Relva, Stª Bárbara do Monte, Santo António-além-Capelas, S. Roque [de Rosto de Cão] e S. Vicente Ferreira. Nem sempre as paróquias correspondem actualmente a freguesias: assim, hoje existem mais paróquias na cidade de Ponta Delgada (Stª Clara e uma em processo de criação, de Nª Srª de Fátima, mas pertencem à freguesia de S. José) e freguesias, como Covoada, Sete Cidades ou Várzea, que talvez já sejam todas paróquias.
Devo ter deixado alguma de fora, porque estou a falar de cor, e, além disso, é difícil explicar, conjugando as divisões administrativas antigas e contemporâneas e, simultaneamente, as eclesiásticas e as civis. Não me estou a lembrar de uma boa indicação bibliográfica que seja suficientemente esclarecedora para isto... Nem posso estar aqui a descrever todos os outros concelhos de S. Miguel, ou os das outras ilhas... Foi apenas para V. ter uma ideia do que se trata, quando nos reportamos ao registo paroquial (entenda-se, anterior a 1911 !) e porque, afinal, por exº, o nosso "concelho" deve corresponder ao V. "município".
Pelo que V. disse em anterior mensagem, creio que terá consultado microfilmes (dos Mórmons ?) de alguns dos tais livros da Administração do Concelho (cf. minha mensagem de ontem). Ora, como esses eram de natureza civil (a tal tentativa do Registo Civil anterior à República, com sucesso muito relativo e com várias perdas de livros), os das crianças eram de nascimento e não de baptismo: como tal, não havia padrinhos, mas apenas testemunhas da declaração de nascimento prestada e registada. De qualquer modo, para os cidadãos não católicos, desse período (principalmente 2ª metade do séc. 19), só existem esses registos (os que não se perderam...). Isso, porém, não é muito significativo, num país eminentemente católico e numa época em que todos se registavam no seio da Igreja...
Quanto ao registo de passaportes, era efectuado pelos Governos Civis, entidade a quem competia a concessão do passaporte. Para Ponta Delgada, o que foi incorporado no Arquivo Regional, já depois da extinção do Governo Civil, pela delegação desta cidade do departamento do Governo Regional que herdou essa documentação, tem muitas falhas no séc. 19 e, mesmo algumas no início do séc. 20. O 1º livro que lá chegou é do período de 1875-1883, mas o que se lhe segue tem já só início em 1894. Na 1ª década de 1900 tb. há uns hiatos. Quanto aos processos constituídos para a concessão dos passaportes, só existem a partir de 1919 e, mesmo assim, notam-se diversas falhas, pelo menos ao longo da década de 1920(depreendendo-se que o próprio Governo Civil teria, em alguma ocasião, eliminado os anteriores, o que não aconteceu, por exº, no caso de Angra do Heroísmo, que os tem creio que desde 1832 ou 1833).
Por outro lado, não pode esquecer-se que tb. existia emigração ilegal, pelo que, para esses, não havia qualquer tipo de registo...
Se os descendentes de emigrantes sabem os respectivos nomes e datas de emigração, podem pedir informação ao Arquivo Regional, visto que são esses os pontos de pesquisa possíveis.
Ficaram, ainda, por esclarecer, alguns aspectos das suas anteriores mensagens, mas isso será para outra ocasião.
Cumprimentos,
JMM
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Jorge Mello Manoel
Interessante ler a descrição de lomba. Fui comparar com a que apresenta o Dicionário Globo (Dicionário Brasileiro da Lingua Portuguesa), e lá lê-se: "cumiada de um monte ou outeiro; encosta; crista arredondada". Por associação, entendo que as características sejam similares as das povoações das ilhas gregas, mas resta dúvida quanto a sua posição exata (das casas), se eram construidas em diagonal ao horizonte, ao longo da encosta propriamente dita, ou sobre seu cume apenas (considerando o termo planura). Conclui-se de todos modos que sejam áreas fora da região central da vila, onde as pessoas se equilibravam nas encostas. Alguma similaridade com as favelas do Rio de Janeiro ? Não quero depreciá-las, apenas comparar a lógica das construções, e saber se eram valorizadas tais áreas ou não. Se são encostas, não deveriam ser necessariamente áreas verdes dedicadas a pastagem e agricultura, como se imaginava por aqui quando se tinha como referência que desta região provinham basicamente lavradores. Haverão fotos das lombas em alguma página da Internet ?
Haviam apenas pessoas de poucos recursos nas lombas, ou são lugares mistos, intercanlando-se entre propriedades com bons recursos e outras sem ? Observei diversos casamentos entre membros das mesmas famílias, descritas como oriundas de uma mesma lomba (ex. Amaral e Medeiros da Lomba dos Pós), o que sugere que os relacionamentos eram limitados, ou estimulados dentro de cada grupo. Isto seria verdade ? Você tem como descrever a característica dos habitantes delas no século XIX ? E também no atual ?
