Freguesia de Alvares
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Freguesia de Alvares
Boa noite,
para quem pesquise a Freguesia de Alvares, fiz uma extracção de um texto da "Monografia da Freguesia de Alvares", do Sr. Pdre Ramiro Moreira, que talvez tenha interesse.
"No arquivo da Universidade de Coimbra existe um documento anónimo intitulado " Catálogo dos Priores Perpétuos do Antigo Mosteiro de Folques", antes de se unir à Congregação da Santa Cruz e que nos dá informações preciosas à cerca da freguesia de Alvares.
O mosteiro de São Pedro, dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, foi fundado em Arganil junto ao rio Alva em 1086 por São Goldrofé, santo muito venerado e milagroso, cuja imagem bela, está ainda bem conservada.
São Goldrofé era natural de Arganil e foi o fundador e superior deste mosteiro.
Em 1190, 104 anos depois da sua construção, por se encontrar muito degradado, foi transferido
para a Mata de Folques, onde São Goldrofé se encontra sepultado no altar moro É curiosa esta informação: " a 13 de Setembro de 1134 era Prior do Convento de Folques, Dom Afonso Anes, que nessa data, com os seus cônegos, em Cabido, fez prazo do Casal de Soutelinho, termo da Vila de Alvares"
Mais tarde, porque o bispo de Coimbra, D. João Galvão, recebeu o título de Conde de Arganil, o prior do Convento de Folques, D. Miguel Pires da Silva, foi obrigado a deixar a jurisdição secular que tinha em Arganil, que passou para o bispo de Coimbra. Ainda há pouco tempo - 1957 era usado nos documentos saídos da Cúria diocesana este título dado aos bispos de Coimbra F. T. " Bispo de Coimbra, Conde de Arganil", etc.
O rei D. Afonso V, em 1472, deu a este prior, em compensação, o título de Conde da Vila de Alvares e Senhor da Vila de Fajão.
Foram conservados pelo Convento de São Pedro de Folques até 1834, os senhorios destas duas vilas, tendo nelas jurisdição, pondo alcaides, recebendo jogados, etc. A Câmara Alvarense era obrigada a dar aos priores e seus dignitários, todas as vezes que se deslocassem à Vila de Alvares, um tanto em dinheiro para o jantar.
O mosteiro de São Pedro de Folques foi anexado a Santa Cruz de Coimbra em 1595. Depois desta data os párocos da Vila de Alvares eram apresentados pelos padres crúzios daquela cidade, que recebiam os dízimos.
Há um outro documento importante que também se refere à igreja de Alvares: " a Inventário Artístico de Portugal- Distrito de Coimbra". Este documento diz-nos que foi donatário de Alvares o mosteiro de São Pedro de Folques; com a passagem deste para a Congregação de Santa Cruz de Coimbra, acabou por ser unida ao Colégio Universitário da mesma Congregação da , Sapiência de Santo Agostinho.
No arquivo da Universidade de Coimbra foi encontrado um outro velho manuscrito: "Informações Paroquiais de 23 de Maio de 1721". a Pároco, Padre Pedro das Neves, nas informações que deu ao Cabido da Sé de Coimbra e ao Bispo diz: " Nesta minha freguesia há treze ermidas, três das quais sam particulares, porque a Ermida de São Caetano, que estã na Vila, foy instituída por Simam Diogo Barreto e SO Antônio, que também estã na Vila foy instituída por Silvestre V ás e sua mO Lianor Borges, e todos foram moradores nesta Vila e a Na sa da Memôria do lugar dos Padroens foy instituída por Snr Luís Borges q. foy morador do mesmo lugar; as mais q. a de Sam Sebastiam desta Vila, a de Sam Pedro de Amioso Fundeiro, a de Sam João das Cortes, a de Sam Domingos de Mega Cimeira a do Espírito Santo de Amioso de Ametade, a de Na sa da Conceição da Roda Cimeira, a de Sam Antônio do Casal Novo, a de Na sa da Piedade da Simantorta, a de Santa Margarida da Cham de Alvares, a de Na sa de Guadalupe da Amoreira, sam do povo e a nenhuma vem curso de gente por não haver Imagem Milagrosa... "
" Na Igreja da minha frega, nem nas Ermidas della nam ha relíquia insígne de SO ou sa. que
tenha authentica certidam de Roma"
"Achasse esta minha fre( no tempo prezente com mil e cento e secenta e três pessoas de
comunham e com trinta e três menores, nam há Caza de Misericordia, hospital, nem recolhimento aIgn-.
" Nam há Capella, nem sepultura, q. tenha letreyros, nem armas" " N am ha memórias, porque nesta Iga nam há Cartório" .
