Principe Alberto do Mónaco
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Principe Alberto do Mónaco
ÁFRICA
Alberto II assume filho de hospedeira togolesa
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O Príncipe Alberto II, que será entronizado na próxima terça-feira como soberano do Mónaco, resolveu assumir a paternidade do filho que teve com uma hospedeira togolesa, terminados os três meses de luto pela morte do pai, o Príncipe Rainier.
Um comunicado do palácio informou que Alberto II «cumprirá as suas responsabilidades» em relação ao pequeno Alexandre, nascido em 24 de Agosto de 2003 da relação que manteve com Nicole Coste, uma hospedeira nascida no Togo.
O advogado do soberano precisou que Alexandre, nascido «fora do casamento civil ou religioso», não poderá usar o apelido de Grimaldi nem entrar na linha de sucessão, segundo a constituição do principado. No entanto, será herdeiro dos bens do pai, em igualdade com os outros filhos de Alberto II, se este os tiver.
Aos 47 anos, Alberto II continua solteiro e sem herdeiro «legítimo».
Para evitar uma eventual quebra na linha de sucessão - que provocaria a integração do Mónaco na República Francesa, o Príncipe Rainier fez alterar, em 2002, a lei de sucessão para que os filhos das princesas Caroline e Stéphanie possam aceder ao trono se Alberto não tiver descendentes.
A existência do «filho secreto» de Alberto II foi revelada em Abril pela revista francesa «Paris Match», que acaba de ser condenada por um tribunal de Nanterre a uma multa de 50 mil euros por «invasão da privacidade» e «violação do direito de imagem» do Príncipe.
Segundo a revista, Alberto II tinha assinado o reconhecimento da paternidade de Alexandre no final de 2003, depois de se submeter a um teste de ADN com a condição de que só depois da morte de Rainier seria divulgado.
11:43 7 Julho 2005
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caros Participantes:
Será provavelmente devido ao calor, mas pelos vistos este tema já não move ninguém...
Fica-me, porém, uma dúvida, sobretudo depois de ler uma notícia que de certo modo contraria o texto acima citado: Caso o Príncipe Alberto venha a falecer sem descendência (de um futuro e muito hipotético casamento), é possível a sucessão deste seu Filho, Alexandre?
Fará sentido seja seu sucessor seu Sobrinho mais velho?
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caro João Pombo
A resposta é NÃO !
De acordo com a lei sucessória do Mónaco, só os filhos nascidos na constância do matrimónio (ou legitimados pelo posterior casamento) podem suceder ao Trono.
Daí que os dois filhos mais velhos da Prª Stéphanie, nascidos antes do casamento dos pais, se encontrem na linha da sucessão, mas a terceira não.
Para que Alexandre tivesse direitos, Alberto II teria que casar com a Mãe, o que não parece muito plausível.
Por outro lado, a religião católica é religião de Estado no Mónaco.
Ora a hospedeira mãe de Alexandre é divorciada (ignoro se foi casada catolicamente) e tem dois filhos de outros casamentos/relacionamentos, o que complica um pouco as coisas.
(...)
Isto não invalida que, apesar de Alexandre não ter direito a suceder a Alberto no trono, mantém os seus direitos civis à sucessão patrimonial do Pai.
Cpmts
JSPinto
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caro JSPinto:
Pois, mas não deixa de ser curioso atendendo ao que se passou com a Mãe do falecido Príncipe Rainier e Avó de Alberto II, que era filha de uma relação fora do casamento e, que se saiba, nunca foi posteriormente legitimada (pelo casamento).
Enfim, está o jovem Alexandre condenado a viver no Mónaco para o resto dos seus dias e sem quaisquer responsabilidades (pelos vistos), e ainda por cima sucedendo patrimonialmente a seu Pai...
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caro José:
É como diz. E mais: o Alex nem sequer vai ter o nome do pai, Grimaldi, vai simplesmente chamar-se Alexandre Coste, do nome da mãe, Nicole Coste.
É um deslize de "jeunesse tardive" para esquecer. E depois de uma falseta destas (a vontade que certas pessoas têm em pôr a boca no trombone para mostrar protagonismo...), que cara e ânimo teria o príncipe em "convoler en justes noces" com uma pessoa sobejamente inconveniente e que faltou à palavra dada? - Nenhuma!
