"Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

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"Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#45999 | amtf | 05 août 2003 22:00

Caros Amigos de Genea,

Permitam-me que vos felicite por mais esta feliz iniciativa!

Grande abraço
António Maria Fevereiro

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46005 | aburma | 06 août 2003 15:16 | In reply to: #45999

Caro António Maria e Caros "Gêpês",

Junto a minha voz a este louvor, se bem que me pareça haver algumas incorrecções e duplicações na lista.

Seria interessante tentar adicionar nomes a esta lista, pelo que sugeriria que quem possuír dados sobre mortos ou cativos em Alcácer-Quibir os apresentasse aqui.

Já tive ocasião de visitar o local da batalha - não longe de Larache - e fui invadido por uma enorme sensação de desolação. Sem dúvida a página mais trágica da História de Portugal, não só pela batalha em si - o que já não foi pouco - como pelas consequências funestas que dela adviriam dois anos mais tarde.

Um abraço a todos

Alexandre Burmester

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46007 | jpcmt | 06 août 2003 17:12 | In reply to: #46005

Caro Alexandre Burmester:

De acordo com a sua oportuna sugestão, relativa à interessante iniciativa do GENEA, deixo aqui uma lista das pessoas principais mortas em Alcácer-Quibir.
Fonte: Queiroz Velloso, "D. Sebastião", 1935

