Sertã enobrecida
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Sertã enobrecida
16- SERTÃ ENOBRECIDA
Folhando os notáveis livros paroquiais da freguesia de Santiago do Sardoal interessou-nos o seguinte assento de baptismo: "Luiza filha de Ambrósio Caldeira e de sua mulher Catarina Maria Lobata naturais e moradores nesta Vila do Sardoal neta pela parte paterna de Manuel Caldeira de Parada e de Maria Baptista naturais da dita Vila e pela parte materna de Manuel Lopes Cotrim e Ana Lobata naturais da dita Vila (consta do assento de baptismo de outro filho, Gonçalo, que esta última era natural de Abrantes, e não do Sardoal), do primeiro matrimónio de ambos, nasceu aos 29/II/1724 e foi baptizada solenemente aos 15/III do dito ano por mim Valentim Xavier de Almeida e Silva beneficiado nesta matriz com licença do Reverendo Vigário Matias da Silva Cardiga; foram padrinhos o Reverendo Bernardo Antunes Furtado beneficiado nesta Matriz da Vila do Sardoal e natural da Vila de Abrantes e D. Ana Roza de Mendonça natural da Cidade de Lisboa, e de mão posta por procuração Maria de Andrade Cordeiro e por ser verdade fiz este termo que assinei com as testemunhas que presentes estavam: os Padres Luiz Mendes Salazar e António de Andrade Caldeira naturais desta Vila do Sardoal, era ut supra ".
Esta Luiza, que assim nasceu a 29/II/1724, descendia da antiga nobreza do Ribatejo ou, mais correctamente, de uma parte do Centro do País que compreendia, nomeadamente, as Vilas da Sertã, Abrantes, Cortiçada (actual Proença a Nova) e Sardoal. Intentámos investigar a sua ascendência e as famílias com quem ela se relacionavam. E, para que esse trabalho não fosse de todo inútil, entendemos publicar neste Forum os resultados dessa investigação.
Foi na Sertã que nasceu e viveu o grande genealogista Padre Jacinto Leitão Manso de Lima, beneficiado da Igreja Matriz local, que, na primeira metade do século XVIII, escreveu sobre as famílias mais importantes da região, tais como Caldeiras, Mansos, Gueifões, Paradas, Temudos e Britos, as quais constituem, no seu conjunto, um verdadeiro sub-sistema da nobreza portuguesa. Foi a uma das obras mais famosas de Manso de Lima, "Sertã Enobrecida", que fomos buscar o título da presente nota.
A origem da família Caldeira é relatada por Manso de Lima do seguinte modo :
"Em tempos dos Senhores Reis D. Fernando e D. João I, viveu nesta Vila da Sertã um cavaleiro nobre chamado Gonçalo Rodrigues e por alcunha o Roas. ElRei D. João I pelo seu valor e pela interposição do Condestável que era muito seu amigo, o fez capitão e com este posto se achou na Batalha de Aljubarrota no ano de 1385 aonde fez acções muito notáveis, ganhando a bagagem aos castelhanos em que achou um anjo de prata que deu a ElRei D. João I e ElRei fez dele presente à Colegiada de Guimarães e sai em púlpito nas procissões que se fazem nas festas do Anjo, e um grande pedaço do Santo Lenho que ofereceu ao Condestável D. Nuno Álvares Pereira. Ali tomou também a notável caldeira de bronze em que se coziam 3 ou 4 bois juntos, a qual se guarda ainda hoje por memória no claustro do Real Mosteiro de Alcobaça. Era de tantas forças que levantou ao ar em presença delRei a caldeira; o que em memória do valor com que se houve nesta ocasião e da presa desta e de outras caldeiras mandou que desde então tomasse por apelido a mesma caldeira e lhe deu por armas em campo azul uma banda de prata entre duas flores de liz de ouro, em razão de haver também tomado no despojo uma bandeira com as armas reais de França, e sobre a banda 3 caldeiras de preto guarnecidas de ouro nas bocas; e por timbre um braço armado com uma caldeira na mão que são as mesmas que usam hoje seus descendentes se bem com alguma diferença se deram a Cristóvão Caldeira como em seu lugar diremos".
Diz no entanto Sanches de Baena no seu "Arquivo Heráldico- Genealógico:"Os Caldeiras são bons fidalgos e antigos. Não se duvida de que tomassem o apelido por alguma razão ou caso honroso de que fizesse figura alguma caldeira, mas não a que lhes atribuem da caldeira que se tomou aos castelhanos na Batalha de Aljubarrota porque já antes havia este apelido".
Segundo Manso de Lima, Gonçalo Rodrigues Caldeira casou com Dona Inês de Macedo, filha de Álvaro de Macedo e de sua mulher Joana Ribeira. Foram pais de Diogo Gonçalves Caldeira que foi Camareiro-menor de D. Duarte e Alcaide-mor da Sertã e de Pedrógão Pequeno. Esteve em Tânger com os Infantes. Casou com Joana de Souza, filha de Bartolomeu Mendes, homem principal do Sardoal. André Caldeira de Souza, seu filho, sucedeu-lhe nas Alcaidarias. Casou com Dona Cecília de Goes, filha do cronista Damião de Goes, de quem não teve geração. Sucedeu-lhe pois seu irmão, Diogo Rodrigues Caldeira, que casou com Brites Famusga de Almeida que, parece, era da Casa de Abrantes, a mesma a que pertenceu D. Francisco de Almeida, 1º Vice-Rei da Índia. A Diogo sucedeu o filho, Cristóvão Caldeira, que tirou brazão de armas em 6/III/1552. Este casou na Amieira com Leonor de Sequeira, filha de Lourenço Velho de Sequeira e de sua mulher, Isabel Rodrigues. Foram irmãs de Cristóvão uma Joana Caldeira e uma Catarina Caldeira casada com João Temudo, filho de Fernão Temudo, de Abrantes, e de Maria de Torres, sua mulher.
