Dica : Guimaraes (e Revista de Guimaraes)

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Dica : Guimaraes (e Revista de Guimaraes)

#55532 | Carlos Silva | 16 janv. 2004 10:57

Para os curiosos que se interessam pela genealogia e pela historia vimaranense.

Impressionou-me bastante a riqueza do sitio da Casa de Sarmento (por referencia ao Arqueologo Martins Sarmento e à sociedade Martins Sarmento), de Guimaràes.

Contem o Nucleo de Estudos de Arqueologia e de Historia local (NEAHL), e o nucleo de documentaçào Abade de Tagilde (NDAT)com os numeros de 1884 a 1913 da famosa revista de Guimaràes em ficheiros pdf, sem esquecer o nucleo de Estudos vicentinos (NEV). Outros nucleos mais.

Pude carregar em formato pdf artigos da prestigiada revista de Guimaràes do inicio a 1913, e ver o sumario dos numeros até hoje.


Assim , por exemplo, sobre o convento de Santa Clara, com dados sobre os Andrades, de Guimaràes (e do Algarve), os Mesquitas, de Guimaràes (e de Tras-os-Montes), dados biograficos sobre as abadessas (por exemplo a tào interessante Ana da Silva que desconhecia).
Sobre cargos antigos (juizes eleitos), sobre os Dom-priores da colegiada, e seus dados biograficos e genealogicos (Amarais por exemplo)
Os vinculos da colegiada, e listas genealogicas de possuidores, com dados sobre a casa do "Parto suposto", a origem dos Freitas (portanto Freitas do Amaral),
A historia vimaranense no tempo do Prior de Crasto, as sepulturas antigas da colegiada, o couto de S. Torcato, o couto de Ronfe, o convento da Costa com dados biograficos sobre muitos religiosos que professaram, sobre maltas de salteadores (os salteadores contam para enriquecer uma genealogia, e nào so), sobre o folklore de Famalicào (artigos dos finais do sec. 19) ou ainda o privilegio das tabuas vermelhas ….
Mil assuntos mais, de grande valor para o genealogista, como para o historiador, apesar de nào ser site de genealogia, e de nào conter base de dados genealogicos.

Julgo nào trazer relatorio fiel das muitas possibilidades assim propostas.
Mais uma excelente iniciativa na qual achamos participaçào da universidade do Minho, me parece.

Boa leitura.

C. Silva

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46 vimaranenses de 1370, e outras terras

#55535 | Carlos Silva | 16 janv. 2004 11:28 | In reply to: #55532

Importa dizer par nào reduzir a verdade, que tambem se pode consultar em ficheiros pdf artigos de muito valor posteriores a 1913.
Veja-se:

De Alice Falcào Ferreira:
Sinais de Crise nas finanças concelhias, na Guimarães fernandina: as quitações de 1371
Revista: 103 Jan.-Dez. 1993, p. 297-323 (1993)

Interessante para genealogia vimaranense porque tem em anexo lista de emprestadores et de quitaçoes, ou seja 46 vimaranenses, entre os quais se acham (como credores ou como devedores) os apelidos que se tornaram tradicionais, e que tiveram por vezes belos destinos : Canto, Freitas (de Afonso de Freitas) ...

Importa dizer que além de Guimaràes, certos artigos podem dizer respeito a outros lugares. Assim (em ficheiro pdf) um artigo de Humberto Baquero Moreno sobre os concelhos de Sortelha e Sabugal na idade media.


Nào passa de singelo exemplo de artigo que ilustra a riqueza das possibilidades numa pesquisa por autor.

C. Silva

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RE: Dica : Guimaraes (e Revista de Guimaraes)

#55545 | jpcmt | 16 janv. 2004 12:18 | In reply to: #55532

Meu Caro Carlos Paulo:

Notável descoberta!

