Brasão de armas inclinado
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Brasão de armas inclinado
No programa Horizontes da Memoria o Prof. Saraiva mostrou a pedra tumular de Fernão Alvares Andrade(museu do Carmo) em que se via o brasão de armas dos Andrade, mas sendo o Sr. alvares critão novo vê-se que que nem sequer à familia pertencia, logo apropriou-se de algo que não lhe pertencia(será isto verdade?); mas o que me chamou a atenção foi o facto de o Brasão de Armas estar ligeiramente inclinado para a esquerda; Qual o significado desta inclinação? E se a inclinação for para a direita?
Cumprimentos,
Daniel da Fonseca Monteiro.
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RE: Brasão de armas inclinado
Caro Daniel Fonseca Monteiro
A colocação do escudo inclinado para a dextra (a esquerda de um escudo é a sua dextra já que os seus lados correspondem aos do cavaleiro que o empunha) não tem qualquer significado especial sendo apenas uma das formas de o representar.
Chama-se ao balon ou à valona.
Como deprenderá não existem, que eu saba, inclinações para o outro lado.
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: Brasão de armas inclinado
Caro Daniel Fonseca Monteiro:
Não sei se está provada a ascendência cristã-nova de Fernão Álvares de Andrade (já a vi contestada, mas confesso que não me lembro onde). O facto de ser cristão-novo também não implica que não descendesse dos "verdadeiros" Andrades (bastava que tivesse ascendentes cristãos-novos por uma linha para ser como tal considerado; poderia descender simultaneamente de muitas linhagens cristãs-velhas, em particular dos Andrades). Finalmente, mesmo que não descendesse dos "verdadeiros" Andrades poderia ter usado legitimamente dessas armas, caso lhe tivessem sido concedidas legalmente, ou mesmo (questão mais controversa) se delas tivesse feito uso público sem contestação.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Brasão de armas inclinado
Caro António Bivar
Vi há dias no 2º Canal (claro...), uma interessantíssima reportagem sobre a diáspora judaica nos Países-Baixos, mais exactamente em Amsterdam, com grande profusão de óptimas imagens e testemunhos de descendentes dos expulsos.
Foi mostrado um velho cemitério cheio de belas sepulturas armoreadas, representando os mais antigos de títulos de Portugal e de Espanha. Daqui, muito especialmente velhas famílias transmontanas, minhotas e beirãs.
Viu-se claramente, Pereiras, Castros, Pintos e Vahias, entre outros.
Não me pareceu serem armas (ditas) assumidas em pleno séc.16...
cmptos.
Manuel Maria Magalhães
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RE: Brasão de armas inclinado
Caro Manel,
Foram muitas as famílias de judeus portugueses que se estabeleceram na Holanda, fazendo uso de apelidos e armas portuguesas. Há qualquer coisa escrita sobre este adsunto, penso que pelo Dr. Eugénio Cunha e Freitas.
Abraço
Lourenço
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RE: Brasão de armas inclinado
Caro Lourenço
Bem que gostava de ver isso, ainda por cima pelo Dr. Eugénio!
Pode acontecer q. aí apanhe o rasto dos Vahja/Vahia que se ligaram no séc.18 a uma famíla van Maersk que ainda hoje existe, e de que maneira...
Arranja-se uma identificação da dita obra?
Outro abraço
Manuel M/
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RE: Brasão de armas inclinado
Caro Manel,
O artigo do Dr. Eugénio não é sobre famílias holandesas mas sim inglesas.
Foi publicado nas Actas do Colóquio "Presença de Portugual no Mundo" da Academia Portuguesa da História (1982) com o título: "Os judeus portugueses e a aristocracia inglesa".
Continuo a ter ideia de um artigo sobre famílas de judeus portugueses na Holanda... quando me lembrar dou noticias.
Um abraço
Lourenço
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RE: Brasão de armas inclinado
Caro Lourenço
Obgo. Fico à espera.
Realmente fascinam-me as múltiplas ligações que tivémos com os Países Baixos, desde a Expansão (e há notícia de tempos anteriores) até aos nossos dias.
Não só em relação à expulsão dos Judeus q. não quiseram "converter-se", mas tb. no desenvolvimento das relações no q. respeitavam às práticas de navegação cientifizada e o desenvolvimento do comércio entre Rotterdam e Porto.
Muito se fala sempre de Bournemouth, Portsmouth e Londres, bem como no mais distante Hamburg (a terra do Alexandre...) com centros nevrálgicos do nosso comércio com a Europa, deixando de referir Rotterdam, que teve desde sempre uma extraordinária importância para nós. Inclusivamente durante o Estado Novo... quando a Europa "era obrigada" a voltar-nos as costas, por imposição do bloco afro-asiático, na ONU...
Tb. a esse tempo, muitos dos "mancebos" que fugiram ao cumprimento das suas obrigações militares, por causa da guerra ultramarina, tiveram como ponto de destino os Países Baixos, onde teriam sido melhor recebidos do que em França, Alemanha e na própria Inglaterra, bem apesar do grande distanciamento social e cultural ali experimentado.
Sustento q. tem algo a ver com as geneologias...
Outro abraço
MAnuel M/
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RE: Brasão de armas inclinado
Caro LCM,
Por curiosidade, porque razão ao serem batizados estes judeus ao tomarem apelidos de origem nobre também se apropriavam das armas?
Seriam parentes por algum casamento esquecido ou faziam-no por auto recriação para ganhar prestigio, ou segurança, etc?
Esta questão de os judeus assumirem as armas de familias intriga-me, pois o mais provavel é nem serem parentes e imaginando que os seus descendentes usam as armas na porta de suas casas deve causar algum desconforto ás verdadeiras familias portadoras dessas armas. E o porquê de nada terem ou poderem ter feito para o impedir.
Cumprimentos;
Daniel da Fonseca Monteiro.
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