Um abraço,
João de Castro e Mello Trovisqueira
-------------------

D. Afonso de Noronha, conde de Odemira, D. Afonso de Portugal, conde de Vimioso, Afonso Serrão, cunhado de Rui de Sousa, Agostinho Pereira, Aires de Miranda, D. Aires da Silva, bispo do Porto, Alexandre de Melo, filho de Garcia de MeIo, Alexandre Moreira, D. Álvaro de Castro, o Romanisco, Álvaro Coutinho, D. Álvaro de MeIo, sobrinho do conde de Tentúgal, Álvaro Pais Sotomaior, Álvaro Pires de Távora, filho de Rui Lourenço de Távora, da Pesqueira, Ambrósio da Costa, cunhado de Miguel de Moura, André de Albuquerque, André Gonçalves, alcaide mor de Sintra, André Pires, filho de Álvaro Pires, António de Carvalho, de Setúbal, D. António da Costa, filho de D. Gil Eanes da Costa, António Jaques, António Lobo, alcaide mor de Monsarás, e um filho do mesmo nome, D. António de Meneses, filho de D. Pedro de Meneses, senhor de Cantanhede, António de Moura, filho de Álvaro Gonçalves de Moura, D. António de Noronha, António Pires de Andrade, filho de Álvaro Pires de Andrade, António de Sousa, filho de André Salema, António de Sousa, filho de Diogo Lopes de Sousa, D. António de Vasconcelos, António Velho Tinoco, Bartolomeu da Silva, Bernardo de MeIo, Braz de Lucena, filho de Sebastião de Lucena, Cristóvão de Alcáçova, filho de Pedro de Alcáçova Carneiro, Cristóvão de Brito, Cristóvão de Távora, filho de Bernardim de Távora, Cristóvão de Távora, filho de Lourenço Pires de Távora, D. Diogo de Castelo Branco, irmão de D. Martinho de Castelo Branco, D. Diogo de Castro, da casa do Torrão, Diogo da Fonseca Coutinho, Diogo Lopes da Franca, Diogo Lopes de Lima, Diogo de Melo, filho de Garcia de Melo, D. Diogo de Meneses, filho de D. Fernando de-Meneses, da casa dos condes de Viana, D. Diogo de Meneses, irmão de D. Pedro de Meneses, da casa de Cantanhde, Diogo Serrão, cunhado de Rui de Sousa, Duarte Dias de Meneses, Duarte de MeIo, D. Duarte de Meneses, filho de D. Garcia de Meneses, Duarte de Miranda, Fr. Estevão Pinheiro, Estevão Soares de MeIo, D. Fernando Mascarenhas, Fernão Barreto, filho de Belchior Barreto, Fernão Martins Mascarenhas, Fernão Rodrigues de Brito, Fernão de Sousa, Francisco Barreto, filho de Nuno Rodrigues Barreto, Francisco Casado de Carvalho, D. Francisco Coutinho, Francisco Domingues de Beja, filho de Rodrigo Afonso de Beja, Francisco Henriques, Francisco de MeIo, filho de Simão de MeIo, D. Francisco de Meneses, filho de D. Fernando de Meneses, D. Francisco Manuel, filho de D. João Manuel, D. Francisco de Moura, filho de D. Luiz de Moura, D. Francisco Pereira, Francisco Sodré, Francisco de Távora, coronel do terço do Algarve, D. Francisco de Vilaverde, filho de D. Pedro de Vilaverde, Garcia Afonso de Beja, filho de Rodrigo Afonso de Beja, Garcia de MeIo, filho de Simão de MeIo, D. Garcia de Meneses, da casa dos condes de Viana, Gaspar Nunes, D. Gaspar de Teive, Gomes Freire de Andrade, de Bobadela, Gomes de Sotomaior, D. Gonçalo de Castelo Branco, filho de D. Afonso de Castelo Branco, Gonçalo Nunes Barreto, alcaide mor de Loulé, filho de Nuno Rodrigues Barreto, Gregório Sanches de Noronha, Gregório Sernache, do Porto, Henrique Correia da Silva, filho de Ambrósio Correia, Henrique de Figueiredo, Henrique Henriques de Miranda, alcaide mor de Chaves, D. Henrique de Meneses, o Roxo, filho de D. Diogo de Meneses, da casa do Louriçal, D. Henrique de Meneses, filho de D. Francisco de Meneses, da casa de Tarouca, D. Henrique Moniz, sobrinho de D. António Moniz, D. Henrique Telo de Meneses, irmão de D. Jorge Telo de Meneses, pagem do guião, D. Jaime de Bragança, irmão do duque de Bragança, D. João, Jerónimo de Freitas, D. Jerónimo de Saldanha, filho de D. Luiz de Saldanha, Jerónimo Teles, filho de Fernão Teles, de Santarém, D. João de Abrantes, D. João de Almeida, filho de D. Duarte de Almeida, João Álvares da Cunha, João Brandão de Almeida, João de Carvalho Patalim, D. João de Castelo Branco, filho de D. Simão de Castelo Branco, João da Cunha, comendador de Malta, João da Gama, João Gomes Cabral, D. João Henriques, D. João Manuel, D. João Mascarenhas, filho de D. Vasco Mascarenhas, João Mendes, morgado de Oliveira, João de Mendonça Furtado, antigo governador da lndia, D. João de Meneses, filho de D. Manuel de Meneses, da casa do Lounçal, D. João de Meneses, filho de D. Pedro de Meneses, senhor de Cantanhede, D. João Pereira, filho de D. Francisco Pereira, D. João de Portugal, filho de D. Francisco de Portugal, D. João de Portugal, filho de D. Manuel de Portugal, João Quaresma, filho de Manuel Quaresma Barreto, D. João de Sá, filho de D. Duarte de Sá, João da Silva, filho de Lopo Furtado de Mendonça, João da Silva, filho de Lourenço da Silva, regedor da Justiça, João da Silveira, de Beja, João da Silveira, de Evora, D. João da Silveira, filho do conde da Sortelha, Jorge da Costa, D. Jorge de Faro, primo do conde de Odemira, D. Jorge de Lencastre, duque de Aveiro, e seu primo do mesmo nome, D. Jorge de MeIo, de Portalegre, D. Jorge de MeIo Coutinho, de Santarém, Jorge de MeIo da Cunha, Jorge da Silva, tio de Lourenço da Silva., D. Jorge da Silva da Gama, filho de D. Duarte da Gama, Leonel de Lima, filho de Jorge de Lima. D. Lopo de Alarcão, Lopo Mendes de Barros, Lopo de Sousa, Lopo Vaz de Sequeira, Lourenço Amado, Lourenço Guedes, Lourenço de Lima, filho de Jorge de Lima, D. Lourenço de Noronha, filho do conde de Linhares, Lourenço da Silva, regedor da Justiça, Lourenço de Sousa, filho de André Salema, Lucas de Andrade, Luiz de Alcáçova, filho de Pedro de Alcáçova Carneiro, D. Luiz de Almeida, irmão do arcebispo de Lisboa, D. Jorge de Almeida, Luiz Alvares de Távora, senhor do Mogadouro, Luiz de Castilho, D. Luiz de Castro, filho de D. Álvaro de Castro, D. Luiz Coutinho, conde do Redondo, D. Luiz Coutinho, cunhado de D. Miguel de Noronha, D. Luiz de Meneses, filho de D. Aleixo de Meneses, D. Luiz de Noronha, alcaide mor de Monforte, Manuel Correia Baharem, Manuel Correia Barreto, Manuel Côrte-Real, Manuel Fradique, D. Manuel de Lacerda, alcaide mor de Souzel, Manuel de Mendonça Cação, filho de João de Mendonça Cação, D. Manuel de Meneses, bispo de Coimbra, Manuel de Miranda, D. Manuel de Noronha, filho de D. Gomes de Noronha, D. Manuel de Portugal, filho do conde de Vimioso, Manuel Quaresma Barreto, Manuel Rolim, Manuel de Sousa, aposentador mor, Manuel de Sousa, filho de André de. Sousa, Manuel Teles, filho de Fernão Teles, de Santarém, Martlm Afonso de Sousa, filho de Pedro Lopes de Sousa, Martim Gonçalves, Martim Gonçalves da Câmara, filho de Luiz Gonçalves de Ataíde, Martim de Távora, D. Martinho de Castelo Branco, senhor de Vila Nova de Portimão, Mateus de Brito, filho de Lourenço de Brito, D. Matias de Noronha, Miguel de Abreu, irmão de Lopo de Abreu, Miguel Cabral, D. Miguel de Meneses, filho de D. Manuel de Meneses, da casa do Louriçal, Nuno Freire de Andrade, filho de Gomes Freire de Andrade, de Bobadela, D. Nuno Manuel, Pedro Alvares de Carvalho, irmão de Francisco Casado de Carvalho, Pedro de Carvalho Patalim, filho de João de Carvalho Patalim, D. Pedro de Castro, alcaide mor de Melgaço, D. Pedro da Cunha, Pedro Lopes de Sousa, filho de Martim Afonso de Sousa, governador da fndia, D. Pedro Mascarenhas, irmão de D. João Mascarenhas, Pedro de Mesquita, bailio de Leça, Pedro Moniz, filho de Bernardo Moniz, D. Pedro de Noronha, filho do conde de Linhares, D. Pedro da Silva, de Elvas, D. Pedro de Vilaverde, D. Rodrigo de Castro, da casa do Torrão, e seu sobrinho do mesmo nome, D. Rodrigo de MeIo, filho do conde de Tentúgal, D. Rodrigo Lobo, barão de Alvito, Rui de Figueiredo, Salvador de Brito, alcaide mor de Alter do Chão, D. Sancho de Faria, D. Sancho de Noronha, Sebastião Gonçalves Pita, Sebastião de Sá, irmão de Francisco de Sá de Meneses, Sebastião da Silva, filho de Fernão da Silva, D. Simão de Meneses, filho de D. Diogo de Meneses, da casa do Louriçal, D. Simão de Meneses, filho de D. Rodrigo de Meneses, da mesma casa, Simão da Veiga, Tomé da Silva, Vasco Coutinho e D. Vasco da Gama, conde da Vidgueira.
.