Certo número de açorianos, principalmente da ilha de São Miguel, emigrou para as serras do Rio de Janeiro, para povoar novas regiões como Petrópolis (fundada em 1845), Teresópolis (1850's) e São José do Vale do Rio Preto (anos seguintes) por volta de 1860-1870. Sabe-se que um Sr. de nome Tristão Câmara teria sido o responsável pela "importação" de mão de obra livre para tal povoação, e parece que ele mesmo era oriundo dos Açores, mas até aqui não consegui confirmar esta versão. Haveria por aí em Ponta Delgada alguma publicação que se reporte a esta leva específica de povoadores açoreanos emigrados para o Rio de Janeiro ?
Tenho ascendentes neste grupo, e ainda pesquiso quando exatamente vieram. Há indícios de que tenham vindo em navios repletos de açorianos, mas há possibilidade que tenham vindo em navios que passavam pelos Açores em trânsito também, vindo de outras regiões com outras nacionalidades emigrantes. Por isso gostaria de investigar da existência de lista de embarcados em São Miguel, caso disponíveis, para ter certeza quanto as partidas, e eventuais listas. Aqui há centenas de chegadas neste período, e ainda não me foi possível mapear os que dispõe o Arquivo Nacional, situado aqui no Rio de Janeiro.
Tenho lido suas descrições com grata admiração, pois há muito gostaria de trocar informações com pessoas que conhecessem a estrutura das ilhas a fundo. Agradeço sua atenção e descrições.
Cumprimentos,
Luiz Medeiros
Rio de Janeiro
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Olá Luiz te mandei e-mails e tem voltado não sei se receberes o última .
abraços Fafá...
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Pesquiso Medeiros e Melos da freguesia do Nordeste (vizinha da freguesia da Povoação). Se precisar, o meu e-mail é ligiaportovedo@sapo.pt.
Cumprimentos.
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Luiz Medeiros
Mais do que a localização do artigo, só mesmo mandar-lhe fotocópia; é que não vejo este nº aqui na livraria do GP e presumo que esteja esgotado.
Para tal, ou me manda a sua morada/endereço ou e-mail ou pede o meu ao GP, que aqui fica autorizado a fornecê-lo.
Cumprimentos,
João Amaral Frazão
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Jorge e ilustre Primo,
Muito folgo por o ver! Sempre acabamos por nos encontrar nestes tópicos ilhéus e sempre aprendo com as suas rigorosas explicações.
A ver se retomo um dia destes os nossos Frazões.
Grande abraço,
João
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Ligia,
Com certeza disponho de alguns Medeiros e/ou Melo (Mello) oriundos da freguesia do Nordeste em minha pesquisa, porém não os tenho comigo no momento, salvo um Antonio de Medeiros, n circa 1817 na freguesia de Sam Pedro - Nordestinho, mas creio que já é outra região, não ?. Coletarei os exemplos que disponho e os enviarei na segunda-feira para podermos compará-los.
Obrigado,
Luiz Medeiros
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Em adição a mensagem anterior, os pais de Antonio de Medeiros, n. est. 1817 - freg. Sam Pedro, Nordestinho foram:
José d'Amaral (n. est.1790-1800 Povoação) e
Anna Jacintha de Medeiros (n. est 1790-1800 Povoação).
Luiz
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro João Frazão,
Meu e-mail é luiz.medeiros@varig.com
Muito lhe agradeço se me puder enviar a cópia.
Cumprimentos,
Luiz Medeiros
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro João,
É tb. sempre um prazer encontrá-lo por aqui.
Por enquanto, ainda não nos podemos ver nestas auto-estradas... Ah! Ah!
Tenho andado muito "arredio" dos nossos assuntos de Frazões, mas isso não quer dizer que esteja esquecido...
Estou em falta para consigo, pois nem sequer acusei recepção do seu "mail-circular", em que informou sobre o seu novo endereço. Agradeço-o e prometo que o vou utilizar !
Retribuindo o abraço e "superlativando" o tratamento para "ilustríssimo",
Jorge
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Luís de Medeiros,
Retomando alguns temas desta sua mensagem de 16 Out.:
- sim, muitas vezes os apelidos eram "adoptados" por serem mais "sonantes", ou por serem os mesmos de famílias mais importantes, mas deve considerar-se essa "adopção", no sentido de "puxar um apelido de um antepassado mais ou menos remoto", isto é, normalmente, essa "adpoção" teria justificação familiar, mesmo que a ligação de ascendência até esse antepassado fosse tudo menos linear. Só que era, normalmente, nas famílias mais destacadas que isso acontecia, porque conheciam - melhor ou pior... - a sua genealogia.
