Palácio da Brejoeira, Monção
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Palácio da Brejoeira, Monção
A pedra de armas existente na frontaria do Palácio da Brejoeira, sito em Monção, tem a seguinte descrição:
"
de forma elíptica, apresenta em chefe as três cabeças de lobo dos Moscosos postas em faixa, sob a divisa que esta família usava: regis a nobis, non nos a regibus. O escudo esquartelado :
1º partido de Pereira e cortado de Vilarinho e Vilaboa(?)
2º Brito
3º Palhares (a espada empunhada com a mão direita)
4º Lobato (só um castelo cercado por 6 lobos)
Coronel de nobreza (marquês) - séc. XIX "
Esta é a descrição constante do livro 'Monção e o seu alfoz na heráldica portuguesa' e a minha pergunta é: são as armas dos Palhares representadas no 3º quatel em campo vermelho, como normalmente se representam as armas de Palhares, ou em campo azul? Se em azul, porquê esta representação?
Com os melhores cumprimentos
Eduardo Domingues
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Caros Confrades
Uma vez mais peço a vossa ajuda na representação das armas dos Palhares, em concreto as representadas no palácio da Brejoeira, em Monção. Estas apresentam-se em campo azul com seis besantes alinhados, em dourado, ao contrário das das outras armas de Palhares em campo vermelho com besantes de ouro. Alguém me sabe dizer a razão de tal alteração?
Desde já grato pela atenção dispensada.
Com os melhores cumprimentos
Eduardo Domingues
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Caro Confrade.
Nas NCP, o autor lê Castro e não Palhares e considera toda a representação do Brasão fora das regras da heráldica.
Cumprimentos
VB
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Caro Vasco
Agradeço desde já a sua informação,no entanto, gostaria de saber o que são NCP. Quanto ao brasão estar fora das regras de representação heráldica, concordamos, só julgo que a designação de Castro para o terceiro quartel é 'esquisita' pois apresenta a 'mão com a espada, embora a espada não esteja segura pela mão, mas sim por detras da mão, que se apresenta aberta, e os Castros (de 6) não tem qualquer mão ou espada, bem como os besantes são de prata e não de ouro, mas como está fora das regras, tudo é possível. Desde já muito obrigado pela atenção prestada.
Com os melhores cumprimentos
Eduardo Domingues
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Caro Eduardo Domingues
Com NCP queria dizer " Nobres Casas de Portugal" da autoria de António Lambert Pereira da Silva, em 4 volumes encadernados e 6 fascículos soltos , pois a obra não teve continuidade por morte do autor, não tendo sido facultada a capa para o último volume. A publicação dos fascículos foi iniciada em 1958.
Cada "Casa" é precedida de um desenho da pedra de armas que lhe corresponde ou se encontra no edifício.
No caso do Palácio da Brejoeira, o desenho foi efectuado José Luís Brandão de Carvalho ( artista que faleceu antes do autor), artista plástico muito meticuloso.
Observando bem o desenho, nota-se entre as 6 arruelas uns traços que poderão significar talvez uma espada!!! , mas no texto o autor cita bem claro " de prata, 6 arruelas de azul" que são as armas dos Castros descendentes dos ramos ilegítimos. Os Castros ditos dos ramos legítimos tem: " em campo de ouro, treze arruelas de azul", que não é este caso.
De notar que a genealogia apresentada no texto não cita o apelido Palhares.
Quanto ao 1º quartel , apresenta-se partido, com a 1ª pala de Pereiras e a 2ª indecifrável para o autor.
O autor também refere o mote : NON NOS A SANGUINE REGUM VENIMUS, AD NOSTRO VENIUNT A SANGUINE REGES. Acrescenta ainda em nota de rodapé que este mote pertence exclusivamente à familia dos Pereiras, tendo sido usado abusivamente por outras familias.
Como curiosidade pode ler-se no texto que passaram pelo Palácio o Duque de Saldanha, Conde das Antas, Duque de Ossuna e outros nomes de relevo. tendo sido utilizado pelo Governo Português em 1950, que aí ofereceu um banquete ao Generalíssimo Franco.
