Aloandro ben Bekar- Origens
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Aloandro ben Bekar- Origens
Caríssimos colegas
Pretendo recolher dados sobre Aloandro ben BeKar. Alcaide de Faro até 1250 (data da tomada de Faro), ele era pai de Madragana (Mor Afonso- depois de baptizada), a qual foi amante d'el rei D. Afonso III; desta relação veio a nascer
Martim Afonso Chichorro.
Mor Afonso viria a casar com Fernão Rei.
Agradecia que me aconselhassem, alguma, bibliografia atinente a Aloandro ben BeKar e sua ascendência.
Com os meus melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caríssimos colegas
Renovo o meu pedido.
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Meus caros colegas
Agradeço pistas.
Renovados cumprimentos
Artur João
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caríssimos confrades,
Existem mais dados sobre Aloandro ben Bekar?
Melhores cumprimentos
ACS
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Já experimentou na Pesquisa Sapo-escrevendo Aloandro ben Bekar?
Maria
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro Confrade
Concerteza conhece as duas obras (-primas) do José Augusto Pizarro, uma sobre Grijó, outra sobre a nobreza dionisina. O referido Aloandro ben Bekar deve vir ali citado e, muito possivelmente, com larga ilustração de fontes arquivísticas e bibliográficas. Tenho as duas obras em casa e, se quiser, posso sempre tentar dar uma vista de olhos... mas os resultados só na segunda-feira.
Melhores cumprimentos
Manuel Azevedo Graça
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Maria,
Não sei. Uma vez fiz precisamente o que aconselha e apareceu o meu nome.
Um abraço
Alexandre
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caros Senhores
e se o fizerem no google e no yahoo, aparece, pelos menos uma vez, num dos trabalhos de Manuel Abranches Soveral...
Abraços
Manuel Azevedo Graça
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Minha cara Maria,
É um prazer comunicar consigo. É que já lá vai um "tempinho" que isso não acontecia...!
De facto, já experimentei pesquisar no Sapo (Sousa Machado...) mas gostaria de obter mais dados.
Melhores cumprimentos
Artur
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Então tive muita sorte,pois o que encontrei na Pesquisa Sapo,foi um artigo muito interessante,que começa com os Sousa do Prado
Maria
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Cara Senhora
Esse artigo penso que é aquele a que me refiro, da autoria de Manuel Abranches Soveral. É um bom estudo sobre a origem destes Sousa... pena é, que ainda não esteja publicado em papel, tornando bem mais simples a sua citação...
Melhore cumprimentos
Manuel Azevedo Graça
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro Manuel,
Conheço sim. Tenho a primeira, de forma que muito agradecido ficarei se me pudesse fornecer dados constantes na segunda obra
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro Manuel,
Foi nesse trabalho que colhi a informação que me levou a lançar este tópico.
Um abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro Artur,
Assim o farei, mas só podendo prometer resultados para 2.ª f.ª. E pode ser (pode!...) que tenha mais qualquer coisa lá para casa.
Melhores cumprimentos
Manuel Azevedo Graça
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Artur,
A nossa querida confreira Maria, deu uma boa sugestão. Os Sousa do Prado...
O que é que achas?
Desculpa lá meter a minha colherada, mas enfim...
Um abraço
Luis
P.S. Já consegui descobrir pelos menos cinco colaterais do Coronel.
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro Manuel,
Está muito bem. Aguardarei, pois, por mais dados.
Abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Luís,
Perfeitamente compreendido.
Um abraço
Artur
P.S. Óptimo.
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro Artur
Não fui bem sucedido... os trabalhos do José Augusto Pizarro apenas se confirmam nas referências arquivísticas. Ainda dei uma vista de olhos a alguns trabalhos de A. de Almeida Fernandes, mas com o mesmo sucesso...
Mais não me foi possível.
Abraço
Manuel Azevedo Graça
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro Manuel,
De qualquer das formas, muito obrigado pela pesquisa. Fico-lhe muito agradecido.
