Fernão Álvares de Almeida- ascendência

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Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#32915 | artur41 | 07 janv. 2003 16:51

Caros colegas


Conhecendo a opinião de Felgueiras Gayo e a de Braamcamp Freire, venho-vos perguntar: com base em estudos mais recentes, não se consegue saber a ascendência de Fernão Álvares de Almeida (pai de Diogo Fernandes de Almeida, alcáide-mor de Abrantes)?


Com os meus melhores cumprimentos

Artur Camisão Soares

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#32930 | vbriteiros | 08 janv. 2003 00:49 | In reply to: #32915

Caro Artur Camisão Soares
Em que Igreja se encontra tumulado esse Alcaide -Mor de Abrantes? Está em Abrantes ou em Santarém?? Tem lápide ?
Cumprimentos
Vasco Briteiros

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#32940 | artur41 | 08 janv. 2003 03:17 | In reply to: #32930

Caríssimo Vasco Briteiros


Diogo Fernandes de Almeida está sepultado na Igreja que mandou construir: S.ta Maria do Castelo de Abrantes. Sua lápide tem este epitáfio:

NESTE MOIMETO. JAS . O . MTº . NOBRE
VARAM E . EM ESTREMO . CAVALEIRO
Dº. FRZ DALMEIDA CRIADO . E . VEADOR. Q
FOI . DA . FDª . E DO CONCELHº DOS REIS. DÕ. DUARTE
E . DEL REI DÕ AFº. QUINTO. SEV . FILHº FOI MVI
LEAL . CIRVIDOR . AOS DITOS . SÕRS . MUI . VIRTVOSO
DE VOTO CATOLICO DISCRETO E DE MVI VIRTUOSA CONVERSASAO . EMTRE . OS . HOMES E SEVS . FTOs FORAM
TAIS Q . SATISFES SEMPRE MVI BE . AO Q . DEVIA
A SVA NOBRESA . COMO . A CAVALARIA . ELE . EDIFICOV
ESTA . IGREJA DE NOSA . SRA. POR SVA . DEVACAM
E ORNAMENTOV . E FINOVSE . EM . MUI . BÕ . ESTADO
COM TODOS OS AVTOS E SACRAMENTOS . Q . ERA . OBRIGADO. NO MES DE JANEIRº AOS . 5 DIAS. DELE . DA ERA . DE NOSSO SENÕR . IESU . XPTO . 1450 ANNOS
E FOI . Fº DE FERNAM . DLVRS .DALMEIDA . Q.
FOI AIO DO DITO . SÕR . REI . DÕ DVARTE . E DOS INFÃNTES . DÕ PEDRO . E DÕ ANRIQVE. SEVS IRMAOS.


Nota: pode encontrar estes dados nos B.S.S, Tomo II, pág. 348.


Grande abraço do,

Artur

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#32941 | artur41 | 08 janv. 2003 03:23 | In reply to: #32940

[ADENDA]


Minhas desculpas pela "má" apresentação da "inscrição" na lápide!

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#32951 | artur41 | 08 janv. 2003 09:15 | In reply to: #32940

[Errata]


Onde se lê "JANEIRº", deve-se ler "JANRº".

Onde se lê "SENÕR", deve-se ler "SNÕR".

Onde se lê "XPTO", deve-se ler "XPO".

Onde de lê "DLVRS", deve-se ler "DALVRS".

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#32987 | vbriteiros | 08 janv. 2003 19:19 | In reply to: #32940

Caro Artur
Muito obrigado pelo seu eclarecimento.
Um abraço
vasco

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#33339 | Miguel Mora | 14 janv. 2003 05:54 | In reply to: #32915