Melhores cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Caro Vasco
Muito obrigado pelas suas preciosas informações.
Com os melhores cumprimentos
Eduardo Domingues
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Bons dias aos confrades e Bom Natal
Atrevo-me a contactar este forum na expectativa de que alguem que conheça o Palácio da Brejoeira me possa enviar, caso existam aí, umas fotos digitalizadas dos retratos dos Velhos de Moscoso, meus ancestrais.
Sei que eles estão expostos na Pousada de Santa Marinha da Costa em Guimarães, mas talvez existam também na Brejoeira.
Os meus agradecimentos, e fico ao vosso dispor para qualquer ajuda ao meu alcance.
Hélio d´Oliveira Pereira, de Faro
bellis.faro@gmail.com
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Bom dia
Procuro descendentes da linha minhota na minha família:
Simão Pereira Velho de Moscoso 1687/10/28 Monção, pai de....
Pedro Joseph Pereira 1720 Mazedo,casado com Maria Soares...pais de...
João Pereira 1744 Mazedo, casado com Anna Gonçalves..pais de...
Maria Angélica Pereira 1771 Mazedo, mãe de....
Manoel Francisco Pereira 1796 Mazedo, casado com Joana Rodrigues de Cambeses, pais de....
Domingos Pereira 1831-1872 Cambeses, casado com Maria da Conceição Salgueiro de Valença ...pais de...
José Joaquim Pereira 1871-1900 Valença (meu bisavô paterno materno)
MARIA DA CONCEIÇÃO SALGUEIRO, minha trisavó paterna nasceu em 1832 em Urgeira, Valença, filha de
JOÃO MANUEL SALGUEIRO de Ganfei e de MARIA JOANA RODRIGUES DA BOUÇA, de Valença
Neta paterna de JOSÉ LUIS AFONSO de Ganfei e de MARIA JOANA SALGUEIRO de GANFEI
neta materna de ROSA RODRIGUES DA BOUÇA ,de Urgeira, Valença
Tinha uma irmã, chamada JOSINA AMÉLIA SALGUEIRO
Cumprimentos
Hélio Pereira
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
caros confrades
A propósito da abertura deste palácio ao público em geral.
Afinal quem é o(s) proprietário(s) da quinta da Brejoeira? A Câmara de Monção tem lá alguma parte? Ou tomou o palácio á exploração. Que papel teve no palácio Feliciano Pereira, era feitor da Quinta?
Aguerreiro
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Senhor Aguerreiro
Normalmente não costumo responder a anónimos, mas por respeito com os leitores aqui vai :
Feliciano dos Anjos Pereira foi meu Avô, e viveu em união de facto com Maria Herminia de Oliveira Paes durante 48 anos. Separou-se da minha avó antes de eu nascer, e juntou-se com a Maria Herminia com quem viveu até morrer. Aquando da falência do Pai desta, Francisco de Oliveira Paes, foi meu Avô que vendeu uma propriedade que tinha em Almada, a Quinta do Brasileiro, para ir resgatar o palacio da Brejoeira à praça. Foi nessa altura, e uma vez que lá tinha colocado o seu dinheiro, que o meu Avô tomou a iniciativa de desmatar a propriedades, plantou 18 hectares de vinha (casta alvarinho) construiu uma adega e criou uma marca de sucesso que lhe permitiu. Neste momento o Palácio pertenceà Maria Herminia e aos herdeiros do meu Avô pois ele antes de morrer fez uma sociedade com sua companheira em que lhe doou 50% do Palacio da Brejoeira.
A sua pergunta, como todas as perguntas dos anónimos e cobardes tem uma "dose de SACANICE" e claro está que lhe falta a coragem para a fazer identificando-se.
