Turbulência Genealógica
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Turbulência Genealógica
Caros Confrades
Conhecem-se alguns casos de pessoas em que os pais reais (ou biológicos) não coincidem com os pais juridicamente aceites.
Assim, como exemplos, são historicamente conhecidos os casos do rei D. Miguel, que seria filho da mãe mas não do pai, e do grande escritor Eça de Queirós, que seria filho do pai mas não da mãe (ainda recentemente o Prof. José Hermano Saraiva o provou) ...
Mais invulgar poderá ser o caso do nosso rei D. Afonso I, que, segundo alguns dizem, não seria filho nem do pai nem da mãe, pois teria havido uma troca (intencional) de crianças, devido a deficiências graves do verdadeiro filho (não faço ideia se isso será verdade).
De qualquer forma, mesmo sendo impossível esclarecer completamente estes problemas, não deixam de ser factores responsáveis por uma certa perturbação genealógica.
Cumprimentos do
Marcolino Pires
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RE: Turbulência Genealógica
Caro Marcolino Pires,
Penso que em termos de genealogia, mesmo real, dá-se como verdadeiro o que consta dos documentos. À luz da lei, será o que no fundo importa, pois outra coisa não se pode provar. É a genética que vem revolucionar o que até agora foi tido como aceite, penso todavia não ser possível, sem se saber ou suspeitar quem são os pais verdadeiros, chegar a estes por meras análises.
Penso também que os factos históricos não devem ser questionados por esse prisma, pois em breve tudo estaria revolvido e posto em causa.
Cumprimentos
José Berquó de Seabra
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RE: Turbulência Genealógica
Em genealogia como noutros sectores,nomeadamente o Direito das Sucessões.
Imagine-se que confusão seria se fossemos dar ouvidos a qualquer historieta e , por isso, se questionasse a distribuição de bens feita em tempo e nos termos legais.
A lei só atende ao pai legal, salvo prova em contrário, e há sempre o recurso á prescrição e caducidade para evitar grandes balanços.
Maria Benedita
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RE: Turbulência Genealógica
A genealogia é, na minha opinião, mais que apenas "Direito das Sucessões" ou legalidade. É a herança genética igualmente, e penso que não haverá genealogista que prefira reconstruir a história tomando apenas a legalidade ou o tradicionalmente aceite quando por vezes sabe-se que é falso. Com a ciência aliada à história, arqueologia e até a genealogia, é possível provar a autenticidade do que nos foi ensinado até na escola. Veja-se o suposto corpo de D. Sebastião no Mosteiro dos Jerónimos, a possíbilidade de Cristóvão Colombo ter sido português, maiorquino ou genovês, ou até, a verificação dos verdadeiros restos mortais de Louis XVII e a confirmação do que se suspeitava, mais recentemente, entre muitos outros exemplos. Eu acho que sempre que ouvesse razões suficientes para fazer testes, não deveria haver impedimentos à descoberta/ verificação da verdade.
José Sertório
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RE: Turbulência Genealógica
Caros Participantes:
Estou essencialmente de acordo com o que diz o José Sertório, quando aplicado à Genealogia e apenas à Genealogia ou, num sentido mais lato, à História.
A contribuição da Genética tem sido importantíssima para se chegar a grandes descobertas históricas, como as apontadas acima a que acrescentaria, p.ex., as investigações feitas às ossadas da Família Imperial Russa, para as quais foi vital a colheita do DNA de alguns descendentes (ou colaterais) desta Família, como o Duque de Edinburgo, se não estou em erro.
Claro que não basta qualquer historieta ou mesmo boato para se pôr em causa a verdade legal, sob pena de graves consequências para os valores da segurança e certeza jurídicas, sem que muitas vezes ninguém ganhe nada com isso.
Queria colocar no entanto a seguinte questão:
Se com recurso a exames médico-legais se descobrisse agora, sem margem para dúvidas, que um representante de determinado título nobiliárquico não descende do primeiro titular (ou do 2º ou 3º...), mas de um sucessor que não era sequer filho biológico, não obstante ter sucedido nessa qualidade, qual seria a posição "oficial" do CNA ou de outro órgão que o tenha ou venha a substituir?
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Turbulência Genealógica
Caro José Sertório,
É evidente que o sangue é que conta a nível familiar.
