Pereiras, até ao 1º Senhor de Águas Belas

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Pereiras, até ao 1º Senhor de Águas Belas

#59528 | Sérgio Sodré | 04 mars 2004 17:45

Caros Confrades

Apenas rcorrendo a diversos estudos e memórias, cuja relação divulgarei proximamente, elaborei a síntese seguinte dos antepassados dos Senhores de Águas Belas:

RODRIGO FORJAZ DE TRASTÂMARA, que pertencia à ilustre casa dos Condes de Trastâmara, passou ao Condado Portucalense em finais do séc. XI. Irmão do chefe da linhagem, o Conde D. Pero Forjaz, Senhor de Trastâmara e de Trava, que era aio de D. Afonso VII de Leão e Castela. Foi coevo do Conde D. Henrique de Borgonha.
Teve de mulher que não se conhece
GONÇALO RODRIGUES PALMEIRA, Mordomo-mor da Rainha D. Teresa, em 1114, tomou o partido de D. Afonso Henriques, apesar de ser primo direito do Conde D. Peres de Trava. Foi Senhor das terras de Lanhoso, Basto, Refoios de Riba de Ave, Paiva, Baltar, e do Couto da Palmeira situado na terra de Vermoim. Tenente (governador) de Vermoim, em 1128, e de Penafiel de Bastuço, em 1146. Doou o Couto da Palmeira ao Mosteiro de Landim, por ele fundado, quando faleceu, antes de 1177.
Casou com D. Frolhe Afonso e depois com D. Urraca Viegas. De uma delas teve:
RODRIGO GONÇALVES PEREIRA. Progenitor dos Pereira. Este apelido deriva da sua quinta, assim denominada, situada nas margens do Rio Ave, na terra de Vermoim, onde ainda existiam ruínas da torre senhorial no princípio do séc. XX. Foi Alcaide-mor do Castelo de Lanhoso. Viveu no último quartel do séc. XII e primeiro do séc. XIII.
Do seu segundo casamento, com Sancha Henriques Portocarrero, teve:
PEDRO RODRIGUES PEREIRA, 2º Senhor da Quinta e Torre de Pereira, que aumentou no tempo de D. Sancho I. Foi Rico-Homem e Tenente de Trancoso e de Viseu, entre 1180-83. Teve bens em Froião. Em 1224, aliado ao Bispo do Porto, D. Martinho Rodrigues, venceu a lide de Trasconho contra a hoste de Pedro Mendes, Senhor de Poiares, que aí morreu.
Casou, segunda vez, com Maria Pires de Gravel, de quem teve:
GONÇALO PIRES PEREIRA, 3º Senhor de Pereira. Devido à grandeza de seu estado, houve quem o designasse por Conde, mas não teve formalmente tal título. Foi Grão-Comendador na Ordem do Hospital na Espanha. Documentado, a partir de 1268, em Castela, como Grão-Comendador nos cinco reinos de Espanha, exerceu esse cargo até, pelo menos, 1271. Entre 1280 e 1285, é referido como Comendador de Lima, Toronho, Tavara e Faia. Também foi Comendador da Panoias. Conta-se que um dia ofereceu 100 cavalos a parentes. Em 1284, testemunhou uma inquirição feita no âmbito da constituição da póvoa de Caminha.
Casou com Urraca Vasques Pimentel e teve:
GONÇALO GONÇALVES PEREIRA, Prior da Igreja de São Nicolau da Feira e Cônego de Tui, em 1296. Deão da Sé do Porto, a partir de 1296, interveio activamente na deposição do Bispo do Porto e do Arcebispo de Braga. Estudou em Salamanca. Em 1322, era Bispo de Lisboa. Eleito Arcebispo de Braga, exerceu este cargo entre 1326-48, sendo previamente coadjutor, entre 1323-26. Impediu a batalha de Loures entre o Rei D. Dinis e o Infante D. Afonso, fazendo as pazes entre eles.
Foi dos maiores senhores do seu tempo, e o Rei D. Dinis mandou-o como Embaixador ao Rei D. Afonso "O Bom" de Castela para concertar as pazes entre os dois reinos, no que teve êxito. Esteve entre os defensores do Porto contra o Rei D. Afonso XI de Castela e, pouco depois, acompanhou o Rei D. Afonso IV na grande batalha do Salado, a 30 de Outubro de 1340, contra os Sarracenos.
Jaz na Sé de Braga, em túmulo com estátua jacente que mandou fazer em 1334.
Teve de Teresa Peres Vilarinho:
ÁLVARO GONÇALVES PEREIRA, que entrou muito novo na Ordem Militar do Hospital, cujos monges-cavaleiros o elegeram Prior aos 18 anos de idade. Primeiro prior hospitalário a estabelecer-se no Crato, cerca de 1335. A 30 de Outubro de 1340, comandou os Hospitalários portugueses contra os mouros na batalha do Salado, última grande batalha campal da reconquista cristã. Esteve na tomada de Algoziras e foi valido e conselheiro do Rei D. Pedro de Castela.
Pelo ano de 1350, ergueu o belo Castelo da Amieira. Mandou edificar o Mosteiro da Flor da Rosa, no termo do Crato, cerca de 1356, que passou a ser a Casa-Mãe da Ordem do Hospital. Morreu em 1380, no Castelo da Amieira, e está sepultado no Mosteiro da Flor da Rosa em túmulo de mármore armoriado.
Teve de Eria Vicente:
RODRIGO ÁLVARES PEREIRA, 1º Senhor de Águas Belas.