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#46009 | aburma | 06 août 2003 19:15 | In reply to: #46007

Caro João de Castro e Mello Trovisqueira,

Interessantíssima e exaustiva a sua informação!

No que diz respeito aos cativos, posso salientar aqui o mais importante deles todos: precisamente D. António, Prior do Crato, o qual, segundo o picaresco relato de Aquilino Ribeiro ("Príncipes de Portugal - Suas Grandezas e Misérias") se terá escapulido "disfarçado de mufti e com a ajuda de um judeu troca-tintas".

Um abraço

Alexandre

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46011 | jpcmt | 06 août 2003 19:43 | In reply to: #46009

Caro Alexandre,
A versão de Queiroz Veloso é um pouco diferente:

"O alarve, a quem D. António coubera, trazia-o tão miseravelmente vestido, que só podiam tomá-lo por um pobre soldado. Ao despi-lo encontrou-lhe o mouro o hábito de Malta." Um outro cativo "conseguiu convencê-lo de que era o distintivo de pároco duma rendosa igreja. Se não fosse resgatado antes do fim do ano, perderia o benefício [...] Ajustou-se o resgate por três mil cruzados que, sob máximo sigilo, forneceu Abraão Gibre, um judeu de Fez, a quem o Prior do Crato prestara alguns favores, quando governador de Tânger... etc."