Manso de Lima trata de vários ramos dos Caldeiras e, nomeadamente, dos Caldeiras do Sardoal e de Abrantes que não chega a entroncar nos da Sertã. É no entanto natural que pertencessem todos à mesma família. Assim se pensava de resto em pleno século XVII, como revela o depoimento de uma das testemunhas do processo de habilitação para o Santo Ofício de Gonçalo Caldeira de Sequeira, bisavô de Luiza-Maria-de-S.Jacinto, ao afirmar que "ouviu dizer que os Caldeiras do Sardoal descendiam deste termo da Sertã de gente muito limpa, e honrada (entenda-se cheia de honras ), com os principais dos quais se comunicam entre si". Os próprios nomes o sugerem (considere-se que houve, como adiante se verá, um Diogo Roiz Caldeira no Sardoal cerca de um século mais novo que o seu homónimo, e provavelmente seu antepassado, da Sertã). Embora Manso de Lima não mencione nenhum João Caldeira entre os filhos da Catarina Caldeira (filha de Diogo Roiz Caldeira), que casou com João Temudo, dos Temudos de Abrantes, não repugna a ideia de que o primeiro Caldeira do Sardoal, João Caldeira, fosse um filho destes não constante dos registos notariais que Manso de Lima analisou para compor as suas genealogias. Ficaria assim explicado o apelido Temudo que, como se verá, foi dado a Leonor Caldeira Temudo, mãe do Diogo Roiz Caldeira do Sardoal. Seja como for, pode considerar-se certo que os Caldeiras do Sardoal entroncam nos da Sertã. Já é mais difícil tirar conclusões sobre uma eventual ligação com os chamados Caldeiras de Abrantes dos quais se tratará mais adiante.
Ambrósio Caldeira, pai da acima mencionada, casou com Catarina-Maria Lobata em 6/VI/1720. Do respectivo assento de casamento conclui-se que pai de Ambrósio, Manuel Caldeira de Parada (deste se sabe que foi Juiz dos Órfãos do Sardoal e, a partir de 1700, proprietário do ofício de Contador, Inquiridor e Distribuidor da mesma Vila; em 1706, este último ofício foi herdado pela sua única filha legítima, meia-irmã de Ambrósio, que o trocou em 1708 pelo de escrivão da respectiva Câmara) e Maria Baptista não eram casados, isto é, que Ambrósio era filho natural. Manuel casara em 26/VIII/1681 com Maria-da-Ressureição Brasca (um apelido que se julga ser de origem catalã), desse casamento nascendo, em 8/IX/1682, uma filha chamada Dona Maria Brasca Caldeira que casou em 9/VIII/1707 com o Doutor João Homem de Brito, sem geração.
O Doutor João Homem de Brito, único Homem de Brito que figura nos notáveis registos paroquiais do Sardoal, era assim tio por afinidade de Luiza. Era filho de João Vicente Leitão e de Margarida Pereira de Brito, filha bastarda do Padre António Pereira de Brito, que foi prior de Alcaravela (filho de Vasco Homem de Brito, e de Maria Pereira, neto paterno de Francisco de Brito e de ? , do Sardoal, bisneto de Helena de Brito, de S. Vicente da Beira, dos Britos ditos do Sardoal, e de seu marido Francisco Dias de Morais, cavaleiro fidalgo das Casas do Infante D. Luis e dos Reis D. João III e D. Sebastião; o Prazo do Mestre, em S. Vicente da Beira, de que foram vidas Francisco de Brito, seu filho Vasco, sua nora Maria Pereira e a filha destes D. Brites de Brito, acabou por vir parar às mãos de Gonçalo Rodrigues Caldeira). Foi baptizado em 29/VIII/1676, tendo por padrinho Bento de Moura Barata Freire e Mendonça, fidalgo da Casa Real, marido de Dona Madalena-Maria Caldeira de Vasconcelos (ver em Gayo a Árvore dos Mendonças Moura Baratas) que, como adiante se verá, era prima direita de Manuel Caldeira de Parada. A madrinha foi Dona Leonor de Sande, mãe do padrinho.
O pai de João Homem de Brito, de cujo casamento com Margarida Pereira de Brito não se encontrou assento, o que leva a crer que se tenha realizado fora do Sardoal, enviuvou em 24/V/1677. Casou segunda vez, a 2/III/1682, com Joana Dias de quem teve Francisco Homem Leitão, que foi padre, único irmão conhecido de João Homem de Brito.
Os registos da Universidade de Coimbra revelam que João cursou Leis. Matriculou-se pela primeira vez na Universidade em 1/X/1698, recebeu o grau de bacharel em 4/VI/1704, a formatura em 7/I1705, a licenciatura em 27/VI/1705 e o doutoramento em 22/XI/1705. Nesses registos, o seu nome era ocasionalmente abreviado para João Homem, sabendo-se tratar-se da mesma pessoa por ter idêntica filiação e naturalidade. Veio viver para Lisboa onde exerceu a advocacia (Cândido Teixeira, autor da obra “Antiguidades, Famílias e Varões Ilustres de Sernache do Bom Jardim”, informa que foi bom letrado).