continua...

Cumprimentos a todos
Sérgio Sodré

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RE: Pereiras, até ao 1º Senhor de Águas Belas

#59551 | agp | 04 mars 2004 20:21 | In reply to: #59528

Caro Sérgio

A base de dados do Genea Portugal contém alguns dados que eventualmente lhe poderão interessar.

Veja, por exemplo, a ascendência pelo lado materno de Gonçalo Rodrigues da Palmeira em:

http://www.geneall.net/P/per_tree.php?id=39290

Cumprimentos

António Pereira

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RE: Pereiras, até ao 1º Senhor de Águas Belas

#59632 | Sérgio Sodré | 05 mars 2004 14:32 | In reply to: #59551

Caro António Pereira

Agredeço a sua informação e não fazia ideia de que era possível recuar tanto. Fico curioso de conhecer as fontes utilizadas para esse efeito.

Cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Pereiras, até ao 1º Senhor de Águas Belas

#59714 | Sérgio Sodré | 06 mars 2004 19:04 | In reply to: #59551

Caro António Pereira

Vendo com mais atenção julgo perceber que a fonte da base de dados do Genea é a obra de José Augusto de Sotto Mayor Pizarro, "Linhagens Medievais Portuguesas", publicada pela Universidade Moderna, que tem os costados em anexo.

cumprimentos
Sérgio Sodré

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RE: Pereiras, até ao 1º Senhor de Águas Belas

#59723 | agp | 06 mars 2004 20:36 | In reply to: #59714

Caro Sérgio

As fontes da base de dados do Genea Portugal estão indicadas em cada pessoa. Uma das fontes é precisamente a obra que refere.

No caso concreto de Gonçalo Rodrigues da Palmeira podemos encontrar 245 ascendentes no Genea. São citadas inúmeras fontes, de que deixo dois exemplos: no avô materno de Gonçalo é referida a fonte "PL", isto é, como é indicado, "Pedatura Lusitana", de Cristovão Alão de Morais. No avô paterno é referida a fonte "ARIH", isto é, "Ascendências Reais de SAR D. Isabel de Herédia", de António de Sousa Lara, Vasco de Bettencourt Faria Machado.

cumprimentos

António Pereira

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