Gonçalo Lopes, de Sta Mariinha, Sardoura
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Gonçalo Lopes, de Sta Mariinha, Sardoura
do cONCELHO DE pAIVA, VIVEU EM sÃO paULO NO SÉCULO 17, provavelmente entre 1640 e 1690; foi banqueiro e casado com Catharina da Silva, nativa da Villa jesuita. Foram padroeiros da Ordem III de S. Francisco. Não tenho a filiação dele. Gostaria de saber se existe alguma Genealogia publicada da região de Paiva, ou outra maneira de encontrar seus ancestrais. Agradeço a todos por qualquer informação.
Obs.: Eles são pais de Joanna Lopes, que casou-se com o Capitão Bandeirante Fernão de Camargo Ortiz, gerando outra família de bandeirantes, a Lopes de Camargo, fundadores de Ouro Preto MG, entre outras localidades, como a de Camargos MG, e outras do vale do rio Tietê.
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RE: GONÇALO LOPES, de STA, MARINHA, SARDOURA,
Prezado A. Camargo:
Conforme a seguinte bibliografia:
BOGACIOVAS, Marcelo Meira Amaral, "Árvore de Costado do Presidente Nereu Ramos" (Revista da ASBRAP N.o 2. São Paulo: ASBRAP, 1995, pp. 177-255), pp. 221-222.
Gonçalo Lopes casou-se em 3 de julho de 1640 com Catarina da Silva. Era natural da Freguesia de Sardoura (Santa Maria), concelho de Castelo de Paiva, comarca de Arouca, distrito de Aveiro, Portugal, FILHO de PEDRO LOPES PELICÃO (fal. 14 de janeiro de 1652) e de s/m Francisca Gonçalves (fal. em 14 de outubro de 1638).
Gonçalo e Catarina são meus antepassados.
Abraços,
Luiz Gustavo de Sillos
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RE: GONÇALO LOPES, de STA, MARINHA, SARDOURA,
Olá Luiz. obrigado pela sua amável resposta,
Vc conseguiu ir mais além do Pedro Lopes Pelicão? O nome da mãe, FRANCISCA GONÇALVES, tem algo a ver com a sogra dele, ISABEL GONÇALVES?
(Catharina da Silva era filha de Cosme da Silva e Isabel Gonçalves).
Alan Rodrigues de Camargo
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RE: GONÇALO LOPES, de STA, MARINHA, SARDOURA,
Olá Luiz, caso vc ainda não tenha estes dados, estou passando colado no texto, pois não encontrei o mecanismo de anexação. O livro contém ainda outros dados em outras páginas, mas em síntese, esta é a participação do casal naquela confraria da qual são os padroeiros.
GONÇALO LOPES & CATHARINA DA SILVA na Villa de São Paulo.
Dados extraídos do livro de Frei Adalberto Ortmann, “História da Antiga Capela da Ordem III da Penitência de São Francisco em São Paulo” – Rio, 1951, publicação nº 16 do DPHAN.
Na página 20 em diante se lê:
[O mais antigo livro existente no arquivo da Ordem Terceira é o Livro Iº de Termos, onde encontramos o 1º termo lançado a 7/10/1686. Os termos de Mesa são assinados por pessoas ilustres da sociedade paulista, já falecidos em épocas anteriores à 1695, porque não lhes encontramos os nomes no Livro 1º das Recepções, aberto naquele mesmo ano, sendo nele apenas lançados os nomes dos Irmãos vivos ainda naquele mesmo ano de 1695 (9).
Assinalemos alguns destes Irmãos de Mesa e demos lugar de destaque a Gonçalo Lopes e sua mulher Catharina da Silva, progenitores de imensa descendência, que Pedro Taques em sua “Nobiliarchia Paulistana”, registrou sob o tronco dos Lopes, hoje infelizmente perdido.
Com o seu compadre Antônio de Azevedo Sá, (a filha deste, Maria de Azevedo, casada com Manuel Rodrigues de Arzão, professou na Ordem em 1689) era Gonçalo Lopes o capitalista e banqueiro da vila piratiningana, que concorreu com avultadas quantias às grandes empresas do século seiscentista, à jornada das esmeraldas (Fernão Dias Paes), e à expedição da Nova Colônia do Sacramento. Como chefe do executivo, ou Procurador do Conselho, defrontou um período agitadíssimo, em 1658, quando explodira de novo a Guerra Civil (entre os Partidos políticos Pires e Camargo).
De Antonio de Azevedo Sá, de quem Gonçalo foi testamenteiro em 1681, escreve Afonso de Taunay: “Deixou o mais avultado monte conhecido no século XVII, nada menos de 4:131$490 rs”. Os bens de Catharina da silva, viúva de Gonçalo, excederam, porém, consideravelmente os daquele, marcando 6636$700 rs., e este, sem dúvida, se constitui em apenas uma parcela do de seu marido. Já em vida dera ele o dote de dois mil cruzados a cada uma de suas quatro filhas (duas das quais conhecemos como Irmãs Terceiras, porque faleceram depois de 1695), o que perfaz o respeitável soma de 3200$000 rs. Seria isto hoje, considerando as diferenças...320 contos de réis. Aliás, a família de Gonçalo Lopes não desmentiu, já naquelas eras remotas, o inveterado costume dos portugueses aqui enriquecidos, socorrerem a seus parentes pobres em Portugal, como nos revela o testamento e inventário de Catharina.
