Dr. João Pires das Coberturas
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Dr. João Pires das Coberturas
Caros Confrades,
Segundo as "Memorias historicas-genealogicas dos duques portuguezes do seculo XIX, pp. 252-253" da autoria de Augusto Romano Sanches de Baena e Farinha de Almeida Portugal Silva e Sousa, 1º visconde de Sanches de Baena: o Doutor João Pires das Coberturas, do concelho de D. Manuel I em 506 e Desembargador da Casa da Suplicação (entre outros cargos e mercês...) terá casado com Maria Pereira. Esta última seria filha de Diogo Pereira, fidalgo da Casa Real.
Duas perguntas me ocorrem.
1ª- Qual a origem e significado do apelido "Coberturas"?
2ª- Quem foi Diogo Pereira?
Os meus melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. João Pires das Coberturas
Caro Artur Camisão Soares:
Retirei isto da internet, mas não sei se terá alguma coisa a ver.
"Paderne
Igreja Cronologia: Idade Média
Lugar : Paderne
Freguesia : Paderne
Concelho : Melgaço
Código Administrativo : 160309
Latitude : 568,9
Longitude : 188,3
Altitude : 240m
Acesso : O acesso faz-se directamente pelo antigo traçado da estrada EN.202, na direcção Melgaço - Chaviães. O monumento não está sinalizado.
Descrição arqueológica : A fundação original do mosteiro de S. Salvador de Paderne remonta ao tempo da formação da monarquia portuguesa mas é mal conhecida. Segundo a tradição, deve-se à iniciativa da condessa Paterna, estando a igreja já construída em 1130, ano em que terá sido consagrada pelo bispo de Tui. Tratava-se então de um mosteiro feminino, que sob a direcção da abadessa Elvira Sarrazim conheceu os favores da protecção régio-condal, recebendo em 1141 carta de couto de Afonso Henriques. Pelo menos desde 1225 aparece ocupado por cónegos regrantes de Santo Agostinho, perdendo o seu carácter misto. João Pires, importante personagem várias vezes referenciado nas Inquirições de 1258, foi um dos seus mais destacados priores, devendo-se à sua iniciativa a reconstrução da igreja segundo modelo românico , obra que, de acordo com a inscrição gravada na fachada à esquerda do portal principal, se concluiu em 1264, ano em que foi consagrada pelo bispo Egídio de Tui. O mosteiro de S. Salvador de Paderne foi suprimido em 1770 por breve papal, retirando-se os poucos cónegos agostinhos aí residentes para o convento de Mafra. A igreja sofreu reconstruções ainda no século XVIII, acabando por tornar-se paroquial. Seguindo Carlos A. Ferreira de Almeida (1978a), a igreja românica do mosteiro de S. Salvador de Paderne tem, entre as coisas mais assinaláveis, em que releva a planta com cabeceira tripartida de capelas quadrangulares, amplo transepto e nave curta, "(...) o facto de esta igreja nos apresentar, além do portal principal, um outro lateral, de tamanho semelhante, que dá para o braço norte do transepto. Esta solução existe de resto em outros mosteiros como no de Santa Cristina de Ribas de Sil, Ourense. Se o axial - que nos mostra uma rica decoração de tipo vegetal e floral, (...) e um arco envolvente inspirado na arte românica galega, tardia, derivada do Mestre Mateus, corrente que tem grandes ecos em Ourense, e uns pés-direitos com escócias ornamentadas com flores - se integra já no proto- gótico , o lateral não lhe é de modo algum anterior embora na decoração das suas arquivoltas haja só temas geométricos, as malgas e uns pequenos toros. Repare-se que os seus capitéis podem ser já considerados góticos e são tematicamente semelhantes a outros da igreja (...). Por isto os consideramos pouco mais ou menos contemporâneos. A explicação para a existência deste grande portal lateral deve ser procurada no facto de estarmos diante de um mosteiro feminino, tardio, que mostra já influências da arquitectura cistercience e reservava a nave central exclusivamente para a comunidade monástica. Acresce ainda que era na banda lateral, norte, conforme nos garantem inscrições funerárias, que estava a ala dos túmulos pelo que esse portal se requeria. (...)". Curiosamente, a epígrafe de uma dessas inscrições obituárias respeita a um "R. Garcia, que fez este templo", falecido em Dezembro de 1255 - tratar-se-á de um dos mestres da obra ? A igreja albergava ainda outras estruturas tumulares, algumas das quais, como as duas tampas de sarcófago que se recolhem hoje no Museu Soares dos Reis, Porto, se podem considerar verdadeiras obras de arte. As duas peças referidas parecem ter sido retiradas da igreja no início deste século, devido a receios de arruinamento das coberturas e paredes. Trata-se de duas estátuas jacentes, uma retratando um cavaleiro, talvez um patrono do mosteiro e outra um membro de uma comunidade religiosa, eventualmente um prior de Paderne. Pelo relativo arcaísmo técnico-estilístico, atribui-se-lhes uma cronologia em torno de meados e segunda metade do século XIII, podendo portanto ser consideradas duas das esculturas mais antigas desse género, em Portugal. O monumento, cujos trabalhos de conservação iniciados pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais não foram concluídos, apresenta alguns sinais de degradação.