Um abraço e obrigado,

João

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RE: 46 vimaranenses de 1370, e outras terras

#55554 | José Luiz Folhadela | 16 janv. 2004 14:12 | In reply to: #55535

Parabens por mais este contributo.
Mais uma vez enalteço a maneira brilhante como está e aparece neste "sítio" - contrariamente aos que dele se servem para "sacar", dar os parabens "à prima", ou vivas ao "rei".
José Luiz Folhadela

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RE: 46 vimaranenses de 1370, e outras terras

#55570 | Carlos Silva | 16 janv. 2004 16:44 | In reply to: #55554

Caro José Luiz Folhadela,

agradeço, mas o merito vai todo aos autores da proeza.
Mais uma vez parece estar a Universidade do Minho no assunto, como no caso das bases de Inquiriçoes de genere do ADB, como nas bases do NEPS, e varios projectos menores, mas interessantes que aparecem por vezes pela rede.
Isso sem prejuizo das varias outras prestigiadas instituiçoes, como é obvio.
Mas agradeço a gentileza das palavras.

C.P. Silva

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RE: Dica : Guimaraes (e Revista de Guimaraes)

#55604 | amtf | 16 janv. 2004 23:26 | In reply to: #55545

Caro Carlos Silva,

Tenho andado às voltas pelo site que fez o favor de aqui divulgar, procurando na "Revista de Guimarães" o artigo que fala do morgado do Parto Suposto. Por imperícia, ou falta de conhecimentos que me permitam relacionar o que tenho lido, ainda não o consegui localizar.
Será que me pode identificar o ano da revista e o título respectivo?
Fico grato pelo seu auxílio.

Melhores cumprimentos
António Maria Fevereiro

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morgado do parto suposto

#55649 | Carlos Silva | 18 janv. 2004 13:29 | In reply to: #55604

Caro antonio Maria Fevereiro,

veja :
Apontamentos para a História de Guimarães. Vínculos da Colegiada.
p. 145-178. (1907)
e nas p. 162-170 “Morgado de S. Miguel (ou do parto supposto por alcunha)”
Por João Gomes de Oliveira GUIMARÃES, autor especialmente interessante numa pesquisa por autor.

Melhores cumprimentos

C.P. Silva

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RE: morgado do parto suposto

#55662 | victória | 18 janv. 2004 17:06 | In reply to: #55649

Caro Carlos Silva

Haverá alguma referência a S. PEdro de Azurém e a S. Miguel de Creixomil, nomadamente a
José do Valle que casou antes de 1750, filho de Dionizio do Valle, do lugar da Conceição em S. Pedro de Azurém e de Ana Monteyro, que casou com Tereza Lopes filha de Agostinho Lopes do lugar de S. Lázaro em S. Miguel de Creixomil e de Maria do Valle?


Desde já grato pela atenção prestada.

Com os melhores cumprimentos

Eduardo Domingues

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RE: morgado do parto suposto

#55673 | amtf | 18 janv. 2004 22:55 | In reply to: #55649

Caríssimo Carlos Silva,

Muito agradeço a sua informação e peço que acredite que não foi unicamente por preguiça que lhe pedi auxílio. Acedo à net por um computador a necessitar de urgente reforma, em que a abertura das páginas é enervantemente lenta.
Comecei conscienciosamente pela revista de 1884 e, creio, vi todas aquelas que disponibilizam os artigos em .pdf. Admito ter passado pela de 1907 mas, provavelmente, a atenção já seria pouca e escapou-me o conteúdo.

O artigo é muito interessante e acrescenta elementos aos que já tinha sobre este morgado e que me foram generosamente cedidos neste Fórum pelos confrades Nuno Borges de Araújo e António Júlio Limpo Trigueiros.

Os melhores cumprimentos do
António Maria Fevereiro

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Casa dos Peixotos de Azurem, e inquérito de 1842

#55698 | Carlos Silva | 19 janv. 2004 13:50 | In reply to: #55662

Prezado Eduardo Domingues,

Nào passei por essas pessoas, ou se passei nào reparei, o que nào significa que nào haja referência, como é obvio.

Mas sobre Azurem com uma pesquisa na pagina "historia local" do Nucleo de Estudos de Arquelogia e Historia Local poderà ver, por exemplo entre os Textos publicados na Revista de Guimarães sobre assuntos da história local vimaranense:


- A Casa dos Peixotos de S. Pedro de Azurém, Guimarães.
MACHADO, José Moura- 83 Jan-Dez. 1973, p. 145-164.


