Arêz, de Arraiolos
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Arêz, de Arraiolos
Caros confrades,
Procuro informações sobre uns ARÊZ antigos que administraram morgadios em Arraiolos e viveram nessa vila até ao final do séc. XIX [Arêz Tenreiro / Arêz Sottomayor / Ferreira Lobo de Arêz].
Esta familia, segundo algumas genealogias, é o tronco dos Arêz do Reino e usaram as suas armas.
Muito obrigado!
Cumprimentos,
Pedro AC.
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RE: Arêz, de Arraiolos
Caro PMVMAC,
Diz Mário Saa nas suas "Origens do Bairro Alto de Lisboa".
..................................A este Nicolau, morador em Vila Franca e a sua mulher D. Violante de Almeida filha de Cristóvão Barracho Encerrabodes, sucedia o primogénito António d'Andrade de Vasconcelos marido de D. Margarida de Oliveira. Tiveram uma filha, D. Violante de Almeida, mulher de Bartolomeu Domingues de Carvalho e Sousa precedente do alcaide d'Arraiolos, Martim Gil de Carvalho, de quem também descendia Nicolau José d'Arêz de Carvalho, morgado em Arraiolos, e em cuja casa andavam ultimamente estes documentos. Descendem os Arêz do dito alcaide Martim Gil de Carvalho, e usavam até o mesmo brasão d'armas como várias vezes o provaram em juízo. Um Manuel de Figueiredo vivia em Arraiolos casado com Catarina d'Arêz, filha de Manuel d'Arêz de Vasconcelos que acompanhou D. Sebastião a Africa e era o herdeiro do morgadio instituido em Arraiolos por seu irmão, Dr. Baltazar d'Arêz de Vasconcelos, cónego em Lisboa e bispo de Viseu falecido em 1625. Catarina d'Arêz sucedeu a seu pai, e a ela sucedia Luis d'Arêz de Vasconcelos, seu filho, nascido em 1669. Luis, por certo assassinato, refugiou-se em Espanha a fazer-se frade franciscano; teve por herdeiro Inácio José Ferreira, a quem sucedeu o irmão Nicolau José d'Arêz de Carvalho; a este sucedeu sua filha D. Joaquina Maria Lobo d'Arêz que desposou Joaquim da Costa, filho dum Dr. João da Costa morador em Arraiolos, e tiveram D. Maria Tadeia Lobo d'Arêz que sucedeu na casa, e a esta sucedeu sua filha D. Joana do Carmo Ferreira Lobo d'Arêz. A D. Joana sucedeu sua sobrinha D. Maria da Visitação Lobo d'Arêz Rolim, que faleceu sem descendência na vila de Mora em 1887; a qual pedia a seu marido Marcos Gonçalves de Azevedo Caruço, que entregasse estes velhos pergaminhos da sua casa aos Paes Telles do Ervedal d'Avis por os considerar seus únicos parentes. E eu os recebi do Dr. José Paes Telles, meu tio, descendente por sua avó D. Maria Leonor do Carmo e Silva do Dr. João da Costa de Arraiolos, sogro de Joaquina Maria Lobo d'Arêz. E aí vai declarada a rima de nomes que atravéz quatro séculos de genealogia e o escuro d'alguma trinta arcas têm possuido, talvez, os notaveis pergaminhos, únicos que até hoje foram achados, falarem dos principios da grande Lisboa, dessa grande paisagem de casarias, a ocidente duma linha que desce da Praça do Brasil ao Cais do Sodré, e onde ainda ao de lá de quatro séculos gritava o inverno e germinava a semente.".................................
Cumprimento
HCS
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