Descendentes dos Viscondes de Bacar
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Descendentes dos Viscondes de Bacar
Gostaria de contactar Maria do Rosario Seia de Azevedo e Bourbon (*1957), ou seus descendentes. Alguem me pode ajudar?
Maria do Rosario Seia de Azevedo e Bourbon e filha de Maria Eugenia Rei Seia (*1930) e de Pedro Antonio Valente de Azevedo e Bourbon (*1928), que, por sua vez, era filho de quinto e ultimo Visconde de Bacar, Antonio Tomas de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon.
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RE: Descendentes dos Viscondes de Bacar
Caro Sr. Adolfo Coutinho.
Sou parente próximo da Rosarinho, embora não a conheça, nem ela a mim !
Experimente contactar o Dr. Carlos Dinis da Fonseca ou a sua mulher D. Maria da Purificação Briolanja de Queirós de Azevedo e Bourbon, tios paternos da Rosarinho, e para quem ela é como filha.
A morada é :
Dr. Carlos Dinis da Fonseca
Praça do Príncipe Real, 1, R/ch Esq.
Lisboa
O telefone que vem na lista de Lisboa é: 213422751
Desejo-lhe sucesso no seu contacto.
António Pedro Neuparth de Sottomayor
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RE: Descendentes dos Viscondes de Bacar
Caro Antonio Pedro Neuparth de Sottomayor,
Agradeco a sua resposta. Ja entrei em contacto, por carta, com Dr. Carlos Dinis da Fonseca.
Sabera o Antonio Pedro responder as minhas questoes?
Sou natural de S. Pedro de Casteeloes, Vale de Cambra, freguesia onde viveram os "Viscondes de Bacar. Penso publicar um texto sobre o assunto num jornal local.
Tenho a informacao de que as casas e terras dos "Viscondes de Bacar" pertenciam, em 1942, a Manuel Tavares de Almeida, proprietario residente em Areias, S. Pedro de Casteloes.
Podera dizer-me quem, da Familia Azevedo e Borubon, vendeu a casa e terras de Bacar, quando e a quem?
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RE: Descendentes dos Viscondes de Bacar
Caro sr. Adolfo Coutinho.
Há pouco mais de 10 anos, quando concluía as pesquisas que culminariam num vasto trabalho genealógico sobre a Família Barbosa do Couto Sottomayor, estive em casa do referido Dr. Carlos Dinis da Fonseca e de sua mulher, minha terceira prima, D. Maria da Purificação Briolanja, conhecida também pelo diminutivo de "Naninha".
Em conversa mantida nessa época, soube que o 5º Visconde António Tomás de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon, viria a ser a causa da ruina de sua vasta e opulenta Casa, ao ver-se envolvido em complicadas fraudes, pelas quais, chegou mesmo a levar voz de prisão, ao que escapou refugiando-se na sua Casa do Outeiro, em Avanca.
Tratou-se evidentemente de uma fase muito difícil na vida de todos os que o rodeavam, que culminou com a venda da maioria dos bens, inclusivé a própria Casa do Outeiro, onde sempre viveram os representantes deste título com excepção do primeiro agraciado, o Bacharel em Leis Fernando António de Almeida Tavares e Oliveira.
A Casa do Outeiro foi comprada por um abastado cidadão de Avanca, e provavelmente a Casa de Baçar- note que não tenho qualquer confirmação documental- poderá eventualmente ter sido também vendida nesta época, em data posterior a 1934, pois em notas deixadas por meu Avô se pode ler que nesse ano ainda viviam no Outeiro.
Curioso também notar que quem a possuia em 1942, conforme diz, carregava os mesmos apelidos do primeiro Visconde: Tavares e Almeida.
Seria familiar ainda que afastado ?
Sobre este assunto da venda de Baçar, nada mais lhe consigo acrescentar de concreto.
Se lhe puder ser útil noutro qualquer assunto dos Baçares ou da família Azevedo e Bourbon, disponha.