" Esta Igreja nam he Collegiada, e por isso nam ha benefícios, nem coadjutores". "Nesta minha Igreja ha hu livro, em q. se assentam os baptizados, e os fallecidos, q. já nam tem principio, mas q. delle se conhece, principia aos doze dias do mês de Dezembro de mil seiscentos e trinta e nove. Ha mais doys livros q. serviam cada hu pa baptizados, cazados, e defuntos, hu dos quais pricipiou aos dezanove dias do mês de Fevero de mil e seicentos e oitenta e quatro; ha maishu livro, q. serve para os baptizados, que principia aos vinte e cinco do mês de Agosto de mil sette centos e oitenta, ha mais outro livro q. serve pa os defuntos q. pricipia aos dezasseis dias do mês de Março de mil sette centos e quatorze".
É muito curiosa esta informação do Prior de Alvares: "Tenho notícia q. na soledade de Bussaco está inteyro o corpo de hu Religioso q. ahi falleceu q. opinam de SO, por nome Fr. Ignoscencio de SO Alberto, o qual he natural do lugar de sa Margarida, Cham de Alvares, desta minha freguesia."
.. "Estas sam as not.(as) q. sobre o pedido pude achar, e nelle nam vay couza q. a verdade possa
encontrar. E por verdade mandey passar a preze q. assiney e juro in verbo sacerdotis.
Alvares 23 de Maio de 1721. O 10º Vigário, Pedro das Neves"
Por este documento, datado de 23 de Maio de 1721, portanto há 280 anos, ficamos a saber
que a freguesia de Alvares tinha nessa data apenas dez capelas, duas das quais particulares e já há muito demolidas, a de S. Caetano, que se situava em frente à residência paroquial e a de S. António, que já ninguém se lembra da sua existência. O povo diz que em Alvares ainda
existiram as capelas de _ sa da Conceição situada na rua que liga o largo da eira à rua principal, . e a de S. Domingos que estava em frente ao inicio da rua Aires Dinís.
Ficamos também a saber que o pároco de Alvares era também pároco da Amoreira e que a freguesia de Amoreira tinha capelas, uma pública, a de Na sa de Guadalupe e a de Na sa da Memória, que era e ainda é particular, no lugar dos Padrões.
Ficamos ainda a saber que o Amioso do Senhor era conhecido nessa data, por Amioso de
Ametade e a capela era dedicada ao Espírito Santo.
O presente documento não refere a existência da Capela de Na sa do Livramento do lugar de Obrais que foi particular até 1986. É muito antiga e deveria ter sido construída pouco tempo depois de 1721. Ainda possui um Missal de altar, muito bem conservado, com data de 1725.
Também não faz referência à Capela de Mega Fundeira, dedicada a Na sa das Dores. Uma Capela
bastante antiga, mas construída depois de 1721. Ainda conserva os castiçais e o crucifixo em estanho.
As outras Capelas, ( 21 em toda a freguesia), são de construção muito recente.
É também curiosa a escrita deste documento, um tanto arcaica (1721), mas já muito
aproximada da actual.
Também por este documento ficamos a saber que já havia registros demográficos alvarenses de 1603 a 1838, talvez os mais antigós assim resumidos; baptizados de 1604 a 1837; casamentos, de 1611 a 1830; óbitos, de 1603 a 1838.
Há um outro documento manuscrito, igualmente muito curioso e de certo interesse. É o " Inventário de todos os bens e rendimentos; e bem assim de todos os paramentos, vasos sagrados, alfaias e utensílios pertencentes à fábrica e paróquia, desta freguesia de San Mateus d' Alvares, feito pela Junta de Paróquia e regedor, em 18 de Fevereiro de 1884." Este documento é assinado por Manoel Pedro Lopes Cortez, presidente; Joaquim José Veiga, pároco; José António da Fonseca; Adelino Lopes Cortez; António das Neves Fonseca, vogais; Manoel Barata Lima Júnior, regedor substituto e Firmino Henriques Barreto, o vogal secretário. "
Quanto aos rendimentos diz o referido documento: (...) " consistem estes, actualmente, em pagarem os herdeiros ou famílias dos finados, que forem enterrados no cemitério desta freguesia, duzentos reis por cada pessoa maior, e cem reis pelos menores; onus este que foi aprovado pelo Exmo Conselho de Distrito:" A parte restante do inventário pode resumir-se assim:
" ... paramentos e alfaias - 166 peças; vasos sagrados - 9 e utensílios - 76."
Existe igualmente um documento no arquivo paroquial que nos diz que em 1845 a freguesia
de Alvares pertencia ao Arciprestado de Arganil. Hoje pertence ao de Pampilhosa da Serra.