- Inquérito paroquial de 1842 - S. Pedro de Azurém
(sem autor)- 108 Jan.-Dez. 1998, p. 105-115

Entre varios inquéritos de 1842, que sào muito interessantes.

Melhores cumprimentos

Carlos Silva

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RE: morgado do parto suposto

#64096 | ravena | 04 mai 2004 09:51 | In reply to: #55673

Exmo Senhor

Estou também interessado em obter informações sobre a genealogia dos machados de miranda, do morgadio de são miguel e ainda dos machados de são joão de ponte , mais propriamente da casa da freiria.
Por acso tem dados sobre estas familias?
Antecipadamente grato
Melhores cumprimentos

Joaquim Filipe

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RE: morgado do parto suposto

#64097 | ravena | 04 mai 2004 10:08 | In reply to: #55649

Exmo Senhor

Estou também interessado em obter informações sobre a genealogia dos machados de miranda, do morgadio de são miguel e ainda dos machados de são joão de ponte , mais propriamente da casa da freiria.
Por acso tem dados sobre estas familias?
Antecipadamente grato
Melhores cumprimentos

Joaquim Filipe

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RE: morgado do parto suposto

#64110 | Carlos Silva | 04 mai 2004 14:08 | In reply to: #64097

Caro Joaquim Filipe,

Posso ver se disponho de alguns dados além do que os colegas do forum vào certamente deixar em linha como resposta.
No entanto nesta altura disponho de pouco tempo livre, de modo que seria provavelmente vantajoso dizer mais precisamente o que deseja saber.

melhores cumprimentos
Carlos Silva

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RE: morgado do parto suposto

#64129 | ravena | 04 mai 2004 16:14 | In reply to: #64110

Exmo Senhor

Agradeço a resposta. O que procuro é a origem dos machados da casa da freiria, mais propriamente a filiação de esperança machado de miranda, casada com simão francisco de outeiro de bacorim. Seu filho jerónimo machado casado com maria francisca da casa da freiria e filhos joão machado e jerónimo machado (?)
Presumo que a esperança seria talvez filha ilegitima dum dos machado de miranda de guimarães.

melhores cumprimentos

Joaquim Filipe

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RE: Esperança Machado Miranda

#64145 | Carlos Silva | 04 mai 2004 18:58 | In reply to: #64129

Caro Joaquim Filipe,

Vou tentar saber. No entanto se tentar uma pesquisa no forum, uma pesquisa por mensagem, com a chave - Esperança Machado Miranda - poderà ver que a questào nào é nova no forum.
Por exemplo:

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=41306

Talvez algum colega dos que estudam a familia da Esperança Machado tenha jà conseguido informaçào.

melhores cumprimentos
Carlos Silva

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RE: Dica : Guimaraes (e Revista de Guimaraes)

#64466 | regueiras | 08 mai 2004 10:20 | In reply to: #55532

Carlos:

Poderia me dizer em que revista encontrou dados relativos aos Mesquitas, de Guimarães e Trás os Montes?

Graça Regueiras

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RE: Dica : Guimaraes (e Revista de Guimaraes)

#71162 | Carlos Silva | 11 août 2004 15:17 | In reply to: #55532

corrigenda : Estào disponiveis os artigos da revista até 1922 e alguns numeros da década de 1990.

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Novidade

#73712 | Carlos Silva | 23 sept. 2004 16:22 | In reply to: #55532

Caros colegas,

Recebi a informaçào seguinte :

A Sociedade Martins Sarmento e a Casa de Sarmento – Centro de Estudos do Património informam que irão realizar no dia 27 de Setembro de 2004 (segunda-feira), pelas 18:00 horas na sede da Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, uma sessão pública de apresentação da Revista de Guimarães na Internet, onde será anunciada a conclusão do processo de digitalização e disponibilização online da colecção integral da Revista de Guimarães.