O assento de óbito respectivo, que se encontrou nos livros paroquiais do Sardoal com a data de 9/VIII/1735 (a mulher, Dona Maria Brasca, faleceu dois anos depois, em 27/VII/1737), confirma que veio morar para Lisboa. Tal facto não o impediu de ser padrinho por procuração de três irmãos de Luiza: Maria, baptizada em 17/I/1726, Gonçalo, nascido em 14/IX/1729, e António, baptizado em 25/VIII/1731. Tratava-se pois de uma pessoa estreitamente ligada (não exclusivamente por ser casado com uma tia) à família de Luiza, o que explica o apelido dado a Tomás Homem de Brito Lima, neto desta.
Voltemos a Manuel Caldeira de Parada. No Livro 13 (a folhas 305) das mercês de D. Pedro II está registada a concessão, com data de 10/VII/1700, da mercê do ofício acima mencionado de Inquiridor, Distribuidor e Contador do Sardoal. Consta da respectiva carta que ele era filho de Gonçalo Caldeira de Sequeira que vinte anos antes fora Capitão-mor do Sardoal. Deixara ao morrer três filhas donzelas que ficaram a cargo de Manuel. Foi esta uma das razões aduzidas para que este fosse nomeado para o referido ofício, sucedendo a uma falecida Catarina Cordeira, sua anterior proprietária.
Verificou-se que Gonçalo Caldeira de Sequeira tentou habilitar-se para familiar do Santo Ofício em 1671. Não o conseguiu, não só por as informações apuradas sobre o seu avô materno terem sido consideradas insuficientes, mas também por a sua vida e costumes não o tornarem recomendável para o efeito. O filho e as três filhas que tinha eram, de facto, todos naturais (apesar de reconhecido como filho de Gonçalo em livros de mercês reais, Manuel Caldeira de Parada era efectivamente um bastardo, nascido em 13/X/1653, que Gonçalo teve de Maria Dias, solteira). Acresce que, quando estava com algum vinho, o que acontecia com certa frequência, se tornava indiscreto e "não fazia com satisfação o que se lhe entregava".
Embora longe de ser sensata, a decisão de tentar habilitar-se para familiar do Santo Ofício teve, para a posteridade, a enorme vantagem de facultar preciosas informações sobre ele próprio e os seus antepassados. O processo sublinha tratar-se de um homem nobre que sabia ler e escrever, filho de Diogo Roiz Caldeira (que deve ter sido o Licenciado Diogo Caldeira, cavaleiro professo da Ordem de Cristo em 17/V/1583, Comendador da Comenda de Santa Maria Madalena no Bispado de Miranda, da apresentação do Duque de Bragança, em 2/IX/1600) e de Joana de Sequeira, ambos do Sardoal, neto paterno de Gonçalo Roiz de Parada (um com este nome é mencionado por Manso de Lima a propósito dos Gueifões: o primeiro Gueifão de que Manso de Lima dá conhecimento, Gil Vaz Gueifão, escudeiro que vivia em 1536, casado com Margarida Fernandes, foi de facto "tutor no inventário dos filhos de Gonçalo Roiz de Parada") e de Leonor Caldeira Temudo, também do Sardoal, e neto pela parte materna de Francisco de Sequeira, que Gonçalo declarou ser de Castelo Branco, e de Ana Mansa (mais precisamente, Ana Mansa de Figueiredo, filha de Pedro Martins de Figueiredo e de Margarida Mansa, sua mulher), de Proença a Nova.
Apesar da declaração do seu descendente, Francisco Caldeira era de Proença e não de Castelo Branco, o que explica que os inquisidores não tivessem encontrado em Castelo Branco ninguém que o conhecesse. Na sua obra "Antiguidades, famílias,... ", (microfilme 5224 da BNL), Cândido da Silva Teixeira, no título de Sequeiras, não deixa ficar dúvidas sobre que Francisco de Sequeira era Senhor do Morgado de Proença, filho de Gaspar de Sequeira, instituidor do Morgado, e de Leonor Boina, filha de Jorge Boino, comendador de S. Miguel de Redemoinhos, junto de Viseu, na Ordem de Cristo. O erro de Gonçalo deve ter resultado do facto de a família ser oriunda de Castelo Branco. O irmão de Gaspar, Baltasar de Sequeira, foi, nomeadamente, "um dos mais autorizados homens de Castelo Branco onde ocupou os empregos mais honrosos e, por procurador da mesma cidade, assistiu nas cortes de Tomar em 1619". Casou quatro vezes sem filhos e "instituiu uma capela de seus bens, ordenando andar sempre anexa ao morgado de Proença a Nova que instituiu seu irmão e possuiu seu sobrinho Francisco de Sequeira". Gaspar e Baltasar foram filhos de outro Francisco de Sequeira, filho de Simão de Sequeira (filho este de Vasco Folgado de Sequeira, Morgado e Senhor da Casa dos Sequeiras, de Castelo Branco) e de sua mulher, Catarina da Fonseca Coutinho, filha de Diogo da Fonseca Coutinho, mordomo-mor do Infante D. Fernando, comendador de Alpalhão, Alcains e Touro, cavaleiro da Ordem de Cristo, Almoxarife e Capitão-mor de Castelo Branco (ver N.10 do §32 do título de Coutinhos, na muitas vezes citada obra de Gayo, que apresenta a sua genealogia de verdadeiro Coutinho). Tanto Francisco de Sequeira (que tirou em 1542 brazão de Sequeiras e Fonsecas) como seus filhos tiveram o foro de cavaleiros fidalgos.
