mendonça arrais
This topic is classified in rooms: Pessoas | Famílias | Brasil
mendonça arrais
Alguém teria informações sobre o parentesco de Francisco de Mendonça Arrais, chefe da família em Ceuta,no final do XVII, com uns Mendonça Arrais que imigraram da África para o Pará, Brasil, no XVIII?
ReplyDirect link:
RE: mendonça arrais
Caro Ricardo
Sem que o possa auxiliar sugiro-lhe a leitura do "Dogma anti-geográfico" de Ayres de Sá no qual se encontram alguns elementos genealógicos acerca da família Arrais de Mendonça.
Um abraço
Paulo A. Neves
Direct link:
RE: mendonça arrais
CARLOS EDUARDO DE ALMEIDA BARATA
Rio de Janeiro, 17.09.2001 - 12:41
Caro Inácio Ricardo,
Confesso que a resposta a sua pergunta também me interessa.
Quando andei levantando um estudo genealógico das Famílias do Pará, já que meus ancestrais Barata, são daquele Estado, esbarrei com estes Arras de mendonça que, juntamente com outras quase 350 famílias, entraram em Belém (capital do Pará), em 1770, depois de terem sido retiradas, por ordem do Rei de Portugal, da Praça de Mazagão, em África.
Sobre estes Arraes de mendonça, publicamos - Barata & Cunha Bueno - em nosso Dicionário das Famílias Brasileiras, o seguinte verbete:
ARRAIS DE MENDONÇA - Brasil: Sobrenome de algumas famílias estabelecidas no Brasil.
No Rio de Janeiro, uma das mais antigas famílias com este duplo sobrenome, procede de Pedro Arrais de Mendonça, nasc. por volta de 1607, que deixou descendência do seu casamento com Antônia Arrais de Mendonça.
Sobrenome de antiga e importante família estabelecida no Pará, oriunda da Praça de Mazagão, em África, procedente de Lourenço Arraes de Mendonça [c.1667-], Professo na Ordem de Cristo. Cavaleiro Fidalgo da Casa Real e Capitão de Infantaria de Mazagão [África]. Deixou numerosa descendência do seu cas. com Maria de Brito Rêgo. Entre os descendentes deste casal, registram-se:
I - o filho, Jorge do Rêgo Arraes de Brito [c.1694-], Professo na Ordem de Cristo. Cavaleiro Fidalgo da Casa Real. Adail e Cabo Maior de Cavalaria de Mazagão [África]. Deixou numerosa descendência do seu cas. com Caetana Maria de Brito, filha de Antônio de Azevedo Coutinho;
II - o neto, Alferes Lourenço Arraes de Mendonça [c.1721, Mazagão, África - ], Alferes de Infantaria de Mazagão [África], que não migrou para o Pará. Deixou geração do seu cas. com Catarina Maria Loureiro de Abreu, que migrou para o Pará, compondo o grupo 340 famílias que embarcaram para o Brasil, em 1770, estabelecendo-se na nova colônia de Mazagão. Fazia parte dos casais avulsos, grupo familiar 337. Veio em companhia de dois filhos e de um genro. Filha do Alcaide-Mor Luiz Loureiro de Abreu, da importante família Loureiro de Abreu, estabelecida no Pará;
III - o bisneto, Lourenço Arraes de Mendonça [c.1740, Mazagão, África - a.1770], que faleceu antes da vinda de sua família para o Pará. Deixou geração do seu cas. com Maria da Cunha, que no estado de viúva, migrou para o Pará, compondo o grupo 340 famílias que embarcaram para o Brasil, em 1770, estabelecendo-se na nova colônia de Mazagão. Fazia parte dos casais avulsos, grupo familiar 329, recebendo 438$326 de praça e tença. Veio em companhia de três filhos;
IV - o bisneto, João da Silva da Cunha Arraes de Mendonça [c.1748, Mazagão, África -], que passou ao Pará, acompanhando sua mãe, irmão e um cunhado. Recebeu uma sesmaria. Deixou geração do seu cas. com Catarina de Abreu Amora, natural de Mazagão [África], filha de Antônio Gonçalves Amora e bisneta de Bartolomeu Amora, patriarca desta família Amora, do Pará;
V - o bisneto, o 2.º Tenente José Vasques da Cunha de Mendonça Arraes [c.1750, Mazagão, África - c.1820, PA], que passou ao Pará, acompanhando sua mãe, irmão e um cunhado. Deixou geração bastarda;
VI - o terceiro neto, Lourenço Arraes de Mendonça da Cunha, natural de Belém, Pará, que teve mercê da Carta de Brasão de Armas - detalhes adiante (Barata, Famílias do Pará, XI, 319).
Heráldica: Os Arraes de Mendonça trazem por armas um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quartéis as armas da família Arrais (v.s.), no segundo e terceiro quartéis as armas da família Mendonça (v.s.). Timbre: da família Arrais. Acham-se registradas no livro dos Reis de Armas.