Espero ter esclarecido os leitores deste tópico
José Tomaz Pereira de Mello Breyner
Telef : 96 965 46 03
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
sr José tomás
Agradeço os dados que me enviou. A causa da "SACANICE" como lhe chama e que não comento, foi uma notícia "um conto de fadas no Palácio da "Brejoeira" e com tal soava a um conteúdo com algumas imprecisões, daí o recorrer ao tópico. Já agora peço-lhe que leia a "revista do J.N." de hoje 8 de Agosto.
Quanto ao suposto anonimato. assinei como o costumo fazer, mas para que conste e com os cumprimentos
Alvaro Guerreiro e Silva
258841450
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Prezado José Tomaz,
Caso você ainda não tenha um vídeo sobre a Casa da Brejoeira, poderei retransmitir um que recebi daí de Portugal. Para isso estou disponibilizando-lhe meu e-mail via Geneall.
Para os demais interessado em receber, peço solicitem meu contato ao moderador.
Fico a disposição. Fraterno abraço a todos.
Samuel Cândido de Oliveira Castro
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Caro José Tomaz Pereira de Melo Breyner,
Ainda bem que esclareceu com este texto uma passagem da história do Palácio e do aparecimento da marca do vinho alvarinho com o respectivo nome. Se me permite farei uma cópia da sua resposta para acrescentar ao texto do António Lambert Pereira da Silva nas " Nobres Casas de Portugal ".
Estive neste Palácio, numa festa nos anos 60 e sempre me interessei pela história daquelas paredes!
Aceite os meus melhores cumprimentos.
Vasco Briteiros de Lima Brandão-Pereira da Gama
Porto
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Caro Vasco
Tem toda a permissão. Caso queira fotografias também se arranjam. No facebook que não sei se usa está uma página que fiz sobre o Palacio da Brejoeira e onde pode encontrar várias fotografias
Deixo-lhe aqui a história mais completa que coloquei no facebook :
" Foi erguido no final do século XVIII, mas as obras se prolongaram até 1834. Rodeada de frondosa mata e encantadores jardins com magnólias e japoneiras, a construção pertenceu primeiro a Luís Pereira Velho de Moscoso, nascido em 1767.
As obras continuaram sob a direcção do seu segundo filho, Simão (1805-1881). Por volta de 1901, o palácio foi vendido a Pedro Maria da Fonseca Araújo, Presidente da Associação Comercial do Porto, que realizou as maiores obras de restauração.
Em 1937, foi novamente vendido a Francisco de Oliveira Pais, de Lisboa. Nos anos 60, devido a falência de Oliveira Pais, o Palácio da Brejoeira foi adquirido pelo companheiro de sua filha, Feliciano dos Anjos Pereira, o qual, além de plantar mais vinha na propriedade, construiu uma adega moderna e, em 1977, lançou para o mercado com grande sucesso uma marca própria, o vinho Alvarinho "Palácio da Brejoeira". Actualmente, é propriedade de D. Maria Hermínia Silva d'Oliveira Paes, em partes iguais com os herdeiros de seu companheiro Feliciano.
Não se conhecem provas evidentes de identificação do arquitecto, mas o palácio tem sido atribuído a Carlos Amarante, nessa altura um dos mais importantes arquitectos no norte de Portugal. Em estilo neo-clássico, apresenta quatro fachadas limitadas por quatro torreões, e no seu interior encontram-se faustosos salões com valiosas pinturas e frescos e distinta decoração, bem como uma capela e um teatro.
( http://www.facebook.com/home.php?ref=home#!/pages/PALACIO-DA-BREJOEIRA-MONCAO-PORTUGAL/261802678484?v=wall&ref=ts )
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Caro José Tomaz Mello Breyner,
muito obrigado pela sua pronta resposta. Logo que chegue ao Porto , após estas férias algarvias e livre do limite desta "pen" que estou a utilizar, verei este assunto com cuidado. se bem que a 20 estou em Lx para um casamento.
Regresso todavia ao Porto a 22.
Cumprimentos
Vasco
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Prezado Semhor José Tomaz
Desculpe a minha intervenção mas, apesar de informar que não responde a gente anónima, sempre me atrevo a perguntar-lhe como é que o Senhor seu avô pôde resgatar o Palácio da Brejoeira, se não era parente do falido Francisco de Oliveira Pais?