Enfim, histórias que a História conta...

Grande abraço,
João

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46015 | aburma | 06 août 2003 22:42 | In reply to: #46011

Caro João,

Bom, a versão de Aquilino não é substancialmente diferente da de Queiroz Veloso, eu é que citava de memória. Ora tenha a maçada de ler:

"Era um alarve pobre do aduar do Xeque Tumulaco que, de sociedade com outros, arrebanhou uns quarenta cativos e, como uma récua e a trouxe-mouxe, os foram tangendo adiante deles, certos de que tinham ali boa melgueria a troco do resgate que pagariam ou vendendo-os como escravos. Uma vez na malhada dos beduínos, apontando a insígnia da Cruz de Malta ao peito, capacitou-os D. António que era mufti, um mufti de uma igrejola qualquer, e resgatou-se, com ajuda de um judeu troquilhas e especulador, por uma tuta e meia. Foi o primeiro português que se libertou do cativeiro, e tal facto só depõe a favor do seu engenho e avisada inteligência." Aqui, convenhamos, Aquilino faz campanha a-posteriori pelas pretensões do Prior do Crato!
(Aquilino Ribeiro, op.cit, "António I, Rei Efémero", pág. 200).

Grande abraço para si também

Alexandre

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46021 | jpcmt | 07 août 2003 10:30 | In reply to: #46015

Caro Alexandre,

Obrigado pela transcrição. Afinal, ambos os autores foram beber à mesma fonte...

Mais algumas informações:
Segundo Queiroz Velloso, conhecem-se os nomes de 105 cativos que foram resgatados. Cita apenas o Prior do Crato, Luiz da Silva, os futuros Condes de Linhares (D. Fernando de Noronha), do Redondo (D. João Coutinho), de Santa Cruz (D. Francisco de Mascarenhas), de Tentúgal (D. Nuno Álvares Pereira) e de Vila Nova de Portimão (D. Manuel de Castelo Branco). Evadiram-se D. João de Vasconcelos e D. Luiz Coutinho.
Faleceram no cativeiro: Álvaro Pires de Távora, irmão de Cristóvão de Távora, D. Antão de Almada, D. Fradique Manuel, D. Francisco de Portugal, védor da Fazenda, D. Jerónimo Manuel, João Tavares de Sousa, D. Jorge Telo de Meneses, D. Luiz de Meneses, alferes-mór, Nuno Furtado de Mendonça e Pero Moniz.

Outros nomes poderão estar nas "Jornadas de Àfrica" de Jerónimo de Mendonça, mas não tenho esta obra.

Um grande abraço,
João

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46025 | zepas | 07 août 2003 13:29 | In reply to: #46005

Caro Confrade Alexandre Burmester,

Se calhar, bem vistas as coisas, ainda se sentem nos nossos dias as consequências da batalha de Alcácer Quibir.

Por vezes há desastres cujas consequências são dificilmente reparáveis.

Cumprimentos,
JP

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46030 | aburma | 07 août 2003 15:58 | In reply to: #46021

Caro João,

Obrigado por mais esta achega.

Tenho notícia de três filhos de um antepassado meu

http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=183207

que estiveram em Alcácer-Quibir. Seus nomes são Domingos de Oliveira, Francisco de Oliveira e Estêvão de Serpa. Passo a citar um manuscrito familiar:

"António Rodrigues de Oliveira, Moço de Camara d'El-Rei D. Sebastião, casado com Júlia Nunes. Viviam na sua casa de Covelas; tiveram quatro filhos, três dos quais se distinguiram nas guerras d'África, morrendo lá dois, Domingos d'Oliveira e Francisco d'Oliveira; Estevam de Serpa, depois de captivo com os outros irmãos que acompanharam El-Rei D. Sebastião de quem eram Moços de Camara, e armados cavaleiros nos campos de batalha. Mas só Estevam de Serpa sobreviveu àquela horrível catástrofe, descaptivando-se à sua custa, continuou a pelejar em África, vingando-se na guerra contra os mouros do muito que sofreu no captiveiro e da desgraça do seu querido Rei e Senhor. Veio passados anos morrer em Lisboa onde tinha exercício activo no Paço. Era fidalgo cavaleiro."