É assunto por demais conhecido e que li em pormenor na revista francesa Point de Vue. E outra questão: os advogados do príncipe tratam Alex como filho ilegítimo do príncipe. Portanto, direitos, direitos, sucessão à parte.
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: Principe Alberto do Mónaco
"Pois, mas não deixa de ser curioso atendendo ao que se passou com a Mãe do falecido Príncipe Rainier e Avó de Alberto II, que era filha de uma relação fora do casamento e, que se saiba, nunca foi posteriormente legitimada (pelo casamento). "
Não foi legitimada pelo casamento dos pais, mas foi adoptada pelo Avô a fim de poder suceder/dar sucessão à casa Grimaldi, sob pena de o principado ser engolido pela França.
À data, o sucessor imediato era o alemão Príncipe de Urach, ramo menor e morganático da casa de Wurttemberg, descendente de uma tia do Pr. Alberto I.
Ora a França nunca permitiria um alemão a reinar no "rochedo", e a solução da adopção pareceu agradar a "tout le monde".
Excepto ao Urach, claro :-)
"Enfim, está o jovem Alexandre condenado a viver no Mónaco para o resto dos seus dias e sem quaisquer responsabilidades"
Duvido que ele esteja condenado a viver no Mónaco (ou possa sequer lá residir).
O Pr.Alberto comprou-lhe uma mansão milionária na Côte d'Azur (francesa) onde Alexandre irá viver com os seus meio-irmãos.
Suficientemente perto para uma visita ocasional, mas suficientemente longe para não causar engulhos...
JSPinto
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caro Pedro França,
É sempre com prazer que o leio.
A adopção nunca foi considerada como sucessão. Só vale o sangue.
Que eu conheça, temos a Princesa Antoinette (adoptada mas do sangue) e o revolucionário Bernadotte, sem sangue e com tatuagens revolucionárias.
Mas claro que compreendo o assunto aqui discutido. Penso, todavia, que o tempo dirá se os filhos da Princesa Carolina de Mónaco estarão à altura de suceder ao tio.
Se assim não for, e é uma família imprevisível, deverá ser decidido quem estará mais apto a suceder... um assunto que virá a lume daqui a muitos anos... mas qualquer solução é preferível a um sobrinho com direitos mas sem postura à altura.
Um abraço
Zé
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caro Zé,
Na "Roma Antiga" constituíu, como bem sabes, factor de sucessão em casos importantes!
No Mónaco, a prática não é essa. Concordo com o que dizes: lamento, também, que o Príncipe Alberto não tivesse revelado, em vida de seu pai, a existência de um filho: mas isso, na volta, são contas de outro rosário...
Um abraço
Artur
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caros Participantes:
O caso do fº. do Príncipe Alberto não é tão simples quanto parece e basta atentar no que já tem sido dito e escrito.
Faz-me uma certa confusão o conceito de filho "ilegítimo" tantas vezes apregoado. Ora, a ilegitimidade terá sempre, ou, pelo menos, deverá ser aferida pela legitimidade, i.é., só fará sentido falar em filhos ilegítimos se existirem filhos legítimos, o que manifestamente não acontece no caso em apreço.
Não conheço a Constituição monegasca nem tão pouco as regras sucessórias do Principado, mas não me espantava nada que se Alberto II falecesse sem mais descendência pudesse vir a suceder o pequeno Alexandre.
Aliás, acho que a sucessão do sobrinho mais velho ainda faria menos sentido e representaria mais uma quebra da varonia. Nos tempos que correm, em que efectivamente impera uma atitude politicamente correcta, tantas vezes levada ao extremo, não ficaria espantado se os monegascos manifestassem a sua preferência pelo Alexandre (Grimaldi) em detrimento de um qq. sobrinho.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Hoje em dia a adopção ainda constitui fonte sucessória nalgumas casas alemãs "hélàs" não-reinantes.
O duque Luis Guilherme na Baviera, filho de SAR a Sra Infanta D.Maria José, para evitar a extinção desta linha dos Wittelsbachs, adoptou o seu primo Max-Emanuel (da linha real).
Teve azar, dado que este príncipe só teve filhas, e a questão terá que ser posta de novo...