Não me parece que fosse muito frequente a adopção pura e simples de um apelido, com o qual não houve qualquer ligação, por mais longínqua que fosse. Excepto, claro, a) na utilização de alcunhas que passavam a apelido; b) num ou noutro caso, raro, de apelido de um padrinho; c) nos casos de filhos bastardos não reconhecidos, que "compunham" um nome a utilizar; d) nos casos de filhos de pais incógnitos, que adoptavam apelidos, sabe-se lá hoje por que razões; e) nos casos de crianças expostas, que, a partir, creio, que do séc. 18, eram criadas à custa das Câmaras Municipais e muitas vezes adoptavam o apelido "da Câmara", que era, além disso, um apelido muito sonante em S. Miguel, visto que era o dos Capitães dos Donatários e Alcaides móres da (então única) cidade de Ponta Delgada, condes de Vila Franca e, depois, da Ribeira Grande.
Por essa razão, aliás, houve inúmeras famílias micaelenses e madeirenses (os Câmaras donatários de S. Miguel eram um ramo dos da Madeira), por exº, com ligações genealógicas provadas aos "verdadeiros" Câmaras, que "puxaram" o apelido para a composição dos seus: assim foram os Rebello Borges da Câmara e Castro, os Borges da Câmara e Medeiros Dias e Sousa, os Câmara Coutinho Carreiro de Castro, os Borges Bicudo da Câmara, os Câmara Bettencourt, os Câmara de Mello Cabral, os Moreira da Câmara Coutinho e Mello Cabral, os Borges Newman da Câmara, os Gago da Câmara, os Câmara Falcão (estes, da ilha de Stª Maria), etc., etc.
A propósito, o apelido de origem francesa "de Béthencourt", embora com grafias diversas (por exº Betencur ou Betancor) acaba sempre por fixar-se, em Portugal, ao que creio, como "Bettencourt". Só no Brasil é que passa a "Bittencourt", talvez por causa da pronúncia...
Quanto à questão dos vínculos (morgadios), eles foram definitivamente abolidos em 1863, embora em 1832, com as reformas do liberalismo triunfante, já tivessem sido extintos, o que não se verificou na prática, em relação aos mais importantes. Aliás, já no séc. 18, com as reformas pombalinas, todos os vínculos então considerados insignificantes foram abolidos (havia casos em que a obrigação vincular, isto é a obrigação de sustentação de um encargo pio, chegava a ser mais elevada do que o rendimento dos bens a ela vinculados, dada a desvalorização, ou a má administração das propriedades).
Em alguns casos, os morgados (herdeiros e administradores dos vínculos) conseguiram reunir num só vários dos tais insignificantes, mantendo, assim, essa prerrogativa que, na época, era muito importante para manter a propriedade - que, até, normalmente podia estar dispersa por muitas localidades - na posse de uma mesma pessoa, transmissível ao seu imediato sucessor, sem estar sujeita a partilhas entre os vários possíveis herdeiros e permitindo a utilização do rendimento para a manutenção de um estatuto sócio-económico mais desafogado, a continuação desse estatuto na família, a manutenção de uma casa de família, etc. O que se verificou, com muita frequência, foram as alianças matrimoniais entre sucessores de vínculos, o que permitiu engrandecer essas famílias, chegando algumas, em S. Miguel, a administrar 20, 30 ou ainda mais vínculos, em pleno séc. 19.
Claro que muitos dos morgados se limitavam a viver à custa desses rendimentos e não desenvolviam as suas propriedades, que, no entanto, não podiam ser alienadas, nem desenvolvidas por outrem. Essa foi uma das razões que levou à abolição desse regime de propriedade, possibilitada, também, pela mudança de mentalidades, no que respeita às obrigações pias, e à crescente diminuição do poder da Igreja.
Além disso, os morgados estavam obrigados a pagar uma "pensão de alimentos" aos filhos segundos, aos irmãos mais novos e, mesmo a tios que sobrevivessem aos seus pais, anteriores morgados. Ignoro, porém, como isso se processava, ou em que condições esses "alimentados" perdiam esse direito.
Quanto ao momento em que os indivíduos passavam a usar determinado nome, parece-me que é difícil chegar a conclusões: o que sabemos, pelos registos, é que as crianças eram apenas registadas com o nome próprio (o "nome de pia") e, quando casam, têm já um apelido, ou, pelo menos, um 2º nome (Maria Antónia, Marcos João). No entanto, no caso dos solteiros, vemos que usam, tal como os casados, apelidos ou 2ºs nomes (quando os encontramos como padrinhos, ou nos seus registos de óbito, por exº); aliás, se se prestar atenção aos padrinhos de baptismo, que muitas vezes são tios solteiros da criança baptizada, e, até, em muitos casos serão ainda menores, já são normalmente designados por um "nome completo" (por curto que seja).