Um abraço

Alexandre

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46033 | jpcmt | 07 août 2003 17:16 | In reply to: #46030

Caro Alexandre:

A tragédia foi extensa, e os cativos aos milhares, e creio que quase todos nós teremos
um antepassado vítima da hecatombe.
Por curiosidade também há nos meus papéis alguns exemplos, talvez ainda mais dramáticos, por respeitarem a adolescentes.
Assim, sobre António Soares de Araújo, bisavõ do Abade de Prozelo e de uma minha 6ª avó, aqui em:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=146353
pode ler-se num documento do meu arquivo:

"Nasceu este Antonio Soares no anno de 1563 embarcouse com El-Rey D. Seb.am a 24 de Junho de 1578 tendo quinze annos de idade com seu irmão Gaspar Gomes de doze @; esteve captivo nove annos resgatouse no @ de 1587 [....] morreu no mês de Outubro de 1604 com 41 años de idade, foi Cavalº fidalgo da Casa de sua Mg.de e lhe pagava sua moradia e se tratava com armas e cavallos".

Triste juventude e vida curta. E quantos outros
tiveram a mesma sorte?

Obrigado mais uma vez e novo abraço,
João

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46061 | Ricardo de Oliveira | 10 août 2003 15:34 | In reply to: #45999

Também podemos falar a respeito dos sobreviventes de Alcácer Quibir. Jorge de Albuquerque Coelho, filho do Donatário de Pernambuco e nascido no Brasil, participou da batalha e de acordo com a literatura (Varnhagen - História Geral do Brasil) ofereceu o seu cavalo a Dom Sebastião na refrega. Foi ferido e capturado. Não conseguiu andar durante sete meses e lhe tiraram "20 ossos" (sic). Recuperou-se e ofereceu a sua muleta ao altar de Nossa Senhora da Luz.
Marrocos e Norte da África - terra inútil, estéril, árida e repleta de infiéis ! Por que terra os nossos lutaram e morreram ? Não chegaram a conhecer o Centro-Sul do Brasil, uma das regiões do planeta mais férteis e com elevada capacidade agrícola e pecuária. Terra sempre verde, úmida, de clima fresco e o lugar no qual a língua portuguesa concentra milhões de pessoas atualmente. Mesmo com o nosso tradicional caos social já somos o segundo maior exportador mundial de grãos e há algum tempo atrás nos tornamos o primeiro exportador mundial de carne, produzida integralmente com pasto natural e verde ! O interior brasileiro está se tornando o grande celeiro mundial no século XXI. Venceremos plenamente um dia !
Qualquer um dos mortos de Alcácer, se tivesse vindo para o Brasil, seria o cabeça de um tronco genealógico com centenas de milhares de descendentes hoje em dia.
Descansem em paz os guerreiros de Alcácer, sem este espírito jamais estaríamos hoje aqui em Curitiba, Paraná, nesta terra maravilhosa e de clima excelente, fruto da conquista e colonização dos nossos antepassados.

Ricardo Costa de Oliveira

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Calor de Alcácer Quibir"

#46063 | Ricardo de Oliveira | 10 août 2003 15:56 | In reply to: #46061

Qual é a temperatura em Alcácer Quibir agora?
50ºC ?

Tempo agradável é aqui no meu pedaço !

Condições Atuais
Curitiba, Brasil
Conforme relatório de Curitiba, Brasil. Última atualização Domingo, 10 de Agosto de 2003, às 11:00 Hora Local (Domingo, 14:00 GMT)
10°C
Tempo bom
Sensação de 9°C
Vento: de Leste a Nordeste a 10 km/h
Umidade: 54%
Visibilidade: Ilimitada
Barômetro: 1.027,1 milibares
Íidice UV 5
Moderado
Última Atualização: 10/08 08:33h
Poucas nuvens e temperaturas baixas em todo o Paraná. No início da manhã foram verificadas geadas em grande parte do estado. A temperatura mais baixa foi registrada na região central, em Entre-Rios, com -2,4 ºC. Em Curitiba foi registrado 1,4 ºC

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46080 | magalp | 11 août 2003 12:39 | In reply to: #46033

Meu caro João

É realmente impressionante esta lista de mártires pela Pátria, por um ideal de antemão condenado já, a tão lamentável derrota...
O ardor da juventude d'El-Rei, uma última e mal calculada carga da velha Cavalaria Portuguesa, não na demanda do Santo Graal, sequer na conquista de praças estratégicas no norte de África, mas por uma questão política, por uma ingénua defesa duma causa perdida.
De resto, missão essa forte e repetidamente desaconselhada por Filipe II...