Há também outro documento no arquivo paroquial, no livro das visitas pastorais do Bispo da Diocese, com data de 28.2.1845, que refere ter visitado a freguesia de Alvares o Bispo D. Manuel Correia de Bastos Pina e que nessa altura ( coisa extraordinária) administrou o sacramento do Crisma a mais de 1.000 pessoas!!. Não haverá engano?
Diz outro documento do arquivo paroquial que em 1920 o Bispo Auxiliar de Coimbra, D. António Antunes esteve três dias ( 28, 29 e 30 de Maio ), a fazer a visita pastoral à freguesia de Alvares; no último dia da visita pastoral foram crismadas 571 pessoas."
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RE: Freguesia de Alvares
Cara Cláudia,
Excelente,
Os Antão que lhe enviei no documento na Sexta passada eram moradores no Casal do Soutelinho, tendo João Antão casado com os Alves do Casal do Indioso, mesmo ao lado. Minha bisavó Maria do Carmo (Figueira) ainda nasceu no Indioso. denotar que estes dois lugares ainda hoje não são aldeias mas sim casais.
Se apanhar mais qualquer coisa sobre estas localidades agradeço (pertencem hoje à Portela do Fojo.
Cumprimentos,
Nuno M. Figueira
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RE: Freguesia de Alvares
Caro Nuno,
A respeito do mail que me enviou na sexta-feira, que só ontem vi e lhe agradeço, informo que tenho uma lista semi-acabada de alguns antepassados e alguns colaterais que lhe quero enviar ainda esta semana. Quanto aos Antão, fique já com o apontamento:
Fernão Antão cc Maria (Antão) e tiveram
José Antão +/- 1790 cc Ecolástica (Maria) da Conceição, filha de Paulo Martins e Conceição Maria e tiveram:
Joaquim Antão n. Varzina, Alvares em 18-01-1820 cc Joanna (Maria) Henriques n. em Vale de Armoinha 28-11-1821, filha de António Henques e Joaquina Maria e tiveram:
Manoel Antão, n. Vale Armoinha 07-05-1848 cc Maria Jacintha filha de João Luiz e Jacintha Maria
e
Bernardino Antão, n. Vale Armoinha 19-02-1860 cc Maria Rosa Portelinha
Tanto Manoel Antão como o seu irão tiveram, entre outros, duas filhas, ambas Maria do Carmo Antão de seus nomes. O Antão a partir deste ramo perdeu-se.
Cumprimentos,
Cláudia
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RE: Freguesia de Alvares
Cara Claúdia,
Muito interessante o seu achado histórico.
Terei de ler tudo mais detalhadamente até porque Folques é a terra dos meus antepassados Fonseca mais antigos (Afonso e Afonseca), nomeadamente Pedro Afonso casado com Petronilha Alves e o filho João Afonso, Padre, que foi vigário da igreja de S. Mateus da Vila de Alvares.
O confrade João Fonseca Barata encontrou numa listagem de habilitações sacerdotais do bispado de Coimbra referentes ao período que vai de 1537 a 1540 o seguinte: "o cónego João Afonso da regra de Santo Agostinho, do mosteiro de Folques, natural de Folques, filho de Pedro Afonso e de sua mulher Penólia Alvres, tendo já ordens menores habilita-se, com autorização do seu prior, às ordens de Evangelho".
As primeiras 4 gerações do Pedro Afonso foram:
João Afonso, Padre & Leonor Mendes
1. Simão Afonso & Catarina Marques
1.1. Simão d' Afonseca +1646 & Catarina Antão +/1648
1.1.1. Atanásio Fonseca 1613 &1679 Mónica Simões
1.1.1.1. António Fonseca +/1702
1.1.1.2. Maria Fonseca +1730
1.1.1.3. Manuel Fonseca
1.1.2. Simião da Fonseca +1694 & Isabel Lopes
1.1.2.1. Manuel da Fonseca +/1728
1.1.2.2. Bárbara da Fonseca 1646
1.2. Manuel d' Afonseca & Fulana x
1.2.1. Eusébio da Fonseca
1.3. Fulano d' Afonseca & Esposa de Fulano d' Afonseca
1.3.1. Atanásio II Fonseca & Maria Manuel ?
1.3.1.1. Sebastiana da Fonseca
1.3.1.2. Maria da Fonseca 1644
Se nas suas pesquisas encontrar mais alguma coisa que permita recuar mais alguma geração agradeço a informação.
Também curioso são os nomes das pessoas que assinaram o inventário de bens e rendimentos da fabrica e paróquia da freguesia de San Mateus d' Alvares, que são quase todos nomes familiares que aparecem em diversos documentos de família na posse de um primo, estando alguns já entroncados no meu site, como p.e. o José António Cortez da Fonseca, meu bisavô, o António das Neves Fonseca e o Manoel Barata Lima Júnior.