Quanto à adopção do nome do marido, creio que nunca foi regra em Portugal - excepto durante o Estado Novo (1928-1974), pois julgo que, até, nem o Registo Civil de 1911 obrigava a isso (?); não estou certo. Encontram-se, casualmente, mas só a partir, talvez, de meados do séc. 18, casos em que as mulheres são designadas e assinam (quando o sabem !), o(s) apelido(s) do marido, normalmente a seguir ao seu próprio; já nos finais do séc. 19 isso é muito comum, mas não creio que constituisse "regra"; ao longo do séc. 20 essa era quase uma regra (ignoro se obrigatória); hoje em dia, é opcional, no acto do casamento, a mulher adoptar o apelido do marido, a seguir ao seu (a minha Mãe usa, oficialmente, a seguir ao seu, apelidos de meu Pai, mas a minha Mulher mantém apenas os seus próprios apelidos de solteira, tal como várias outras que conheço...)
Cumprimentos, JMM
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Jorge Mello Manoel,
Surpresa causou-me a informação do patrocínio da Câmara à criação dos expostos. Não imaginava. Mas isso explica por que tão rapidamente encontravam quem os criasse. Estava curioso como conseguiam quem os criasse no mesmo dia em que eram encontrados na tal roda pública. Imaginava que haveria muitas mulheres com problemas de fertilidade, e por conta disso uma lista de espera já previamente definida, a espera de novas crianças. Mas o recurso extra no orçamento dos casais explica a facilidade de adoção.
Aproveitando o tema: os expostos eram assumidos pelos adotantes com novo registro, ou isso nunca ocorria ? Em outras palavras, cabia ao adotante registrar os adotados com seu próprio sobrenome, ou lhe cabia apresentar como registro de nascimento sua doação da roda pública ?
Tenho uma ascendente em minha pesquisa, Claudina Rosa de Jesus, cuja idade declarada em seu registro de casamento aqui no Brasil indica que tenha nascido em 1852 na freguesia da Povoação, Ilha de São Miguel. Percorri todos os assentos de nascimento da dita parochial, no intervalo de 1845 a 1860, e não encontrei o nascimento dela. Mas encontrei algumas crianças expostas com o mesmo nome, dadas a criar a outros casais, diferentes dos supostos pais da Claudina que se casou no Brasil. Terá sido possível que uma criança exposta fosse re-adotada por outro casal, a ponto de conseguir registrar-se como filho deste outro casal ? Questiono em função de afinidade, ou morte dos adotantes iniciais ? Onde se poderia identificar esta mudança de tutela ? Ou ainda, em caso de reconhecimento dos pais verdadeiros posteriormente, como já visto em outros casos, teriam sido criados novos registros com o nome dos pais verdadeiros ? E para sair dos Açores, seria possível registrar uma criança como filha no passaporte sem que fosse realmente ? Causa-me curiosidade pois outros filhos do casal nasceram em datas próximas e foram registrados regularmente na freguesia da Povoação. Não entendi por que justo ela não teria sido.
Desconhecia esta condição de alimentos dados aos familiares pelo morgados. Bastante curioso.
Cumprimentos,
Luiz Medeiros
Rio de Janeiro
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Jorge
Aproveito esta para responder também à outra. Gostei de saber desse ramos dos Câmaras-Munucipais!!:-)) Mas, já agora, e quanto a Câmaras, conhece a história dum Manuel da Câmara (filho do primeiro capitão?) que passou a intitular-se Manuel de Noronha? O rei, D.João II, é que o meteu na ordem: ou retomava o paelido paterno ou a capitania passava para o irmão …
Vem isto a propósito de apelidos sonantes, coisa que "Câmara" estava longe de ser nos seus primórdios…
Quanto à adopção do apelido do marido pela mulher, podia dar rigorosamente o mesmo exemplo., mas não esqueçamos a possibilidade do marido adoptar o nome da mulher.
Não tinha de responder ao aviso de mudança de e-mail, mas gosto sempre de saber notícias:-)
Abraço,
João
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Então, s'tôr, "Câmaras MunUcipais" !?... (Foi a pressa, ou... o sono)
Boa tarde, João,
Não, não tinha ideia da história do Manuel da Câmara, mas... tudo é relativo: "Câmara" não era nada, na Côrte, ao pé de "Noronha" (que ele era pela mãe, creio eu), mas em S. Miguel, a Côrte ERAM os Câmaras !...
Aliás, em pleno séc. 17, o conhecido Dom Rodrigo, conde de Vila Franca (aquele infelizmente celebrizado pelos seus gostos "socráticos") tinha a sua côrte bem efectiva (e povoada de pagens...).
Quem, no meio micaelense, não quereria alardear (talvez não tanto nessa altura...) o seu parentesco com a mais grada família da ilha ?!!!
Quanto a essa "moda nova" de o marido adoptar o(s) apelido(s) da mulher, acho uma tolice...