Esta longa lista elaborada por GP em jeito de homenagem aos nossos heróis na África de então, não pretende ser exaustiva, mas é já muito representativa para muitos e muitos de nós que por estas matérias nos interessamos...

Ali encontramos um ror de antepassados directos e colaterais; ali encontramos a lembrança da ruína de tantas e tantas casas ilustres. Uma espécie de triste repetição de Alfarrobeira, só que nesta lamentável gesta as vítimas foram prioritáriamente os primogénitos e não os segundos...

Não se lembrou o nosso bis-Vis Alexandre dos seus duplos avós (por pai e mãe) de Lamego, da Casa do Poço...
Na verdade, o desastre de Alcácer Quibir foi o princípio do fim daquela q. foi uma grande Casa em Lamego, em terras de Riba Douro.
É impressionante a documentação (hoje no Paço de Gominhães, na posse de Antonio Carvalho, legítimo representante daquela Casa do Poço), que relata as imensas perdas sofridas, as dezenas de "cavalos de batalha" e o muito "material sonante" entregue para resgaste de muitos acompanhantes de Diogo Lopes de Carvalho Rabello, o Morgado do Barroso, que ali quebrou a sua lança e morreu...
Contas feitas aos pagamentos então efectuados, verifica-se que a dívida era superior ao património e por aí a agonia daquela Casa, até à machada final com a derrota de D. Miguel, com a implantação do liberalismo 250 anos depois.

Como sempre acontece a quem honra as suas dívidas, depressa foram votados ao ostracismo e se a Corte Filipina não lhes deu qualquer benesse, menos ainda tiveram dos Braganças, pelo q. ao tempo de El-Rei Dom João V, não puderam fazer baixelas de prata, nem serviços brasonados na China, sequer adamascados da Pérsia e Índia...
Além-mar, o único governo q. tiveram foi numa árida ilha de Cabo Verde e razoáveis despesas de representação em Malta...
Mas podiam andar de cabeça alevantada debaixo do Páleo, a par do Bispo de Lamego, nas "Solennes Procissoens"!
E bem lembrados são pelo erudito Pe. M. Gonçalves da Costa, na sua "História do Bispado e Cidade de Lamego".

Regressado de férias não nas Seichelles, Caríbas, Varadero, ou Algarve, mas da económica e muito agradável Tarragona/Salou, o ponto de partida de D. Jaume e seus companheiros Guilhermes (agora com mais esclarecimento sobre os Montcadas e sua descendência...), para a conquista de Maiorca, foi com muito gosto q. li esta efeméride dos queridos amigos Genea, com a respectiva listagem q. consta já na BD. A minha devida vénia a tal alembrança.

Grande abraço!
Manuel Maria

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RE: Calor de Alcácer Quibir"

#46082 | magalp | 11 août 2003 13:01 | In reply to: #46063

Meu caro Mestre

Que inveja nos faz...

Pois o calor de Alcácer Quibir parece refletir-se um pouco em todos nós, tornados notícia de abertura nos telejornais por essa Europa, com a dantesca mostra das nossas manchas florestais a arder contínuamente...

E o mais triste é sabermos q. não aparecerá nenhum "Dom Sebastião por entre as névoas" que ponha cobro a todos estes demandos...

Não haverá por aí um outro Fernando Pinto capaz de acudir sériamente aos fogos florestais, tal como o vosso Engenheiro Paulista acudiu aos "fogos" da TAP!?

Sinceramente, creio que os nossos gestores políticos e administrativos estão muito "chamuscados" vai para 30 anos...
A minha esperança está a Poente, já que do Levante, os meus compatriotas teimam q. "nem bom vento nem bom casamento..."

Porca miséria, material e mental...