O assunto foi, na altura, muito discutido em tribunal, chegando ao Supremo Tribunal de Justiça, e, se a memória me não falha, foi a Maria Hermínia de Oliveira Pais que exerceu o direito de remição ( por ser filha do execurado-falido), muito embora com dinheiro do seu companheiro Feliciano dos Anjos Pereira ( segundo esclarece o Prezado confrade).
O que não percebo é como o Senhor seu avô " doou 50% do Palácio da Brejoeira" à sua companheira Maria Hermínia?
Já sei que não vai responder mas sempre lhe digo que o meu interesse é meramente histórico, pelo que espero, ao menos, me não trate mal.
.
Com os melhores cumprimentos,
Dario Rocha
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Um anónimo normalmente não assina, e Dário Rocha é um nome (embora possa ser falso)
Respondendo à sua pergunta, uns anos depois do resgate ter sido feito, foi criada a Soc Anónima Palacio da Brejoeira Viticultores SA tendo ficado 50% para cada lado. Após a morte de meu Avô ficou decidido em partilhas passar o usufruto de mais 5% das acção para a Sra Dª Maria Herminia, pelo que após a morte desta esses 5% voltam para os descendentes de Feliciano dos Anjos Pereira. Neste momento a Sra Dª Herminia detem assim os direitos de voto de 55% das acções ( 50% que são dela + 5% de usufruto). Até há uns anos atrás, e tudo numa base de "Gentlemen Agreement" era suposto Minha Mãe e meus tios herdarem os 50% da Snra Dª Maria Herminia. Neste momento e devido a alguns desentendimentos com a Senhora em causa, que se desentendeu não só com a nossa familia mas também com a própria familia dela ( primas e sobrinhos). não sabemos quem irá herdar os 45% que ela dispões para efeitos de legado.
Esclarecido?
JTMB
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Prezado Senhor José Tomaz
Agradeço a gentileza da imediata resposta .
Os pormenores que fez o favor de me disponibilizar, para mim, pelo bjectivo, histórico, repito, que me proponho, não me despertam qualquer interesse.
O que eu desjava a averiguar era aquilo que em tecnica registral se designa por " trato sucessivo", ou, por outras palavras,o encadeamento das sucessivas transmissões de propiedade do Palácio da Brejoeira,
Sabemos, ainda que sem certeza absoluta, que teria sido mandado construir por Luis Pereira Velho Moscoso, de ascendencia Ilustre, que teria angariado fortuna no Brasil; continuado por seu segundo filho Simão; dele ou herdeiros teria passado para Pedro da Fonseca Araújo,; deste para Francisco de Oliveira Pais.
Após a falencia deste ,em consequencia dela, o Palácio foi vendido em praça ( hasta pública), em processo judicial.
Na altura, se a memória me não falha, dizia-se que , no fundo, o Palácio regressara ao falido, ainda que por intermédio da mencionada filha.
Agora o Prezado Confrade esclareceu donde veio o dinheiro para o efeito- do Senhor seu avô.
Tudo bem. Mas a quem acabou por ser adjudicado o Palácio? À Dª Maria Hermínia? Ao Senhor seu avô?
Consta que, até à sua morte, quem continuou a disfrutar o Palácio foi Francisco Oliveira Pais, possivelmente com o consentimento da filha e do Senhor seu Avô.
Àparte os negócios , anteriores e posteriores, que tenha havido, o que eu pretendia saber era a quem ficou a pertencer o Palácio, ainda que como simples " testa de ferro", com perdão do calão forense.
Repetindo os meus agradecimentoe, com os melhores cumprimentos,
Dario Rocha
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
"Os pormenores que fez o favor de me disponibilizar, para mim, pelo bjectivo, histórico, repito, que me proponho, não me despertam qualquer interesse."
Por favor, satisfaça-me a curiosidade: em que consiste esse "objectivo histórico" sem qualquer interesse pela situação factual?