Só por curiosidade, até que ponto contaria a influência do meio, que como sabemos influi igualmente nos maneirismos e até expressões, aliado à herança continuada, com tradições, usos etc?
Como sabe existem diversas pessoas que fazem já análises de ADN, mostrando de que grupo descendemos. Conheço várias pessoas que, apesar das suas genealogias remontando muito atrás, estou-me a lembrar de um caso francês, com nobreza provada de mãe a mãe a 807, que como sabe é por esta via que se verifica este tipo de DNA, que tiveram as surpresas mais extraordinárias.
Concordo com a genética como apoio à investigação histórica, não para, como já atrás referi, destabilizar. Só poderia ser admitida como corrente se, por esse meio, saísse por milagre o nome do pai, o que não acontece. Ficamos então com um filho/filha que sabemos não ser filho de quem se afirmava historicamente e sem podermos provar de quem era. E síamos todos a perder.
Cumprimentos
José Berquó de Seabra
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RE: Turbulência Genealógica
Caros Confrades:
Fiz algumas considerações “numéricas” acerca desta interessante questão no tópico “Paternidade Legal e Paternidade Biológica” iniciado pelo mesmo confrade (a propósito: não teria sido mais prático limitar a troca de mensagens a um só tópico?). A crueza dos cálculos revela-nos que não seria razoável fazer genealogia se o objectivo fosse obter apenas certezas biológicas ou mesmo probabilidades elevadas quanto aos nossos antepassados estritamente biológicos indefinidamente recuados.
No entanto, no meu entender, mesmo no âmbito estrito de uma Genealogia científica, toda a verdade acerca de filiações, sejam elas legais, biológicas, assumidas ou não, ilegítimas ou não, etc. merece ser investigada, dentro das possibilidades existentes. Do ponto de vista estritamente científico as consequências legais, políticas, etc. não deveriam condicionar a investigação genealógica, pois esta deveria fundamentalmente fornecer elementos tão precisos e bem alicerçados quanto possível relativamente a estas questões; actualmente, com a existência de testes de paternidade com alto grau de eficácia a questão da paternidade puramente biológica parece ter sido subtraída à História e à genealogia para passar a ser do domínio da biologia propriamente dita...
O caso da Casa Real espanhola é exemplo paradigmático da relevância (ou irrelevância, conforme o caso) política da veracidade biológica das filiações legais. A maioria dos historiadores, mesmo espanhóis e com obras publicitadas em locais associados à Casa Real, considera pouco provável a verdade biológica da paternidade oficial do Rei Afonso XII; tal facto não teve força suficiente para abalar a legalidade dos soberanos que se seguiram a Isabel II, nem sequer a opinião dos legitimistas franceses, para quem, ainda por cima, é a varonia (mas legal...) que conta. No entanto, é argumento fequentemente esgrimido por alguns Carlistas espanhóis e Orleanistas e “legitimistas dissidentes” franceses para não aceitar a legitimidade da descendência de Isabel II.
Pessoalmente entendo que seria dificilmente sustentável qualquer regime sucessório que pudesse ser abalado por uma tardia descoberta de qualquer falha de legitimidade puramente biológica; julgo que a possibilidade legal de contestar tal sucessão deverá ter “prazo de validade” e em qualquer caso nunca contrariar o “status quo” aceite pelo pai legal, o qual não pode evidentemente ser alterado “post mortem”...
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Turbulência Genealógica
Perdoem o disparate que vou escrever, mas esta intervenção trouxe-me à lembrança uma ideia , bizarra, por certo, ideia que, ao ler a hipótese de D. Afonso Henriques não ser eventualmente filho nem de seu pai nem mãe "legais", me atrevo a partilhar para saber se alguém tem algum indício deste facto aqui "sugerido" sem provas , ao que parece. Surgiu-me há tempos, quando me confrontei com o facto de alguns dos meus antepassados serem naturais de Cárquere ( freguesia ligada à lenda de D. Afonso Henriques e Egas Moniz, seu aio, como sabem). Comecei a ler informações e sempre aparecia a referência à lenda. A doença do futuro 1º rei, o milagre da cura, aquele texto dos meus "bons velhos " tempos da primária em que Egas Moniz se apresentava ao rei de Leão de corda ao pescoço... de repente, mesmo de repente, veio-me à cabeça a ideia extraordinária (e tola , com certeza!) de que Égas Moniz trocara as crianças e o Rei era um dos seus filhos. Só um pai - honesto, franco, vertical - teria a coragem de se expor e à sua família a uma tal atitude para "expiar" a falta à palavra dada! Eu sei que não muda nada, nem ninguém queria mudar, mas que é uma bela ideia ... para um romance... isso era! Eu bem lhes disse que era uma ideia bizarra!!! Perdoem ocupar assim o vosso precioso tempo, mas não resisti!