Abraços, com muito pouca esperança em dias melhores.

Manuel Maria

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RE: Calor de Alcácer Quibir"

#46085 | JCC | 11 août 2003 14:24 | In reply to: #46063

Caro Ricardo

Neste momento não sei, mas já estive 1 ou 2 vezes em Ksar El-Kebir (acho que é assim que se escreve) durante o mês de Agosto e o clima era semelhante ao do Sul de Portugal.

Fiz uma pausa e fui ver a meteorologia de Marrocos. Se bem que não haja dados para o sítioda batalha em Fez e em Meknes as previsões apontam para mínimas de 22 e máximas de 38. Se virmos Larache, mais para a costa atlantica temos 22 a 31, o que confirma o que disse acima.

Por curiosidade a primeira vez que ouvi chamar Batalha dos 3 Reis a este confronto foi exactammente numa das minhas estadias em Marrocos. Aí aprendi também o desastre que essa batalha significou também para aquele povo.

Cumprimentos

João Cordovil Cardoso

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46089 | jpcmt | 11 août 2003 16:22 | In reply to: #46080

Meu Caro Manuel Maria:

Não sei se foi o calor tórrido que nos aflige que trouxe à memória este tema, ao mesmo tempo horrível e palpitante. Mas não ficaria completo sem o corolário que aqui nos deixou e que li – e agradeço – com a costumada admiração.

Saúdo pois o seu regresso a estas partes -- que estavam a ficar monótonas.

Esperemos que Setembro nos traga a almejada oportunidade de um encontro, uma vez que o programado para este mês não se realizou por impossibilidades várias.

Até lá, um grande abraço do
João

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RE: belo perfil e mais listas

#46151 | Carlos Silva | 15 août 2003 11:34 | In reply to: #46033

Caro Joào,

Triste vida é certo, mas para o genealogista, que belo perfil de antepassado, fora do comum, protagonista da desastrosa aventura Africana e desventura nacional aos 15 anos, cativo em Africa do Norte até aos 24.
Guerras, viagens, desgraças e experienças fortes do passado, seja tudo o que o genealogista obviamente nào se deseja a si proprio no presente (e a ninguem), fazem contudo uma bela genealogia.
Pena que um tal individuo, rasgado pelas vicisitudes, arabista por força, conhecedor nào so dos usos e costumes norte-africanos, como tambem da condiçào do cativeiro e, podemos supor, da escravatura, nào tenha deixado memorias.
Afinal desgraça dele, sorte nossa, porque nào sào as vidas longas, pacatas, e felizes que fazem uma bela genealogia, assim como nào fazem literatura.
Algumas, nào poucas, das paginas do Fernào Mendes Pinto sào feitas de desgraças parecidas, e o seu antepassado nào deixa de lembrar o Miguel de Cervantes, cativo dos mouros, com a sua meia duzia de tentativas de fuga e o seu resgate.

Seja como for, um belo topico, com base numa interessante ideia.

As listas de protagonistas (mortos, vivos, feridos etc..) costumam ser dedicadas às vitorias mais do que às derrotas (nem sempre no entanto).
Como os americanos fizeram um belo memorial com o nome dos seus mortos no Vietname (duplicado no net), tambem podemos tecer pequenos "memoriais informais" sobre algumas batalhas importantes e nào so batalhas, mas alguns acontecimentos historicos.
Como tambem foi publicada no caderno do Expresso (n°1122, de 30 abril 1994) a extensa lista « os que nào voltaram » Angola-Guiné-Moçambique, de 8797 nomes (nome, posto, ramo, frente, data, causa).

Abraços

Carlos Paulo

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RE: belo perfil e mais listas

#46169 | jpcmt | 16 août 2003 12:03 | In reply to: #46151

Meu Caro Carlos Paulo:
As memórias são inimigas do repouso dos heróis, e talvez por isso a nossa curiosidade não tenha sido satisfeita; mas alguma coisa ficou, e os seus interessantes comentários dão uma nova dimensão ao tema.
E no que se refere a "outras listas", lembro também a possíveis interessados que num caderno do "Diário de Notícias de 23/9/1997 foi publicada uma longa lista de todos os militares condecorados durante as campanhas do Ultramar de 1961 a 1974.
Um grande abraço e obrigado,
João

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#46171 | aburma | 16 août 2003 19:10 | In reply to: #46080

Caro Primo do Poço,

Saúdo-te, e a todos, neste meu regresso, não de Alcácer-Quibir, mas também de tórridas paragens um pouco mais a norte (benditos 22 graus que me acolheram à chegada à Invicta!).

