D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

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D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

#110333 | josemariaferreira | 21 gen 2006 20:48

Caros Confrades

Algum de vós me sabe dizer algo sobre a pessoa em causa?
Desde já o meu agradecimento.

Zé Maria

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RE: D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

#110347 | vbriteiros | 21 gen 2006 22:32 | In reply to: #110333

Caro Confrade.´
Consta dos meus apontamentos:
uma tia minha , D. Josefa Rosa Pinheiro de Lacerda Brandão Pereira, teve uma neta D. Maria Angélica da Conceição Salgado Carneiro ( da Casa dos Salgados em Esporões-Braga) que foi casada com D. Pedro de Nápoles Noronha e Veiga, FCR por sucessão, filho de Manuel Joaquim de Almeida, 1º Barão de Alenquer e da Baronesa D. Maria José de Nápoles Noronha e Veiga, senhora da Honra de Nandufe e Stª Ovaia (Tondela).
D. Angélica e D. Pedro só tiveram uma filha ,nascida em 1868 e falecida a 5.6.1879, aos quais os Pais dedicaram um Jazigo em mármore rosa no Cemitério de Braga. D. Angélica, já viúva, foi madrinha de baptismo ( 7.8.1898) da irmâ mais velha de minha Mãe. No retrato que possuo de D. Angélica está assinalado o seu nascimento : Sé de Braga, 8.1.1840, fls 48.
Em Nandufe existe o Solar dos Noronha da Veiga ( hoje dão-lhe outro nome) que alberga o Museu da Terra de Besteiros.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
D

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RE: D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

#110376 | josemariaferreira | 22 gen 2006 18:37 | In reply to: #110347

Caro Vasco Briteiros


D. Pedro de Noronha por si referido casado com sua prima D. Maria Angélica da Conceição Salgado será porventura neto deste D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga que procuro informação.
A minha curiosidade por este D. Tomás prende-se por o encontrar com bens no concelho da antiga Vila de Panoyas do Campo de Ourique, na primeira década de 1800. Estou colocando a hipótese que esses mesmos bens tenham sido adquiridos por herança e gostaria de saber a quem estava ligado por laços familiares à minha terra. Penso que terá ligação à família dos Maldonados, mais propriamente a D. Miguel José da Camara Maldonado que tinha moradia e muitos bens na vila, no entanto como desconheço o nome de sua mãe não me é possível fazer essa ligação.
Se souber novas deste D. Tomás, ficarei muito reconhecido por me participar e pôr ao corrente dessa informação.
Obrigado pelo seu contributo.

Com os melhores cumprimentos, do

Zé Maria

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RE: D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

#110393 | vbriteiros | 23 gen 2006 00:30 | In reply to: #110376

Caro Zé Maria:

Veja aqui na BD, que D. Pedro, nascido em 1844, era irmão de D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga , este nascido em 1840

http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=38167.

Este D. Pedro viveu em Braga e casou na Sé Primaz , mas não sei onde nasceu . Talvez em Nandufe ?
Cumprimentos
Vasco Briteiros

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RE: D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

#110415 | g. teles | 23 gen 2006 15:37 | In reply to: #110333

Caro José Maria Ferreira,

No âmbito de um trabalho que venho fazendo de revisão e actualização da descendência dos 1.os marqueses de Pombal, encontrei uma breve referência a D. Tomás de Nápoles Noronha Veiga Alarcão ao estudar alguns aspectos patrimoniais sobre o ramo dos condes de Sampaio.

Passo a citar o que já tenho escrito sobre este assunto: "Quanto às casas, ou palácio de São Vicente, pertenciam ao morgado dito dos Torres. A seu respeito, sabemos que António de São Paio pretendeu subrogar um juro de 280$000 réis que possuía no almoxarifado da Torre de Moncorvo, unido ao mesmo morgado, por um terreno com umas casas pouco habitáveis, uns pardieiros e uma cisterna que D. Tomás de Nápoles Noronha Veiga Alarcão possuía no fundo daquelas. Com esta troca, que mereceu a 12 de Novembro de 1777 o consentimento régio, beneficiavam as mencionadas casas nobres de São Vicente por ficarem mais desafogadas".

Sobre as referidas propriedades de D. Tomás, dizia-se “que em outro tempo tinha sido Palácio com três quintais, e neles algumas árvores e pátio de entrada pelo largo da Igreja de Santa Marinha”.

Sobre este aspecto específico, as fontes consultadas foram:
- I.A.N./T.T., CHANCELARIAS RÉGIAS, D. Maria I, L.º 83, fl. 175v.
- I.A.N./T.T., DESEMBARGO DO PAÇO, Corte, Maço 1334, Doc. 8; Maço 2106, Doc. 27.

Provavelmente estes elementos não lhe adiantam grande coisa, mas pode ser que lhe dêem alguma pista para encontrar aquilo que em concreto procura.

