Mercadores Nobilitados
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Mercadores Nobilitados
Cara confrade Maria Benedita,
Em abono do aduzido por si e por mim, aqui deixo estas breves notas.
Como já referi, tenho como ascendentes, os Falcon de Pontevedra, sobre os quais, José Armas Castro, em “Pontevedra En Los Siglos XII A XV” vem dizer, passo a citar:
« En la cúspide de los círculos mercantiles pontevedreses encontramos a un reducido grupo de familias en las que se combina comercio y nobleza, resultando difícil em nota (255) à página 195 refere, passo a citar:
« Em la cúspide de los círculos tiles pontevedreses encontramos a un reducido grupo de familias en las que se combina comercio y nobleza, resultando difícil precisar cuál de los dos elemtos es anterior. Unos casos parece que nos encontramos ante sector de la pequeña y mediana nobleza que se orienta hacia las ciudades y el comercio tras la crisis bajomedieval – los Mtenegro, los Arias de Aldán-, mientras otros siguen el mismo camino pero en sentido inverso, desde el comercio hacia la nobleza: los Cruu, los Falcón.
(...)
Los Falcón, otros mercaderes-hidalgos, ofrecen una imagem parecida, aunque menos rica en cuanto e elementos familiares y testimonios documentales. Un Pero Falcón “ o Vello”, mercader, es alcalde de la villa en 1431, en 1433 liquida cuentas con su colega y socio comercial Alvaro Nunes en relación conel comercio de paños, y sal, las dos mercancías más características de la importación pontevedresa, y en estos mismos años aparece realizando transportes en el Mediterráneo con base en Barcelona. Su hijo Pero Falcón “ o Mozo” es juez de Pontevedra entre 1437 y 1444, comercia con el Mediterráneo y, encontrándose en el puerto de Barcelona en 1439, se acredita como “vasallo del rey, se trata de la segunda o tercers generación de famílias de mercaderes que accede a la condición nobiliar.
Años más tarde, en 1480, un “ Goterre Falcón, escudeyro, morador en terra de Fragoso” dona al monasterio de Santo Domingo un lugar en la feligresía de Coobres para descargo de su alma y la de su padre a finales del siglo XV y comienzos del XVI aparece comerciando con pescado en Valencia y Barcelona y perfectamente situado en los círculos de la oligarquía local pontevedresa desempeñando los oficios de alcalde y tenente de juez. »
Destes Falcón há uma senhora Lucrécia Falcón que figura em documento de 6 de Agosto de 1482 como mulher de Tristán Francés, como se pode ver na transcrição aqui efectuada:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=5057#lista
Este Tristán Francés era também mercador, como a transcrição seguinte clarifica:
« Valga como ejemplo de la atracción pontevedreses el caso del mercader y regidor Tristán Francés que, en 1504/10/31 “ fora desta vila aa çibdad de Santiago a conprar algun panno que era meester”» ( M.P. Col. Sampedro, Caja 4/6. f.8v).
Em 1502, daria hospedagem ao rei D. Manuel I, quando este se deslocou a Santiago de Compostela em peregrinação, pelo que, julgo eu, ficou nobilitado, e viria a receber, em consequência, uma tença de 15.000 reais, conforme se pode ver nesta transcrição:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=5074#lista
São exemplos tirados da minha família, mas que confirmam que no século XV e XVI havia muitos mercadores nobres ou nobilitados.
Neste quadro, uma tese de Elisa Ferreira Priegue, Galicia en el comercio marítimo medieval, A Coruña, 1988, tem particular interesse por revelar as rotas marítimas destes mercadores.
E a propósito de cavaleiros, este trecho tirado das Ordenações Afonsinas, do livro 1.º, título LXIII, fala por si:
« E em escolhendo, catavam homeês, que houvessem em sy tres cousas:
a primeira, que fossem usados a trabalho pera saber soffrer a fome, e grande lazeira, que nas guerras, e nas lides lhes aviessem:
a segunda , que se fossem usados em armas pera ferir, porque soubessem melhor, e mais aginha matar seus inmigos, e que nom cançassem ligeiramente:
a terceira, que fossem crueeis pera nom haverem piedade de roubar os inmigoos, nem de ferir, nem matar, nem outro sy , que nom desmaiassem asinha por golpes, que elles recebessem, nem dessem a outros.
4. E por estas razoôes antiguamente tinham por bem de fazerem Cavalleiros dos monteiros, que som homeês, que soffrem lazeira, e carpinteiros, e ferreiros, e pedreiros, porque usam muito de ferir, e som fortes de maaôs. Outro sy dos carniceiros, porque usam a matar as cousas vivas, e esparger o sangue dellas; e ainda tomavam homeês, que fossem compridos de membros pera serem fortes, e ligeiros.
