Dr. Francisco Nunes da Silva
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Dr. Francisco Nunes da Silva
Caros confrades
Gostaria de saber a ascendência do Dr. Francisco Nunes da Silva, casado com Isabel Maria, de Estremoz. Foram pais de Francisco Nunes da Silva, Vedor Geral do Reino do Algarve, casado com D. Maria Antónia Agustín y Ubal Montaner, natural de Valencia d'El Cid.
Seria importante saber a ascendência deste meu meu avô em 9º grau.
Os meus melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Caros confrades,
Renovo o meu pedido, com os meus prévios agradecimentos.
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Caros confrades,
Agradeço novos dados, caso seja possível.
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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Francisco Nunes da Silva- Comissário de Mostras
Caros confrades,
Francisco Nunes da Silva, meu 8º avô, foi Vedor Geral da Gente de Guerra do Algarve (c. patente de 27.1.1722) e Juiz Vereador de Lagos (1752). Foi, também, Comissário de Mostras na guerra de Carlos III com Filipe V.
Tenho dúvidas relativamente às competências de um "Comissário de Mostras". Poder-me-ão elucidar?
Agradecido desde já.
Os meus melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Francisco Nunes da Silva- Comissário de Mostras
Caros confrades,
Reforço a questão relativa à função e competências de um "Comissário de Mostras".
Renovados cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Francisco Nunes da Silva- Comissário de Mostras
Artur Camisão Soares, saúde.
Alguns dos sentidos de "mostra" no Grande Dicionário Portuguez de Frei Domingos Vieira (1873) são:
- resenha, vista que se fazia à gente da guerra. - Passar mostra à tropa.
- passar mostra; revistar qualquer coisa para se reconhecer.
- mostra de gente; coetejo pompa, ostentação.
Haverá aí alguma pista?
Com os cumprimentos do
Luiz M. Sá
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RE: Francisco Nunes da Silva- Comissário de Mostras
Meu caro Luiz M. Sá,
Agradeço-lhe muito a sua resposta e os votos de boa saúde: que retribuo!
Por aquilo que afirma, e salvo melhor opinião, julgo que o "Passar mostra à tropa" constitua o melhor significado; o que vem de encontro, por sinal, à interpretração que eu avento.
Os meus melhores cmprimentos
Artur Camisão Soares
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Errata
Errata:
Onde se lê interpretração, deve-se ler interpretação.
Onde se lê cmprimentos, deve-se ler cumprimentos.
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RE: Errata
Caro Artur,
esbarrei por acaso com um trecho de Cardoso de Miranda (Cyclo das Gerações, introdução a um nobiliário fluminense, nas pp. 292/293) a palavra mostra em um contexto militar. Pode ser-lhe de alguma valia.
Um abraço do
Luiz
Aí vai:
Nasceu Pereira Ramos no Rio de Janeiro, em que foi baptizado na Freguezia da Sé, a 5 de Abril de 1682. Seus Paes o fizeram applicar aos estudos que elle seguiu com aproveitamento, e teria feito os maiores progressos pelo excellente talento de que a natureza o dotou, se os continuasse a seguir até até sciencias maiores. Porém as riquezas das Minas, que naquelle tempo attrahiram não só aos que viviam a muita distancia das Minas, não podiam deixar de produzir nelle muito effeito. Deixou os estudos, e passou a Minas Geraes, onde viveu bastantes annos, possuindo muitas horas, e fazendas rendosas, foi Capitão de Infanteria, e com esta patente serviu onze annos, baixando com ella das Minas em que se achava em soccorro da cidade do Rio de Janeiro, invadida pelos francezes no anno de 1713, acompanhando-o Antonio de Albuquerque Coelho, Governador das Minas e General do mesmo soccorro. Foi Capitão Mor da Villa do Ribeirão do Carmo, hoje cidade de Marianna, instituido no lugar do seu nascimento, fechou o seu assento nos seus engenhos de Marapicú e Cabuxú, havendo conservado o que possuia em Minas, o do Garma, que depois alienou pela difficuldade da administração. Ali todo o seu cuidado foi augmentar as suas fazendas para deixar um bom patrimonio a seus filhos, obrigando o Governador do Rio de Janeiro, na occasião das ultimas guerras da Colonia, e todos os paisanos a apparecerem na cidade, e passarem mostra nos seus regimentos, e causando-lhe esta ordem detrimento por haver de tirar do seu serviço durante o tempo das amostras muitos homens que elle trazia occupados no serviço e administração de suas fazendas, requereu ao Governador referido, pedindo lhe quizesse isentá-los e dispensá-los da execução de sua ordem. Concedeu-lhe o Governador o que pediu como condição que elles se encarregariam de arregimentar todos os moradores da Freguesia da Nossa Senhora da Conceição de Marapicú e Juari, e faculdade de formar companhias e nomear-lhes os capitães, para estarem promtos a servir na defesa daquella cidade se occasião se pedisse, para cujo effeito lhe passou patente de Capitão Mor daquelle districto, que se comprehendia nos limites das duas referidas Parochias. Acceito o encargo para conseguir a isenção que pediram, e passando mostra em suas milicias achou muitos daquelles moradores sem armas. Não pode soffrer o seu coração que se conservassem assim. Mandou comprar espingardas, que o mesmo Governador depois ajustou a instancia sua, e destribuiu-as gratuitamente pelos que achou desarmados.
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RE: Errata
Caro Luiz M. Sá,
Julgo que esta sua mensagem é muito elucidativa.
O "Comissário de Mostras" seria, pois, um indivíduo com uma função predominantemente fiscalizadora: tratando de saber o estado e qualidade do equipamento e armamento utilizado em combate. Não será assim?
Resta saber o grau hierárquico que essa função assumiu em Espanha, em particular no período citado.
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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Muito ajuda quem não atrapalha
Caro Artur,
picou-me a curiosidade sobre o comissário de mostra. Veja muestra, no diccionario da Academia Espanhola:
comisario, ria.
(Del b. lat. commissar?us, y este del lat. commissus, part. pas. de committ?re, cometer).
1. m. y f. Persona que tiene poder y facultad de otra para ejecutar alguna orden o entender en algún negocio.
2. m. y f. Funcionario cualificado de la Policía criminal.
3. m. y f. Miembro de la comisión de la Unión Europea.