Um abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro Confrade,
Também estou interessada em adquirir essas obras. Qual a editora e onde as poderei adquirir?
O que consegui pela internet foi o trabalho sobre os Sousa do Prado, além de ler também a Genealogia da Casa Real. Um dos livros relaciona-se com os Sousa.
Os meus cumprimentos,
Celeste Correia Saraiva
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro Artur Camisão Soares,
Posso adiantar-lhe o que sei, não directamente sobre o alcaide Faro em causa.
Os Banû Harûn (o clã, a família de Harûn [Aarão]) foi uma família de origem peninsular convertida, os chamados "muladis", que dominou em Faro na primeira metade do século XI, entre o colapso do Califado, e a conquista de faro e região pelo monarca da 'Taifa' de Sevilha, 'Abbâd ibn Muhammad, mais conhecido por 'al-Mu'tadid', e que entre outras coisas foi o pai do famoso 'al-Mu'tamid?, o rei-poeta que nasceu em Beja.
Voltando ao tema: os Banû Harûn, renderam-se ao rei de Sevilha e foram poupados, mais: continuaram sendo parte integrante da principalidade de Faro durante o século XI, XII, XIII (quando aquele outro foi alcaide...), e nos inícios do século XIV o Senhor Rei D. Dinis nomeou 'Alcaide dos Mouros' de Faro um membro daquela mesma família; e no Livro do Almoxarifadode Silves, que tem registos até finais do século XV, ainda surgem, no termo de Silves, propriedades que pertenciam aos mesmos Banû Harûn.
Assim, atendendo a este quadro, parece plausivel aceitar que o Alcaide era dessa mesma família, e que um descendente dele, filho ou neto, tivesse sido nomeado pelo Rei-Lavrador, tanto mais que o designado em causa era ainda parente próximo de um meio-irmão do próprio D. Dinis.
É apenas uma conjectura, mas que assenta na permanência daquela família na elite de Faro durante séculos, pelos vistos de forma ininterrupta, e sempre em posições de destaque.
Mesmo sendo de origem (varonia) hispano-romano-goda rapidamente qualquer pequeno rei de uma qualquer 'taifa' procuraria uma mulher com ascendência árabe, (preferentemente da descendência do Profeta) para assim legitimar o seu poder pela ligação à ascendência nobilitante, e legitimando o poder da sua propria descendência, que assim já teriam a ascendência árabe X, ainda que por linha feminina.
Já me alonguei um pouco. Espero que ajude nas suas pesquisas.
Cumprimentos,
António Rei
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro António Rei,
Ainda bem que repristinou este tópico. Várias origens se lhe atribuem. O que refere, e que agradeço, é um belo contributo para a temática.
Pode observar, com a devida vénia, o que Francisco Simas Alves de Azevedo escreve em:
http://64.233.169.104/search?q=cache:6SCXUAER3EgJ:www.tuvalkin.web.pt/terravista/guincho/1421/bandeira/pt!_sa.htm+Francisco+Simas+Alves+de+Azevedo&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=2&gl=pt
Relativamente ao Algarve o que me tem a dizer sobre antigas armas?
Vejamos o que se diz relativamente às armas do Reino do Algarve:
««Desde inícios do séc. XVI várias obras estrangeiras, manuscritas e impressas, atribuem ao reino do Algarve um escudo esquartelado: I e IV, de ouro, II e III, de vermelho; no ouro, cabeça de mouro, de negro, de perfil, com turbante de prata; no vermelho, cabeça de rei de prata, de frente, com coroa de ouro.» ... «Frequentes na decoração de mapas e gravuras dos séc. XVII e XVIII, ladeando as do Reino de Portugal, e tendo alguma presença no Algarve actual, estas armas, apesar de tal divulgação nunca tiveram oficialização.»