Em uma notícia de José Freire Monterroyo se diz, que as armas desta família são: um escudo partido em aspa, nos quartéis superior e inferior uma banda vermelha com filetes de ouro em campo verde, e nos das ilhargas, em memória de descenderem dos de La Vega, em campo de ouro estas letras de azul - Ave Maria. Timbre: o arrais com o remo às costas.
Século XVI:
De Paulo Arrais de Mendonça - 14.04.1564: um escudo esquartelado com as armas da família Arrais [I e IV] - em campo vermelho, nove folhas de golfão de ouro, com os pés para baixo, postas em três palas, nervadas de verde, e da Família Mendonça [II e III] - partido em aspa de verde e ouro, e sobre o verde uma banda vermelha acoticada de ouro, e sobre o ouro, um - S - de preto. Diferença: uma merleta de prata. Elmo de prata aberto, guarnecido de ouro. Paquife de ouro, vermelho e verde. Timbre: dos Arraes - um meio selvagem [um arraes nu e nascente], de carnação, com um remo de ouro às costas, sustido com a mão direita.
De Vasco Nabo Arrais de Mendonça - 27.07.1564: um escudo esquartelado com as armas da família Arrais [I e IV] - em campo vermelho, nove folhas de golfão de ouro, com os pés para baixo, postas em três palas, nervadas de verde, e da Família Mendonça [II e III] - partido em aspa de verde e ouro, e sobre o verde uma banda preta e sobre o verde uma banda vermelha acoticada de ouro. Diferença: uma muleta de prata. Elmo de prata aberto, guarnecido de ouro. Paquife de ouro, vermelho e verde. Timbre: dos Arraes - um meio selvagem [um arraes nu e nascente], de carnação, com um remo de ouro às costas, sustido com a mão direita.
De Antônio Preto Arrais de Mendonça - 18.02.1589: um escudo esquartelado com as armas da família Arrais [I e IV] - em campo vermelho, nove folhas de golfão de ouro, com os pés para baixo, postas em três palas, nervadas de verde, e da Família Mendonça [II e III] - partido em aspa de verde e ouro, e sobre o verde uma banda vermelha acoticada de ouro, e sobre o ouro, um - S - de preto. Diferença: uma estrela de prata. Elmo de prata aberto, guarnecido de ouro. Paquife de ouro, vermelho, ouro e verde, entremeado. Timbre: dos Arraes - um meio selvagem [um arraes nu e nascente], de carnação, com um remo de ouro às costas, sustido com a mão direita.
Brasil Heráldico:
De Lourenço Arraes de Mendonça da Cunha - 10.06.1801. Registrada no Livro VI da Nobreza, fls. 120); um escudo esquartelado - no primeiro quartel, as armas da Família Arraes; no segundo quartel, as Armas da Família Mendonça - que representam seus ancestrais paternos, por parte de pai e avô; no terceiro quartel, as Armas da Família Loureiro; e no quarto quartel, as Armas da Família Abreu - que representam seus ancestrais paternos, por parte da avó paterna. Nota: ver separadamente os sobrenomes Arrais e Mendonça.
Existiria algum estudo genealógico, algum antigo nobiliário de Famílias de Mazagão ?????
Meus cumprimentos,
Cau Barata
Direct link:
RE: mendonça arrais
Caro Paulo. Muito obrigado pela indicação. Contudo, saberia informar qual o período que este livro aborda sobre esta família? Grato, InacioRicardo
ReplyDirect link:
RE: mendonça arrais
Caro Carlos Eduardo. Seu Dicionário é uma obra muito interessante e importante.
Agradeço as notas sobre estes Arrais. Você teria informações se haveria algum parentesco destes, do Pará, com os do Nordeste brasileiro, cujo tronco, Francisco da Cruz Arrais, chegou à Bahia, no início do século XVII? Grato, InácioRicardo
Direct link:
RE: mendonça arrais
Rio de Janeiro, 17.09.2001 -
Caro Inácio Ricardo,
Me parece que não nenhum parentesco emtre estes Arrais de Mendonça [Portugal - Mazagão - Pará] e os Cruz Arrais, da Bahia. No entanto, não tenho nenhuma informação documental que prove o contrário. Mesmo assim, embora para alguns tem que se ter muito cuidado com ps sentimentos, estes não me deixam ver uma aproximação de parentesco, pelo menos, muito próxima, entre os dois grupos.
Dos Cruz Arrais, somente coletei algumas notas, que foram abordadas no Dicionário:
Na Bahia, entre as mais antigas, está a família Cruz Arrais, da qual existem vários registros:
I - o alf. Bernardo da Cruz Arraes [1630];
II - os irmãos Jerônimo, Tomé e o físico Ventura da Cruz Arrais, estudantes em Coimbra, filhos de Francisco da Cruz Arraes;
III - outro Francisco da Cruz Arraes, nasc. por volta de 1660, certamente aparentado dos anteriores. Deixou geração do seu cas., na Bahia, com Grácia Lopes, filha de Jerônimo Rodrigues e de Ana Lopes. Foram pais, entre outros, do sacerdote Tomás da Cruz Arrais.