Não foi por esquecimento mas por falta de elementos que não mencionei aqui Diogo Lopes de Carvalho Rabello, da Casa do Poço de Lamego. Como muito be diz o João de Castro e Mello Trovisqueira, dificilmente algum de nós não terá tido um antepassado ou colateral em Ksar-El Kebir (é efectivamente assim que julgo que se pronuncia em árabe, mas quanto à ortografia, não disponho de teclado apropriado).

Interessante o que referes sobre o espólio do nosso Primo tenor, a quem tentarei abordar a esse propósito.

De debaixo do páleo te tiro o chapéu

Alexandre

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#170286 | MManuel | 17 oct. 2007 17:59 | In reply to: #45999

apesar de ser a anos este site vou tentar um nome Orlando Oliveira Rodrigues, sei que faleceu em Africa numa das guerras nas qual nao sei, pai Capitao Antonio Assuncao Rodrigues e mae Esperanca da Conceicao Oliveira Rodrigues.

O muito obrigado se este nome e conhecido. MManuel

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Guerras de África ... Houve várias, de facto

#170302 | salen | 17 oct. 2007 21:17 | In reply to: #170286

Caro participante,
Permita-me sugerir-lhe que situe melhor esse combatente no tempo.
É que, como já deve ter percebido, este tópico é sobre tempos bastante recuados.
Se o combatente que procura é mais recente, porque não consulta o Arquivo do Museu Militar, perto de Santa Apolónia, directamente, por mail, por telefone, é só ir ao site.
Cumprimentos.
Victor Ferreira

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#269469 | mpl | 29 janv. 2011 20:15 | In reply to: #46007

Nesta lista não vejo D. Francisco de Lima V Visconde de Vila Nova da Cerveira e seu filho D. João

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RE: "Os mortos de Alcácer Quibir" - Homepage de Genea

#269471 | mpl | 29 janv. 2011 20:43 | In reply to: #46007

Dentro dos principais deveria constar D. Francisco de Lima v Visconde Vila Nova Cerveira e seu filho D. joão .

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#408667 | irinasopas | 16 oct. 2018 21:22 | In reply to: #46007

Prezados,

Sou Irina Sopas, escritora. Neste momento, trabalho na produção de um livro de fantasia histórica, que se passa no período de D. Sebastião, porém, tenho encontrado dificuldade (pesquisas na internet e livros de história), em obter informações, sobre alguns nobres que o acompanharam para a Batalha de Alcácer-Quibir.

Se for possível, peço que me auxiliem, visto que necessito descobrir a que Casas pertenceram os seguintes nobres:

• João de Mendonça Furtado https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_de_Mendon%C3%A7a_Furtado

• Jorge de Lencastre, 2º Duque de Aveiro e 2º Marquês de Terras Nova
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_de_Lencastre,_Duque_de_Aveiro

• Duarte de Meneses, O d’Évora https://pt.wikipedia.org/wiki/Duarte_de_Meneses,_o_d%27%C3%89vora

• Miguel de Noronha (pela data de nascimento não é o 4º Conde de Linhares, isto é, https://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_de_Noronha,_4.%C2%BA_Conde_de_Linhares

• Francisco de Távora, Coronel do Terço do Algarve

• Vasco da Silveira, filho de Dom João Coutinho e Dona Genebra de Brito

Solicito encarecidamente, que me indiquem fontes para que eu possa consultar, e dar continuidade ao livro.


Grata pela atenção,

Irina Sopas
Email: irinasopas@hotmail.com
Site: http://irinasopas.com/

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Alcácer-Quibir

#408677 | saintclair | 16 oct. 2018 23:38 | In reply to: #408667

Campo de Batalha tinha +/- 70 Km2;
https://goo.gl/maps/VkqLLzPmC8y
-
Campo Batalha Alcácer-Quibir-04 Agosto de 1578;
https://www.youtube.com/watch?v=nCHwW7FBdWE
Cumprimentos
Sc.

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