Francisco Bocarro Mascarenhas

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Francisco Bocarro Mascarenhas

#108224 | zmcm | 28 dic 2005 19:07

Caros confrades :
No desembargo do Paço - Alentejo e Algarve, vem mencionada a instituição da capela de S. Miguel na cidade de Silves por Francisco Bocarro Mascarenhas ( 1775 - nº 89 maço 329).

Alguém tem a informação de quem foram os pais deste senhor?
Agradeço as informações possíveis.

Miguel Cabrita Matias

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108600 | zmcm | 02 gen 2006 13:04 | In reply to: #108224

Renovo o pedido.

obrigado
Miguel Cabrita Matias

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108612 | SUÃO | 02 gen 2006 14:38 | In reply to: #108600

Caro Miguel:

Desejando-te um Novo Ano cheio de saúde e de sucessos, informo-te que Francisco Bocarro Mascarenhas foi procurador de Silves às cortes de 1645, serviu os cargos da governança da mesma cidade, foi cavaleiro do hábito de Santiago por carta de 29.01.1649, tende obtido mercê de 30$000 de pensão numa comenda da mesma Ordem, por despacho de D. João IV de 11.03.1647. Foi ainda adail da gente de cavalo de Silves e distrito, ofício que teve de propriedade e em sucessão paterna. Casou com Maria Soares. Era irmão, entre outros, de Isabel Mascarenhas, minha avó na varonia. Seu pai chamou-se André de Ataíde Neto, proprietário do referido ofício de adail da gente de cavalo do distrito de Silves e procurador desta cidade às cortes de Lisboa de 1619. Para as referência documentais vê em FCAA, pp. 109-112. Esta família descendia de António Rodrigues Neto, cavaleiro, proprietário, vereador de Silves em 1540 e já falecido em 1553, quando sua mulher Leonor de Ataíde, moradora na mesma cidade, se encontrava já viúva dele (meu artigo "Elites de Silves no Antigo Regime: Novos elementos para o seu conhecimento", p. 102, in O Mirante, nº 17, Boletim da Associação de Estudos e Defesa do património Histórico-Cultural do Concelho de Silves, Dezembro 2005, pp. 61-168).

Um abraço e ao teu dispor para mais qualquer achega,

Miguel Côrte-Real

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108614 | rafael | 02 gen 2006 14:53 | In reply to: #108612

Caros confrades

RODRIGUES NETO - estes apelidos despertaram-me muito interesse. Sabem da sua existrência em Loulé ?
Um Bom ANO NOVO.

Rafael Carvalho

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108615 | rafael | 02 gen 2006 15:09 | In reply to: #108614

E também na freg. de São Bartolomeu de Messines.

Aliàs, Agradeço informação de todas(os) confrades que possam informar-me e a quem desejo igualmente Um agradável 2006.

Rafael Carvalho

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108617 | SUÃO | 02 gen 2006 15:13 | In reply to: #108614

Caro Rafael Carvalho:

Um Bom Ano também para si. O apelido Neto, como sabe, é usado na zona de Loulé desde o séc. XIV. Em Quatrocentos existem já nessa vila inúmeras famílias portadoras do apelido, antecedido de diferentes patronímicos: Álvares Neto, Anes Neto, Fernandes Neto, Rodrigues Neto, etc. Confira, por ex., as Actas das Vereações de Loulé dos sécs. XIV-XV e verá a quantidade de pessoas portadoras do apelido.

Mesmo que a origem de todos fosse comum, é muito difícil, senão mesmo impossível, estabelecê-la.


Cumprimentos,

Miguel Côrte-Real

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108619 | 2910 | 02 gen 2006 15:23 | In reply to: #108617

Caro Miguel Côrte-Real
Sabe alguma coisa sobre
Gonçalo Caeiro, escudeiro, Alfaqueque de Alcácer-ceguer, renunciando o cargo em 1484, foi depois Ouvidor da correcção do reino do Algarve (foi ele que mandou fechar as portas de Faro quando da briga de Pedro Barreto), Tabelião de Loulé por carta de 10/6/1487.
Deve ser pai de João Caeiro de Loulé, fidalgo que teve moradia da casa Real (D.João III), de Simão Caeiro, escudeiro “que foi do conde Prior”, de Jorge Caeiro de Loulé (28/9/1487), de Beatriz Caeiro, proprietária de um lagar em Loulé a 28/10/1487
Do primeiro descende certamente Gonçalo Mendes Caeiro que instituiu a capela de São Braz, na igreja matriz de Loulé e mandou que rezassem missa todos os dias, para qual dotou um mio de trigo no moinho de Alte e 16 alqueires de azeite no olival da Costa e 16 peças de figo, 2000 reis em dinheiro e umas casas em Faro.
Em 3/5/1565 esta capela tinha por capelães Luís Domingues, vigário e Jorge Caeyro, clérigo do abito de S.Pedro (provido na capela de Nosssa Senhora de Querença, pelo Bispo), e administrador António Cordovil. Em 1607 era administrador desta capela Manuel Mendes Caeiro, que deve ser avô de outro que aparece na pauta dos vereadores de Loulé .