Ainda na Bahia, a importante família de Inácio Ricardo Arraes, que vivia na Bahia em meados do século XVIII. Deixou uma prole de cinco filhos, um deles, Gonçalo Ricardo Arraes, transferiu-se para o Ceará, onde torno-se tronco desta família. Do casamento deste último com Isabel Barrocas, foi quarto neto, Dr. Miguel Arraes Alencar [1916- ?], deputado Federal [PE], Vice-Presidente Nacional do PMDB, Prefeito do Recife [1963] e Governador de Pernambuco (APAA - Genealogia dos Arraes).
Outros Arrais:
Importante família estabelecida no nordeste brasileiro, espalhada por Pernambucoe Ceará, à qual pertencem:
I - Nicolau de Albuquerque Arraes, que deixou geração, no Ceará, do seu cas., por volta de 1988, com Maria Brasilina;
II - Raimundo Monte Arraes [21.07.1892, Assaré, CE -], filho do anterior. Advogado, jornalista e político. Diplomado pela Faculdade de Direito de Fortaleza, CE. Editor e diretor do jornal Diário do Estado, Fortaleza, CE. Fundador do Jornal do Comércio, de Fortaleza, CE. Diretor do jornal A Razão, de Fortaleza, CE. Fundador do jornal A Manhã. Secretário de Agricultura do Estado do Ceará. Deputado Estadual pelo Ceará. Deputado Federal pelo Ceará. Chefe de censura do Departamento de Imprensa e Propaganda. Membro da Academia de Letras do Ceará. Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Sobrenome de uma família estabelecida na Cidade do Rio de Janeiro, procedente de Gregório Antônio Arraes, ali casado no último quartel do século XIX, com Ana Pastor (Colégio Brasileiro de Genealogia, Fichário).
Um abraço,
Cau Barata
Direct link:
RE: mendonça arrais
Caro Carlos Eduardo.Grato pela atenção. É possível que estes Arrais do Pará fossem aparentados com o sogro do marquês de Soydos,Francisco de Mendonça Arrais, de Ceuta. Você já teve a oportunidade de investigar se Cristóvão de Mendonça Arrais, lugar tenente de Domingos Jorge Velho,deixou muitos descendentes no NOrdeste também?. Sei que houve um filho, João Pais de Mendonça Arrais,na área que hoje é Alagoas.
Em relação aos Cruz Arrais, você possui mais informações? Miguel Arrais de Alencar é sobrinho neto, pelo lado materno, da esposa de Nicolau de Albuquerque Arrais, que é seu tio bisavô também.
No Pará e depois em São Paulo, há uns Arrais de Castro, que descendem de um português que imigrou no final do século XIX.
Um abraço, Inacio Ricardo
Direct link:
RE: mendonça arrais
CARLOS EDUARDO DE ALMEDIA BARATA
Rio de Janeiro, 17.09.2001 - 18:06
Caro Inácio Ricardo,
Vou procurar em meus papéis se há mais informações sobre os Cruz Arrais, o mesmo para os Arrais de Castro.
Quanto aos Pais ou Paes de Mendonça, de Alagoas, os dados que possuo não fazem referência aos Arrais - o que não impede de existir outra família com o mesmo patronímico.
Quanto aos mesmos Paes de Mendonça, de Alagoas, enviei sues dados genealógicos, aqui neste Fórum, no tópico: Genealogia do Barão de Alcantarilha, no dia 06.09.2001 - aberto por zmcm.
Veja se são os mesmos que procuras.
Um abraço
Cau Barata
Direct link:
RE: mendonça arrais
Caro Ricardo,
Lamento não ser muito preciso na informação que lhe vou dar contudo a obra que referi trata da ascendencia de Estevão de Sá e Mendonça, fidalgo do século XVIII e recua algumas gerações, é tudo quanto posso adiantar.
Tem sido um drama não ter Net em casa e por isso não posso consultar as fontes e estar em simultaneo na Net.
Esta obra pode ser consultada na Biblioteca Nacional.
Um abraço
Paulo A. Neves
Direct link:
RE: mendonça arrais
Caro Paulo. Obrigado. Será que todos estes Arrais de Mendonça descendem do mesmo tronco, no caso Fernão Arrais de Mendonça, de Castela, em meados do século XIV? Sei que ele era sobrinho de Fernão Hurtado de Mendoza casado com d. Guiomar Afonso de Resende.
ReplyDirect link:
RE: mendonça arrais
Caro Inacio,
Sinceramente não o posso ajudar nessa questão. Não tenho quaisquer outros elementos sobre esta família apenas pensei que esta pista o poderia auxiliar. Há também uma questão relativamente às armas do referido Estevão que num quartel são (salvo erro) dos Arrais de Mendonça.
Boa sorte.
Paulo Alcobia Neves
Direct link:
RE: mendonça arrais
Prezado Paulo. Poderia informar-me os ascendentes Mendonça Arrais de Estevão de Sá e Mendonça. Cordialmente,Inácio
ReplyDirect link:
Forum messages ordered by date
L' heure présentée corrrespond au GMT. Heure actuelle: 19 nov. 2024, 14:50