É que, a ser mera curiosidade - como (também?) tive - nada melhor do que o relato de um familiar presuntivo futuro interessado directo; a ser abordagem tão técnica que dispensa a causa do negócio e a actual situação patrimonial parece-me - corrija-me se estou errado - não poderá satisfazer-se com menos do que a informação registral, isto é dos Registos Predial e Comercial, ambas públicas como muito bem sabe.
Quem com evidente facilidade refere "técnica registral" e "trato sucessivo", para não mencionar a anterior "remição" com duas simples cartinhas ou, possivelmente, e-mails, e um dispêndio insignificante, facilmente obtém o trato sucessivo - de certeza que na Conservatória sabem identificar a ficha respectiva - e a composição e realização do capital na constituição da "Sociedade Anónima Palácio da Brejoeira Viticultores S.A."
A. Luciano
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Se consultar registos comerciais e se estes tiverem actualizados verá que como accionistas constam
- Maria Herminia Paes - 55% ( dos quais 5% são usufruto)
- Familia Pereira - 45%
São publicos e passiveis de consulta
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Prezado Senor A. Luciano
Agradeço a sua msg e a sua curiosidade sobre o meu " objectivo histórico" e, ainda mais, as suas sábias sugestões para conhecer o " trato sucessivo" registral do Palácio da Brejoeira.
Certamente sabe que, a História para além da simples narrativa de factos, envolve a investigação em muitos e variados campos, para a reconstituição do " facto histórico", que não apenas o recurso a documentos.
As circunstancias que rodearam a produção documental têm, muitas vezes muito mais interesse do que o documento que as plasmou.
Também a situação actual e o conhecimento de quem sejam os actuais proprietários ou, de algum modo, interessados do ( no) Palácio da Brejoeira, embora interessante, já foi esclarecido pelo Confrade Senhor José Tomaz, em anterior intervenção.
Mas não é tudo para a reconstituição do percurso histórico do Palácio da Brejoeira.
Sabe o Presado Confrade e quer esclarecer-me em que circunstancias o Palácio da Brejoeira saiu da " esfera jurídica" de Francisco de Oliveira Pais, para entrar na de sua filha Maria Hermínia e de seu companheiro, e, depois, dos familiares deste ?
O nosso Prezado Confrade Senhor José Tomaz já nos revelou algumas dessas circunstancias.
Outras circunstancias mais, espero, me ( nos) possa proporcionar.
Esse o mesmo objectivo histórico, que não é o de uma simples curiosidade da privacidade da vida alheia..
Fico, pois, aguardando o seu contributo, para o objectivo que me pruponho.
Com os melhores cumprimentos,
Dario Rocha
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Caro Dario Rocha
Que tipo de informações pretende mais?
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Prezado Senhor José Tomaz
Agradeço a disponibilidade que manifesta.
A " Firma Fonseca e Araújo L.da", Instituição Bancária que, na sequencia de empréstimos feitos aos, até então senhores do Palácio da Brejoeira, possibilitou a sua aquisição, nos prncípios do século XX, por Pedro da Fonseca Araújo, o qual, por sinal, cuidou do seu restauro e lhe introduziu melhoramentos.
Como certamente sabe, a venda do Palácio, por Pedro da Fonseca Araújo, foi motivada por motivos económicos, em 1937, que, digamos, tiveram a sua genese na Grande e Grave crise dos anos 30, que afectou, também em Portugal, muitas empresas de grande prestígio, e, entre elas a " Firma Fonseca e Araújo L.da.
Foi, no ano 37 que o Palácio foi adquirido por Francisco de Oliveira Pais que, ao contrário do anterior proprietário, tinha, nessa altura, abundantes capitais que lhe facultaram a aquisição .
Os negócios de Francisco de Oliveira Pais, nos anos de 60, também lhe não correram de feição, e o Palácio volta a ser vendido em " praça pública".
Na minha msg de 9 do corrente, certamente com deficiencia minha de expressão, sintetizava em que consistia a minha averiguação, relativamente ao destino do Palácio da Brejoeira, depois de ter sido vendido em hasta pública, por declaração de falencia de Francisco de Oliveira Pais.