Aconteceu, é certo, algumas vezes (e ainda acontece tb. na Europa, julgo, quando elas são sucessoras de GRANDES CASAS), mas, um único caso, em S. Miguel, de que me estou a lembrar, foi o de Bernardo António Cymbron Borges de Sousa (séc. 18-19), fº 2º da Casa do Loreto, que, ao casar com sua "multi-prima", a opulenta morgada D. Helena Victória Machado de Faria e Maya, srª da casa da Arquinha, &ª, passou a chamar-se Bernardo António de Faria Machado. Só que ele era "Machado de Faria e Maya" por sua avó paterna...
Abraço,
Jorge
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Luís de Medeiros,
Muito rapidamente, e respondendo à sua questão sobre imagens do concelho da Povoação, aconselho-o a consultar o "site" www.cidadevirtual.pt/POVOACAO/
Sugiro-lhe, tb.:
- www.azores.net
- www.portalacores.com
- www.virtualazores.net (onde se encontra o 1º indicado)
- www.bib-povoacao.rcts.pt (este para um eventual contacto por "e-mail", pois julgo que ainda estará muito incompleto).
Isto, além do "Portal Açores", que está disponível na barra de canais daqui do SAPO (não sei se será o mesmo .com acima).
Esta informação poderá complementar uma resposta dada no tópico de G. Zeni "(Não genealógico) Site oficial dos Açores", iniciado a 13 do corrente.
Cumprimentos,
JMM
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Jorge Melo Manoel,
As páginas são muito boas, sobretudo a www.portalacores.com que traz excelentes fotos da região, inclusive das lombas. Muito obrigado.
Cumprimentos,
Luiz Medeiros
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Óptimo. Fico satisfeito de saber que encontrou informação pertinente.
Em outra ocasião lhe darei mais algumas informações / esclarecimentos às suas questões neste tópico.
Cumprimentos,
JMM
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Foram, caro Jorge, ambos (a pressa e o sono)! Vou ter de passar a editar uma errata …
Também troquei o nome: é Simão Gz. da Câmara, não Manuel, filho de João Gz da Câmara e irmão de Pero Gz, (Resende, Crónica de D.João II, cap. 88). Como não se trata da sua linha, julgo eu, mas de uma colateral, está desculpado. :-)
Não duvido das mini-cortes, com ou sem os pagens de D.Rodrigo (ai o turismo…), mas o exemplo de Simão é significativo: nobreza de cargo, mas não ainda linhagem, não?
Quanto aos mais, tem razão, rematada tolice sem apoio na tradição ou no que quer que seja. O senhor da Arquinha é, como diz, outra situação.
Abraço,
João
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Luís de Medeiros,
Retomo agora o assunto desta sua mensagem, após alguns dias (semanas !), em que não tive disponibilidade para tal.
Não tenho conhecimento de que o facto de as crianças expostas serem dadas a criar a determinadas amas, a expensas do concelho (i. e., da câmara municipal), implicasse a sua adopção; aliás, essas amas, em muitos casos seriam, até, solteiras, o que não confirmo.
Quanto à adopção dos apelidos de família das amas, ou de seus maridos, poderá ter acontecido, em alguns casos, mas, de todos aqueles que conheço (não muitos, é certo, pois nunca investiguei esses casos), essas crianças eram, no registo de casamento, referidas igualmente como "expostas". Não seria, pois, uma situação de adopção, como hoje a entendemos; não sei se essas crianças continuariam "em casa" dessas amas, até porque o rendimento que proporcionariam talvez não fosse muito duradouro (ignoro por quanto tempo ficavam a cargo da Câmara) e surgiriam outras oportunidades de criar novos expostos...
Certamente algum investigador de História Social já se terá debruçado sobre a questão dos expostos; o problema é saber quem e onde poderá ter publicado. Aqui, não conheço nenhuma bibliografia - pelo menos não estou a lembrar-me -, mas em relação a outras regiões do País, pode ser que exista alguma coisa. Sei, por exº, que em Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia tinha um papel importante nessa área, o que não me parece que sucedesse nas Misericórdias desta ilha, onde os expostos ficavam a cargo das Câmaras.
Quanto aos casos de crianças inicialmente expostas e depois reconhecidas, perfilhadas ou legitimadas pelos verdadeiros pais, era normalmente lavrado um novo registo, averbando-se à margem do inicial esse facto. Aliás, após as alterações de 1860, no Registo Paroquial, passaram a existir livros próprios: os lv de registo de perfilhações, reconhecimentos e legitimações, que também passaram às Conservatórias do Registo Civil, em 1911, e vão sendo incorporados nos Arquivos Públicos, juntamente com os outros lv de registo de baptismos, de casamentos e de óbitos.
Não conheço casos de registos de expostos, em que conste qualquer tipo de adopção por estranhos, ou famílias de amas.
Quanto ao registo de passaportes (recordo que, para o distrito de Ponta Delgada, só se conservam a partir de 1875-1883, com hiato até 1894 e mais algumas falhas nos 1ºs anos de 1900), não tenho ideia de ter visto "crianças dadas a criar", incluídas nos grupos familiares emigrantes.