Casou este Francisco de Sequeira com Ana Dias Mansa, a qual,segundo Cândido da Silva Teixeira, foi irmã de Pedro Dias Manso (casado com Catarina Dias Temudo), de Proença a Nova, e, como ele, filha de Diogo Anes Manso.
Diogo Anes Manso, nascido em Castela, foi o primeiro deste apelido de que se tem notícia em Portugal, para onde veio com a Excelente Senhora no tempo de D. Afonso V. Diz Gayo, em título de Mansos, que "era filho de João Manso, Senhor de Vasalos, este filho de Lopo Manso, Senhor do Solar dos Mansos, e neto de Domingos Manso, Senhor do Solar dos Mansos, 2º neto de D. Bento Manso, irmão de Pedro Manso, que se distinguiu no Cerco de Sevilha, 3º neto de João Manso, 4º neto de Pedro Manso, 5º neto de Inigo Manso, que no ano de 1175 fez doação de uma oficina de couros que tinha em Cacar, povo de Navarra, aos Santos Mártires Emérito e Elodem, 6º neto de Domingos Manso, 7º neto de Inigo Lopes Manso, 8º neto de Lopo Lopes Manso, 9º neto de Afonso Manso, Senhor do Solar dos Mansos, 10º neto de Lopo Manso, avô de S. Domingos de Silves, Senhor de Alvorite em Trena, e outros lugares, 11º neto de Lopo Lopes Manso, fundador da Casa da Infançoa de Mansos em Canilha, ou Canas de Yare, 12º neto de D. Manso Lopes e sua 2ª mulher, a Infanta Dona Branca Velasquez, filha do Rei de Navarra D. Sancho Albarca e de sua mulher, a Rainha Dona Toda, 13º neto de D. Lopo Zuria, 6º Senhor da Biscaia, e de sua mulher e prima Dona Aldara Sanchez, 14º neto de D. Lopo III, cavaleiro de Cantabria, descendente do celebrado Juiz Laím Calvo". Acrescenta que "toda esta ascendência traz Frei Ambrósio Gomes na vida de S. Domingos de Silves".
Nas notas ao Costado 192vº do Tomo 1º dos Costados de Gayo, edição dos Carvalhos de Basto, vem indicado que o pai de Leonor Caldeira se chamava João Caldeira. A cronologia aponta para que seja o João Caldeira, nomeado por D. João III Juiz dos Órfãos do Sardoal, o qual foi casado com Catarina de Canseco, filho de outro João Caldeira, escudeiro fidalgo, que, segundo Manso de Lima, viveu no Sardoal e nesta Vila fez testamento em 4/II/1543 (ano em que João Caldeira, o moço, tinha, segundo indica Manso de Lima, 26 anos; terá pois nascido em 1517). É este último o mais antigo dos Caldeiras que Manso de Lima chama do Sardoal. Sabe-se que casou duas vezes, a primeira com Clara Afonso, filha de Iria Vicente (Manso de Lima não indica o nome do pai), e a segunda com Catarina Chorra, irmã de Frei Álvaro Chorro e de João Chorro. João Caldeira, o moço, era filho da segunda.
Um outra filha de João Caldeira, Joana Caldeira, casou com Pedro Gueifão Manso, filho de Fernão Gueifão e de Brites Mansa, e neto dos já referidos Gil Vaz Gueifão e Margarida Fernandes. Pedro Gueifão Manso foi moço de câmara de D. Sebastião (nomeado em 1559 para fazer mercê a D. Jorge Temudo, Bispo de Cochim), Juiz dos Órfãos do Sardoal e escudeiro do Conde de Abrantes. Do seu casamento com Joana Caldeira nasceu Fernão Caldeira Manso que foi Capitão-mor do Sardoal e Juiz dos Órfãos. Faleceu muito velho em 1666. De sua mulher, Iria de Souza do Carvalhal, teve um filho, Pedro de Souza Manso, cavaleiro fidalgo, e também Juiz dos Órfãos, o qual vivia ainda em 1671. Seu filho, Duarte de Souza, que vivia ainda em 1707, foi Juiz dos Órfãos. Manuel Caldeira de Parada, que também o foi, deve ter exercido o ofício entre um e o outro.
Gonçalo Caldeira de Sequeira era irmão de António Caldeira de Sequeira que é referido no processo como "o morgado" e que como tal vem referido nos livros das Chancelarias de D. João IV e D. Afonso VI. Este António, que figura na Árvore acima referida, casou com Dona Maria de Albuquerque Refoios. Teve Dona Madalena-Maria de Vasconcelos que casou com Bento de Moura Barata Mendonça Freire, fidalgo da Casa Real. Foram pais de Francisco-Xavier de Mendonça Moura Barata, fidalgo da Casa Real, o qual, tal como seu tio Gonçalo, foi Capitão-mor do Sardoal. Desse foi filho Bento-Manuel de Mendonça Moura Barata e neto Francisco-Xavier de Mendonça, ambos fidalgos da Casa Real. Este último casou com Dona Joana-Rita de Bourbon de quem teve Bento de Moura de Mendonça, nascido em 1769, Luiz de Moura de Mendonça, Dona Ana de Almeida, nascida em 1773, e Dona Joaquina de Almeida, nascida em 1774. Eram, todos eles, primos de Luiza-Maria-de-São-Jacinto.