Abraços e Bom Ano

Óscar Caeiro Pinto

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108620 | 2910 | 02 gen 2006 15:26 | In reply to: #108619

Gonçalo Caeiro escrivão da Câmara, foi pessoa muito influente negociou directamente com o Rei D. Manuel a dívida que Loulé tinha com a Coroa e que era de 100.000 reais.
Segundo o Dr. Luís Miguel Duarte, autor da transcrição das actas de Loulé, Gonçalo Caeiro devia ser uma pessoa com muitos bens e com muita influência junto do Rei, uma vez que conseguiu ser reeleito para o cargo de escrivão por recomendação escrita do mesmo Rei.

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108623 | SUÃO | 02 gen 2006 16:23 | In reply to: #108619

Caro Óscar Caeiro Pinto:

Obrigado e um Bom Ano para si também.

Estes Caeiros, de Loulé e de Faro, no séc. XV ligam-se aos de Castro-Verde. Neste momento não consigo dar-lhe a referência documental que suporta esta minha afirmação. Mas quando puder passo-lha.

Em finais dos séc. XV e ao longo séc. XVI, documentam-se como escudeiros e cavaleiros. Alguns destes Caeiros são de facto moradores da casa real, da casa das rainhas, de alguns Infantes; outros, criados de alguns fidalgos. Nobres de geração (na altura: escudeiros ou cavaleiros de linhagem) ou nobres filhados na casa real (foro pequeno: moços da câmara e seus acrescentamentos: escudeiros e cavaleiros) são indiscutivelmente. Fidalgo não conheço nenhum que o fosse.

Cumprimentos,

Miguel Côrte-Real

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108656 | rafael | 02 gen 2006 22:47 | In reply to: #108617

Caro Miguel Cõrte-Real

Os meus agradecimentos. Vou ver se consigo adquirir o Boletim "MIRANTE" que refere, para ter o gosto de ler o seu trabalho que será também de grande utilidade. E se não abusar da sua amabilidade e não contrariar a sua discrição, gostaria de saber de outros trabalhos seus publicados no "MIRANTE" ou em outros Boletins, etc.; imprescindíveis para melhor conhecimento de muitas famílias do Algarve que tem estudado.

Cumprimentos, do
Rafael Carvalho

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108693 | zmcm | 03 gen 2006 11:41 | In reply to: #108612

Meu caro Miguel :
primeiro quero desejar-te um bom 2006 cheio de saúde, paz e sucessos.
Agradeço-te a preciosa grande achega. Sabes dizer-me onde posso encontrar o Mirante?

Grande abraço
Miguel

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108694 | 2910 | 03 gen 2006 11:55 | In reply to: #108623

Caro Miguel
Grato pelas informações.

Abraços

Óscar Caeiro Pinto
oscarcaeiropinto@clix.pt

P.s. Gostava de ter o seu email.

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108744 | SUÃO | 04 gen 2006 11:44 | In reply to: #108656

Caro Rafael Carvalho:

As suas perguntas são sempre bem vindas. Claro que não abusa em nada. Não tenho qualquer outro artigo publicado no Mirante. Se quiser obter este número por correio à cobrança pode fazê-lo por e-mail.

O endereço é: patrimoniosilvesarrobahotmailpontocom

Cumprimentos,
Miguel Côrte-Real

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108745 | SUÃO | 04 gen 2006 11:48 | In reply to: #108693

Miguel:

Não tens de quê !
Talvez a forma mais rápida e fácil seja por correio e à cobrança.

O endereço é: patrimoniosilvesarrobahotmailpontocom

Gde. Abraço,

Miguel

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RE: Francisco Bocarro Mascarenhas

#108787 | zmcm | 04 gen 2006 21:51 | In reply to: #108745

Obrigado.
grande abraço.
Miguel

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