Cumprimentos,
Jorge de Mello-Manoel
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Jorge de Mello-Manoel,
Obrigado por retornar ao tema. Nos registros de expostos que tive acesso da Povoação, as crianças eram dadas a criar a mulheres casadas sempre. Não vi qualquer caso de mulher solteira ser indicada.
Gostaria de saber mais detalhes sobre o costume de "ser dado a criar", o que representava exatamente, e estarei atento a qualquer publicação a respeito. Era de se imaginar que a criança passasse ao convívio da família da pessoa que a "adotava" (recebia), ainda que não houvesse "vínculo de adoção", talvez para exclui-la de qualquer participação sucessória.
Parece-me complicado identificar em que momento as crianças (ou mesmo já na condição de adultos) poderiam adotar o sobrenome da ama, ou do marido dela, se não há registros intermediários entre o de nascimento e/ou batismo (onde não aparecem sobrenomes) e o de casamento, onde já se identifica o indivíduo com o nome completo. Salvo se por reconhecimento do casal como se filho próprio (sendo ou não). Conhece algum tipo de registro que nos leve a este entendimento? Seriam processos judiciais ? Mas se não eram registrados no livro do Concelho, onde seriam ? Como reconhecer um indivíduo que simplesmente passou a identificar-se como filho de fulano(a), tendo sido apenas criado por ele(a) ? Não há meios, não é verdade ? Seria por carta de Sentença ?
Estou entendendo que no sec. XIX a pessoa portava uma cópia manuscrita do registro de batismo ou de nascimento, fornecida pela Igreja ou pelo Concelho de Administração para identificar-se, quando necessário provar sua identidade, para emissão de passaporte, no emprego, na polícia, ou para qualquer outra ação onde a identificação formal fosse necessária. Não havia carteira de identidade, não ?
Mais curioso parece ser que as crianças não ficassem em companhia das amas, se elas recebiam uma ajuda do Estado para cria-las, por menor que fosse. Voce teve acesso a exemplos de "criação", mantendo-se as crianças em orfanatos ?
Desculpe-me! Não quero apresentar-lhe tantas dúvidas para as quais não se tenha dedicado. Só expor minha linha de racicínio e compará-la com a sua, e a de outros colegas que eventualmente estejam acompanhando nossa conversa, e tentar levantar mais detalhes dos costumes da época.
Cumprimentos,
Luiz Medeiros
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Prezado Jorge,
achei a sua mensagem a Luiz Medeiros datada de 21/10/2002 e texto assim:
"e) nos casos de crianças expostas, que, a partir, creio, que do séc. 18, eram criadas à custa das Câmaras Municipais e muitas vezes adoptavam o apelido "da Câmara", que era, além disso, um apelido muito sonante em S. Miguel, visto que era o dos Capitães dos Donatários e Alcaides móres da (então única) cidade de Ponta Delgada, condes de Vila Franca e, depois, da Ribeira Grande.
Por essa razão, aliás, houve inúmeras famílias micaelenses e madeirenses (os Câmaras donatários de S. Miguel eram um ramo dos da Madeira), por exº, com ligações genealógicas provadas aos "verdadeiros" Câmaras, que "puxaram" o apelido para a composição dos seus: assim foram os Rebello Borges da Câmara e Castro, os Borges da Câmara e Medeiros Dias e Sousa, os Câmara Coutinho Carreiro de Castro, os Borges Bicudo da Câmara, os Câmara Bettencourt, os Câmara de Mello Cabral, os Moreira da Câmara Coutinho e Mello Cabral, os Borges Newman da Câmara, os Gago da Câmara, os Câmara Falcão (estes, da ilha de Stª Maria), etc., etc.
A propósito, o apelido de origem francesa "de Béthencourt", embora com grafias diversas (por exº Betencur ou Betancor) acaba sempre por fixar-se, em Portugal, ao que creio, como "Bettencourt". Só no Brasil é que passa a "Bittencourt", talvez por causa da pronúncia... "
E o que me intrigou foi:"...e muitas vezes adoptavam o apelido "da Câmara", que era, além disso, um apelido muito sonante em S. Miguel,..."
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Jorge Frazão de Mello - Manoel,
Manoel é apelido?
Me chamo Francisco José, sou brasileiro da Cidade do Rio de Janeiro. Tenho 42 anos - sou Administrador.
Eu estou montando a história de minha família, que tem ascendentes italianos e portugueses, ou seja, minha vó materna era filha de italianos e casou-se com português.
Quanto ao lado italiano, já consegui chegar às origens de meus tataravós. Com relação ao lado português, estou começando a pesquisa nestes dias.
Estou utilizando o forum desde 05Mai e, nas buscas iniciais, consegui saber onde ficava a Freguesia de Pico da Pedra - local de origem de meu avô.