Cumprimentos a todos.
Maria A. Pinto
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RE: Turbulência Gramatical
Na 8ª linha onde se lê "ouvesse', leia-se "houvesse".
FGJ
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RE: Turbulência Genealógica
Cara Confrade
A ideia de D. Afonso Henriques ser filho de Egas Moniz parece ser uma hipótese bastante razoável, talvez até bastante provável. Penso que já terá ocorrido a várias pessoas. Quem poderá saber ao certo?
Cumprimentos do
Marcolino Pires
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RE: Turbulência Genealógica
Ou os Oldenburg dinamarqueses, que seriam Struensee, ou os Románovi pós Catarina a Grande, que seriam Stolypin...
fa
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RE: Turbulência Genealógica
Cara Maria
Essa teoria não é nova. Há muitos anos li alguns livros de um autor entre o historiador e o romancista, Mário Domingues, que defendia essa ideia da troca dos bebés. Pensando bem, a relação mãe/filho não era muito natural.
Vera
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RE: Turbulência Genealógica
Cara Vera
A sério? Por acaso, não se recorda em qual das obras de Mário Domingues aparece essa ideia?
Maia A. Pinto
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RE: Turbulência Genealógica
Caro Marcolino
A questão que levanta é pertinente, e gera como bem disse, alguma perturbação.
Atente-se no entanto às diferentes legitimidades em questão, pois as mentiras quando se tornam factos históricos merecem a mesma atenção que damos às verdades. Não esquecer que a lógica das gerações - quando articuladas com a história (e creio ser isto que nos interessa) - compadece-se pouco com a especulação, e no caso de D. Afonso Henriques, a identidade dos pais, caso se provasse ser outra inteiramente diferente, deveria ocupar apenas uma breve nota de rodapé num trabalho frio e desapaixonado como todos os trabalhos científicos devem ser.
E digo isto porque para mim genealogia não é a mesma coisa que genética. Os dois saberes assentam em metodologias diferentes, têm fins diferentes, e partem de pressupostos diferentes. Nunca vi um geneticista compulsar volumes de paroquiais, e espantar-me-ia muito que o fizesse: estaria basicamente a destruir a cientificidade sobre a qual assenta a sua disciplina.
Da mesma forma, tendo a considerar que a genealogia enquanto saber associado à história tem a metodologia desta como fonte, não se devendo preocupar mais latamente que em breve nota de rodapé sobre as conclusões que a outra tira, se daí não advier uma resposta a uma questão genealógica (filho de pai/mãe incógnito, ou dúbia transmissão de apelido, ocupação ou património, por exemplo).
Claro que esta opinião inteiramente discutível parte de uma visão muito pessoal da genealogia, em que o seu valor advém das consequências sociais que origina, e não das suas expressões biológicas ou demográficas - para citar duas das vertentes mais populares associadas ao estudo do passar das gerações - e que justamente se encontram confinados a outros ramos do saber.
cptos
Rodrigo Ortigão de Oliveira
p.s. gostaria muito de conhecer mais aprofundadamente as dúvidas existentes sobre a filiação de eça e D. Miguel. Poderia fornecer-me mais dados? Obrigado!
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RE: Turbulência Genealógica
Caro Rodrigo
Acerca da mãe de Eça de Q. só sei o que disse o Prof. JH Saraiva no seu penúltimo (creio) programa (na TV2), e que me pareceu ser inteiramente lógico.
Acerca de D. Miguel, aqui vão pequenos textos provenientes do Blog Anedotas Históricas do Alex - Oblogdoalex:
«30. O PAI DE DOM MIGUEL
O erário público pagava a um Apontador para apontar as datas do acasalamento real, mas ele tinha pouco trabalho. Isso não impedia D. Carlota Joaquina de ter filhos com regularidade e, ao mesmo tempo, advogar inocência e dizer que era fiel a D. João VI, gerando assim filhos de imaculada Conceição!