Já agora peço-lhe que quando publicar o seu artigo me envie uma cópia por correio. Ficar-lhe-ía muito grato.
A morada é : António Pedro de Sottomayor
Casa de Entre-Torres (Alto do Vale)
2005-529 Vale de Santarém
Os melhores cumprimentos,
António Pedro Sottomayor
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RE: Descendentes dos Viscondes de Bacar
Caro Antonio Pedro Sottomayor:
Agradeco a sua resposta e o interesse que manifestou em ver o artigo que tenciono publicar num jornal local. Parece-me que seria melhor ler o texto antes de ele ser impresso. Se houver correccoes a fazer, ainda estamos em tempo. Por isso, e para facilitar a nossa comunicacao, reproduzo, a seguir, o texto que tenho preparado. Agradeco que me comunique correcoes a fazer-lhe. Obrigado
Apontamentos Genealógicos – 11
Os Viscondes de Baçar
O título ”Viscondes de Baçar” foi criado por D. Luis I, rei de Portugal, por decreto de 28/1/1871, a favor de Fernando António de Almeida Tavares.
Foram sucessivos titulares:
1. - Fernando António de Almeida Tavares (*1793), 1º Visconde de Baçar.
2. - José Maria de Abreu Freire e Almeida (*1827), 2º Visconde de Baçar.
3. - António Tomás de Sá Resende de Abreu Faria Valente (*c. 1830), 3º Visconde de Baçar.
4. - José Maria de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon, 4º Visconde de Baçar.
5. - António Tomás de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon, 5º Visconde de Baçar.
1º Visconde – Fernando António de Almeida Tavares
O 1º Visconde de Baçar foi Fernando António de Almeida Tavares, filho de Tomás António de Almeida (*1765) e de sua mulher, Ana Maria de Jesus Martins (*1770). Neto paterno de João Tavares de Almeida, de Baçar e de Maria Martins, de Cavião de Cima; neto materno de Simão Martins e de Maria Gomes. Nasceu na freguesia de Castelões em 31 de Março de 1793 e faleceu, solteiro, na sua casa de Baçar, em 31 de Outubro de 1882, passando o título para seu sobrinho José Maria de Abreu Freire e Almeida - (filho de sua irmã Maria Miquelina de Almeida (*1800) e de João de Resende Valente de Sá Abreu Freire (*1800).
Abastado proprietário, capitão-mor do concelho de Macieira de Cambra, fidalgo da Casa Real, por sucessão a seus maiores. Bacharel formado nas faculdades de leis e cânones da Universidade de Coimbra. Foi deputado e juiz de fora em Castelo de Vide, Lafões e Vouzela, com predicamento de cabeça de comarca; auditor do exército; tesoureiro-pagador aposentado do distrito de Viseu; comendador de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
2º Visconde – José Maria de Abreu Freire e Almeida
José Maria de Abreu Freire e Almeida, 2º Visconde de Baçar, por sucessão de seus maiores. Fidalgo da Casa Real, era bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra e, seguindo a magistratura, chegou a juiz de 1ª classe. Nasceu em 28 de Março de 1827 e faleceu, solteiro, em 16 de Fevereiro de 1893, na sua casa de Baçar, passando o título para seu irmão, António Tomás de Sá Resende de Abreu Faria Valente
Era filho de Maria Miquelina de Almeida (*1800), de Baçar, casada com João de Resende Valente de Sá Abreu Freire (*1800), fidalgo da Casa Real, 4º senhor de um morgado em Avanca, no concelho de Estarreja e no mesmo capitão-mor. Neto materno de Tomás António de Almeida e de Ana Maria de Jesus.
3º Visconde – António Tomás de Sá Resende de Abreu Faria Valente
O 2º Visconde de Baçar faleceu, solteiro, em 16 de Fevereiro de 1893, passando o título para seu irmão, António Tomás de Sá Resende de Abreu Faria Valente (*1830), 3º Visconde, casado com Joana de Abreu Freire (*1830).
