vedor da fazenda de D. Joâo I

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vedor da fazenda de D. Joâo I

#92112 | kolon | 30 mai 2005 00:43

Alguém tem informações sobre a familia de João Afonso vedor da fazenda de D. Joâo I ?
Ouvi que era avô de João Zarco Capitão do Funchal na Madeira.
Gostaria de encontrar mias provas

Obrigado

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RE: vedor da fazenda de D. Joâo I

#92141 | mgorjaoh | 30 mai 2005 14:27 | In reply to: #92112

Segundo a informação de que disponho, era filho de

1) Diogo Anes Afonso Aranha, que foi Escrivão da Puridade do Rei D. Afonso IV, o primeiro com este apelido, segundo Felgueiras Gayo - apelido que lhe terá sido posto «por escrever devagar», - e que casou com Aldonça Viegas, natural de Lisboa. Manuel de Sousa da Silva chama-o Afonso Aranha e não apresenta o nome de sua mulher. Foram pais de, entre outros, de:

João Afonso Aranha. Conselheiro real, Veador da Fazenda do Rei D. Fernando e D. João I, que o fez Bispo do Porto. Será porventura o que procura. Não tenho qualquer indicação sobre descendência. Sugiro no entanto consulta a Felgueiras Gayo, vol. I, pp. 447.

2) Presumo que o mesmo Gayo o diz filho, também possivelmente, de Vasco Afonso Aranha, de quem diz «Viveu pelo tempo de el-Rei D. Pedro e D. Fernando; e este Rei, por alguns crimes que ele fez, lhe tirou certos bens, que deu a Gonçalo Gonçalves Borges, no ano de 1374. Casou e dizem que teve filhos de sua mulher a», entre outros:

D. João Afonso Aranha, «a quem el-Rei D. João I deu cinco casais, na terra de Gaia; e foi seu Veador da Fazenda e Bispo do Porto, desde o ano de 1407 até 1415». Vide Felgueiras Gayo, vol. I, 454 e Manuel de Sousa da Silva, vol. II, creio que p. 375.

Quanto a hipotéticas ligações a João Gonçalves Zarco, não só desconheço como duvido. Aliás, é muito debatida a ascendência de JGZ, a quem alguns apontam ascendência nobre, enquanto outros dizem que ele foi nobilitado, ao contrário dos seus antepassados.

Cordiais cumprimentos,

MGH

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RE: vedor da fazenda de D. Joâo I

#92380 | josemssantos | 01 juin 2005 23:23 | In reply to: #92112

Não se trtará do Mestre João Afonso, Chanceler do Rei D.João I , mais conhecido por João das Regras ou João de Aregas ou Arengas, como refere a epigrafia no seu túmulo em S.Domingos de Benfica?
Este seria filho doutro de outro João Afonso, também jurisconsulto e de Sentil Esteves, e mais tarde enteado de Álvaro Pais, Chanceler-Mor de D.Fernando, pelo segundo casamento de sua mãe.
Sobre a sus descendência não tenho notícia.

Cumprimentos

José Maria Simões dos Santos

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RE: vedor da fazenda de D. Joâo I

#92396 | kolon | 02 juin 2005 03:27 | In reply to: #92380

Eu li antes que Joao Zarco era descendente do vedor de D. Joao I.
certamente um fidalgo que foi doado a capitania de um ilha nao era um plebeu qualquer.
Devia de ser alguem muito importante. Tal como Bartolomeu Perestrelo que mesmo sem andar na primeira viagem a Madeira recebeu uma ilha.
Ambos deviam ser pessoas the alta importancia em Portugal.
Ainda mais se vemos que Perestrelo casou com uma Mendonca (e que todos os seus Irmaos eram da casa do rei e do conselho do rei.)

Existe aqui qualquer encoberta de familias porque a tese que Perestrelo era filho dum fidalgo Italiano Palestreli que veio com o sequito da Mulher do Rei Dom Duarte nao faz sentido.
Duarte casou em 1428.
E o filho deste Palestreli ja tinha sido mandado a Porto Santo em 1420.

Isto tudo revolve em volta de Crtistovao Colombo... houve de certeza uma grande encubertura sobre todos os fidalgos ligados a Colombo.

Zarco foi casado com uma filha de Rodrigo ANES DE SÁ and Cecilia Colonna.

O nome usado por Colombo nao era Colombo mas Colon.
Seu filho diz que o pai encurtou o nome de uma forma antiga e que em Latin seria Colonus nao Columbus. Penso que podia ter sido Colonna e que tornou-o em Colon.