No caso de D. Miguel, havia cerca de 2 anos que D. João VI não acasalava com a sua mãe. Mas uma coisa é saber-se que não era pai, outra é dizer quem era o pai, porque D. Carlota Joaquina não era fiel nem ao marido nem aos amantes!
Apesar de incerto, apontaram para o 6º Marquês de Marialva, D. Pedro José Joaquim Vito de Meneses Coutinho, por estar na lista daqueles a quem a rainha dava favores nocturnos e, por vezes, diurnos.
A dar substância a esta especulação está o facto de D. Miguel gostar de tourear (como todas as coisas tradicionais, dado ser avesso a tudo o que era novo), o Marquês ser o último de uma linhagem de toureiros e o seu avô, D. Pedro de Alcântara de Meneses, ter sido autor de um sistema de equitação taurina que cobrou o nome de Marialva!
Outros pais possíveis, na lista de Laura Permon, mulher do embaixador Junot em Portugal, são, segundo uns, um moço da cavalariça da rainha e segundo outros, um médico de Lisboa (VB-203+209+211)
31. A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA
Escreveu a francesa Laura Permon, mulher do embaixador Junot em Portugal: “Mas o indubitável é que (D. Miguel) não é filho de D. João VI. Aliás, tão pouco se parece com a sua mãe, nem com nenhum membro da família de Bragança, o que também se observa nos outros filhos da princesa do Brasil” (Mário Domingues, Junot em Portugal, cit. VB-211)
32. O MARIALVA E O REI
Em 1807, o 6º Marquês de Marialva (um dos possíveis pais de D. Miguel) foi enviado a França como embaixador. A única coisa de realce que faz foi pedir a Napoleão a destituição do Rei que o enviara e a investidura de outro rei, à escolha de Napoleão!
Pouco depois, as tropas de Junot invadiam Portugal...
Pode-se pensar em traição ao rei, mas provavelmente a sua nomeação como embaixador foi a paga pelos serviços de cama à mulher... e a destituição do rei era um serviço à rainha...
Quanto a D. João VI, como não podia deixar de ser, perdoou esta traição ao Marialva, e em 1814 aí estava ele de novo em Paris, como embaixador! (VB-210)
# posted by Alex Silva : 7:21 AM»
Cumprimentos,
M. Pires
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RE: Turbulência Genealógica
Caro Marcolino Pires
Nunca tinha ouvido essa história, é não posso deixar de achar anedótico um embaixador sem filhos ser sugerido como pai de D. Miguel.
Tudo me soa a disparate cortesão, amplificado por século e meio de história. E se pensarmos que um boato escandaloso corre sempre melhor que um facto morno mais razões temos para duvidar. No fim de contas, a história de Portugal mante-se rigorosamente inalterada, e essa é que é essa.
cptos
Rodrigo
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RE: Turbulência Genealógica
Maria
A obra é "D. Afonso Henriques". Não sei se tem subtítulo mas os livros dele têm geralmente os nomes dos reis. Não sei se o encontrará à venda, talvez só em biblioteca.
Vera
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RE: Turbulência Genealógica
Caros confrades
A "doença" de Afonso Henriques; a "troca" por um filho de Egas Moniz; a "estória" da corda ao pescoço de Egas Moniz; até o facto incorrecto de Egas Moniz ser apresentado como o aio de Afonso Henriques é inventada por um descendente deste... São tudo lendas já bem interpretadas e percebidas na sua génese e sentido... É só ler um pouco José Mattoso.
Se fizerem questão posso reler as explicações e dar mais pormenores. Não vale a pena insitir nestas fantasias.
Cumprimentos a todos
Sérgio Sodré
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RE: Turbulência Genealógica
Caro Marcolino
A sua mensagem sobre (turbulencia genealogica) despertou-me curiosidade.
Depois de reformado, e amante de historia, e tudo o que dis respeito ao passado.
Depois de alguns anos, a pesquisar! Descobri na genealogia paterna do meu pai,varios personagens ilustres, que me deram prazer, e que eu tive orgulho em mostrar aos meus filhos e netos!
Mas senhor Marcolino ! Posso eu considerar ,esta familia do meu pai a minha ??
Quando o meu pai , era filho incognito ,mesmo que toda a familia paterna e materna, estivesem ao corrente desta filiaçao.