Tiveram um filho, José Maria de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon, que viria a ser o 4º Visconde.
4º Visconde – José Maria de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon
O 4º Visconde foi José Maria de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon, filho do 3º Visconde, António Tomás de Sá Resende de Abreu Faria Valente (*1830), casado com Joana de Abreu Freire (*1830), natural da freguesia de Avanca, do concelho de Estarreja.
Em 1893, casou com D. Maria José Barbosa Falcão Pereira de Azevedo e Bourbon, com sangue da Casa de Bragança. Tiveram duas filhas: Maria Cândida da Conceição Barbosa de Azevedo e Bourbon Abreu Freire (*1899) cc Jorge Metelo de Nápoles Manoel ss; Maria José de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon (*1902) cc Estevão Maria de Barbosa Queirós de Azevedo e Bourbon; e um filho, António Tomás de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon, que viria a ser o 5º Visconde de Baçar.
Era bacharel formado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. No tempo da Monarquia foi advogado no Porto e Estarreja e por algumas vezes exerceu o cargo de presidente da Câmara Municipal de Estarreja.
Faleceu na sua casa do Outeiro de Avanca, em 1935.
5º Visconde – António Tomás de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon
O 5º Visconde foi António Tomás de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon, filho do 4º Visconde. Em 1923, casou com sua prima D. Maria da Glória Barbosa de Queirós de Azevedo e Bourbon, com sangue da Casa de Bragança e filha dos segundos Condes de Azevedo.
Teve três filhos: José Maria Tavares Valente de Abreu Freire de Azevedo e Bourbon (*1924 +1944); Maria da Purificação Briolanja de Queiroz de Tavares Valente de Azevedo e Bourbon (*1925) cc Carlos Augusto de Azevedo Mendes Diniz da Fonseca; e Pedro António Valente de Azevedo e Bourbon (*1928) cc Maria Eugénia Rei Seia cs.
Era formado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e advogado no Porto. Ainda em vida de seu pai, foi autorizado, por D. Manuel II, a usar o título de Visconde.
Adolfo.coutinho@mail.doc.gov
Fontes: NPB – Vol. 2 – Pag. 365, 366; ANP 1985 – Tomo 1 – pag. 636; GENEA PORTUGAL - (http://genealogia.sapo.pt)
Notas:
António Martins Ferreira, na sua Monografia “Vale de Cambra”, editada em 1942, refere quatro viscondes - (pag 72 e 73). Clara Vide, na Monografia “Vale de Cambra”, editada em 1993, terá seguido Martins Ferreira e refere também quatro viscondes – (pag,. 142 e 143). GENEA PORTUGAL (com base nas fontes NPB – Vol. 2 – Pag. 365, 366 e ANP 1985 – Tomo 1 – pag. 636) menciona cinco viscondes.
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RE: Descendentes dos Viscondes de Bacar
Caro Sr. Adolfo Coutinho.
As informações constantes no seu texto estão correctíssimas, sendo apenas de ressalvar um pequeno pormenor: o apelido FARIA do 3º Visconde não é esse, mas sim FREIRE.
Não sei se lhe possa eventualmete interessar para o seu artigo, ou não, mas posso ainda acrescentar que o filho varão primogénito dos 5ºs Viscondes, o José Maria, aproveitou as oportunidades de uma carreira nas colónias ultramarinas, partindo para a Beira (Moçambique), onde morreu com 20 anos. Sua irmã D. Maria da Purificação Briolanja, tirou o diploma de Assistente Social e casou com o Dr. Carlos Dinis da Fonseca, licenciado em Direito e Chefe de Repartição na Direcção Geral de Assistência Social; não tiveram filhos, mas criaram como sua a filha única do primeiro casamento de Pedro António Valente de Azevedo e Bourbon: Maria do Rosário Seia de Azevedo e Bourbon (*1957), a qual casou com José de Aragão Padinha Ribeiro, de quem tem geração.
Os melhores cumprimentos,
António Pedro de Sottomayor
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