4. f. coloq. p. us. Mujer del comisario.
comisario de entradas.
1. m. En algunos hospitales, empleado que tomaba razón de los enfermos que entraban en ellos a curarse y de los que salían ya curados.
comisario de guerra.
1. m. Mil. Jefe de Administración militar al cual se encomendaban diversas funciones de intendencia e intervención.
comisario de la Inquisición, o comisario del Santo Oficio.
1. m. Cada uno de los ministros sacerdotes que representaba a este antiguo Tribunal eclesiástico en los pueblos principales del reino.
~ de Policía.
1. m. y f. Máxima autoridad policial de un distrito.
comisario general.
1. m. Mil. Funcionario que desde el siglo XVI, y a las inmediatas órdenes del general y su lugarteniente, se ocupaba de la intendencia.
2. m. En la Orden de San Francisco, título que se daba a religiosos encargados de diversas funciones de gobierno. Comisario general de Indias, de Jerusalén, de Tierra Santa.
comisario general de Cruzada.
1. m. Persona eclesiástica que, por facultad pontificia, tenía a su cargo los negocios pertenecientes a la bula de la Santa Cruzada.
~ político, ca.
1. m. y f. En algunos países, representante de los organismos políticos directivos adscrito a los mandos militares, especialmente en tiempo de guerra, para intervenir en sus decisiones.
? V.
revista de comisario
testamento por comisario
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e revista de comisario
de comisario.
1. f. Mil. Inspección que a principios de mes hace el comisario de guerra para comprobar el número de individuos de cada clase que componen un cuerpo militar y abonarles su paga.
~ de inspección.
1. f. Mil. La que de tiempo en tiempo pasa el inspector o director general, o, en su nombre, otro oficial de graduación, a cada uno de los cuerpos militares, examinando su estado de instrucción y disciplina, el modo con que ha sido gobernado por los inmediatos jefes, la inversión y estado de caudales y todo cuanto pertenece a la mecánica del cuerpo.
~ musical.
1. f. revista (? espectáculo en el que alternan números dialogados y musicales).
pasar ~.
1. fr. Dicho de un jefe: Ejercer las funciones de inspección que le corresponden sobre las personas o cosas sujetas a su autoridad o a su cuidado.
2. fr. Dicho de una autoridad o de un personaje: Pasar ante las tropas que le rinden honores.
3. fr. Examinar con cuidado una serie de cosas.
suplicar en ~.
1. fr. Der. Recurrir ante los tribunales superiores contra la sentencia de ellos mismos en una causa o pleito.
Real Academia Española © Todos los derechos reservados
Cumprimenta-o o
Luiz
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RE: Muito ajuda quem não atrapalha
Caro Luiz,
Vejo que reuniu uma panóplia, muito significativa, de "significantes" e correspondentes "significados", facto que muito lhe agradeço.
Estou muito mais esclarecido.
Renovados cumprimentos
Artur
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RE: de D. Ana Narcisa Joaquina Montóia
Ascendência de D. Ana Narcisa Joaquina Montóia
N. Lagos, filha de Gonçalo Marreiros de Arez, pagador geral do Reino do Algarve, e de sua mulher D. Antónia Francisca Josefa da Silva Montoia (TT., RP, Lagos SM, C6, 55v-56), esta b. Estremoz (Stº André) a 24.5.1713 e casada em Vila do Bispo a 7.6.1733, neta pat. Do Capitão Domingos Marreiros de Arez e de sua mulher Catarina Furtado, nats. de Vila do Bispo; neta mat. Do Vedor-Geral Francisco Nunes da Silva, n. Estremoz, que segue, e de sua mulher D. Maria Antónia y Ubal Montaner, n. Valença Del Cid, que segue (avós mat. De Joaquim Tomás de Mendonça Pessanha Mascarenhas, FCA, que foi do Regº de Infª de Tavira, n. Castro Marim 20.1.1764, pai de Fernando Maria de Mendonça Pessanha Mascarenhas, Tenente-Coronal de Mílicias de Faro, FCA, n. Cádiz [N.S. do Rosário] 29.05.1788, primo em 3º de José de Brito Guerreiro Mascarenhas e Aboím, COS, Capitão de Cavalos das ordenanças de Lagoa n. Faro [Sé] 21.4.1763.
Francisco Nunes da Silva, filho do Dr. Francisco Nunes da Silva, e de Isabel Maria (TT,FF,PJN, m23 nº1 Lázaro Antº de Araújo e Sousa Agustin, fls, 94,96,98,99;TT, Chª D. João V, liv 59, fl.335; e provedor das almadravas do Algarve, segundo o atestado de Lázaro Moreira Landeiro Côrte-Real, CSO, Vigário da Vara e Prior da Matriz de Lagos, passado nesta cidade aos 30.8.1768 (TT,FF-PJN. M23, nº1, Lázaro Antº de Araújo e Sousa Agostim, fl 91); TT,RP, Lagos (SM).
Dª Maria Antónia Agustin y Ubal Montaner, n. Valença Del Cid [S.João do Mercado] + Lagos [SM] 11.8.1772 (TT,RP, Lagos (SM), c5, 128v; ibid, o2, fls. 48v-49, TT, CN-PJN, m42 nº9 Joaquim Tomás de Mendonça Pessanha (pública-forma do seu assento de baptismo), filha de Don Salvador Agustin (Ubal Montaner) (TT,CN-PJN, m42 nº9 Joaquim Tomás de Mendonça Pessanha (pública-forma do seu assento de baptismo); TT,FF-PJN, m23 nº1 (Lázaro António de Araújo e Sousa), fl.98 (atestado de Bento Romaguera Colomér, natural do Reino de Catalunha, Capitão de Infantaria e Governador da Fortaleza de Stº Antº de Tavira): “Atesto que em rezão de ter sido Alferes de hum regimento de cavvalaria na guerra de Carlos 3º com Felipe 5º conheci a D. Salvador Augustim pesoa muito destinta do Reino de Valença, e nelle cappitam de cavallos, Senhor de Foyos, e Alcaide mór deMolvedres; o qual D. Salvador Augustin teve hua filha de sua primeyra mulher D. Maria Sorrives Ubal, chamada D.Maria Antónia Augustim, que cazou com Francisco Nunes da Sylva Comissário de mostras que então hera, e com elle se pasou ao Reyno de Portugal; e rezedindo na prouincia de Alenteyo, pasou para este Reyno do Algarve com o ditto seu marido, que veyo a excerser o posto de Vedor Geral do dito Reyno; aonde morreu: o que tudo sendo nesessario juro as Santos Evangelhos Tavira 5 de Setembro de 1765 Bento Romaguera Colomér”
E de sua mulher D. Maria Surribes Ubal, ibid, TT-FF-PJN, m23 nº1 Lázaro Antº, fl 98.
