Cemitério de Santa Ana/Santana-Lisboa
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Cemitério de Santa Ana/Santana-Lisboa
Caros Confrades
Gostaria de obter qualquer tipo de informação que me permitisse localizar este antigo cemitério lisboeta.
O sepultamento em causa foi efectuado nesse cemitério em 1816, (Livro 4 dos óbitos da freguesia das Mercês).
Com os meus cumprimentos
Luís Faria de Sousa
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RE: Cemitério de Santa Ana/Santana-Lisboa
De acordo com a informação constante do site da Câmara Municipal de Lisboa os cemitérios da cidade são actualmente:
Cemitério do Alto de S. João
Parada do Alto de S. João - Telefone: 218 161 020
Fax: 218 131 117
Cemitério dos Prazeres
Praça S. João Bosco - Telefone: 213 961 511
Fax: 213 973 424
Cemitério da Ajuda
Calçada do Galvão - Telefone: 213 616 800
Fax: 213 644 166
Cemitério de Benfica
Estrada dos Arneiros - Telefone: 217 117 110
Fax: 217 117 111
Cemitério dos Olivais
Estrada de S. Cornélio - Telefone: 218 550 990
Fax: 218 537 121
Cemitério do Lumiar
Azinhaga das Lajes - Telefone: 217 590 125
Fax: 217 574 931
Cemitério de Carnide
Estrada da Circunvalação - Telefone: 217 163 807
Fax: 217 163 775
Breve história da freguesia da Mercês retirada do site da JF:
"A fundação da Freguesia das Mercês representa o final de um litígio entre o Cabido da Sé e Irmandade do Templo de Santa Catarina, que durou de 1625 a 1632. Com efeito, foi em 1625 que, como corolário do grande desenvolvimento urbanístico da zona das Cardais (antes zona de pastio silvestre e abandonado, onde a vontade forte e a presistência dos religiosos Terceiros Franciscanos da Ordem de S. Francisco tinham construído um convento consagrado a Nossa Senhora de Jesus) e por influências dos paroquianos grados do local, foi pretendido criar a freguesia de Nossa Senhora das Mercês. Em 1 de Dezembro de 1632 foi, finalmente, resolvido o litígio, por intervenção do poder judicial e de autoridade régia, sendo criada a Freguesia de Nossa Senhora das Mercês, cuja área foi subtraída às freguesias de Santa Catarina e do Loreto, hoje Encarnação.
A primitiva sede da Freguesia das Mercês foi a Ermida da Ascenção de Cristo, construída no ano de 1500 e situada na Calçada do Combro. Decorridos vinte anos (1652) a sede da Freguesia passou para a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, situada na Rua Formosa, hoje do Século, construída a expensas do primeiro padroeiro da freguesia, o Desembargador fo Paço Paulo Carvalho, ao qual sucedeu seu sobrinho Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, cujo o assento de baptismo, datado de 6 de Junho de 1699, consta do livro 2-B da freguesia das Mercês. Em 12 de Abril de 1835 e como consequência das extinções das ordens religiosas no período do liberalismo, a sede da freguesia transferiu-se para a Igreja do extinto Convento de Nossa Senhora de Jesus.
Desde a sua fundação várias foram as remodelações paroquiais e administrativas, as quais introduziram algumas alterações à delimitação geográfica da freguesia, pelo que no presente, a sua área não corresponde à de então, especialmente por ter sido devolvida a Santa Catarina a área que inicialmente lhe pertencia. Hoje a Freguesia das Mercês estende-se ao longo de uma área de 30 hectares e ocupa uma faixa significativa da zona histórica do Bairro Alto.
Mas, se a delimitação geográfica da freguesia não resistiu ao passar dos anos, o mesmo não se passou com a parte dos seus "edifícios nobres", os quais permanecem orgulhosos quer das suas fachadas quer dos papéis que desempenharam no passado. Descobri-los é descobrir as suas participações na história é tarefa sempre aliciante e entusiasmente.
