duvida/caligrafia

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duvida/caligrafia

#105704 | alicemilao1976 | 20 nov 2005 12:31

Bom dia a todos!
Acabei de receber uma fotocopia nao certificada da certidao de nascimento de meu avô paterno (datando de 1908), e nela vem uma pequena expressao que ainda nao consegui decifrar por completo. Passo a citar: " ...baptisei solenemente um individuo do sexo masculino a quem dei o nome de Agostinho que nasceu no dia 30 de setembro do anno corrente pelaz cinco horaz da tarde no lugar de Relvaz; filho legitimo de Joaquim Pereira Milao, natural de Santa Eulalia da Cumieira, concelho de Penaguiao e de Deolinda Gouveia, natural de Relvaz desta freguesia de Parada (de Cunhos), onde se receberam e nao parochianoz, moradorez no lugar de Relvaz..." O que consegui decifrar pela caligrafia é que me parece muito provavel é que seja "parochianoz" = paroquianos. É possivel?? e que siginicado neste contexto ? Que nao frequentavam a Igreja??ou nao naturais daquela paroquia?? É usual esta expressao?
Obrigada pela vossa ajuda!
Bom dia a todos
Alice Milao

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RE: duvida/caligrafia

#105709 | JCALD | 20 nov 2005 13:48 | In reply to: #105704

Cara Alice Milão:
Sugiro que verifique novamente a certidão. O que lá deve estar é «... onde se receberão e são parochianos...». Essa era a expressão usual na época, ou seja «são» em vez de «não», e passa a fazer sentido.
Quanto à sua dedução de parochianos ser a grafia da época para paroquianos está perfeitamente correcta.
Cumprimentos,
José Caldeira

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RE: duvida/caligrafia

#105717 | agp | 20 nov 2005 14:56 | In reply to: #105704

Cara Alice Milão

"Onde se receberam" significava simplesmente "onde se casaram" e "são paroquianos" significa simplesmente que é essa a paróquia (ou Igreja) que frequentavam.
Cumprimentos
António Pereira

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RE: duvida/caligrafia

#105730 | melisa | 20 nov 2005 17:12 | In reply to: #105717

Cara Alice
Ainda como achega, a letra que lhe parece um Z é de facto um S.

Esta letra S , tinha em tempos uma grafia que se podia confundir com um Z, ou seja a 2ª "perna" prolongava-se para baixo. Acontecia principalmente no final das palavras, mas por vezes também no meio das mesmas.

Cumprimentos

M.Elisa

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RE: duvida/caligrafia

#105855 | queta | 22 nov 2005 01:02 | In reply to: #105704

creio que o sentido da expressão é onde casaram (se receberam) e não onde nasceram (e nao parochianoz) uma vez que era na paróquia que se fazia o primeiro registo dos nascidos, embora pela data indicada já não devesse ter sido assim.

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RE: duvida/caligrafia

#105910 | Lobo | 22 nov 2005 22:59 | In reply to: #105704

Cara Alice Milao

Salvo melhor opinião o significado do texto é que não eram paroquianos da freguesia onde casaram (Parada-Cunhos).

Com os melhores cumprimentos.

A. de Sepúlveda

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RE: duvida/caligrafia

#105919 | Jpteixeira | 23 nov 2005 01:04 | In reply to: #105704

Cara Alice Milão:

Eu entendo a questão como o colega José Caldeira lhe transmitiu. Vou justificar tal opção.
Repare que é afirmado que Agostinho, o baptizando, é filho de Joaquim Pereira Milão e de Deolinda Gouveia, moradores no lugar de Relvaz, freguesia de Parada de Cunhos, lugar onde se receberam, ou seja, onde casaram.
Desta forma, está excluída a possibilidade de morarem noutra freguesia, logo, a serem paroquianos, sê-lo-ão, nesta paróquia.

Ainda assim, a dúvida que persiste é se se trata da expressão "não paroquianos" ou da expressão "são paroquianos".
A expressão são paroquianos, significava, a seu tempo, que frequentavam a Igreja, condição indispensável para celebrarem o baptismo dos seus filhos. No último quartel do século XIX, o baptismo e a confissão eram obrigatórios para os actos solenes onde interviessem os interessados, neste caso os pais do baptizando.

Naquele tempo, quando um casal queria baptizar um seu filho numa outra paróquia que não fosse aquela onde eram moradores, o pároco referia, justamente, a freguesia onde eram paroquianos.
Como tal não consta do registo, inclino-me para a opinião expressa pelo colega José Caldeira, até porque se não fossem paroquianos, ou seja, se o pároco não tivesse conhecimento que frequentavam a Igreja, ou que não contribuíam para ela, por certo não teria realizado o baptismo.

Para finalizar, acrescento que, dos milhares de registos de baptismos que já li, nunca encontrei a expressão "não paroquianos" num contexto semelhante a este. No entanto, sendo pouco provável, não ponho de parte a hipótese de estar escrito "não paroquianos".

Com os melhores cumprimentos.
Júlio Sousa.

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