Fonte:
FCAA, Miguel Maria Telles Moniz Côrte-Real, páginas, 99-100-101,193-194-195
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Provedor das Almadravas
Caros confrades,
As almadravas eram armações que consistiam numa rede de cerco (o copo) fixa por bóias e pesos. O atum era encaminhado para ela através de um sistema de redes, de duas formas:
1. Atum de direito- quando este se dirigia para o Mediterrâneo
2. Atum de revés- quando o atum regressava do Mediterrâneo
A descarga do peixe dava-se quando o "copo" estava cheio. Fechava-se e levantava-se, então, o cerco, e os pescadores arpoavam-nos e fisgavam-nos com "bicheiros" para depois os colocarem no interior das embarcações. Em seguida, os atuns eram transportados para Lagos onde eram "fumados" e posteriormente vendidos na feitoria real. O escrivão anotava a quantidade do peixe e o capelão prestava o serviço religioso.
Transcrevo, com a devida vénia, um excerto do livro "A CIDADE E O TERMO DE LAGOS NO PERÍODO DOS REIS FILIPES, pp. 185-186"; da autoria de Fernando Cecílio Calapêz Corrêa:
«...Quando Filipe II cingiu a Coroa de Portugal, as almadravas regiam-se pelo teor de um alvará de D. Sebastião, dado em Lisboa a 26 de Abril de 1578, ligeiramente aclarado por outros dois de 7 e 17 de Março do ano seguinte, assinados já pelo Cardeal-Rei D. Henrique. Consoante a disposição sebástica, a pescaria exercia-se todos os anos desde 1 de Março até 30 de Junho e apenas com o pessoal estritamente necessário, constituído por gente prática. Os seua atalaias tinham de contribuir com duas partes das redes e no fim de cada safra tinham de prestar contas à Justiça dos atuns ou outros peixes que vendessem nas sua armações. Estes, bem como o restante pessoal, ficavam isentos de ir aos alardos enquanto durasse a faina, não só para a defesa das mesmas, como também para que as capturas não diminuíssem. Por sua vez, a venda dos peixe, trazido à Feitoria de Lagos, tinha de passar a ser registada num Livro de Receita. E enquanto este lá fosse descarregado, nenhum oficial ou qualquer outra pessoa o podia marcar para o vender aos mercadores por qualquer preço.
Parece que pelos anos de 1578-79 a colheita foi muito abundante porque em 7 de Março de 1579 o Cardeal-Rei D. Henrique ordenou que, em virtude de morrer muito pescado nas almadravas e de algum se perder, se pusessem mais dois guardas, quando necessário. Ao mesmo tempo, e para se evitarem problemas relacionados com a esfera de competências da cada funcionário régio, foram definidas as funções do Provedor das Almadravas, consoante a letra do alvará de 17 de Março desse mesmo ano: só tinha de prestar contas à Mesa do Despacho da Fazenda do Rei e nos assuntos locais das almadravas não se podia intrometer nenhum outro oficial da Justiça nem da Fazenda. Por sua vez, o provedor das almadravas passava a contratar com os tanoeiros encarregues de fabricar os barris necessários para se acondicionar o atum. Ao mesmo tempo era-lhe cometida a tarefa de assinar e de numerar as folhas de todos os livros a serem usados pelos escrivães e mais oficiais das almadravas. Com estes actos de D. Henrique fica reconhecida a não só a necessidade de autonomizar a administração das almadravas, mas principalmente a sua importância para a Coroa.
Em 30 de Março de 1583 Filipe II entendeu dar um novo regulamento (regimento) às almadravas, mas pouco alterou o anterior. Limitou-se a renovar a proibição de os atalaias, os mandadores e os armadores venderem peixe fora da lota e Lagos, agora sob pena de perderem os cargos e de multa de 20 cruzados, sendo metade para a redenção dos cativos e metade para o acusador. Este agravamento indica que os descaminhos eram frequentes. O rei mandou também que as armações estivessem em laboração até 10 de Junho de cada ano, a fim de recuperar os acertos motivados pela introdução do calendário gregoriano.
Nova actividade legislativa por parte dos reis Filipes só voltou a ocorrer em 16 de Maio de 1608. Nesta data, D. Estevão de Faro, Vedor da Fazenda, mandou ao provedor da comarca do Reino do Algarve, Pedro de Mariz Pereira, que então servia de provedor das almadravas, que não deixasse entrar na Lota de Lagos nenhum estranho às operações mercantis relativas ao atum, no momento em que estas se realizassem. Igualmente, não podia entrar nenhum estranho às armações enquanto se pescasse, o que seria difícil de conseguir. Ao mesmo tempo mandava que se procedesse com moderação nas esmolas dadas e qaue estas fossem devidamente registadas. Estas medidas constituem, talvez, sinal de extravio.
Infelizmente, não se pode dizer quanto rendeu cada almadrava à Coroa e consequentemente quanto renderam as as armações sitas no termo de Lagos. Apenas se conseguiou apurar que comparticiparam para o seu rendimento global. Assim, em 1580 Filipe II arrendou todas as almadravas a Manuel Duarte da Costa pelo quantitativo de 30 contos de réis. Apesar deste elevado preço o arrematante tirou elevados lucros. Este rendimento da Coroa manteve-se até 1586, ano em que Manuel Duarte renovou o contrato por mais três anos e pela mesma importância.