A Igreja das Mercês (ou de Jesus) viu iniciada a sua construção nos princípios do século XVI e concluída em 1632, mas o edifício foi quase totalmente destruído pelo terramoto de 1755. O templo actual é reconstrução de Joaquim Oliveira. Na sua bela fachada encontra-se um nicho oval, por cima da galilé, que abriga uma imagem de Nossa Senhora de Jesus. O interior é magnífico, admiram-se bons azulejos, estuques, pinturas e retábulos de talha, dois dos quais do tipo sanefas, além de uma boa colecção escultórica.
Ligada a esta igreja encontra-se uma outra, a da Ordem Terceira. É um pequeno e elegante templo, finamente decorado, onde sobressai o retábulo da capela-mor. Ambos os templos se enquadram no antigo convento de Nossa Senhora de Jesus, que se estende desde o Hospital à actual Academia das Ciências, instalada aí em 1834.
A sua sala de Sessões, onde funcionou em 1895 após o incêndio do Palácio de S. Bento, a Câmara dos Deputados, é de uma grande beleza tanto pelas estantes que a envolvem como pelos bustos que a adornam e o tecto, pintado por Pedro Alexandrino, imprime dignidade ao conjunto. De destacar ainda a sua biblioteca com espécimes de grande valor e raridade.
Perto deste conjunto está o Liceu Passos Manuel, cuja construção se iniciou em 1903 e a primeira aula foi ali ministrada em 9 de Janeiro de 1911. Foi na altura considerado o melhor do País e o seu traço é de Resende Carvalheira.
Na esquina da Rua do Século com a Rua Eduardo Coelho localiza-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Cardais, construção seiscentista. Sobre as portas da fachada principal abrem-se dois nichos com graciosa moldura barroca. O interior, além das boas talhas, contém Silhares de azulejos, assinados por um mestre holandês. Actualmente na parte conventual está instalado um asilo de cegos.
São também património da freguesia alguns palácios, palacetes e moradias, de elevado valor histórico e ou arquitectónico. Entre outros destacam-se o Palácio Ratton (hoje Tribunal Constitucional), na Rua do Século; o Palácio Mendia e o Palácio Alcácovas, ambos na Rua da Cruz dos Poais; o Palacete Marquês Fontes Pereira de Melo, na Rua de Poiais de S. Bento; o Palácio dos Cabedos (antigo Colégio Caliponense), e uma moradia dos finais do século XIX, ambos na Rua Eduardo Coelho; o Palacete de meados do século XIX (hoje Liga dos Amigos dos Hospitais), na Praça do Príncipe Real; e o Palácio seiscentista, onde nasceu e morreu o Visconde de Santarém, na Rua da Paz.
Há também na freguesia dois belos jardins; o jardim do Príncipe Real e o jardim da Praça das Flores. Ambos possuem parques infantis são circundados por edifícios com fachadas de rara beleza e valor patrimonial que transmitem ao conjunto praça/jardim um quadro fascinante. Quanto ao jardim do Príncipe Real, para além da majestosidade das suas ávores, possui um monumental lago e uma agradável esplanada. No seu subsolo existem interessantes galerias, que ligam umas com as outras. Do Príncipe Real pode ir-se até ao Largo de S. Carlos, ao Chafariz da Rua do Século, ao largo do Carmo ou à Rua Eduardo Coelho, junto ao Convento dos Cardais.
O Jardim da Praça das Flores reune todas as condições - é bonito, aprazível e refrescante - para crianças e adultos conviverem. Na zona adjacente à Praça das Flores há a destacar ainda o chafariz do mesmo nome, de planta poligonal, baixo e bem esquinado de pilastras encimadas de urnas."
Talvez contacto com a Junta de Freguesia das Merces possa responder à sua questão da localização do cemitério.
Luis Figueira
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RE: Cemitério de Santa Ana/Santana-Lisboa
Bom dia,
Julgo que era o cemitério anexo ao Convento de Santana, que era, na zona hoje do Campo dos Mártires da Pátria. Deve ter desaparecido com o Convento.
Fora deste cemitério, mas junto a ele, terá sido sepultado Luís de Camões.
Cumprimentos
Maria
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