A chamada Casa Grande do Sardoal era o solar dos Mendonça Moura Barata, Senhores da Casa do Sardoal. Trata-se de um vasto edifício do século XVII, reedificado posteriormente, e que hoje pertence a mais de um proprietário. Lá existem ainda recordações da antiga glória de uma família que era considerada das mais ilustre do Reino.
No Arquivo do Desembargo do Paço (Corte, Estremadura e Ilhas) que se encontra na Torre do Tombo, encontram-se dois processos relativos a esta família, o primeiro em nome de Francisco-Xavier de Mendonça Moura Barata, datado de 1775, e o segundo, datado de 1804, em nome do neto deste, Francisco-Xavier de Mendonça. Aparecem enumerados nestes processos os muitos morgados que constituiam a grande Casa do Sardoal. Destes os mais "significantes" eram, pelo lado dos Moura Barata, o instituido em 1625 por Dona Brites Barata e, pelo lado dos Caldeiras, o instituido por Gonçalo Rodrigues Caldeira, cavaleiro professo da Ordem de Cristo em 6/VI/1584, Comendador de Gontrias, na mesma Ordem, em 14/IV/1604, e de Manteigas em 4/VI/1606, irmão de Diogo Rodrigues Caldeira, referido como o Comendador Diogo Caldeira. Está escrito no mais antigo dos processos: "A respeito da qualidade e distinta nobreza do suplicante ... é notoriamente conhecido em todas províncias deste Reino o antigo esplendor e opulência da ilustre Casa do Sardoal que se distinguiu sempre em todas as idades pelos úteis serviços que os seus beneméritos alunos fizeram à Real Coroa, assim nos tribunais como em campanha; o mesmo suplicante tivera já a honra de servir a Vossa Magestade vantajosamente no posto de Capitão-mor do Sardoal em que lhe sucedeu seu neto Francisco-Xavier de Moura e Mendonça; seu filho Bento-Manuel de Moura e Mendonça no de Mestre de Campo dos auxiliares daquela Comarca; seu neto Pedro de Mendonça e Moura, cavaleiro da Sagrada Religião de Malta, no de Capitão-Tenente da Marinha (consta da "Lisboa Antiga - O Bairro Alto", Voll. II, de Júlio de Castilho, que, em 1801, Pedro de Mendonça e Moura era "fidalgo da Casa Real, do Conselho de Sua Magestade e do Almirantado, Comendador de Rio Meão, Arada e Maceda, na Ordem de S. Julião de Jerusalém, Vice-Almirante da Armada Real"; morava em Lisboa na Travessa da Queimada), caminhando finalmente uns e outros com louvável emulação por aqueles heroicos vestígios que com a nobreza do sangue lhes transmitiram seus esclarecidos ascendentes". Acrescente-se que pertencera à família D. Gaspar Barata de Mendonça, 1º Arcebispo da Baía, confirmado em 16/XI/1676, o qual nunca foi à sua Arquidiocese: governou-a por intermédio de delegados. Renunciou à mitra em 1682 e faleceu no Sardoal em 11/XII/1686.
Entre as testemunhas escolhidas para deporem no processo de Gonçalo Caldeira de Sequeira figuram algumas que declararam ser seus parentes, nomeadamente Manuel de Parada Diniz, Belchior Gueifão de Parada (capitão reformado e moço de câmara de Sua Magestade), Francisco Manso Fernandes e Marcos Mendes, todos homens nobres do Sardoal e parentes, aparentemente pelo lado Parada, isto é, pelo lado da varonia.
Os nobiliários dizem muito pouco sobre a Família Parada. A Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira informa que houve duas famílias desse nome, ambas de origem espanhola, e menciona várias pessoas ilustres com esse apelido, quase todas do século XVI. No século XVII, há que mencionar o Padre Doutor António de Carvalho Parada, certamente parente, bisneto de Gil Vaz Gueifão, nascido no Sardoal em 1595 e falecido em Bucelas em 12/XII/1655, que foi Guarda-mor da Torre do Tombo. Uma irmã deste nascida por volta de 1600 (já que, segundo Manso de Lima, tinha 78 anos em 1677), Dona Jerónima de Parada, que foi casada com Gaspar de Souza de Lacerda, está sepultada na Igreja do Convento da Caridade do Sardoal aos pés do altar onde se encontra encaixado um precioso oratório-armário indo-português por ela própria doado.
Parecem ter sido também parentes, talvez pelo lado Parada, António Mendes Caldeira e Maria de Parada, casados no Sardoal em 23/VI/1677 (sendo padrinho Gonçalo Caldeira de Sequeira), filho ele de Bartolomeu Mendes Caldeira e de Maria de Meireles da Fonseca, moradores na Cortiçada, e ela de Manuel de Meireles e de Joana da Mata de Figueiredo, do Sardoal (deduz-se do assento que António era irmão de um Manuel Manso, na realidade Manuel Manso da Fonseca, morador na Cortiçada, onde os pais também moravam; devia ser parente de um Padre Domingos Mendes Caldeira mencionado no assento de casamento de João Homem de Brito), que foram padrinhos de Dona Maria Brasca. António Mendes Caldeira fora já uma das testemunhas do casamento de Manuel Caldeira de Parada. Tanto ele como a mulher morreram muito velhos no mesmo dia, 14/IV/1742. Depreende-se dos assentos de óbito respectivos que eram ricos e que deixaram por herdeiras suas filhas, Feliciana Caldeira, Fulgência-Maria da Fonseca (mulher de Manuel Manso da Fonseca) e Arcângela da Fonseca.