:
"Na altura, se a memória me não falha, dizia-se que , no fundo, o Palácio regressara ao falido, ainda que por intermédio da mencionada filha.
Agora o Prezado Confrade esclareceu donde veio o dinheiro para o efeito - do Senhor seu avô.
Tudo bem. Mas a quem acabou por ser adjudicado o Palácio? À Dª Maria Hermínia? Ao Senhor seu avô?
Consta que, até à sua morte, quem continuou a disfrutar o Palácio foi Francisco Oliveira Pais, possivelmente com o consentimento da filha e do Senhor seu Avô
Não sei se o Prezado Confrade tem conhecimento das circunstancias que rodearam esta nova aquisição e quem nela figurou como adquirente e se, sem afectar a privacidade a que legitimamente tem direito, poderá facultar os esclarecimentos que procuro.
São, a meu ver, pormenores interessantes para o estudo da história do Palácio da Brejoeira
Com os melhores cumprimentos,
Dario Rocha
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Bom dia,
Quando há alguns anos atrás fiz uma investigação genealógica e biográfica ouvi referenciar os nomes de meu trisavô Pedro d'Oliveira (1823-1883) e de seu filho Joaquim Augusto da Costa Oliveira (1851-1928), um ou outro ou ambos, como tendo tido algo a ver com o Palácio da Brejoeira.
As figuras em questão foram arquitectos no Porto e a alusão que ouvi indiciava que pudessem estar relacionados com alguma reconstrução do palácio ou talvez dos jardins.
Na altura procurei em bibliografia disponível mas não encontrei nada a propósito.
Se algum dos confrades mais informado tiver alguma indicação complementar que me possa dar, ficarei muito grato.
Cumprimentos
Jorge Amado Rodrigues
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Al fin he podido visitar el palacio de Brejoeira, y me ha parecido extraordinario, tanto el edificio como el parque y los viñedos. Y he recordado un tópico antiguo en que se afirmaba que pertenecía a una sociedad anónima a partes iguales entre Dª Maria Herminia de Oliveira Pais y Feliciano dos Anjos Pereira, pero que a la muertre de este sus herederos aceptaron ceder un usufructo del 5% a la otra socia por lo qual "Neste momento a Sra Dª Herminia detem assim os direitos de voto de 55% das acções ( 50% que são dela + 5% de usufruto)".
¿Puede alguien informarme si en el Derecho de Sociedades portugués, el usufructo de títulos representativos del capital de sociedades mercantiles, conlleva no solamente la percepción por el usufructuario de las rentas que produzca el título, sino también el ejercicio de los derechos políticos, como el voto en asamblea o la preferencia en la suscripción de nuevas participaciones de capital? De ser como en el Derecho español, y siempre que se trate de un auténtico usufructo, los herederos de Feliciano tendrían derecho de voto por el 50%, un 45% como propietarios plenos. y un 5% como nudopropietarios. Muchas gracias.
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RE: Palácio da Brejoeira, Monção
Caros Confrades,
Deixo aqui um pequeno contributo para a biografia de Feliciano dos Anjos Pereira, com dados retirados do seu assento de baptismo, que pode ser consultado através do seguinte link, digitalização 628:
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4815143
Nasceu a 2 do Outubro de 1894, na Rua das Praças, nº 31, freguesia lisboeta da Lapa, sendo filho de Feliciano Pereira, cortador, e de sua mulher Rosa Duarte Pereira, ele natural da freguesia de Santa Isabel, ela natural da freguesia de São Pedro de Alcântara. Foi baptizado a 6 de Janeiro de 1895 e foram seus padrinhos Joaquim José Pereira, estudante, solteiro, e Maria da Conceição Pereira, solteira, seus irmãos. Curiosamente, o padrinho, apesar de ser estudante, não assinou o assento, porque não escrevia.
Era neto paterno de José Tomás Pereira e de Maria Guilhermina Pereira, e materno de José Duarte e de Joaquina Rosa Duarte.