Seria que deveras Colombo era Zarco e Colon?
como provar isto se nem sequer se consegue encontrar verdadeira informacoes sobre Perestelo e Zarco?

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RE: vedor da fazenda de D. Joâo I

#92415 | victorferreira | 02 juin 2005 11:33 | In reply to: #92396

Não sei se dispõe de informação adicional, mas a descendência de João Gonçalves Zarco aqui descrita na Base do Genea toma o apelido 'da Câmara' (de lobos: um acidente geográfico no local de mesmo nome, que parece ter sido local de abrigo de lobos marinhos), cessando o 'Zarco' (= zarolho) que bem podia cessar, uma vez que parece ter sido uma alcunha herdada do avô paterno e convenhamos que um pouco 'forte' ...
Para além disso, o casamento que lhe é atribuído é com outra senhora ...
Estará a base errada?
VF

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RE: vedor da fazenda de D. Joâo I

#92419 | mgorjaoh | 02 juin 2005 12:52 | In reply to: #92415

Caros Confrades,

Numa única e última mensagem, permito-me dizer o seguinte:

1) Casamento de Zarco: é minha opinião que o casamento de Zarco está correctamente descrito no GENEA, o qual indica até as fontes (Gayo, em dois títulos);

2) Nobreza de Zarco: como julgo que a nobreza não advém de se ter cem avós nobres, mas de o ser por varonia legítima (ou de se ser nobilitado pessoalmente), julgo que Zarco não era, de facto e à luz do direito então aplicável, nobre, pelo que aceito que terão sido os seus méritos pessoais e o reconhecimento Real dos mesmos que o nobilitaram;
Isto não significa que, puxando pelos seus prováveis avoengos, não se descobrissem importantes vultos da nobreza: assim, a ser verdade que o Pai dele é quem "o Abade de Perre" diz (e é a única base que conheço para a sua ascendência), teria avoengos Borges, Arcos (da torre de Grade), Pachecos, Coutinhos, etc.;

3) Os descobridores e suas origens: por acaso familiar, também conheço de perto a história familiar de outros primitivos descobridores. Chamo apenas a atenção para o facto de muitos deles provirem de Casas não nobres ou, quando muito, de pequena nobreza (pense-se no grande Vasco da Gama). Em relação a outros, como Nuno Tristão, «o primeiro fidalgo que viu terra de negros», de que fala Zurara, também nada se sabe da ascendência, ainda que haja sempre quem invente teses, tal a vontade de entroncar toda a gente em alguém, sobretudo poderoso. Assim, no caso de Nuno Tristão, cuja representação genealógica (o que quer que isso seja, no pântano em que vivemos) está em familiar próximo e embora nunca tivesse passado, na minha opinião, de um "boato maledicente", também o Gayo escreveu que «e querem dizer era filho natural do dito Infante» (D. Henrique).

4) Colombo e outras teorias: são teorias que, pelo menos, existem há mais de 70 anos (tenho livros em casa dessa época com essas mesmas teorias, mas há quem aproveite o Teatro Genealógico de Manuel de Carvalho de Ataíde) e que foram recentemente recuperadas (e, quem sabe, desenvolvidas) pelo Prof. Mascarenhas Barreto. Para o contraponto, contudo, sugiro também a leitura da carta-aberta que foi, pelo menos, publicada nas Armas e Troféus, da autoria do Prof. Luís de Mello Vaz São Payo; confesso que é assunto que nada me interessa;

5) João das Regras: este notável vulto da História de Portugal também não tinha ascendência nobre (apesar de sua Mãe ter casado com um dos portugueses mais influentes da época, que também não era nobre, que eu saiba - Álvaro Paes). Não são decerto as pessoas que citam o João das Regras.
João das Regras, pelos seus incontáveis méritos, teve na sua vida os mais importantes cargos e acabou por se enobrecer, a si e, notavelmente, à sua descendência. Com efeito, o Rei deu-lhe as "recompensas" materiais e "familiares" devidas. Assim:

a. casou-se com D. Leonor da Cunha Giron, filha de Martim Vasques da Cunha, um dos mais importantes Fidalgos do tempo e dono de um vastíssimo património;
b. A filha de ambos (D. Branca da Cunha) casou com D. Afonso, bastardo real (irmão natural do próprio D. João I !!), que pelo casamento (!) foi senhor de Cascais;
c. Na geração seguinte, casou a neta com um Castro (varonial real de Castela);
d. E a filha deste último casamento casou com um Noronha (também com varonia real).
Elucidativo, decerto!