Este António Mendes Caldeira, que foi escrivão dos órfãos do Sardoal, pertencia a um outro ramo dos Caldeiras, os Caldeiras ditos de Abrantes. Tem-se conhecimento por Manso de Lima (ver "Famílias de Portugal" desse autor) da sua ascendência. Sabe-se de facto que seu pai, Bartolomeu, era filho de António Mendes Caldeira (que casou com sua sobrinha Isabel Caldeira, já viuva de António Manso Gueifão, a qual era filha de Martim Vaz de Figueiredo e de Maria Mendes Caldeira), por sua vez filho de outro António Mendes Caldeira, que andou ausente 22 anos em Flandres, Itália e outras partes, ajudou o Conde de Basto na expedição que juntou em Évora para mandar a Lisboa que receava ser invadida por ingleses (era no tempo dos Filipes) e morreu de peste em Lisboa com 57 anos de idade em Dezembro de 1598, tendo antes composto um livro intitulado "Livro de Milícias". Este interessante antepassado, que casou com uma Ana Mendes, era por sua vez filho de Cristóvão Mendes Caldeira que casou com Brites Fernandes e era filho de Braz Mendes Caldeira, filho de Teresa Fernandes de Almeida, que veio viver para a Cortiçada por ter casado com Pedro Fernandes de Proença que parece ter tomado este apelido por ser da Cortiçada. O pai de Teresa, Cristóvão Mendes Caldeira terá sido "Corregedor de Entre Douro e Minho em tempo em que não havia mais de quatro corregedores no Reino e eram como presidentes da Província". Sabe-se que casou com Maria Mendes. Seu pai, Mem Lourenço de Miranda, "foi mui mimoso do Infante D. Pedro, filho de D. João I". Dizem que D. Afonso V lhe deu certos bens na Vila de Abrantes. Casou com Teresa Fernandes de Almeida que parece ter sido filha de D. Lopo de Almeida, 1º Conde de Abrantes, e, portanto, irmã do grande D. Francisco de Almeida, 1º Vice-Rei da Índia. Mem era filho de Cristóvão Lourenço Caldeira, casado com Leonor Afonso Gorjão, e irmão de Diogo Lourenço Caldeira, Alcaide-mor de Marvão e Portalegre. Ambos eram filhos de um outro Caldeira cujo nome próprio se desconhece e que deve ter sido contemporâneo de D. João I.
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RE: Sertã enobrecida
Caro Senhor,
Em relação aos Paradas do Sardoal, posso transmitir o que escreveu o meu sexto Avô, Jacinto Serrão da Motta que nasceu no Sardoal a 28-03-1705, onde foi Juiz do Geral. Denota grande erudição e uma sólida formação sobre várias áreas do conhecimento. Escreveu alguns Livros.
Retiro do manuscrito, "Memórias Restauradas do Sardoal", escrito entre 1753/71, o seguinte sobre Paradas do Sardoal:
"Francisco de Parada, Tio do grande Paulo de Parada, natural que foi desta Vila, depois de militar 13 anos contínuos no Estado da Índia, sendo despachado pelo Capitão-Mór D. Vasco da Gama, para a corte de Madrid, morreu nessa corte antes de lhe ser feita mercê alguma e ali fez sua herdeira de seus serviços a sua irmã Maria Fraioa, a qual os renunciou em seu sobrinho Paulo de Parada Fraião, por ele ser macebo nobre e bem disposto, o qual determinava naquele tempo (era o ano de 1623) ir servir S. M. nas partes da Índia com os quais serviços lhe foram entregues duas cartas que vieram da Índia para S.M..
Partiu o dito Paulo de Parada para Madrid a despachar os ditos serviços e não nos consta que naquele ano fosse para a Índia, nem em qualquer outro. Sabe-se que se deu ao serviço de S. M. nas guerras da Flandres onde por seus grandes merecimentos, crescera muito em honras e se fizera celebrar. Cuido que morreu em Espanha, pois me não consta que tornasse a este Reino. Mas como falamos de um herói, que mereceu o título de Grande, daremos aqui de sua origem aquela relação de que nos informa o assento de onde tiramos a nota supra e outros de que tratam nossos palimpsestos; também para livrar ao engano os que o fazem natural do Alentejo, especialmente Francisco Soares Toscano em seu "Paralelo dos Príncipes", onde até o faz de humilde nascimento, qual Mário, com quem paraleliza, do que se não deve tornar culpa a este autor, senão a quem o informara sem circunspecta certeza de que um judicioso exame, por falta do que havemos tantas notícias erradas.
O Grande Paulo de Parada, que pelo seu merecimento chegou ao posto de Mestre de Campo General, que era só um no exército, como o mesmo autor refere, foi natural desta Vila e aqui baptizado, filho de Francisco de Parada Estaço, de Marvão e de Maria Tavares. Seu Avô, Leonel de Parada, também foi desta Vila, de nobre geração. Casou na de Marvão na família dos Farias Estaços. O Avô materno de Paulo de Parada foi Paulo Roiz Fraião e sua Avó Maria Tavares.