Também estive observando vossas mensagens trocadas com outro brasileiro - Luís Medeiros, a respeito de apelidos.
Nessas mensagens vi menção ao Arquivo Regional de Ponta Delgada que, segundo vossa mensagem para o Luís Medeiros, abrange também dados civis e religiosos até 1900 do Concelho de Ribeira Grande, onde está localizada a Freguesia de Pico da Pedra.
Gostaria que confirmasses se o email do diretor do ARPD ainda é bpapd@mail.telepac.pt, pois eu entraria em contato para solicitar informações sobre o nascimento de mau avô e, em seguida, sobre o casamento de seus pais.
Será que fornecendo o nome de meu avô e o ano aproximado de seu nascimento bem como os nomes de seus pais e irmãos a busca se tornaria viável?
Desde já agradeço a vossa atenção e redobro a gratidão se puderes colaborar para a minha pesquisa.
Um abraço,
Francisco José L. de Barros
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Francisco José de Barros,
Já tinha reparado na sua msg, no tópico "Pico da Pedra- Arquipélago dos Açores", entretanto esclarecida por Rui Pereira, mas tencionava, quando tivesse ocasião, dar-lhe mais alguma informação que lhe pudesse interessar.
Efectivamente, é no Arquivo Regional de Ponta Delgada que se encontram os registos paroquiais de baptismos, de casamentos e de óbitos, anteriores a 1900 (inclusive), da paróquia e freguesia de Pico da Pedra (Nª Srª dos Prazeres), pertencente ao concelho de Ribeira Grande, na ilha de S. Miguel.
O endereço de e-mail é info@bparpd.pt (foi recentemente alterado, com um novo sistema informático), podendo dirigir-se ao respectivo Director, a fim de tentar obter as informações que pretende. No entanto, terá de ter atenção ao seguinte:
- se pretende reprodução do registo de baptismo do seu Avô, terá de confirmar, antes, se ele foi efectivamente baptizado no Pico da Pedra, em que data e quais os nomes dos pais dele;
- não se esqueça de que, na época, as crianças eram registadas apenas com o nome de baptismo (Francisco, filho de ... e de ...), pelo que os nomes dos pais são um dado tão essencial como a data e o local;
- os Arquivos não dispõem, normalmente, de recursos humanos para investigações genealógicas; são os funcionários dos serviços de inventário que interrompem esse trabalho, para poderem proceder à identificação de registos, de acordo com os pedidos de quem não o pode fazer directamente na sala de leitura; não há, pois, grandes margens para pesquisas - que teriam, em princípio, de ser efectuadas pelos próprios interessados - e, por isso, esses pedidos devem indicar todos os dados, com a maior precisão possível, de forma a permitir uma rápida identificação do registo a reproduzir.
Tenha, também, atenção ao seguinte: se o seu Avô nasceu depois de 1900, os registos paroquiais posteriores a essa data (até 1911) ainda se encontram na Conservatória do Registo Civil de Ribeira Grande (sede do concelho), para onde foram transferidos, como em todo o País, aquando da instauração do regime republicano e consequente separação entre Igreja e Estado (1910) e criação do Registo Civil, hoje em vigor.
Pela legislação em vigor, só de 5 em 5 anos é que as Conservatórias entregam aos Arquivos os livros paroquiais que detêm, com mais de 100 anos; assim, como a incorporação mais recente deve ter-se realizado em 2001 (abrangendo os livros de 1896 a 1900), será provavelmente em 2006 que os livros de 1900 a 1905 passarão ao Arquivo, e assim sucessivamente.
Cumprimentos,
Jorge de Mello-Manoel
P.S. 1: Redigi-lhe esta resposta ontem, dia 6, mas não tive, depois, possibilidade de a enviar, pelo que o faço agora, após ter esclarecido uma confusão de António Forjó, no "seu" tópico sobre Pico da Pedra.
P. S. 2: Sim, efectivamente, "Manoel" é apelido de família; aliás, no meu caso, Mello Manoel, apelidos que andam juntos, na minha família, desde o início do séc. XVI, pelo casamento de D. Diogo de Mello de Figueiredo com D. Maria Manoel de Faro e Noronha; a partir daí, os apelidos começaram a ser usados em conjunto (umas vezes na ordem inversa "Manoel de Mello", como no caso do escritor D. Francisco Manoel de Mello), mas foi a partir do séc. XVIII que passou a ser mais constante a forma "Mello Manoel"; houve, até, um antepassado meu - D. José de Mello Manoel - que foi governador da V. ilha de Stª Catarina, no início da 2ª metade do séc. XVIII, e o seu filho, D. Francisco de Mello Manoel da Câmara, foi governador do Maranhão e Grão Pará, na 1ª década do séc. XIX. O apelido Manoel era inicialmente (e em muitos casos continuou até à actualidade), como V. pode ver aqui na base de dados do Genea, "Manoel de Vilhena", de origem castelhana.