6) Sás e Colonnas: creio que há tópicos no Genea sobre o assunto e sei que há até notáveis trabalhos científicos da moderna genealogia portuguesa (v. os trabalhos do Prof. Fernando de Sá Monteiro) que procuram demonstrar que o casamento entre Sá e Colonna não terá, de facto, acontecido.... Mas, apesar de ser um problema pelo qual me irei interessar pessoalmente um dia, visto que desse Sá descende "meio Portugal", confesso que nem sequer o analisei.


Cumprimentos,

MGH

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RE: vedor da fazenda de D. Joâo I

#92424 | kolon | 02 juin 2005 15:25 | In reply to: #92419

Muito Obrigado a todos,
Eu estou nos EUA e não tenho posses de investigar todos os livros que há em Portugal por isso este Forum é muiot necesario.

Eu investiguei a ascendencia de Manuel de Carvalho e Ataide autor do 'Teatro Genealógico' com nome 'Dom Tivisco de Nasao Zarco e Colona' encontrei que ele descende da familia de Vasco Martinz Moniz (tio da mulher de Colombo). E tambem descendente de Aldonça Rodrigues de Sá que de facto aparece filha de Cecília Colonna.

Tambem investiguei o outro "'Dom Tivisco de Nasao Zarco y Colona' da Espanha autor do PERICOPE GENEALOGICA - alias Frei Jeronimo - cujo nome era Jacinto de Sousa
que era filho de André de Sousa Henriques de Carvalho descedndete de Beatriz Gonçalves uma filha de Zarco.

Sendo o livro do pai do Marques de Pombal proibido pelo rei Dom Pedro, parece que existe qualquer coisa de importancia relativo a ele que o rei não queria que saíse á luz'
Acho eu que isto é um caso muito interessante para deixar passar sem dar uma boa vista de olhos.

É por isto que eu estou pensando que houve qualquer encobrimento na geneaologia dos Zarcos, Sá e Perestelos - porque dois autores a usar o mesmo nome em dois paises diferents é coisa que só pode ter sido combinada.

Além disso eles juntão 'Zarco e Colonna'

Tambem aqui se junta os dois nomes em: (José Araujo Fabrício - “A Nobre Ascendência de Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos”, pg. 256).'

'Rodrigo ANES DE SÁ (bisneto) que veio a se casar com Cecilia Colonna, filha de Diogo Colonna, neta de Pedro Colonna e bisneta de Giacomo Sciarra-Colonna de ilustre familia romana.
Náo seria possivel que Constança Rodrigues de (Almeida) Sá filha de 'Rodrigo ANES DE SÁ que casou com João Gonçalves Zarco?

Não seria possivel que deveras houve uma tentativa em emcobrir os parentes de Colmobo tal igual como encobrir a verdadeira familia de do proprio Colombo??

Já foi porvado o ano passado pelos scientistas na Universidade de Granada usando ADN e Forensica que Colombo não foi o COlombo Italiano.

Isto quer dizer que deveras houve uma encoberta que, quen sabe, pode vir a ser descuberta nos parentes de Zarco, Perestrelo, Moniz ou e Sá.

Não devemos assumir que tudo está resolvido porque a geneaologia dos dois Dom Tiviscos liguam a Zarco e a Moniz tal igual como a Zarco e a Colonna.

EU ESTOU CONVENCIDO QUE HÁ MUITO MIAS QUE SABER SOBRE ESTAS PESSAOS DO QUE NOS FOI DITO NA HISTORIA.

Se deveras Colombo foi ligado a algum deles por sangue isto explicará todos os encobrimentos e a razão dos dois Dom Tiviscos terem que escrever ás escondidas?

Ou estou a ver mais do que devo?

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Zarcos e Colonas RE: vedor da fazenda de D. Joâo I

#92446 | manda-mais | 02 juin 2005 18:13 | In reply to: #92424

Também eu li há anos, penso que em SAUDADES DA TERRA que este João Gonçalves Zarco tinha um irmão ou pai que era parte do conselho do rei ou da cidade de Lisboa.

E como diz kolon neste ultima entrada, não sería um possível attento genial da parte do rei emcobrir a família verdadeira de Zarco mudando-lhe o nome para 'Camara de Lobos'?

De certeza temos aqui mais osso para roer ;)

Carlos Da Silva

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