Casou com Maria Marta Assunção na Conservatória do Registo Civil de Olhão, a 18 de Outubro de 1915. Maria Marta Assunção faleceu em Junho de 1979.
Ele, Feliciano dos Anjos Pereira, faleceu em Paranhos, no Porto, em Julho de 1981.
Fonte: PT/ADLSB/PRQ/PLSB17/001/B15 - Lv B15 - s/cx, Microfilme nº 2720 SGU, fl. 78, registo nº 10.
Cumprimentos,
PTTL
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Palácio da Brejoeira, Monção
Caros confrades,
Esta minha mensagem deve ter sido motivada pelas saudades. Desde 2013 nao voltei à minha terra natal, Monção. E por acaso vi ontem que o Palàcio da Brejoeira tinha sido abordado neste forum. As saudades levam-me pois a falar desse palàcio e da ligação que tenho com ele. O proprietàrio que o mandou construir, um VELHO de MOSCOSO era parente dos VILARINHOS, enraizados em BADIM, se nao me engano. Eles estão presentes nos vàrios brasões do palàcio.E eu tenho VILARINHOS na minha àrvore. Mas o mais interessante para mim, é que o Mestre Canteiro que arrematou as obras e as dirigiu a partir de 1806...até (?) 1834 é o Domingos PEREIRA de Riba d'ANCORA. Esse Tio avô era o mais conceituado canteiro do Pais, tendo dirigido os Remédios em LAMEGO e o Bom Jesus de BRAGA. Para Monçao, distante de SOPO (Vila Nova de Cerveira), onde tinha a sede, digamos, de 4 ou 5 dezenas de Klms, trouxe com ele um irmao mais novo, João Antonio, que casando com uma monçanense, uma CALVINHO, deu origem ao meu ramo paterno, os PEREIRA de Monção.
O João Antonio terminou as obras da Brejoeira e entre outras realisações importantes, foi o construtor da rede fornecedora de àgua potàvel à vila. O grande chafariz com a DANAE que tem a peneira na mão é obra dele, do meu 5°avô paterno. O ramo do Domingos ficou na zona de Cerveira-Viana do Castelo e nos descendentes notàveis, encontramos o Contra-Almirante RAMOS PEREIRA, figura muito ilustre na Marinha Portuguesa e oposante acérrimo ao fascismo salazarista.
As relações mantiveram-se durante vàrias gerações, pois descobri que os apadrinhamentos continuaram até à geração do meu Pai e Tios. Um camaràrio fez a surpresa, nos anos 60 ou 70, ao meu Pai, João Antonio PUGA PEREIRA, que era Presidente da Câmara nessa altura, de lhe mostrar um requerimento pelo qual o seu antepassado João Antonio PEREIRA, recusava o pagamento do saldo dos trabalhos de adução de àguas em papel-moeda e exigia o pagamento em moedas de ouro. Perdoem o tom tao subjectivo da mensagem, mas os quase 90 anos levam a isso. Cumprimentos a todos Natércia
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Palácio da Brejoeira, Monção
Amigo
Peço-lhe perdão da minha insolência, mas deixe-me perguntar-lhe se o seu computador não tem acentos agudos? É tudo corrido a acentos graves? No seu tempo não se aprendia a ortografia?
Desculpe-me esta intromissão.
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Palácio da Brejoeira, Monção
Não seja "misquinho", seu luiseca. Trata-se duma senhora de 90 anos que reside em França e que só deve ter acesso a teclado francês, daí a provável dificuldade ou então perturbação de visão muito conformr com a sua faixa etária.
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Palácio da Brejoeira, Monção
Desculpe, se faz favor, uma resposta tao tardia, mas so hoje li a sua mensagem. Este passatempo diante do computador, nao pede uma atençao tao "a sério", como a que os estudos duma maneira geral pedem.Se a falta dos acentos o incomoda, nao leia as minhas mensagens. Continuarei a escrever como até aqui, nao sem agradecer à comadre "mariafaia" a sua intervençao. Cumprimentos da Natércia
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