Na Saxónia, o Margrave Maria-Emanuel, sem descendentes directos, adoptou o sobrinho João Alberto de Saxe-Coburgo-Gotha (filho da irmã mais nova, a Prª Mathilde) a fim de este lhe suceder.
Infelizmente, a morte prematura do príncipe num acidente de montanhismo, abortou o plano.
O que levou o Margrave a adoptar o filho da irmã mais velha a Prª Maria-Anna (de origem libanesa) que se tornou Pr. de Saxe-Gesaphe.
No Mecklemburgo-Strelitz também há uma situação controversa.
O avô do actual pretendente ao trono, Jorge-Borwin, Jorge (II) era filho de uma união morganática e, portanto, incapaz de suceder.
Mas com a extinçãodo ramo principal, a fim de assegurar a sucessão, um tio de Jorge (II) adoptou-o, pretendendo desta forma, preservar a linhagem.
Cpmts
JSPinto
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caro João Pombo:
Pois a mim, repugna-me mais a sucessão de um ilegítimo porque fora do casamento (a religião católica é religião de Estado no Mónaco), do que a quebra de varonia passando o trono para a irmã mais velha ou por via desta.
Isto faz-me lembrar a preterição que pendeu sobre D. Jorge, Duque de Coimbra, filho bastardo de D. João II de Portugal, em favor do primo, legítimo, D. Manuel I.
A legitimidade/ilegitimidade não deverá ser vista apenas em função de uma mesma natureza de descendentes de um indivíduo mas pode ser também por contraponto em relação aos descendentes de outro indivíduo no seio da mesma família.
A questão do politicamente correcto que parece virar moda nos dias de hoje e com o que eu, por sinal, não me identifico, tem servido para escamotear muitas e variadas realidades. Está a querer circular um tipo de pedagogia social que se traduz numa orientação hipercorrectiva de usos e costumes, deveras perniciosa, obsessiva, imposta de cima para baixo. Sempre fui da linha de opinião de que devem chamar-se os "bois" pelos nomes e de se abordarem as questões com frontalidade.
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caro João Pombo:
De novo. Em aditamento à minha mensagem anterior, queria apenas dizer que o "petit Alex" não vai ser Grimaldi mas, "tout simplement" Alexandre Coste, derivado da mãe. A criança é reconhecida como filho de pai e de mãe mas usará apenas do apelido desta, já para evitar eventuais desconfortos sucessórios futuros.
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caro Pedro França:
Começo por dizer que também não me revejo minimamente na actual doutrina (ditadura) do politicamente correcto.
Todavia, custa-me a aceitar a imputada "ilegitimidade" de Alexandre Coste, precisamente pelo facto de o Pai ser solteiro, sendo certo que nem se avizinha qualquer alteração ao seu estado civil. Além do mais, é sabido que do Mónaco nem sempre têm vindo os melhores exemplos.
A mim, sinceramente, faz-me mais espécie a provável sucessão do primogénito da Princesa Carolina, mas até serão possíveis algumas surpresas.
Confesso que quando penso em realeza, o exemplo monegasco não é o que me vem logo à cabeça...
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Caro João Pombo:
De facto, a realeza (ou principalidade?) do Mónaco não serve de exemplo para ninguém. Os Grimaldi são, no tempo presente, uma família excêntrica, na verdadeira acepção da palavra. Funcionam como família soberana de um território que age como feudatário do outrora reino franco (este, com forma de governo republicano), seguem paulatinamente os trâmites dinásticos de uma monarquia hereditária mas, sem nenhum carisma nem pundonor.
Ainda assim, acredito piamente que a sucessão poderá passar por uma Casa Grimaldi 5ª versão/edição, versus Casiraghi. Aliás, já não se fala noutra coisa nos tabloides de alguns magazines da especialidade, o que vai parecendo uma solução para a continuidade da família e do rochedo deveras pacífica.
En attendant...
Um abraço.
Sempre,
Pedro França
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RE: Principe Alberto do Mónaco
Como me disse um amigo em carta (já há uns cinco anos), "Os príncipes de Mônaco não passam de carroceiros criadores de porcos", em suma, "uma execrável grei de imorais descendentes de mercenários e assassinos que receberam títulos por seus crimes; meu sangue é melhor", terminou ele...
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