Caro Artur Camisão Soares

Apesar de ter começado a navegar nestas águas há muito pouco tempo, já levo muitos anos de entusiasmo por assuntos de carácter histórico e genealógico, os últimos dos quais têm sido dedicados à tentativa de reconstituição de toda a descendência de um ilustre filho de Pombal, chamado Joege Botelho, que no ano de 1551 instituiu o morgadio da capela de Nossa Senhora da Piedade, na igreja de São Martinho daquela então vila.
Nesta vasta empreitada, muito mais do que coleccionar nomes e datas, interessa-me obter uma visão tão completa quanto possível sobre esta gente, suas alianças familiares, aquisição e transmissão de património - nomeadamente, a sucessão dos vínculos -, principais lugares onde se implantaram, etc. Este último ponto implica necessariamente a consulta das ditas "informações paroquiais" - quando existem -, que penso serem documentos de bastante valor e utilidade. As mais conhecidas são, obviamente, as de 1758, que constituem o famoso "Dicionário Geográfico" do Convento das Necessidades, hoje na Torre do Tombo. No entanto, as que em 1721 foram enviadas à Academia Real da História revestem-se de grande interesse para os genealogistas, tanto por serem as mais antigas como por nelas se fazer menção dos letreiros e epitáfios existentes em igrejas e capelas, e bem assim de todos os livros de assentos guardados nos diferentes cartórios paroquiais -o que permite avaliar o cuidado tido na sua conservação. Infelizmente, a grande maioria terá desaparecido, mas ainda se conservam no A.U.C. (os duplicados) da maior parte das que diziam respeito à diocese de Coimbra, que então também englobava a de Aveiro.
À de Santiago de Litém (freguesia pertencente ao antigo termo da vila de Pombal), em particular, atribuo excepcional importância, não só pelo facto de à mesma estar intimamente ligado o tema do meu estudo mas, sobretudo, por nela ser descrito, além do o próprio epitáfio, o letreiro da capela que instituiu Fernão Álvares de Almeida, objecto deste tópico. O único senão resulta da difícil leitura do documento, provocada pela circunstância de a tinta estar muito sumida - não terão, portanto, valido de muito os bons ofícios do Vigário, por sinal detentor de uma escrita particularmente esmerada.
Feito este reparo, irei de seguida copiar os passos mais relevantes de uma transcrição que fiz há alguns anos mas não voltei a confrontar com o original, pelo que é possível que uma ou outra grafia não corresponda exactamente ao original, o que, todavia, em nada altera o conteúdo. Alerto ainda para o facto de ter procurado fazer uma transcrição "fotográfica", isto é, sem ter aplicado quaisquer regras de transcrição documental (habitualmente utilizo as do Padre Avelino de Jesus Costa).
Assim, e depois desta longa introdução, o melhor será dar a voz a Frei António Fernandes Bernardes:
"(...) Na ditta frg.ª ha tres capellas (...) A outra capela se chama a capella de S. Lour.co. Esta cappella foi instituida por pessoa particular e desta capella o instituidor se chamava Fernam dAlvares dAlmeyda (...)
Na ditta capella de S. Lourenco está hum letreyro de letra gotica, o qual nam pude ler todo mas li a sumura, e dis desta sorte: Esta capella minha he de Fernam dAlvares dAlmeyda. Esta gloria haia a minha alma. Feyta no anno de mil e Bc e Lji.
Na quinta de S. Lourenco esta huma campa de huma sepultura que tem hum letreyro de letra gotica, que dis desta sorte: Esta sepultura he de Fernam dAlvares dAlmeyda fidalgo que foy da caza de sua Magestade, Mestre de Principes, cuias almas estam na gloria. Amen. (...)