Interpretação : Igreja de fundação medieval.
Interesse : Trata-se de um monumento de incontornável significado histórico regional e, pelos enigmas da solução planimétrica que ostenta, de excepcional valor científico e patrimonial, fundamental para a compreensão do povoamento medieval e para o estudo da penetração e difusão do " românico " na região. Está classificado como Monumento Nacional (Dec. de 16-6-1910).
Bibliografia
Autor : Luis Fontes
Data Última Actualização : 04-FEV-1998" (sic)
No mesmo sítio vi a alusão às coberturas dessa construção, donde se tratará de uma alcunha atribuída ao dito João Pires.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Dr. João Pires das Coberturas
Caro João Pombo,
Belíssima descrição de Paderne e do Mosteiro de S. Salvador de Paderne.
Quanto ao André Pires, citado, trata-se na certa de outro personagem. O André Pires das Coberturas, que refiro, foi do concelho de D. Manuel I em 1506.
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Dr. João Pires das Coberturas
Caro Artur Camisão:
Tem razão.
Engraçado que pesquisando na internet, aparecem alguns Pires dos sécs. XVI e XVII, todos ligados à construção de Igrejas, eventualmente arquitectos ou entalhadores.
Mas já pesquisou aqui nesta BD?
Aparecem alguns Coberturas, também de apelido Pereira.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Dr. João Pires das Coberturas
Caro João Pombo,
É curiosa a situação.
Já pesquisei na BD. Estou-me a referir, precisamente, a esses "Pereiras".
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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André Pereira das Coberturas
Caros Confrades,
Segundo Sanches de Baena, na obra supracitada, o Dr. João Pires das Coberturas e sua mulher Maria Pereira tiveram como filho a André Pereira das Coberturas (já aqui na BD).
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: André Pereira das Coberturas
Caros Confrades,
Relanço o tópico na esperança que se faça "nova luz"!
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: André Pereira das Coberturas
Caros Confrades,
Maria Pereira era filha de Diogo Pereira, FCR. Quem era este Diogo Pereira?
Com os meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: André Pereira das Coberturas
Caros Confrades
Na Bibliotheca Lusitana Historica,relativamente a Santarem ,fala de André Sodré Pereira das Coberteiras.
Coberteiras e não Coberturas.Coberteiras são as penas da cauda dos falcões.
Nasceu esse André em Santarem a 3.9. 1663 filho de Vasco Sodré da Gama e de Luisa de Sousa Pereira das Coberteiras.
Suponho ter lido algures que se trata de uma Quinta das Coberteiras.
Cumprimentos
Coimbra
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RE: André Pereira das Coberturas
Caroa confrades
Quando escrevi André queria escrever Antonio . Lapso meu!
Cumprimentos
Coimbra
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RE: André Pereira das Coberturas
Caro Coimbra,
Muito me conta. São dados a ter em conta, o que agradeço. É um facto que o termo COBERTURAS aparece documentado na descendência do Dr. João Pires...; será que houve deturpação..??
Meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: André Pereira das Coberturas
Caro Artur Camisão Soares
Há muitos anos que o vejo por aqui.
Calculo tambem que seja uma das habituais confusões fonéticos de Gayo,ou deturpação no tempo.
Maria de Fatima Reis ,no seu livro «Santarem no tempo de D.João V»,Edições Colibri, tambem usa a palavra COBERTEIRAS.
O Antonio de que lhe falei é Morgado da Azoia,calculo que por sua Mãe.
Com os melhores cumprimentos
Coimbra
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RE: André Pereira das Coberturas
Caro Coimbra,
Muito boa tarde!!
Parece ser, efectivamente, confusão. Agradeço-lhe a indicação da obra de Maria de Fátima Reis...onde aparece a palavra COBERTEIRAS.
O Dr. João Pires, pai de André, foi o intituidor do Morgado da Azoia de Baixo!!
Renovados cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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