Com os melhores cumprimentos,
João Bernardo Galvão Teles

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RE: D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

#110438 | abivar | 23 gen 2006 20:03 | In reply to: #110333

Caro José Maria:

Será o D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga, filho de D. Tomás de Nápoles e Noronha e de D. Paula de Mendonça, neto paterno de Bernardo de Nápoles e Veiga e D. Mariana de Noronha e Menezes e materno de Diogo Arraes de Mendonça e D. Isabel de Sá e Macedo (cf. Luís de Bivar Guerra, "Bivares em Portugal - subsídios para a sua história", pp. 20-21)? se assim for está aqui na base de dados do Genea, com um nome ligeiramente diferente, em:

http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=313605

Interessei-me por esta personagem por nele ter recaído, supostamente, a representação genealógica de Afonso de Bivar, segundo alguns nobiliários progenitor dos “meus” Bivares. Esta ligação dos Nápoles e Veiga aos Bivares não está feita aqui na BD do Genea, mas ocorre através do supra-citado Diogo Arraes de Mendonça, o qual era filho de Jorge Arraes de Mendonça, neto paterno de João Lopes de Mendonça, bisneto por esta via de Jorge Lopes de Mendonça e Bivar (e de D. Constança Arraes de Mendonça, sua parenta), trisneto por varonia de Francisco de Bivar e D. Luisa de Mendonça (de Valladolid, filha de Inigo Lopes de Mendonça) e quarto neto por varonia legítima e representante genealógico de Afonso de Bivar, progenitor do ramo dos chamados “Bivares de Lisboa”, tudo isto, para as gerações mais antigas, de acordo com nobiliários. Actualmente, se não me engano, esta representação estará numa amiga minha de juventude, Teresa Cunha d' Eça, casada com Pedro de Bettencourt Vasconcelos Correia e Ávila.

Com os melhores cumprimentos,

António Bivar

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RE: D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

#110455 | vbriteiros | 24 gen 2006 00:11 | In reply to: #110376

Caro José Maria Ferreira.
Apresso-me a corrigir : "D. Maria Angélica" deve ser substituido por "D. Maria Angelina".
Já pedi a BD a respectiva correcção.
As minhas desculpas
Vasco Briteiros

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RE: D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

#110538 | josemariaferreira | 25 gen 2006 12:19 | In reply to: #110415

Caro João Bernardo Galvão Telles

Obrigado pelo seu contributo. Os elementos que me forneceu, permitiram-me abrir uma nova porta e eventualmente fazer a ligação deste D. Tomás de Nápoles aos Tavoras que também tinham bens na minha terra e eram provenientes de Trás-os-Montes, dos concelhos de Miranda e Torre de Moncorvo.
Vou averiguar também esta pista.

Reconhecidamente

Zé Maria

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RE: D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

#110542 | josemariaferreira | 25 gen 2006 13:04 | In reply to: #110438

Caro António Bivar

Obrigado pelo seu contributo. Como há vários homónimos são de considerar as suas hipóteses, este D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga, parece ser o ascendente do mesmo D. Tomás, mencionado pelo confrade Vasco Briteiros.

Reconhecidamente

Zé Maria

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RE: D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga

#117188 | josemariaferreira | 23 apr 2006 19:01 | In reply to: #110415

Caros confrades
Galvão Teles, Vasco Briteiros e António Bivar

Acabo de confirmar que este D. Tomás de Nápoles que eu encontro no ínicio de 1800 em Panoyas, não é mais nem menos que D.Tomás de Nápoles de Noronha Veiga e Marchão, pai da baronesa de Alenquer e comandante do Regimento das Milícias do Campo de Ourique, cuja primeira companhia estava sediada no território da antiga vila e concelho de Panoyas.
Segundo certos genealogistas, provém a família que usou o apelido Nápoles, de um tal Leonardo Esteves, a quem fazem filho de Estêvão de Nápoles e neto de João de Nápoles e Hungria, príncipe de Moreia e Acaia, titulado Imperador de Constantinopla, e bisneto de Carlos II, Rei de Nápoles, Hungria, Sicília e Jerusalém.
Ora o curioso disto tudo é que além de o encontrar lá a morar era possuidor de várias propriedades, entre elas uma herdade, onde D. Vataça teve os seus Paços Senhoriais. Sabe-se que esta D. Vataça, quando o Império Bizantino se estava a desmoronar, foi acolhida na Corte do Rei Manfredo da Sicília e que quando Carlos de Anjou, Rei de Nápoles (donde descende este D. Tomás de Nápoles de Panoyas), derrotou e depôs aquele Rei, D. Vataça, sua mãe e irmãs assim como D. Constança irmã do rei deposto e morto, fugiram da Sícila e foram acolhidas na Corte Catalã e depois na de Aragão.
O que mais me admira no meio disto tudo é que passado 500 anos, após D. Vataça ter sido Senhora de Panoyas e ter mudado do nome de Paiones para Panoyas ainda lá se encontre, pessoas com bens descendentes daqueles Imperadores de Constantinopla!
Carlos de Anjou era casado com Maria, Princesa da Hungria, (terra magiar, antiga Panonia dos Gregos) deste casamento nasceu D. Branca de Anjou que casou com D. Jaime II de Aragão, (irmão da Rainha Santa Isabel). Dona Vataça conctatou com estas cortes de Aragão e Nápoles onde predominavam a linhagem da família real hungara, será que poderá estar aqui a origem do nome da minha terra? É que D. Henrique também era hungaro e seu filho D. Afonso Henriques consagrou-se Rei de Portugal no Campo de Ourique! Terá se dado a Batalha de Ourique na minha Terra!
Porquê tanta insistência de D. Vataça para obter o Senhorio daquela Terra!?

Cumprimentos

Zé Maria

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