Certifico eu Frey Ant.º Frz Bern.des Vig.ro da Igr.ª de S. Tiago de Litem q. eu na frg.ª me informey dos interrogatorios incluzos na ordem q. se me mandou, e nam achey outra clareza mais do q. a que remmetto, e declaro q. na q.ta de S. Lourenco na Cappella da ditta quinta está hum letreyro de letra gotica, o qual todo nam pude ler, e dou p.ª q. se averigoe a verdade, e passei esta informação, o q. tudo juro in verbo sacerdotis, e por verdade me asigney.
Litem. 7 de Mayo de 1721.
O Vig.ro Fr. Ant.º Frz Ber.des"
(A.U.C., Informações Paroquiais de 1721, Santiago de Litém)
Como acaba de ver, eu não estava a fantasiar. Embora possa existir um erro em relação à data de instituição da capela - mais propriamente, no que se refere às centenas -, a importância deste documento é indiscutível. Quem estiver interessado, deverá confrontá-lo com a cópia que se encontra no Códice n.º 148 (item n.º 31) do Fundo Geral da B.N.L., habitualmente designado por "Igrejas do Bispado de Coimbra".
O Fernão Álvares de Almeida ali referido não pode deixar de ser o mesmo que foi "vedor da casa do Rey D. João 1º, e Ayo dos Infantes seus f.os" (Felgueiras Gayo, Título de Almeidas, § 1.º, n.º 7), e ainda pai de Diogo Fernandes de Almeida, alcaide-mor de Abrantes, e avô paterno do 1.º Conde do mesmo título - mas agora com um fortíssimo vínculo a uma terra algo afastada da região desde sempre associada a esta ilustre família.
Convém ainda precisar alguns dados sobre a quinta de São Lourenço. Esta ancestral propriedade, que num tombo de 1508 é designada por "granja do alitem", constituía um dos principais prazos da comenda de São Martinho de Pombal, da Ordem de Cristo. Do mesmo manuscrito (I.A.N./T.T., Ordem de Cristo/Convento de Tomar, n.º 308), consta ainda que "esta granja traz ora emprazada diogo dalmeida scrivam do almazem de lixbooa", por prazo de duas vidas feito por el Rei, em que ele e sua mulher Catarina Coelho seriam a primeira e o que sobrevivesse poderia nomear a segunda, "por foro de doze dobras douro das de castella e duas galinhas e huuã duzia dovos" - este foro, elevadíssimo para os padrões da época, mostra bem a relevância desta propriedade. Na margem do fólio, está escrito em letra mais moderna o seguinte : "trala agora Jº de barros feytor da casa da India genrro deste dº dalmeida p(er) aforam.to novo q lhe fez el Rey dom Jº nosso sõr p(er) cõta propria pensão se(m) mais acrecentam.to e(m) tres p.as de q elle e sua molher são a prim.ra".
Na verdade, a antiga quinta de São Lourenço da Ribeira de Litém é há muito afamada por nela ter residido e falecido o célebre escritor João de Barros(ANTÓNIO BAIÃO, "Documentos inéditos sobre João de Barros, Coimbra, 1917; Idem, "A quinta de João de Barros" in "Boletim da Academia das Ciências de Lisboa", nova série, vol. IV, 1932, pp. 105-108), considerado por muitos o Tito Lívio português, que a viria a vincular a fábrica da capela de Santo António dos Claros, que mandara edificar e onde viria a ser primeiramente sepultado. A propriedade manter-se-ia na posse dos seus descendentes pelo menos até ao Visconde do Amparo, que foi o último administrador do morgadio, mas pelo final do séc. XIX haveria de passar para a posse da Casa de Tarouca.
Concluindo, creio que a divulgação desta memória paroquial, que julgo estar inédita, abre novos horizontes à história e genealogia destes primitivos Almeidas, e lança, desde logo, um enorme desafio: o de se estabelecer o mais do que certo parentesco entre Fernão Álvares de Almeida e Diogo de Almeida, ligação essa que os genealogistas mais consultados parecem fazer questão de ignorar.