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Mello Manoel,
Muito obrigado mesmo pelos esclarecimentos.
Certamente minha família não tem passado tão enaltecedor como o vosso com nobres e escritores, mas temos uma história bonita de lutas e conquistas - pelo menos foi o que descobri com relação aos ascendentes italianos.
Agora vou resgatar o pedaço lusitano com ajuda de pessoas como tu. Sei que vai ser árdua a pesquisa e longa - provavelmente, a espera de respostas dos arquivos e conservatórias.
Eu estarei na Europa no final de Setembro e início de Outubro para estudar em Pádua - Itália, depois viajarei até Ibiza - Espanha e, se tiver tempo e dinheiro, gostaria de visitar a Ilha de São Miguel.
Contando mais uma vez com a vossa ajuda, pergunto se tu conheces alguém que faça a pesquisa que necessito com mais afinco e rapidez do que eu estaria fazendo eletronicamente através da internet. Se conheceres alguém, por gentileza, me informa para que eu entre em contato.
Mui grato,
Francisco José Lima de Barros
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RE: Pico da Pedra - Açores
Caro Francisco José de Barros,
Infelizmente, não conheço ninguém que se dedique, com profissionalismo, a fazer investigações genealógicas, em Ponta Delgada, com quem V. pudesse contratar esse tipo de trabalho.
Há quem o faça, mas para os seus próprios interesses de investigação, e são, normalmente, pessoas que não terão disponibilidade para fazerem trabalhos para outrem.
Lembro-me, porém, da eventualidade de algum estudante universitário que possa estar interessado nesse tipo de trabalho, que terá, todavia, de ser remunerado, como V. calculará. Vou pedir ao nosso Moderador, para lhe indicar um endereço de e-mail, o de um Professor do Departamento de História da Universidade dos Açores, Doutor José Damião Rodrigues, com quem V. poderá entrar em contacto, a fim de inquirir sobre o assunto.
Além disso, V. poderia, também, experimentar um contacto com o Instituto Cultural de Ponta Delgada, de onde eventualmente o encaminhariam para alguém a quem isso interessasse. Este é o endereço postal:
Instituto Cultural de Ponta Delgada
Apartado 1405
EC Antero de Quental
PT - 901-801 PONTA DELGADA
Cuprimentos,
Jorge de Mello-Manoel
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RE: Pico da Pedra - Açores
Jorge,
Mais uma vez obrigado,
Francisco José L. de Barros
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Tenho Henrique José de Medeiros, casado com Rosa Jacinta, cuja filha Ana Jacinta, casou em 6/6/1820 com Bento José de Oliveira, na Paróquia de S. Jorge- Nordeste
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RE: Pico da Pedra - Açores
Francisco José de Barros,
Espero que já tenha recebido, do Moderador deste forum, a indicação do endereço de e-mail, que ontem forneci.
Ontem, quando reli a msg que lhe enviei, reparei numa falha, na indicação do endereço postal do Instº Cultural de Ponta Delgada, falha essa que aqui corrijo (é no código postal), pedindo desculpa:
Instituto Cultural de Ponta Delgada
Apartado 1405
EC Antero de Quental
PT - 9501-801 PONTA DELGADA
Cumprimentos,
Jorge de Mello-Manoel
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RE: Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Caro Luiz.
Escrevo por ter percebido que se encontra no Rio de Janeiro, e tem o apelido Medeiros, com Origem na Povoação.
Ora bem, arrisco esta mensagem pois os meus antepassados também são da Vila da Povoação e são Medeiros. Dois dos Irmãos do meu Bisavô partiram para o Brasil não sei bem em que altura (entre o ano de 1910 e 1930/40) e desde então que a família nada sabe deste dois tios. O meu Bisavô chamava-se Manuel António e Medeiros e o s seus irmão " desaparecidos" são, se não me engano, Domingos de Medeiros e Clemente de Medeiros... haverá alguma ligação das nossas famílias? seria muito curioso se descende-se de um dos tios da minha Avó sim. Abraço
Mário Moniz
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Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel
Prezado Sr. Luiz,
Boa tarde.
Encontrei casualmente esta mensagem no tópico "Medeiros Freguesia da Povoação Ilha de São Miguel", que trata do Sr. Amâncio Mariano de Medeiros, João Amâncio e demais irmãos.
Este Amâncio Mariano de Medeiros, casado com Clotides Rosa de Medeiros, teve, em Petrópolis - Rio de Janeiro" um filho de nome José Mariano de Medeiros, que vem a ser meu bisavô direto (avô de minha mãe).
Seu tópico é de 2002. Não sei se, decorridos 15 anos o contato ainda é possível. Mas se tal milagre acontecer gostaria de trocar informações sobre nossas família.
Atenciosamente,
Mauricio
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