Gonçalo Lopes assinou como mesário de sua fraternidade franciscana os termos dos anos de 1686, 87, 89 e 4 de Outubro de 1691, pois nesta data professou sua mulher, “Dona viúva que ficou do Irmão Gonçalo Lopes”. Cremos que chegou a ministro da Ordem, pois foi enterrado no presbitério da capela, privilégio reservado aos sacerdotes Terceiros e aos ministros. Seu inventário ainda não foi publicado ou talvez se perdeu.
CATHARINA DA SILVA, natural de São Paulo, talvez já estivesse casada com Gonçalo Lopes pelos anos de 1640, pois nesta data estava este já em São Paulo, vindo de Paiva, bispado do Porto. Dama paulistana imensamente rica legou à Ordem Terceira, em 1694, por cláusula testamentária, a quantia de 100 contos de réis. Para enterra-la, a mesa da Ordem abriu exceção de uma determinação de 1692, concernente a sepulturas no presbitério da capela: “Não obstante ter-se feito termo de que se não enterrasse no presbitério irmão algum, salvo alguém que fosse ministro atual ou habitual, contudo dispensou a Mesa que se enterrasse a Irmã Catarina da Silva na cova de seu marido e Irmão Gonçalo Lopes...”. Este legado, aliás, constitui um capítulo da história da Ordem, de que nos ocuparemos no capítulo sétimo.
Acompanharam o enterro os religiosos do Carmo, sete sacerdotes seculares, a fraternidade da Ordem III de S. Francisco, os Irmãos da Ordem da Sta. Casa de misericórdia e toda a irmandade com a sua bandeira e ainda, dezesseis cruzes de diferentes igrejas e confrarias. (Parece que não compareceu a Confraria das 11.000 Virgens do Colégio dos Padres Jesuítas, como determinou o seu testamento – “de que sou irmã” – pois desta não se encontra quitação. Tampouco aceitaram os jesuítas as 150 missas, que ali deviam se celebrar).
Missas de corpo presente foram celebradas: dez no Convento de São Francisco, quatorze no Convento do Carmo, cinco no Mosteiro de São Bento, sete por sacerdotes seculares. No Convento de S. Fco., se fez ofício solene de tre lições com missa cantada, e no sétimo dia ofício de nove lições e missa solene, c/ assistência do Pde. Vigário e de TODOS OS CLÉRIGOS PRESENTES EM SÃO PAULO! (grifo meu). As despesas do funeral representaram a soma enorme de 260$680 rs, o q [seria hoje mais de 26 contos].
Transcrição feita por Alan Rodrigues de Camargo em 12/6/2005 SP.
Obs.: Lembramos que Gonçalo e Catarina foram pais de Joanna Lopes, quem se casou com o Capitão Bandeirante Fernando de Camargo Ortiz, primogênito do “Tigre”, gerando desse casamento a família bandeirantista Lopes de Camargo, responsável por inúmeros descobrimentos de Minas, territórios, e fundação de cidades, como Ouro Preto, Camargos, (MG) (Thomaz e João Lopes de Camargo) e Cotia, o mais antigo reduto dos Camargo, cuja (nova) capela de N.S. de Monte Serrate, erigiu o primogênito do casal em epígrafe, Cel. Estevam Lopes de Camargo, em 1713.
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RE: GONÇALO LOPES, de STA, MARINHA, SARDOURA,
Caro Alan,
A pesquisa não foi minha - os dados eu retirei do artigo da Revista ASBRAP, conforme minha citação anterior. Creio que o autor não descobriu os pais de Pedro Lopes Pelicão e Francisca Gonçalves. Na Genealogia Paulistana eles são citados como Pedro Lopes e Ana da Costa, mas no casamento de Gonçalo é feita a correção, pois consta que sua mãe foi Francisca Gonçalves. Tanto o Pedro como a Francisca morreram em Portugal, não saberia dizer se ela é parente da Isabel Gonçalves.
No tocante ao casal Fernando de Camargo Ortiz e Joana Lopes, eles também são meus antepassados. Descendo de Vitória de Camargo (filha do casal) e também de Mariana de Camargo, filha do Jusepe.
Muito interessante sua pesquisa. Pena ninguém ter descoberto dados mais concretos sobre o Cosme da Silva e de Isabel Gonçalves.
Abraços,
Luiz Gustavo
Ps. O sobrenome Camargo em minha família, é por linha feminina. Perdeu-se a umas 5 gerações atrás.
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RE: GONÇALO LOPES, de STA, MARINHA, SARDOURA,
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