Na mesma sessão, será feito o lançamento da obra de Francisco Martins Sarmento “Materiais para a Arqueologia do Entre-Douro-e-Minho”, agora editada pela Sociedade Martins Sarmento, no quadro da publicação das Obras Completas do arqueólogo vimaranense. A apresentação da obra estará a cargo do arqueólogo Doutor Francisco de Sande Lemos.

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RE: colecção integral

#73797 | Carlos Silva | 24 sept. 2004 10:05 | In reply to: #73712

....
" Este acto público, que ocorre quando se comemora o 120.º aniversário desta publicação, assinala o momento em que a colecção integral da Revista de Guimarães passa a estar disponível para consulta gratuita através da Internet."

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RE: Mesquitas

#85909 | Carlos Silva | 10 mars 2005 11:42 | In reply to: #64466

Cara Graça,

Nào me foi dado passar novamente pela referência aos Mesquitas, que sei todavia existir.
Talvez ja a tenha encontrado entretanto.

Todavia, na segunda parte do estudo « Uma Rua de elite na Guimarães Medieval (1376-1520) », Revista de Guimaràes : 97-98 Jan.-Dez. 1987-1988, p.89-310, de M.Falcào Ferreira poderà ver que a autora parece localizar na rua de Santa Maria a casa de Pero de Mesquita « o Velho » nos finais do sec. 15.

Melhores cumprimentos
Carlos Silva

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Os Mesquitas em Guimaraes

#169295 | Carlos Silva | 04 oct. 2007 08:46 | In reply to: #64466

Graça,

Efemerides vimaranenses de 4 de Outubro contêm referência aos Mesquitas de Guimaràes durante a crise de 1580. Nào sei se interessa:

1580 — Recebeu-se em Guimarães a notícia de ter chegado ao Porto o infante D. António, Prior do Crato, pretendente ao trono, a quem Guimarães era afeiçoada, por ele ter sido educado no convento da Costa. Francisco de Mesquita recolhe, em sua casa Fernão Coutinho de Azevedo, fidalgo e Alcaide do Castelo de Guimarães, que, por ser (como ele Mesquita) do partido de El-rei de Espanha, já o povo tinha querido matar à Porta de S. Domingos (Porta da Vila). Junta da casa de Francisco Mesquita que era próxima da Porta da Garrida (Capuchos), aglomera-se muita gente "com repique de sino a modo de guerra" (toque a rebate), clamando, da mesma casa se lançavam para fora muitas armas e munições de guerra, que eram para os seus parentes. O povo saiu depois com gente de guerra, assim de pé como de cavalo, em alcance dos criados de Diogo Lopes de Mesquita, encontrando-os, tomaram-lhe muitas armar de preço, trazendo-as com bandeiras de muitas mostras de regozijo. Logo que os governadores do reino se assustaram dele, começaram a reparar-se os muros, portas e castelo, do necessário para defensão da vila e taparam de pedra algumas portas, entre as quais a da Garrida junto das casas de Francisco de Mesquita, o qual a pretexto de que era principal serventia da vila, conseguisse que lhe deixassem um postigo para se servir a gente de pé. Sobre o tapa-se ou não a dita porta houve diferenças, e o povo junto da crasta de Nossa Senhora da Oliveira, depois de muitos debates e porfias, assenta a dita porta se tapasse de todo, como tapou, por suspeitarem que ele Mesquita era do serviço de El-rei de Espanha, parente com muitas pessoas da nobreza do seu partido, contra D. António; e houve até conselho que tocassem tambor sobre a casa dele, por afronta. Quando D. António veio sobre o Porto e chegou a nova a Guimarães, houve grande alvoroço, reboliço, ajuntamento de povo da vila, e passando pela porta dele Francisco de Mesquita lançavam remoques, dando a entender ser ele culpado em não servir D. António e merecer castigo. E isto foi em tanta desconfiança que mandavam de noite vigias junto às casas dele, com armas e tambor, e falavam contra ele muitas palavras de afronta e injúria. Foi preso por ordem do corregedor Pero de Alpoim e tomaram-lhe diversas armas e objectos.

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