««As outras armas do reino do Algarve são, em fundo vermelho, sete, nove ou cinco castelos dourados. Obras portuguesas e estrangeiras manuscritas ou impressas desde a segunda metade do séc. XVI — das quais destacarei o Tesouro da Nobreza (1676), cujo autor, Francisco Coelho, tinha qualidade oficial — apresentam-nas, por vezes, simultaneamente com as das quatro cabeças. A sua origem está na bordadura vermelha com castelos em número variável (fixado em sete na segunda metade do séc. XVI) incluída no brasão do rei de Portugal a partir de Afonso III. O facto de ter sido Afonso III quem conquistou definitiva e completamente o Algarve levou à convicção de que os castelos representavam o dito território, e até, que a cada corresponderia determinado edifício militar daquela zona. O verdadeiro significado da bordadura dos castelos — hoje já muito bem conhecido — nada tem a ver com o Algarve, mas sim, e muito, com a família materna de Afonso III, a casa real de Castela, e com a sua permanência em França, na corte de Branca de Castela, mãe de São Luís. A convicção acima referida levou ao que podemos considerar uma oficialização de tais armas, já no séc. XIX. Efectivamente, em 1816, El Rei D. João VI, por carta de Lei, ordena as novas armas do agora Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves; nos considerandos desse documento diz-se que «o senhor rei D. Afonso III de gloriosa memória, unido outrora o Reino dos Algarves ao de Portugal, uniu também as suas armas respectivas»».
Seria Aloandro Ben Bekar um produto dum "caldo étnico-cultural?
Com os meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Caro António Rei,
Peço desculpa mas precipitei-me, sem querer, ao enviar a mensagem. Saiu um esboço...!
Para além do mais assinei de forma errada.
Enfim, acontece...
De qualquer das formas, eu gostaria de ter mais contributos.
Renovados cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Aloandro ben Bekar- Origens
Ressuscitando este interessante tópico..
Quais os fundamentos para a filiação de Aloandro ben Bekar ( ibn Bakr) apresentada aqui na BD?
http://www.geneall.net/W/per_page.php?id=334363
1- Aloandro Ben Bekar
2-Bakr Ben Yahia
3-Yahia Ben Bakr
4-Bakr Ben Yahia
Aparenta ser uma tentativa (algo desastrada) de fazer o último governador mouro de Faro descendente directo do senhor de Ossónoba do final do séc IX Bakr ibn Yahya ibn Bakr... ou do (talvez) filho deste, Halaf ibn Bakr, vencido pelo califa de Córdova em 929 ou 930.
Cmpts
E.Simões
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Aloandro ben Bekar- Origens
Madragana era filha de Aloandro ben BeKar. Alcaide de Faro,
Descendem do Rabino-Mor de Portugal do tempo de D.Afonso Henriques, Yahia Ben-Yahia., descendiam do Rei David
a ascendência até ao Rei David:
https://www.geni.com/people/Madragana-Ben-Aloandro-Mor-Afonso/4992488967940044073
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Aloandro ben Bekar- Origens
Muito bom dia caros confrades,
Algum de entre vos, poderà explicar-me por que manobra genealogica o nosso avô Aloandro, mouro de pura gema, e papà da Madragana, se encontra no que precede, como descendente de um rabino-mor muito conceituado de Portugal
Os meus cumprimentos agradecidos Natércia
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Aloandro ben Bekar- Origens
Bom dia!
Estou fazendo pesquisas sobre Aloandro ben BeKar. Nas minhas pesquisas genealogias o encontrei como meu antepassado direto.
Alguma novidade sobre sua ascendência; árabe ou judaica? Ou ambas
Fico no aguardo por novidades.
Com meus melhores cumprimentos,
Ana Moura
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Aloandro ben Bekar- Origens
Boa tarde,
Só pelo nome "Aloandro Ben Bekar" se vê que tem origem judaica e não moura. Há mesmo um registo histórico que refere que Madragana era filha de "Ben Bécar" - isto constava de um email de Manuel Abranches de Soveral, que há anos vi publicado online (localizei o livro, mas infelizmente não guardei - talvez o Dr. Manuel Abranches de Soveral o consiga indicar).
Ben é o patronímico hebraico para filho.