Como o mundo é pequeno !
Cumprimentos,
Angelo Fonseca
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RE: Freguesia de Alvares
Cara Claudia,
Desculpe responder qui para o Fórum.Fico-lhe muito agradecida com os dados que me enviou.
Beijinhos
Maria
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RE: Freguesia de Alvares
Cara Maria,
Não tem nada que agradecer. É uma boa maneira de cruzar dados.
Cumprimentos,
Cláudia
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RE: Freguesia de Alvares
Caro Ângelo Fonseca,
Julgo que já falámos deste assunto, mas tenho nos meus antepassados Afonsos de Folques.
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=37407
Cumprimentos
JLiberato
Bruxelas
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RE: Freguesia de Alvares
Cara Cláudia,
Não consegui entroncar nenhuma das pessoas que me envieou com os meus.
Vi que tinha uns Antão no lugar da Boiça. No século XIX saiu um António Antão Bouça dessa terra e que foi morar para Amoreira e adoptou o nome da sua terra natal como apelido, esses Bouças são os que estão na Quinta dos Padrões e são meus primos, mas porque casaram com os Lourenço das Neves Pinto e os Barata Salgueiro.
Cumprimentos,
Nuno M. Figueira
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RE: Freguesia de Alvares
Olá Nuno, bom dia.
É pena. Quanto aos Antão das Boiças :-) ainda não tenho mais nada mas espero estar para breve.
E por falar em Antão, penso que me esqueci de vos enviar um dos meus colaterais, irmão de uma das Marias do Carmo. Ainda não os coloquei na arvore pois descobri-os faz pouco tempo e através de uma fotografia que achei na casa da terra. Logo, se possivel, envio-lhe os dados.
Cumprimentos,
Cláudia
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RE: Freguesia de Alvares
Caro Parente,
Seguramente que está tudo bem consigo, pois continuo a vê-lo assiduamente por aqui.
Realmente já conhecia o seu tópico que estive a recordar e me deixou curioso em saber como ou onde encontrou o seu 8º avô Afonso.
Os meus Afonso, que depois evoluiram para Afonseca são os mesmos do João Fonseca Barata. Foi ele que os investigou mas ficaram parados em Folques.
O João está a pensar numa ida a Folques para ver se recua mais alguma geração, mas até lá são bem vindas as notícias de Folques e de outros Afonsos, pelo que se tiver algum desenvolvimento do seu lado agradeço a informação.
Entretanto os nossos Figueiredos têm tido alguma expansão quer pelo contributo de novos familiares quer sobretudo pelo acesso recente à publicação 'Famílias de Góis ... Casa Antigas ... e Genealogias ...' de Mário Paredes de Nogueira Ramos (Separata do Arquivo Histórico de Góis 1956-1958 e 1971), facultada pelo José Caldeira, e que permite completar muitos dos ramos de Góis que o meu pai deixou em aberto por não interessarem ao ramo que ele queria desenvolver.
Quando quiser o site tb está à sua disposição.
Até sempre,
Angelo Fonseca
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RE: Freguesia de Alvares
Caro Ângelo,
Este texto encontrei-o na Monografia da Freguesia de Alvares. Se houver mais alguma informação que pretenda, estou, mediante a minha disponibilidade, como se costuma dizer, às ordens.
Cumprimentos,
Cláudia
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RE: Freguesia de Alvares
Caro Angelo Fonseca,
Os meus Afonso passaram de Folques a Góis. A minha trisavó passou a Lisboa na 1ª metade do século XIX.
Foi na minha investigação em Góis que encontrei este ramo.
Vou visitar o seu site, mas tenho tido menos tempo para a genealogia, dada a intensidade do trabalho.
Um abraço
JLiberato
Bruxelas
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da Vide e Antão em Alvares
Caros confrades,
Chamo a atenção para um assento de casamento que transcrevo em
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=94981#lista
e que se refere a Antão e a da Vide, em Álvares.
Cumprimentos
JLiberato
Bruxelas
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RE: Antão em Soutelinho
Caro Nuno:
Esses Antão que referiu estarão relacionados com estes também do Soutelinho?
Joaquina Antão, (bap. 16 Nov 1732), filha de
Manoel Antão
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RE: Antão em Soutelinho
Caro Nuno Neves,
Tenho inúmeras costelas Antão, e quanto ao que consegui apurar vão dar todos ao Soutelinho, mas como já lhe havia dito noutro tópico ainda não cheguei à data por si indicada. Contudo conheço bem a região em causa e sei que no Soutelinho (hoje lugar deserto) só havia 3 casas, sendo uma delas habitada pela família Antão, pelo que possivelmente os seus Antões serão os mesmos que os meus.
Cumprimentos,
Nuno M. Figueira
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