Em 1589 o rendeiro passou a ser Ambrósio Castello, pela quantia anual de 31 contos, forros para a Fazenda Real, além das mais obrigações. Este contrato manteve-se até 1602. No ano seguinte os rendeiros constituiram uma associação encabeçada por Diogo Lopes Pinto, os quais pagaram, até 1608, 23,5 contos anuais. Em 1609 Rui Gomes da Costa, associado a Nicolau Castanho, voltou a arrematá-las pela quantia de 10,5 contos anuais. Mas este "quebrou" em 1612 "pellos muitos contractos que tinha" e em 1613 as almadravas passaram a ser armadas pelos mandadores; renderam anualmente à Fazenda Real 17 contos de réis. Em 1615 foram novamente arrendadas, mas desta vez juntamente com as artes da sardinha de Lagos, a Luís Vaz de Resende pela quantia de 18 contos anuais. O contrato foi renovado por 3 anos em 11 de Abril de 1620 mas apenas pelo valor de 10 contos anuais. A Luís Vaz, seguiu-se, até 1629, o arrematante Diogo Fernandes Sequeira, a troca da anuidade de 8,5 contos de réis.
Nos dois anos seguintes; 1630 e 1631, foram novamente armadas pelos mandadores, que "tiveram a vantagem do rendimento", mas não se sabe a quanto montou. O mesmo repetiu-se no ano seguinte, mas já com dinheiro de empréstimo. Em 1633 foram arrematadas por Matias do Amaral Leitão, após complicadas consultas ao Rei por parte do Conselho da Fazenda, mas o arrematante não satisfez as finanças. Em 1630 renderam para a Coroa 2,1 contos de réis e em 1632 4,6 contos, quantitativo que de 1639 a 1644 ascendeu a 5,6 contos. Após este ano foram arrendadas a João Roiz da Fonseca por 3,2 contos anuais.
Como se pode constatar, neste período o rendimento da Coroa baixou consideravelmente: de um máximo de 31 anuais para um mínimo de 2,1 contos. A razão encontra-se num manuscrito da Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa: foi a adopção dos contratos de arrematação, pois os contratantes que passaram a substituir o Rei no fornecimento das matérias primas para que as armações pudesssem funcionar, impuseram aos mandadores tais condições e apertaram-nos tanto com os preços dos materiais, que estes faliram. Daí os empréstimos contraídos em 1632. Antes, quando o arrendamento era feito directamente ao Rei, pelos mandadores, estes enriqueciam e davam com largueza esmolas a conventos, a irmandades e ao pobres. Além de terem de pagar anualmente a dízíma velha ao conde de Vila Nova de Portimão, na pessoa de D. Martinho de Castello-Branco, acto confirmado por D. João III em Coimbra em 6 de Dezembro de 1528, por D. Sebastião em Almeirim em 8 de Fevereiro de 1575 e por Filipe II em Lisboa em 16 de Novembro de 1591; e na pessoa de seu neto, D. Manuel de Castello-Branco, por Filipe IV em 16 de Setembro de 1625.
Nas águas circundantes do termo de Lagos localizavam-se as seguintes almadravas: Torraltinha; Torralta; Burgau; Almadana; Zavial; Baleeira; Cabo, na Baía de Sagres; e Boliche ou Barcaceira, entre os cabos de Sagres e de S. Vicente. Esta última não ficava na costa oeste, para além da Torre de Aspa, como por lapso, em algures se afirma: Boliche, também por vezes grafado Beliche, são dois nomes da mesma armação...»
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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Adenda
Caros confrades,
A transcrição que fiz abarca as pp. 185-187. Feita a ressalva, resta dizer que brevemente abordarei a questão da Administração das Almadravas e sua ligação ao poder central. Nomedamente a sua organização em termos hierárquicos.
Renovados cumprimentos
Artur Camisão Soares
P.S. As minhas desculpas pela má apresentação da mensagem anterior. Deveria tê-la escrito, inicialmemte, em "word". O texto seria corrigido e estéticamente apresentaria outro aspecto.
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Provedor das almadravas
Caros confrades,
As almadravas eram armações que consistiam numa rede de cerco (o copo) fixa por bóias e pesos. O atum era encaminhado para ela através de um sistema de redes, de duas formas:
1. Atum de direito- quando este se dirigia para o Mediterrâneo
2. Atum de revés- quando o atum regressava do Mediterrâneo
A descarga do peixe dava-se quando o “copo” estava cheio. Fechava-se e levantava-se, então, o cerco, e os pescadores arpoavam-nos e fisgavam-nos com “bicheiros” para depois os colocarem no interior das embarcações. Em seguida, os atuns eram transportados para Lagos onde eram “fumados” e posteriormente vendidos na feitoria real. O escrivão anotava a quantidade do peixe e o capelão prestava o serviço religioso.
Transcrevo, com a devida vénia, um excerto do livro “A CIDADE E O TERMO DE LAGOS NO PERÍODO DOS REIS FILIPES, pp. 185-187”; da autoria de Fernando Cecílio Calapêz Corrêa:
«...Quando Filipe II cingiu a Coroa de Portugal, as almadravas regiam-se pelo teor de um alvará de D. Sebastião, dado em Lisboa a 26 de Abril de 1578, ligeiramente aclarado por outros dois de 7 e 17 de Março do ano seguinte, assinados já pelo Cardeal-Rei D. Henrique. Consoante a disposição sebástica, a pescaria exercia-se todos os anos desde 1 de Março até 30 de Junho e apenas com o pessoal estritamente necessário, constituído por gente prática. Os seua atalaias tinham de contribuir com duas partes das redes e no fim de cada safra tinham de prestar contas à Justiça dos atuns ou outros peixes que vendessem nas sua armações. Estes, bem como o restante pessoal, ficavam isentos de ir aos alardos enquanto durasse a faina, não só para a defesa das mesmas, como também para que as capturas não diminuíssem. Por sua vez, a venda dos peixe, trazido à Feitoria de Lagos, tinha de passar a ser registada num Livro de Receita. E enquanto este lá fosse descarregado, nenhum oficial ou qualquer outra pessoa o podia marcar para o vender aos mercadores por qualquer preço.