Baronia de Paulo de Parada, natural desta Vila do Sardoal:
Foi Paulo de Parada por linha paterna, filho de Francisco de Parada Estaço, natural de Marvão, o qual casou nesta Vila aonde viveu e morreu. Serviu cargos nobres e teve foros de nobreza daqueles tempos.
Foi neto de Leonel de Prada, que casou em Marvão, o qual aqui serviu os cargos de nobreza e Cavaleiro-Fidalgo. Foi bisneto de Rodrigo de Parada, que viveu alguns anos na Vila da Sertã e depois nesta Vila, casado com Isabel Diniz, irmã de António Roiz Diniz, Cavaleiro-Fidalgo.
(Nota do Autor: Daqui em diante segue-se um erro que virá corrigido mais adiante.)
Foi 3º neto de Rui Lourenço de Parada que viveu em Portalegre, onde casou nobremente.
Foi 4º neto de Maria Anes de Parada que casou em Portalegre com Gonçalo Lourenço de Gomide, pessoa das principais daquela cidade, que foi Escrivão da Puridade do Rei D. João I e outro matrimónio foi progenitor dos Albuquerques, Senhores de Vila Verde, de quem procedem os Marqueses de Anjeja e de Marialva e Condes de S. Lourenço, de cujas casas há-de constar a ascendência do dito Gonçalo Lourenço de Gomide, 4º Avô de Paulo de Parada.
Foi 5º neto de João Gonçalves de Parada, natural do reino da Galiza, o qual passou a Portugal no reinado de D. Fernando e tendo descendência, justificou seu filho Rodrigues Anes de Parada, governando o Rei D. João I, em como seu Pai João Gonçalves de Parada, era homem bem fidalgo de linhagem, pelo que o dito Rei mandou passar carta de nobreza e fidalguia em 23 de Dezembro de 1439, fazendo-o fidalgo de solar conhecido, concedendo-lhe grandes previlégios e franquezas, teve foro de vassalo que era o melhor daquele tempo. Casou em Portalegre e dele procedem os Mouzinhos e os Malheiros.
Foi irmão de Soeiro Anes de Parada, de que procedem os Castros de Torrão, Comendador-Mór da Ordem de Santiago e Senhor da Várzea de Moura. D. Martim Anes de Parada, foi sobrinho de da sobredita D. Maria Anes, 4ª Avó de Paulo de Parada, por ser irmã de Soeiro Anes de Parada e de Rodrigo Anes de Parada, todos três filhos do dito João Gonçalves de Parada.
Este apelido e família teve seu solar no lugar de Parada, junto à Vila da Corunha, na Galiza, de que usaram seus descendentes. Outros mais deste apelido se passaram a este Reino de que faz menção o Conde D. Pedro, esquecendo-se de João de Parada, que foi Reposteiro-Mór de D. Afonso III e Durão Martins de Parada, que foi mui conhecido no tempo do Rei D. Dinis.
De Paulo de Parada, o Velho, Tio de Francisco de Parada Estaço, se dirá em outro lugar"
"SUPLEMENTO `AS MEM´ORIAS DO GRANDE PAULO DE PARADA"
"Suposto que a página 93 e seguintes levamos a Baronia de Paulo de Parada, natural desta Vila, faço declaração que ali não vai com erro, mas com toda a verdade, bem que contra a opinião de Montarroyo, que faz Paulo de Parada, 3º neto de Álvaro Roiz de Parada, não o sendo, mas sim do seu irmão Francisco Leonel de Parada, Cavaleiro de Malta, Bailio de Acre, filho de Rui Lourenço de Parada e suposto que nas memórias restauradas do dito Paulo de Parada pareça aprovar este erro declarando-o 3º neto de Álvaro Roiz de Parada e à pág. 93 o meto no escuro dizendo 3º neto de Rui Lourenço, declaro ingenuamente e debaixo da verdade, segundo ciência certa que tenho por papéis que vi e logo citarei que de Gonçalo Lourenço de Gomide e de Maria Anes de Parada, nasceu Rui Lourenço de Parada, deste Álvaro Roiz de Parada e o dito F. Leonel de Parada, o qual teve Rodrigo de Parada, pai de Leonel de Parada, o Velho, que casou em Marvão com Violante de Faria ou Ana de Faria Estaço e desse e de Maria Tavares do Sardoal, nasceu Paulo de Parada e seus irmãos. E se na nas memórias restauradas vou com a opinião de Montarroyo e por modéstia de não expôr ao público uma bastardia, posto que tão honrada e me aproveito de uma opinão tão autorizada e recebida como a de José Freire de Monterroyo Mascarenhas a quem fiz esta mesma declaração para poder emendar seus livros nesta parte. Consta o referido de uma árvore de família que denota mais de 200 anos que vi no arquivo de Bento Manuel de Moura, (...) que dá Álvaro Roiz de Parada, o qual não consta que tivesse filho chamado Rodrigo, mas sim o dito seu irmão F. Leonel, como fica declarado. E pela antiguidade que denota a dita árvore, mostra foi feita em tempo que o referido se sabia e constava, sem outra controvérsia."
-Há outros apontamentes sobre Paradas de Carvalho, nomeadamente:
"... o Dr. António de Carvalho de Parada, nasceu no Sardoal no ano de 1595, estou na Universidade de Coimbra, onde se doutorou na Sagrada Teologia e foi douto em e outro Direito."