Esperando ter dado um contributo positivo para a discussão deste fascinante tema, despeço-me com os melhores cumprimentos
Miguel Mora

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#33340 | artur41 | 14 janv. 2003 07:39 | In reply to: #33339

Caro Miguel Mora


Antes do mais, deixe-me felicitá-lo pelos seus estudos. São reveladores de um assinalável espírito de entrega!

Os dados que me facultou são-me preciosos. Os "Almeidas" meus ancestros são, como não poderião deixar de o ser, fruto de muitas interrogações. Como por exemplo:

a) A que época remontam?

Podemos, ou não, fazê-los entroncar a Pedro de Almeida e (ou) a Fernão Canelas?

b) Em que medida é que ciências como a sociologia e a genética humana não têm sido neligenciadas?


A memória paroquial que evoca vem, de facto, lançar um repto a todos nós: conseguir delimitar os domínios fundíários de Fernão Álvares de Almeida e de Diogo Fernandes de Almeida, seu filho. Convenhamos que São Martinho de Pombal dista "umas léguas" de Abrantes!!


Melhores cumprimentos

Artur Camisão Soares

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#33644 | Miguel Mora | 18 janv. 2003 01:24 | In reply to: #33340

Caro Artur Camisão Soares

O que me levou a aderir a este Fórum foi essencialmente a possibilidade que se me abria de partilhar e discutir questões do foro genealógico, mesmo sabendo que outros ali poderão navegar com direrentes intenções.
Posso dizer que nestes últimos anos consegui reunir um apreciável volume de informação, tenho alguns projectos, mas dificilmente os conseguirei concretizar a todos, até porque não consigo interromper essa constante recolha de dados. Precisaria, pelo menos, de outra vida; mas, por outro lado, acredito que este seja o lado mais fascinante desta actividade: a bola de neve começa a girar e nunca mais pára...
Assim, entendi que a informação que possuía sobre a capela e túmulo de Fernão Álvares de Almeida poderia ser muito melhor explorada por alguém que tivesse um natural interesse por esta personagem, mesmo sendo um tema que tem alguns pontos de contacto com a História da Arte, a minha área de formação - poderia, por exemplo, encaixá-lo num estudo sobre tumulária medieval, mas o resultado nunca seria o desejável. Além disso, se se tratar de um descendente, certamente terá um estímulo acrescido para tentar resolver - eu bem vejo o que se passa comigo em relação aos Botelhos de Pombal.
Mas, infelizmente, nem tudo são boas notícias. Há alguns anos visitei o Pároco de Santiago de Litém, pois pretendia esclarecer o paradeiro dos livros paroquias da vizinha freguesia de S. Simão, já que ainda hoje me intriga o facto de existirem assentos de óbito a partir de 1800 - se de facto fossem os Franceses os responsáveis pelo desaparecimento dos livros anteriores, os óbitos, tal como os baptismos e casamentos, não poderiam ser anteriores a 1811. No fundo, esta é uma das zonas em que a passagem do exército invasor tem sido uma excelente desculpa para muitos outros saques, alguns bem mais tardios.
Na conversa que mantivémos, o venerando Prior acabaria por me confirmar a destruição da capela da quinta de São Lourenço, dizendo-me que chegara a receber um ofício dos "Monumentos Nacionais" alertando-o para o desencadear do respectivo processo de classificação; ofício esse que, muito convenientemente, lhe fôra enviado dias depois de a mesma ter sido arrasada, devido, se a memória me não atraiçoa, à construção ou alargamento de uma estrada. Nem o facto de o insigne João de Barros ali ter escrito parte da sua obra, que é universal, haveria de deter semelhantes bandidos - é triste, mas é o país que temos! E fiquei com uma raiva tão grande que acabei por nunca me deslocar ao local do crime, sendo até possível que a pedra tumular ainda possa andar por lá.
Quanto à minha anterior mensagem, esqueci-me de indicar que o tombo que citei pertence ao fundo documental da "Mesa da Consciência e Ordens", onde, sob a cota "OC/CT 52", se encontra ainda um livro que contém testamentos, aforamentos e escrituras de instituição de capelas (1465/1546). Eu estou, aliás, convencido de que a documentação da Ordem de Cristo é fundamental para o esclarecimento de numerosos enigmas pombalenses; e, caso venha a anteceder-me na sua consulta, não posso deixar de lhe pedir que se lembre de mim se entretanto deparar com algum Botelho daquela zona.
Gostaria ainda de lhe dizer,que entre estes Botelhos de Pombal existia a convicção de descenderem de Duarte de Almeida, o "Decepado". Embora se possa tratar de uma fantasia, não deixa de ser intrigante o facto de a quinta das Ferrarias, pertencente ao Capitão Jorge Botelho que referi na anterior mensagem, confrontar com a de São Lourenço, e de uma das suas filhas se ter tornado mulher de Baltasar de Barros, a quem o célebre historiador tratava por "sobrinho".
Pela parte que me toca, se me forem surgindo novos dados prontamente lhos enviarei.

Com os melhores cumprimentos
Miguel Mora

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#33646 | artur41 | 18 janv. 2003 05:25 | In reply to: #33644

Caro Miguel


Infelizmente, assim andou a defesa do património até há pouco tempo. Recentemente houvi dizer que já tinha começado uma inventariação "nacional" e "sistemática"!

O meu obrigado pela indicação das fontes. Irei consultá-las.
Se eu tiver conhecimento de alguma novidade, transmitir-lha-ei.