Parece que pelos anos de 1578-79 a colheita foi muito abundante porque em 7 de Março de 1579 o Cardeal-Rei D. Henrique ordenou que, em virtude de morrer muito pescado nas almadravas e de algum se perder, se pusessem mais dois guardas, quando necessário. Ao mesmo tempo, e para se evitarem problemas relacionados com a esfera de competências da cada funcionário régio, foram definidas as funções do Provedor das Almadravas, consoante a letra do alvará de 17 de Março desse mesmo ano: só tinha de prestar contas à Mesa do Despacho da Fazenda do Rei e nos assuntos locais das almadravas não se podia intrometer nenhum outro oficial da Justiça nem da Fazenda. Por sua vez, o provedor das almadravas passava a contratar com os tanoeiros encarregues de fabricar os barris necessários para se acondicionar o atum. Ao mesmo tempo era-lhe cometida a tarefa de assinar e de numerar as folhas de todos os livros a serem usados pelos escrivães e mais oficiais das almadravas. Com estes actos de D. Henrique fica reconhecida a não só a necessidade de autonomizar a administração das almadravas, mas principalmente a sua importância para a Coroa.
Em 30 de Março de 1583 Filipe II entendeu dar um novo regulamento (regimento) às almadravas, mas pouco alterou o anterior. Limitou-se a renovar a proibição de os atalaias, os mandadores e os armadores venderem peixe fora da lota e Lagos, agora sob pena de perderem os cargos e de multa de 20 cruzados, sendo metade para a redenção dos cativos e metade para o acusador. Este agravamento indica que os descaminhos eram frequentes. O rei mandou também que as armações estivessem em laboração até 10 de Junho de cada ano, a fim de recuperar os acertos motivados pela introdução do calendário gregoriano.
Nova actividade legislativa por parte dos reis Filipes só voltou a ocorrer em 16 de Maio de 1608. Nesta data, D. Estevão de Faro, Vedor da Fazenda, mandou ao provedor da comarca do Reino do Algarve, Pedro de Mariz Pereira, que então servia de provedor das almadravas, que não deixasse entrar na Lota de Lagos nenhum estranho às operações mercantis relativas ao atum, no momento em que estas se realizassem. Igualmente, não podia entrar nenhum estranho às armações enquanto se pescasse, o que seria difícil de conseguir. Ao mesmo tempo mandava que se procedesse com moderação nas esmolas dadas e que estas fossem devidamente registadas. Estas medidas constituem, talvez, sinal de extravio.
Infelizmente, não se pode dizer quanto rendeu cada almadrava à Coroa e consequentemente quanto renderam as armações sitas no termo de Lagos. Apenas se conseguiu apurar que comparticiparam para o seu rendimento global. Assim, em 1580 Filipe II arrendou todas as almadravas a Manuel Duarte da Costa pelo quantitativo de 30 contos de réis. Apesar deste elevado preço o arrematante tirou elevados lucros. Este rendimento da Coroa manteve-se até 1586, ano em que Manuel Duarte renovou o contrato por mais três anos e pela mesma importância.
Em 1589 o rendeiro passou a ser Ambrósio Castello, pela quantia anual de 31 contos, forros para a Fazenda Real, além das mais obrigações. Este contrato manteve-se até 1602. No ano seguinte os rendeiros constituíram uma associação encabeçada por Diogo Lopes Pinto, os quais pagaram, até 1608, 23,5 contos anuais. Em 1609 Rui Gomes da Costa, associado a Nicolau Castanho, voltou a arrematá-las pela quantia de 10,5 contos anuais. Mas este “quebrou” em 1612 “pellos muitos contractos que tinha” e em 1613 as almadravas passaram a ser armadas pelos mandadores; renderam anualmente à Fazenda Real 17 contos de réis. Em 1615 foram novamente arrendadas, mas desta vez juntamente com as artes da sardinha de Lagos, a Luís Vaz de Resende pela quantia de 18 contos anuais. O contrato foi renovado por 3 anos em 11 de Abril de 1620 mas apenas pelo valor de 10 contos anuais. A Luís Vaz, seguiu-se, até 1629, o arrematante Diogo Fernandes Sequeira, a troca da anuidade de 8,5 contos de réis.
Nos dois anos seguintes; 1630 e 1631, foram novamente armadas pelos mandadores, que “tiveram a vantagem do rendimento”, mas não se sabe a quanto montou. O mesmo repetiu-se no ano seguinte, mas já com dinheiro de empréstimo. Em 1633 foram arrematadas por Matias do Amaral Leitão, após complicadas consultas ao Rei por parte do Conselho da Fazenda, mas o arrematante não satisfez as finanças. Em 1630 renderam para a Coroa 2,1 contos de réis e em 1632 4,6 contos, quantitativo que de 1639 a 1644 ascendeu a 5,6 contos. Após este ano foram arrendadas a João Roiz da Fonseca por 3,2 contos anuais.
Como se pode constatar, neste período o rendimento da Coroa baixou consideravelmente: de um máximo de 31 anuais para um mínimo de 2,1 contos. A razão encontra-se num manuscrito da Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa: foi a adopção dos contratos de arrematação, pois os contratantes que passaram a substituir o Rei no fornecimento das matérias primas para que as armações pudesssem funcionar, impuseram aos mandadores tais condições e apertaram-nos tanto com os preços dos materiais, que estes faliram. Daí os empréstimos contraídos em 1632. Antes, quando o arrendamento era feito directamente ao Rei, pelos mandadores, estes enriqueciam e davam com largueza esmolas a conventos, a irmandades e ao pobres. Além de terem de pagar anualmente a dízima velha ao conde de Vila Nova de Portimão, na pessoa de D. Martinho de Castello-Branco, acto confirmado por D. João III em Coimbra em 6 de Dezembro de 1528, por D. Sebastião em Almeirim em 8 de Fevereiro de 1575 e por Filipe II em Lisboa em 16 de Novembro de 1591; e na pessoa de seu neto, D. Manuel de Castello-Branco, por Filipe IV em 16 de Setembro de 1625.
Nas águas circundantes do termo de Lagos localizavam-se as seguintes almadravas: Torraltinha; Torralta; Burgau; Almadana; Zavial; Baleeira; Cabo, na Baía de Sagres; e Boliche ou Barcaceira, entre os cabos de Sagres e de S. Vicente. Esta última não ficava na costa oeste, para além da Torre de Aspa, como por lapso, em algures se afirma: Boliche, também por vezes grafado Beliche, são dois nomes da mesma armação...»
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: de D. Ana Narcisa Joaquina Montóia
Caro Luís Camizão,
Sou sétimo neto de Francisco Nunes da Silva "Vedor Geral das Munições das Tropas do Algarve" e de sua mulher Maria Antónia Agustin Ubal Montener (filha esta de Don Salvador Agustin Ubal , Alcaide de Morviedro, e de Maria Suribio).