Hoje passados muitos anos, aproximei-me desta familia, onde fui bem recebido.
com os meus cumprimentos. carlos
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RE: Turbulência Genealógica
Se o rei D. Miguel não era filho do pai mas só da mãe, então nem ele nem os seus descendentes teriam direito ao trono. Isto é pior que a origem bastarda e popular da casa de Bragança. É por esta razão que os que defendem uma Monarquia para Portugal deveriam ser mais comedidos na forma como gostam de humilhar os outros.
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RE: Turbulência Genealógica
Eu já tinha ouvido esta história! Pode ser mentira ou verdade . Só a mãe o saberá .
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RE: Turbulência Genealógica
Já reparou que a Senhora acabou de chegar aqui e começa por insultar Pessoas/Instituições por quem os participantes deste forum, mesmo os não Monárquicos têm o maior respeito. Bem sei que nos Açores deve haver pouco para fazer, mas vá-se divertir noutro site por favor, porque aqui sempre que tratar SAR e Sua Familia com menos respeito levará RESPOSTA.
José Tomaz de Mello Breyner
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RE: Turbulência Genealógica
Caro Zé Tomaz
Já ontem, devido à impertinência e má educação dessa senhora, o moderador viu-se obrigado a retirar um tópico que, a meu ver, até nem tinha grande interesse, mas enfim...
Hoje, não satisfeita, volta à carga.
Não existe forma de proibir as intervenções deste tipo de gente?
Um abraço
João de Mariz Sarmento Macieira
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RE: Turbulência Genealógica
Estimados Confrades
+ ANEDOTAS HISTÓRICAS RECOLHIDAS POR ALEX SILVA (O Alex do Blog do Alex)
99. A IRRACIONALIDADE DOS ÍNDIOS
Fernando, o rei Católico de Espanha, decidiu enviar escravas, vagantes e prostitutas para a América, para evitar o casamento de espanhóis com Índias, por estas estarem “muito longe de ser criaturas racionais” (VB-244)
O mesmo disse mais tarde o jesuíta Polo de Ondegardo, em São Miguel, no Brasil, porque os Índios não acreditavam nas coisas mais evidentes: a existência de 3 pessoas numa só (Santíssima Trindade), a virgindade de Maria depois do parto, a presença real de Cristo na hóstia na missa, ou a ressurreição da carne! Tudo coisas muito evidentes para ele.. (VB-237)
100. OS LAGARTOS DE VALÊNCIA
Em 1558 o Vigário de Valência levou a julgamento os lagartos de Valênca pelo crime de “serem muitos”, tendo sido condenados à pena de expulsão da diocese de Valênca!
Resta saber se os lagartos obedeceram ou não... (VB-215/6)
101. A EVANGELIZAÇÃO ESPANHOLA
Como evitar que algum índio obedecesse ao rei espanhol e ao papa?
O Capitão Pedrarias d’Avila inventou um método que foi muito usado na evangelização espanhola: à noite, depois dos índios recolherem às tendas, cercavam a aldeia e liam em voz alta para todos ouvirem (eles, espanhóis) uma intimação a apresentar-se. Como no dia seguinte nenhum índio se apresentava, eles caíam a matar (e a evangelizar) a aldeia (VB-244)
102. AS HERÓICAS MULHERES DE ROMA
Luis XII, Rei de França, invadiu a Itália para conquistar Nápoles. O Papa Alexandre VI (Rodrigo Bórgia) encarregou o mesmo de cerimónias, Buchard, de lhes providenciar o necessário. Buchard o fez: 150 pipas de vinho, pão, carne, fruta e ovos em abundância e 14 prostitutas. Na Roma de então havia 25 mil mulheres na idade e 6000 viviam da prostituição! Surpreso, o Papa perguntou quantos soldados trazia: - 14.000, disse Buchard. O papa: - Oh! As heróicas mulheres de Roma! (VB-85)
103. RENDIMENTO DO PAPA
Sobre o preço da venda do cardinalato pelo Papa Alexandre VI, Sanuto (Diarii, III: 625), dizia: - O rendimento do Papa é, exactamente, o que ele quer que seja (VB-152)
104. AS REZAS DO CARDEAL MAZARINO
O Rei Luís XIII tinha um verdadeiro horror ao corpo feminino nu, chegando a cuspir nos seios dos decotes! Tal asco tinha, que D. Ana de Áustria não engravidada! Devido aos problemas de sucessão, tudo o país rezava.