Outro indicador que seria judeu está no nome do pai dele, "Baqr ibn Yahia", pois o sobrenome Yahia significa "Judá". É certo que o Náçabe "ibn" foi utilizado durante o domínio muçulmano como tradução arabizada do patronímico hebraico "Ben". Daí a família Yahia o ter na composição dos seus nomes. Mas depois da reconquista vemos a volta ao patronímico hebraico.
Na composição dos nomes judeus o filho vai buscar o primeiro nome do pai para sobrenome com a partícula "Ben" (que significa "filho") ou com a partícula "Bat" (que significa "filha").
A composição dos nomes árabes é muito mais complexa.
Por isso, Aloandro não era mouro de gema. O seu patronímico indica precisamente o contrário.
Há até um estudo geneológico, efetuado com o apoio da Comunidade Israelita de Lisboa, que liga Aloandro Ben Bekar ao primeiro rabino de Portugal - STEINHARDT, Inácio. Raízes dos Judeus em Portugal: entre Godos e Sarracenos. Coleção Safarad. Lisboa: Vega, 2014.
Também por esta via o sobrenome Souza é mencionado como Sefardita no preâmbulo do Decreto-Lei n.º 30-A/2015, de 27 de fevereiro.
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Mor Afonso, mãe de D. Martim Afonso, o chichorro?
Caros confrades,
Quanto à filiação de Mor Afonso, que antes do baptismo se chamou Madragana bat Aloandro, parece que não restam dúvidas e as fontes da época a ela se referem como filha do alcaide de Faro. Mas quanto a ela ser a mãe de Dom Martim Afonso, o chichorro, parece-me um mito genealógico.
Em que fontes históricas da época se fundamenta a filiação de Dom Martim Afonso, o chichoro, no que respeita a sua mãe!?
O Livro de Linhagens diz apenas que era filho de Dom Afonso III e de uma moura, aliás, isto mesmo se lê em JOSÉ AUGUSTO DE SOTTO MAYOR PIZARRO, "Linhagens medievais portuguesas. Genealogias e estratégias (1279-1325)", vol. I, Porto, 1997, p.172. Em 1600, Duarte Nunes de Leão, na sua "Chronica dEl Rei Dom Afonso o terceiro", parte I, fol. 97, diz também que é filho de uma "mourisca", sem referir o nome da mãe. Este cronista escreverá, mais adiante, sobre Madragana e seu pai, no contexto da tomada de Faro, sem se referir a ela como barregã ou amante d'El Rei ou mãe de Martim Afonso...
Por conseguinte, parece-me que este mito genealógico careça de fontes históricas, para se tornar credível: Manuel Abranches de Soveral, na "Origem dos Sousas ditos do Prado", edicão online consultada a 12.3.2024 (https://www.soveral.info/mas/Souza%20do%20Prado.htm) diz que, referindo-se à mãe de Martim Afonso, «é hoje geralmente aceite que fosse Madragana, filha do conquistado (1249) alcaide de Faro Aloandro ben Bekar». Inácio Steinhardt em "Raízes dos judeus em Portugal. Entre godos e sarracenos", Vega, 2018, p. 165, diz que «Mor Afonso foi amante de D. Afonso III, de quem teve dois filhos: Martim Afonso Chichorro e Urraca Afonso». Contudo, nenhum destes escritores apresenta fontes, pura e simplesmente não constam.
Ora, ainda que este mito tenha surgido muito tardiamente, posto que em 1600 ainda não existia, com que fundamento apareceu? Terá Inácio Steinhardt tido acesso a algumas genealogias da cultura hebraica em que esta filiação seja referida e que nos esteja ainda oculta? E porque não fez a ela referência na sua publicação!?
Faço notar a prudência de Sotto Mayor Pizarro em referir apenas o que é seguro: Martim Afonso, o chichorro, era filho de Dom Afonso III e de uma moura.
Quem fosse essa moura, sem que sejam apresentadas as fontes publicamente, não sabemos, poderia ser Mor Afonso, como ser outra qualquer.
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