Dos primeiros, nasceu Feliciana Tomázia de Aquino da Silva, casada com Francisco de Mendonça Pessanha Mascarenhas, coronel de infantaria.
Um filho destes, Joaquim Tomás de Mendonça Pessanha, cadete do Regimento de Infantaria de Tavira, Agente dos Negócios de Portugal junto do Conselho Supremo de Sevilha, Consul Geral de Portugal em Cádiz, foi Fidalgo de Cota de Armas (CBA de 30.6.1806, escudo esquartelado de Pessanhas, Mascarenhas, Mendonças e Silvas). Casou com Gertrudes Gomez Gonzalez Ramos del Barco e tiveram dois filhos: I) Fernando Maria de Mendonça Pessanha Mascarenhas, também Fidalgo de Cota de Armas e marido de D.Maria Francisca da Paz de Bivar Weinholtz; II) Joaquim Tomás de Mendonça Pessanha Mascarenhas, casado com Maria do Carmo Mendes.
Foi filha deste último casal, Isabel Adelaide de Mendonça Pessanha (*S.Bartolomeu de Messines, 1826 + Faro, 1882), mulher de António Lúcio Telles Moniz Côrte-Real, Tenente Coronel de Caçadores, cavaleiro da Torre-e-Espada, etc. Foram estes os meus trisavós na varonia.
Não possuo nenhumas informações sobre as famílias valencianas Agustin, Ubal, Montener e Suribio, mas naturalmente gostava de saber alguma coisa mais sobre esta gente.
Um abraço,
Nuno Maria Côrte-Real
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RE: de D. Ana Narcisa Joaquina Montóia
Caro Nuno Maria Côrte-Real,
Por enquanto, e infelizmente, estas são as únicas informações que possuo sobre os Agustin, Ubal, Montener e Suribio.
Vamos ver se aparece mais alguma informação, pois eu também estou muito interessado nesta gente, até pelo simples facto, de Dª Francisca Bernarda Xavier de Araújo e Sousa, uma das filhas do casamento de Roque Landeiro Pereira de Araújo e Sousa com Dª Ana de Borja de Montoia ter casado com o meu 4º avô, Lázaro Moreira Landeiro Camisão, ao tempo Governador de Vila Nova de Portimão, filho de José António Pereira de Araújo e Sousa, meu 5º avô.
Um abraço
Luis Camizão
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RE: Mendonça Pessanha
Caro Nuno Maria Côrte-Real:
Foi para mim muito interessante a sua recente intervenção neste tópico, uma vez que, não sendo descendente do Dr. Francisco Nunes da Silva, tenho ainda parentesco remoto com o seu ramo Mendonça Pessanha por outra via. De facto, D. Branca da Rocha, quarta avó de Joaquim Tomás de Mendonça Pessanha, era irmã de D. Violante Rodrigues Canelas, minha décima primeira avó. Ambas eram filhas de Belchior Fernandes Canelas, Pagador-Geral do Reino do Algarve, e D. Isabel Rodrigues Moreira.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Mendonça Pessanha
Caro Parente Rui Pereira,
Fico encantado pelo agora descoberto parentesco com um dos mais interessantes, rigorosos e cortezes frequentadores deste Forum! Sabia do meu antepassado Belchior Fernandes Canelas, mas desconhecia a existência da sua outra filha, Violante...
Um abraço
Nuno Côrte-Real
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RE: Mendonça Pessanha
Caro Luis Camizão,
Acho bastante graça ao facto de descobrir mais um parente, aqui no Forum. Alguns destes tópicos acabam por ser verdadeiras "Conversas em Família" !
Um abraço,
Nuno Côrte-Real
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RE: Mendonça Pessanha
Caro Parente Nuno Maria Côrte-Real:
Em primeiro lugar gostaria de agradecer os seus elogios.
Belchior Fernandes Canelas teve vários filhos além de D. Branca da Rocha e D. Violante Rodrigues Canelas. Esta última devia ser a primogénita, pois casou (certamente muito nova) em 1627 com Afonso Álvares Marreiros, de Estômbar, sendo pais de:
- D. Maria da Esperança Marreiros c. c. Tomé Rodrigues Pincho, com muita descendência ligada aos Correia Mascarenhas, Lobo Pessanha, Silveira, Figueiredo Mascarenhas, etc.. Estas ligações fazem com que Belchior Fernandes Canelas, sua filha Violante e outros descendentes sejam referidos na p. 80 do vol. II de "Famílias Nobres do Algarve" e foi ao estudar esse ramo que acabei por descobrir os erros de Sanches de Baena relativamente aos Ataíde Mascarenhas (os dados da descendência de Belchior Fernandes Canelas parecem no entanto estar correctos).
- João Álvares Marreiros c. c. D. Feliciana Correia de Figueiredo, com descendência nos Velez de Morais e nos Lamim (meus antepassados).
Não sou o único descendente de D. Violante que frequenta habitualmente este Fórum. Os Marreiros têm sido discutidos neste tópico:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=39870
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Mendonça Pessanha
Caro Parente Nuno Côrte-Real,
É realmente engraçado.
E é uma das virtudes da genealogia, e deste Forum.
Quanto menos se espera, eis que aparece mais um parente!
Um abraço para si, e claro está, para o seu irmão Miguel,
Luis Camizão
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RE: Mendonça Pessanha
Caro Rui Pereira,
Tenho andado afastada , noutros Paises, mas vi hoje este tópico,e estou a tentar retomar o ramo familiar português dos meus filhos.
Saberá qual a ligação entre os Figueiredo Mascarenhas (S.Bartolomeu de Messines) e uns Marreiros Leite (Algoz, presumo). São igualmente primos dos meus filhos, mas não encontro a ligação. Só sei que os encontrava sempre em Armação de Pêra, daí serem provavelmente de Algoz, ou perto.