20 anos depois, juntou-se à reza o Cardeal Mazarino, mas este gostava do corpo feminino nu, e rezou muito, com a rainha, a sós! 10 meses depois, a França tinha um herdeiro: o rei Luís XIV!
Daí o refrão popular: Le Cardinal priat aussi, mais il a mieux réussi
Ou seja: O Cardeal rezava como os outros, mas ele teve mais sucesso (VB-156)
105. AS HORAS DE LUÍS XIV
Quando Luís XIV perguntava as horas, os cortesãos respondiam-lhe:
- A que Vossa Majestade quer que seja (VB-152)
106. O DIÁRIO DE LUÍS XVI
No dia da Tomada da Bastilha, Luís XVI escreveu no seu diário: Nada se passou que merecesse importância (VB-221)
Espero q gostem destas anedotas históricas q o Alex recolheu provavelmente num livro (não sei exactamente qual). A anedota nº 104 tem interesse genealógico, contudo, não faço a menor ideia se será verdade.
Cumprimentos a todos,
Marcolino Pires
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RE: Turbulência Genealógica
Meu senhor , vivo perto de Lisboa e não nos Açores. O facto de lá ter nascido não significa que lá viva. De facto, o senhor Duarte não tem culpa de estar rodeado de gente que julga ter nascido em grande berço e que revela ter tão pouca educação. Reagi desta forma porque me agrediram ao terem tido conhecimento de que as minhas ideias eram diferentes das vossas.
Não têm o direito de humilhar os outros. Ao fazê-lo, estão a perder o vosso nível. Quanto a mim , ´so respeito aqueles que merecem omeu respeito. O senhor Duarte deverá ficar cheio de vergonha se souber como alguns dos seus apoiantes perdem o "Chá" com tanta facilidade. Os meus respeitosos cumprimentos NEGA
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RE: Turbulência Genealógica
Caro senhor
Impertinente e pessoa de má educação foi os termos com que se referiu à Nega, só por ela não concordar com as suas ideias. Chegou mesmo a apelar que proibissem as intervenções "desse tipo de gente". Ora a esse tipo de gente , foram proibidas , tal como o senhor pediu, as intervenções, no entanto, gente que o senhor considera ser de outro "tipo" ou "nivel" até palavras de MUITO BAIXO NÍVEL( palavras essas nunca pronunciadas pela Nega) têm dito neste Fórum que é de Genealogia e não de Monarquia e a elas ninguem proibe as intervenções.
´´E de lamentar senhor Macieira como senhor é arrogante !
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RE: Turbulência Genealógica
Exma. Senhora
Faço os meus respeitosos cumprimentos.
Acabei de ler a sua mensagem que me mereceu atenção e à qual, como deve calcular, terei de responder.
Disse-o há dias aos responsáveis deste site e, agora, que é oportuno, ao dirigir-me a V. Exa. direi a todos os confrades.
É certo que este Fórum é um espaço dedicado à genealogia. Não me parece que sobre isso existam quaisquer dúvidas. No entanto, quando a Genealogia aqui discutida, de qualquer forma, tem a ver com os nossos Reis ou com a sua descendência, aí, os detractores do ideário monárquico terão que ter cuidado com a linguagem que usam e com aquilo que dizem.
Eu, pessoalmente, não acho que depois de ter dado o Grito do Ipiranga, o Senhor Dom Pedro e a sua descendência tivessem quaisquer direitos à Coroa Portuguesa.
Ora isso não me dá o direito de me referir a esses nossos monarcas de maneira menos correcta ou, por qualquer forma, denegrir a sua imagem, trtá-los pelo nome próprio "tout court" como hoje já nem se faz com os criados...
Da mesma forma, e sou monárquico, quando me refiro ao Senhor Presidente da República, mesmo entre amigos e familiares, não digo o "JORGE".
São estas as diferenças, penso eu, que é preciso ter em conta.
Todos podemos expressar a nossa opinião. Mas com boa educação. Foi isso, penso eu, que faltou à Senhora que V. Exa. pretendeu defender.