Melhores cumprimentos

Artur João

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#36989 | Miguel Mora | 03 mars 2003 04:30 | In reply to: #33646

Caro Artur João

Desculpe a insistência, mas desta vez é para o desafiar a dar uma espreitadela ao site da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (wwwpontomonumentospontopt). Aí, através do link “inventário do património arquitectónico”, e recorrendo a qualquer dos três processos de pesquisa (simples, avançada ou geo-referenciada), poderá aceder à página relativa à capela da quinta de São Lourenço, a qual infelizmente se confirma ter sido demolida por causa da construção de uma estrada.
Porém, talvez a título de triste compensação, são ali mostradas 6 antigas fotografias, nalgumas das quais é perfeitamente visível a lápide que certamente continha a inscrição alusiva ao fundador da capela, situada no exterior, num dos flancos do portal manuelino; tendo a última por objecto uma pedra de grandes dimensões, que poderia fazer parte de uma sepultura. Logo que me seja possível tentarei obter localmente alguma notícia sobre o destino destes importantes vestígios, que bem mereciam ter sido preservados, e de seguida transmitir-lhe-ei o resultado.
Por me ter esquecido na última mensagem, aproveito ainda para lhe dizer que, segundo se pode ler na p. 211 do “Guia do estudante de História Medieval Portuguesa”, de A. H. de Oliveira Marques, existem na Torre do Tombo - na 1.ª incorporação das “Corporações Religiosas” - pelo menos quatro caixas com documentação da Ordem de Cristo, abrangendo os séculos XII a XVI.

Um abraço
Miguel

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RE: Fernão Álvares de Almeida- ascendência

#37030 | artur41 | 03 mars 2003 15:37 | In reply to: #36989

Caro Miguel


Não tem de que pedir desculpa, eu é que lhe agradeço semelhantes informações!

Irei analisar, com todo o cuidado, as fontes que refere. Elas aguçam-me a curiosidade, e estimulam-me a continuar a senda.


Um abraço

Artur João

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Álvaro de Almeida - ascendência materna

#37033 | abivar | 03 mars 2003 16:01 | In reply to: #32915

Caros Confrades:

Aproveito este tópico para lançar uma dúvida relativamente à “maternidade” da descendência varonil de Diogo Fernandes de Almeida; o saudoso Marquês de Abrantes (D. Luís), em “Quelques aspects de l'évolution de la noblesse portugaise vers la fin du moyen-âge” (Actes du colloque “La Noblesse dans l' Europe Meridionale...”, FCG, Centre Culturel Portugais, Paris, 1989, pp. 181-200) afirma acerca daquele fidalgo: “Marié trois fois, il n'eut d'enfants mâles que de sa première femme, D. Beatriz, soeur de l'Archevèque de Braga et Primat des Espagnes D. Fernando da Guerra et petite fille par les mâles de l'Infant D. João de Portugal”. Se tomarmos esta informação à letra, teremos de concluir que Álvaro de Almeida, Vedor da Fazenda do Infante D. Fernando, seria também filho desta Senhora, com a referida ascendência real. Não é essa a mãe que lhe dão em geral os genealogistas, o que poderia levar a pensar que o ilustre investigador teria cometido aqui um lapso, ainda que o conhecimento profundo que certamente tinha desta família, de cujo nome e armas detinha a chefia, torne esta hipótese difícil de aceitar.

Que o Marquês de Abrantes estava convicto desta ascendência para as linhas (não extintas?) provenientes de Diogo Fernandes de Almeida, parece inferir-se, para além da transcrição acima feita, de outro artigo, que infelizmente ainda não consegui voltar a localizar, em que afirma só ter este deixado descendência daquela Senhora (parece aqui haver uma afirmação mais “forte” que a anterior, em que só se refere “enfants mâles”). Neste segundo artigo tratava-se de ilustrar a tese segundo a qual à época da criação do título de Conde de Abrantes, na pessoa de D. Lopo de Almeida, só ser admissível tal mercê em quem tivesse de algum modo sangue real. Não seria necessário, para tal, que o irmão Álvaro de D. Lopo fosse filho da mesma Senhora, mas estou seguro que o Marquês de Abrantes engloba toda a descendência na afirmação que faz.

Quaisquer informações acerca deste tema serão bem-vindas, incluindo a identificação do segundo artigo que citei de memória...

Com os melhores cumprimentos,

António Bivar

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