- Foi, entre outros elevadíssimos cargos, Guarda-Mór da Torre do Tombo e faleceu a 12 de Dezembro de 1655.
Com os meus cumprimentos e desejos de poder ter sido útil,
Fernando Serrão d´Andrade
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RE: Sertã enobrecida
Caro confrade Fernando Serrão d'Andrade
Li com muito interesse a sua contribuição para este tópico, contribuição essa que muito apreciei.
Peço desculpa de me ter esquecido de assinar a minha própria contribuição.
Com os meus melhores cumprimentos
Eduardo R. de Arantes e Oliveira
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RE: Sertã enobrecida
Caro confrade:
tenho meus antepassados dessa zona e gostaria se pudesse dar alguma informação sobre os mesmos:meu 7º avô era António Dias Manso natural de Cardigos(Proença-a-Nova) casado em 1691 com Maria Lopes Clériga.Despertou-me a curiosidade se terá a ver com a família que refere no seu tópico(Dias Manso).
O outro costado é o meu 8º avô Manuel de Castro do Sardoal casado em 5/06/1645 com Joana Fernandes,filho de Matheus Vaz e de Maria de Castro e ela filha de Manuel Fernandes e Joana Fernandes.
os meus cumprimentos
J.Mendes
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RE: Sertã enobrecida
Caro Confrade
Não sei, infelizmente mais do que enviei para o forum, mas é possível que o Nobiliário de Manso de Lima, ou a "Sertã Enobrecida" de CândidoTeixeira, possam dar informação sobre seu 7º avô António Dias Manso. Procurarei especialmente no Manso de Lima quando puder ir à Biblioteca Nacional.
Observo que Dias é o patronímico de Diogo, o que permite pensar que os Dias Manso são descendentes de Diogo Manso que menciono na minha nota como geriarca dos Mansos portugueses.
Com amigos cumprimentos
E. Arantes e Oliveira
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RE: Sertã enobrecida
Caro confrade
Tenho alguns Mansos,mas dos anos 1800,e da freguesia de Palhais.
Talvez descendentes destes seus ascendentes.
Não sei onde fica Sardoal,penso que seja do mesmo concelho da Sertã!
cumprimentos
Carlos Reis Luiz
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RE: Sertã enobrecida
Caro E. Arantes e Oliveira
Fico-lhe muito grato pela sua resposta e agradeço-lhe se quando for possível me veja tal informação na Biblioteca Nacional ,pois para mim tal é difícil devido ao meu trabalho e viver fora de Lisboa.
Os meus sinceros cumprimentos
J.Mendes
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RE: Sertã enobrecida
Ola.
Sempre ouvi a minha mãe dizer que descendemos de Gonçalo Rodrigues Caldeira. Infelizmente, não consigo aceder a mais informações sobre os seus descendentes.
O meu avó era Manuel Caldeira (1912-1972).
Filho de José Caldeira (1862-...) e de Maria de Jesus (1862-...).
Neto paterno de José Caldeira e Maria Joanna.
Neto materno de José Antunes e Emília de Jesus.
Haverá alguma ligação?
Obrigada,
Teresa Caldeira Reis
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RE: Sertã enobrecida
Peço desculpas por não ter referido:
Família Caldeira de Oleiros, Castelo Branco.
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RE: Sertã enobrecida
Olá Se quizer dar uma vista de olhos nos meus Mansos de Palhais-Sertã, clique em baixo!
http://pagfam.geneall.net/0534/pessoas.php?id=1056594
Cumprimentos Carlos Luiz
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RE: Sertã enobrecida
Caro Confrade Eduardo,
O seu estudo, estende-se ao vizinho concelho e Vila de Mação ?
Com os melhores cumprimentos
João Paulo Gaspar
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RE: Sertã enobrecida
Olá Teresa!
Aproveito a sua passagem por aqui para lhe sugerir que fale com um GRANDE Genealogista que frequenta este fórum: José Caldeira, que tem o "username" JCALD; ele poderá ajudá-la, e muito.
Cumprimentos,
Nuno M. Barata-Figueira
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RE: Mansos - Sobreira Formosa
Caros Confrades,
Aproveito o tópico para solicitar qualquer informação adicional sobre os seguintes indivíduos:
- António Gomes, filho de Pedro Fernandes e de Francisca Antunes, c.c. Maria MANSO, a 24.1.1657 - Sobreira Formosa - Proença-a-Nova, filha de Manuel Delgado e de Ana MANSO. Dispensaram do 3.º grau de consanguinidade.
Tiveram, entre 16 filhos (alguns falecidos à nascença), Diogo Gomes MANSO, b. 30.7.1674 - Sobreira Formosa, c.c Úrsula de Abreu, com dispensa do 4.º grau de consanguinidade, filha de José Nogueira de Abreu e de Feliciana de Andrade, meus ascendentes.
Tudo indica que se trata de uma linha descendente de Diogo Anes Manso, que viveu em Proença-a-Nova e que consta em: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=310515
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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Sertã enobrecida
Caro Senhor.
Numa investigação que estou a fazer sobre a guerra da restauração de Portugal na vila de Valverde em Espanha, encontrei um Capitão com o nome de Manuel da Fonseca Manso da vila de Cortiçada, que foi ferido nesta batalha no dia 13 de setembro de 1643 y depois morto na vila de Olivença. Acho que é a pessoa que aparece neste artigo.
Espero poder ter ajudado.
Como os meus cumprimentos.
Maria Pizarro
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