Cumprimentos,
Cristina Cohen
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Nosso parentesco
Caro Parente Nuno Côrte-Real,
Tem sido muito grata, para mim, a constatação de várias ligações familiares. É sempre bom sabermos que "algo" nos une, que a "semente vingou". O exemplo paradigmático daquilo que afirmo, traduz-se: no meu encontro com o Luís Filipe, filho do meu primo Gonçalo (primo direito da minha avó Maria de Assunção), o qual não conhecia; o parentesco com o Rui Pereira (que muito me tem ajudado nestas "lides"); o facto de saber que sou parente do Francisco Vito Côrte-Real Negrão, meu amigo de infância, cujo pai, Coronel Piloto Aviador, foi "camarada de armas" do meu pai!
Meu caro Nuno, é importante cruzarmos dados com vista ao apuramento dos nossos comuns ancestros. Estou a pensar, p.e., nos Agustín: será que conseguimos estabelecer traçar a linha de ascendência de D. Salvador Agustín até Mosén Guilhém Agustín?
Alguns dados sobre a família Agustín:
Origem- Tem a sua origem em Aragão, na cidade de Fraga (Huesca), de onde passaram a Zaragoza, Cuenca, Burgos e Valencia. Tem o seu tronco em Mosén Guillén Agustín, secretário de D. Afonso IV de Aragão (meados do séc. XIV).
Armas- Em campo azul, uma estrela de ouro.
Um abraço
Artur Camisão Soares
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RE: Mendonça Pessanha
Cara Cristina Cohen:
Não tenho infelizmente informação específica sobre as pessoas que indica.
Há porém uma coincidência: Tomé Rodrigues Pincho, referido na minha mensagem anterior, era natural do Algoz, e aí nasceu em 1672 sua filha D. Maria de Oliveira Marreiros.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Nosso parentesco
Caro Artur,
Era interessante, de facto, subir mais umas quantas gerações nesta linha valenciana que temos em comum. Mesmo que não se chegue ao tal Guillen Agustin do século XIV (Agustin é um patronímico e deve haver "milhentas" familias com esse apelido, sem qualquer ligação entre si)...
Confesso que acho uma certa graça aos costados não portugueses, independentemente do estatuto que tivessem no país de origem...
De resto, talvez esta costela valenciana explique a minha predilecção pela "paelha"!!!
Um abraço amigo
Nuno Côrte-Real
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RE: Mendonça Pessanha
Caro Rui Pereira,
Obrigado pela indicação do tópico sobre os Marreiros. Aliás, tudo o que tenha a ver com gente de Estômbar e Mexilhoeira da Carregação interessa-me, pois a minha família tinha aí muitas ligações e um morgadio...
Com os melhores cumprimentos,
Nuno Côrte-Real
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RE: Nosso parentesco
Caro Nuno,
Concordo inteiramente consigo. Julgo que descendemos de Mosém Guillém Agustín, mas caso não seja esse o caso: avancemos na mesma. O que é fundamental, acima de tudo, é o aspecto genealógico da questão!
Agora, não me diga que gosta de "paelha"?! É que, fora de brincadeiras, é um dos meus pratos preferidos. Espero bem, que num dia próximo, tenha o prazer da sua companhia na "degustação" desse "pitéu"!!
Um abraço amigo
Artur Camisão Soares
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RE: Valência
Caro Artur,
Nem há que duvidar: a nossa comum predilecção pela "paella" há-de resultar desta comum ascendência valenciana!
Assim sendo, havemos de avaliar com toda a circunspecção a probabilidade de descendermos de Mosém Guillem Agustin em frente duma magnífica "paella"! É só uma questão de acertarmos os detalhes.
Um abraço
Nuno Côrte-Real
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RE: Valência
Caro Nuno Côrte-Real,
Posso dar duas sugestões para saborear em pleno tal petisco?
Restaurante Espanhol, Calçada Nova São Francisco, 2
Meson Andaluz, Cascaishopping - Alcabideche
Agora saí um pouco da genealogia, mas enfim...gastronomia e genealogia, por vezes fazem uma ligação interessante.
Já agora deixo-lhe aqui o meu mail:
camisao65arrobahotmail.com
Abraço
Luis Camizão
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RE: Valência
Caro Luiz Camizão,
Obrigado pelas sugestões, bem certeiras, por sinal!
Espero que se junte a esta árdua jornada genea-gastronómica dos descendentes portugueses de Don Salvador Agustin Ubal...
O meu mail é: alistaoarrobasapo.pt
Um abraço,
Nuno Côrte-Real
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RE: Valência
Caro Nuno Côrte-Real,
Com o maior prazer, sem dúvida!
E já agora, em complemento aos parentescos que o Artur referiu, seria injusto, não referir o parentesco, com o confrade e amigo José Berquó de Seabra, por parte dos Velasco de Molina.
Até breve,
Renovado abraço
Luis Camizão
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RE: Valência
Caro Nuno,
Mas então já se preparam as "cousas"...?! lol
Isto é fantástico. Dum momento para o outro, já se se fala em jornada genea-gastronómica. Pois, muito bem, que ela venha: será uma honra e um prazer!!
O meu mail é: arturcamisaoarrobanetcabo.pt
Renovado abraço
Artur
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RE: Valência
Caro Luís,
Claro que o Zé Berquó de Seabra não foi esquecido! Eu referi algumas pessoas com ascendência comum. Alias, o Zé, para não ir mais longe: será nosso parente pelos "Furtados de Mendonça". Ou não será assim?
Abraço
Artur
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RE: Montaner
Caro Nuno,
Uma pequena descoberta que fiz, possivelmente já conhece, mas vai à mesma.
Montaner
Según leemos en el "Diccionario de Apellidos Españoles", es el de Montaner un apellido, relativamente frecuente en las tierras de lengua catalana, que procede del sustantivo catalán arcaico montaner, "montanero, guarda de monte o dehesa".
Según el autorizado cronista Zurita, tuvo el apellido Montaner, muy antiguo solar en la villa de Biescas (Huesca).
En efecto, en la obra titulada "Diccionario de Heráldica Aragonesa", del tratadista Bizén d´O Río Martínez, se recoge que hubo un antiguo casal de los Montaner en la villa de Bielsa, cuyas ramas se extendieron a las villas de Biescas, Huesca, Lérida, Zaragoza, Valencia, Mallorca y Cerdeña.
Armas: El antes citado Bizén d´O Río Martínez recoge como armas propias de los Montaner de la casa de Bielsa y sus ramas aragonesas las siguientes: En campo de gules, un chevrón de oro, y en él tres águilas de sable.