Melhores cumprimentos
João de Mariz Sarmento Macieira
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RE: Turbulência Genealógica
Exº senhor
Tanto quanto vi, a Nega nunca disse um único palavrão, ao contrário de muitos que discordando das suas ideias e sem a conhecerem de lado algum(sabe lá o senhor se ela não será também descendente de uma "aleivosa")imaginaram-na uma mulherzinha sem educação, e depois de a terem tentado humilhar o mais possível,proferiram os maiores palavrões, os quais pode estar certo ,não fazem parte do seu vocabulário.
Quanto a Sua Alteza,( talvez tambem ela, a Nega, possa ser descendente de alguma Alteza Real, tal como uma enorme multidão de Portugueses),não foi de forma alguma ofendido, apenas o tratou como um cidadão comum porque de facto é isso que D. Duarte é. Em pleno ano de 2005 em Portugal, ninguém pode obrigar ninguém a tratar por D. seja quem for.
Apesar de sentir uma grande tristeza por José Socrates ter ganho as eleições,ja me foi possível verificar como muitos dos senhores se têm referido a ele como se se tratasse de um plebeu qualquer (e como se ser blebeu fosse alguma vergonha).Tambem não me parece que o tenham respeitado!
E o que me diz dos senhores que ligaram para casa do Dr ...e que durante toda uma manhã o insultaram pensando tratar-se do telefone da Nega,quando ele, um senhor educadíssimo, nem imaginava qual a razão de tais insultos?
E agora pergunto eu, será que esses senhores foram educados?
Talvez a nega tenha sido apenas uma brincalhona que se quis divertir um 'pouco com o fanatismo de alguns. Não era Monárquica nem Republicana apesar de considerar que em Portugal nunca mais haverá qualquer Monarquia.
Foi triste como mataram D. Carlos e D. Luis com deixam sofrer aquela mãe ao ver mortos o marido e o filho! Condeno o regicidio ,condeno a raiva e toda a loucura dos primeiros Republicanos que acusaram o pobre do rei de todos os problemas existentes em Portugal. A Nega é nora de um sobrinho de um homem que tambem foi vítima dos primeiros republicanos, o Cardeal Mendes Belo, este é o nome usado pelas suas filhas(Mendes Belo) .Julgaram-na muito mal! Gosta de estar sempre no contra mas pode até estar certo, de que não é má pessoa.
Muitos cumprimentos e desculpe qualquer ofensa.
Isabel Maria de Sousa Câmara Negalha
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RE: Turbulência Genealógica
Ex Senhor
Esqueci referir que nunca a Nega mencionou o nome de D. Duarte como "o Duarte"
mas sim como "SENHOR Duarte" e isto não é de forma alguma tratar mal ou não ser educado. Não o tratou por Dr ou Eng. porque não sabia qual o seu curso.
Reparei agora que o senhor para alem de Monárquico defende uma Monarquia Absoluta(Uma vez que era a Monarquia defendida por D. Miguel). Eu pessoalmente tenho mais simpatia por D. Pedro(Monarca Liberal).
Quanto a D. Carlota, o seu comportamento, tal como é do conhecimento de todos,esteve muito longe de ser digno de uma rainha.Moralmente não foi exemplar
o que pode suscitar muitas polémicas quanto à sua descendência. O mesmo terá acontecido com D. Leonor de Teles de Menezes( a quem Fernão Lopes chamou de Aleivosa).
Não gostaria que me levasse a mal este comentário pensando que estou a faltar ao respeito de alguém, apenas estou a falar numa realidade que a História tão bem conhece.
Em tempos ,alguém disse à Nega(que falta de respeito tratar assim uma senhora!)
que" o que o berço dava só a cova tirava". Tomando o exemplo destas duas senhoras, bem se vê que não é bem assim !
Cumprimentos
Isabel Maria de Sousa Câmara Negalha
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RE: Turbulência Genealógica
Calma, há lugar (ainda) para todos em Portugal, mesmo que tenha havido perto de 15% de votos em dois partidos anti-democráticos , pensem nisso ( como se chegou a esta barbáride de ter 6 Louçãs no Parlamento!!!!!!!!?????).
Solicito que deixem SAR fora das nossas discussões , ele não merece !
PTP
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RE: Turbulência Genealógica
Amigos
Nesta hora em que Sua Santidade o Papa João Paulo II se encontra de novo vitimado pela doença, deixemo-nos de discussões fúteis e rezemos pelas suas melhoras.
Isabel Maria de Sousa Câmara Negalha
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