Renovado abraço
Luis
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RE: Montaner
Caro Luis,
Apesar de já ter espreitado o apelido Montaner em alguns dicionários heráldicos espanhóis, não conhecia este texto em particular. Agradeço-lhe muito o envio destes dados.
Um abraço,
Nuno
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LLuís Domenèch i Mintaner
Caro Nuno,
Um dos ilustres membros da família "Montaner" foi: LLuís Domenèch i Montaner, o qual como pode verificar, p.e. na net, deixou vasta obra...!
Um abraço
Artur
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LLuís Domenèch i Montaner
Caro Nuno,
Um dos ilustres membros da família "Montaner" foi: LLuís Domenèch i Montaner, o qual como pode verificar, p.e. na net, deixou vasta obra...!
Um abraço
Artur
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RE: LLuís Domenèch i Mintaner
Caro Artur,
"Gracias" pela dica. Vou dar uma espreitadela.
Um abraço
Nuno
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RE: LLuís Domenèch i Montaner
Artur,
Acaso será aparentado com Salvador Dali I Domenèch, nascido no ano de 1804 em Figueres e falecido em 1989?
Abraço
Luis
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RE: LLuís Domenèch i Montaner
Caro Luís:
Talvez seja aparentado comigo, por este ramo:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=114626
Já agora, espero também chegar aos 185 anos.
Um abraço,
Rui Pereira
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RE: LLuís Domenèch i Montaner
Caro Rui,
Há que décadas!
Folgo em ler-te, e aos 8 por 9, vai-se a ver, e é mesmo!
Um abraço
Luis
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Caros Confrades,
Reforço o pedido. Seria bom que se cruzassem informações.
Os meus melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Caros Confrades,
Agradeço novas contribuições para este tópico.
Renovados cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Caros Confrades,
Por ter abordado uma questão relativa a uma terra alentejana noutro tópico, lembrei-me deste. Há alguma novidade?
Meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Caros Confrades,
Alguém tem mais dados sobre os citados "Nunes da Silva"?
Agradecido desde já.
Com os meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Caros Senhores
Não sei se há alguma relação com a família de minha avó paterna.
A minha família paterna que é de origem da Freguesia da Horta no Fayal.
A família de meu avô: Pereira Soares
A família de minha avó: Nunes da Silva
As informações que tenho são as seguintes:
Meu pai (primogênito): Tomaz da Silva Soares - nasceu em 17 de dezembro de 1915 numa casa da rua de São João da Freguesia da Matriz do Conselho da Horta.
Era filho de:
Tomaz Pereira Soares Júnior (na época com 27 anos de idade), de profissão Engenheiro Eletricista e era natural da Freguesia da Ribeirinha do Conselho da Horta
Berta Leontina Nunes da Silva Soares (na época tinha 27 anos) e de profissão doméstica e natural da Freguesia da Matriz do Conselho da Horta.
Meu pai era neto:
Pelo lado paterno de:
Tomaz Pereira Soares
Maria Jesuina da Silva
Pelo lado Materno de:
Tomaz Augusto César da Silva
Etelvina Adelaide Carolina Nunes da Silva
Foram testemunhas: Adolpho Goulart de Medeiros, Henrique Pereira de Macedo (residentes no Conselho da Horta)
Meus avós ainda tiveram duas filhas na cidade do Conselho da Horta:
Maria Berta e Rachel
Vieram para a cidade de Campina Grande, Paraíba, Brasil - na década de 20, onde meu avó instalou a empresa de Luz e Força.
Em Campina Grande nasceram mais três filhas:
Carolina, Etelvina e Jezuína.
Atenciosamente,
Berta Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Cara Berta Soares,
Não lhe consigo, a priori, dar uma resposta exacta. De qualquer das formas: sua bisavó Etelvina Adelaide Carolina Nunes da Silva não terá tomado o apelido "Silva" de seu marido Tomaz Augusto César da Silva?
É fundamental fazer uma pesquisa exaustiva. Tem mais elementos que possa aduzir?
Com os meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Prezado Senhor Artur
É provável que o senhor tenha razão. Estou a buscar informações mais precisas nos registros da Horta Faial.
Logo que tiver colocarei a disposição deste fórum.
Desde já lhe agradeço a atenção.
Meus sinceros cumprimentos,
Berta Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Cara Berta Soares,
Já está na posse de mais informações?
Renovados cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Prezado Sr Artur
Ainda não estou de posse das informações.
Intefelizmente problemas de saúde da minha mãe me fizeram reduzir as atividades de pesquisa.
Peço-lhe que aguarde, pois colocarei a disposição deste forum.
Receba meus cumprimentos.
Um abraço,
Berta Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Prezado Senhor Artur
Já havia colocado essa informação neste forum. Talvez o ajude de algum modo.
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Percebo que estou mais próxima de encontrar as informações que estou procurando.
Em consulta a drac.cca@azores.gov.pt obtive à seguinte resposta:
Em resposta ao pedido formulado por V.Exª, informamos que os Livros de Registros Paroquiais da Horta, ilha do Faial, com datas compreendidas entre 1901 e 1910, encontram-se na Conservatória do Registo Civil da Horta.
Com os melhores cumprimentos.
A Técnica Profissional de Arquivo Especialista Principal,
Inácia Picanço
______________________________________________________________
Continuarei as pesquisas.
Obrigada,
Berta Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Cara Berta Soares,
Espero que a Senhora sua mãe se restabeleça o mais depresa possível.
Quanto às pesquisas: é bom já ter a quem se dirigir. Não descure, por favor, alguma informação que algum familiar seu possa dar, já que, bastas vezes, surgem novidades.
Um abraço,
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. Francisco Nunes da Silva
Senhor Artur
Obrigada pelos votos de restabelecimento de minha mãe.
No momento estamos a lhe oferecer qualidade de vida na velhice, pois sempre foi uma mãe extremamente devotada à família. Entretanto, quando se trata de doenças degenerativas, o tempo, que poderia ser nosso inimigo é, na verdade, uma alternativa para nos despedirmos pouco a pouco e de retribuirmos tudo que ela nos proporcionou inclusive nossa ascendência.
As pesquisas seguirei fiorme.
Receba meus cumprimentos,
Berta Soares
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