5. E esta maneira d’escolher usarom os antigos mui gram tempo; »
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mensagem corrigida
Cara confrade Maria Benedita,
Em abono do aduzido por si e por mim, aqui deixo estas breves notas.
Como já referi, tenho como ascendentes, os Falcón de Pontevedra, sobre os quais, José Armas Castro, em “Pontevedra En Los Siglos XII A XV”, páginas 209 e seguintes vem dizer, passo a citar:
« Em la cúspide de los círculos mercantiles pontevedreses encontramos a un reducido grupo de familias en las que se combina comercio y nobleza, resultando difícil precisar cuál de los dos elementos es anterior. En unos casos parece que nos encontramos ante sector de la pequeña y mediana nobleza que se orienta hacia las ciudades y el comercio tras la crisis bajomedieval – los Montenegro, los Arias de Aldán-, mientras otros siguen el mismo camino pero en sentido inverso, desde el comercio hacia la nobleza: los Cruu, los Falcón.
(...)
Los Falcón, otros mercaderes-hidalgos, ofrecen una imagem parecida, aunque menos rica en cuanto a elementos familiares y testimonios documentales. Un Pero Falcón “ o Vello”, mercader, es alcalde de la villa en 1431, (305) en 1433 liquida cuentas con su colega y socio comercial Alvaro Nunes en relación con el comercio de paños, y sal, las dos mercancías más características de la importación pontevedresa, y en estos mismos años aparece realizando transportes en el Mediterráneo con base en Barcelona (307). Su hijo Pero Falcón “ o Mozo” es juez de Pontevedra entre 1437 y 1444, (308) comercia con el Mediterráneo y, encontrándose en el puerto de Barcelona en 1439, se acredita como “vasallo del rey” (309), se trata de la segunda o tercera generación de famílias de mercaderes que accede a la condición nobiliar.
Años más tarde, en 1480, un “ Goterre Falcón, escudeyro, morador en terra de Fragoso” dona al monasterio de Santo Domingo un lugar en la feligresía de Coobres para descargo de su alma y la de su padre (310) a finales del siglo XV y comienzos del XVI aparece comerciando con pescado en Valencia y Barcelona (311) y perfectamente situado en los círculos de la oligarquía local pontevedresa desempeñando los oficios de alcalde y tenente de juez (312). »
Destes Falcón há uma senhora Lucrécia Falcón que figura em documento de 6 de Agosto de 1482 como mulher de Tristán Francés, como se pode ver na transcrição aqui efectuada:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=5057#lista
Este Tristán Francés era também mercador, como o excerto seguinte, tirado da obra do supra referido autor, pagina 195, clarifica:
« Valga como ejemplo de la atracción pontevedreses el caso del mercader y regidor Tristán Francés que, en 1504/10/31 “ fora desta vila aa çibdad de Santiago a conprar algun panno que era meester”» ( M.P. Col. Sampedro, Caja 4/6. f.8v).
Em 1502, deu hospedagem ao rei D. Manuel I, quando este se deslocou a Santiago de Compostela em peregrinação, pelo que, julgo eu, ficou nobilitado, e viria a receber, em consequência, uma tença de 15.000 reais, conforme se pode ver nesta transcrição:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=5074#lista
São exemplos tirados da minha família, mas que confirmam que no século XV e XVI havia muitos mercadores nobres ou nobilitados.
Neste quadro, uma tese de Elisa Ferreira Priegue, Galicia en el comercio marítimo medieval, A Coruña, 1988, tem particular interesse por revelar as rotas marítimas destes mercadores.
E a propósito de cavaleiros, este trecho tirado das Ordenações Afonsinas, do livro 1.º, título LXIII, fala por si:
« E em escolhendo, catavam homeês, que houvessem em sy tres cousas:
a primeira, que fossem usados a trabalho pera saber soffrer a fome, e grande lazeira, que nas guerras, e nas lides lhes aviessem:
a segunda , que se fossem usados em armas pera ferir, porque soubessem melhor, e mais aginha matar seus inmigos, e que nom cançassem ligeiramente:
a terceira, que fossem crueeis pera nom haverem piedade de roubar os inmigoos, nem de ferir, nem matar, nem outro sy , que nom desmaiassem asinha por golpes, que elles recebessem, nem dessem a outros.
4. E por estas razoôes antiguamente tinham por bem de fazerem Cavalleiros dos monteiros, que som homeês, que soffrem lazeira, e carpinteiros, e ferreiros, e pedreiros, porque usam muito de ferir, e som fortes de maaôs. Outro sy dos carniceiros, porque usam a matar as cousas vivas, e esparger o sangue dellas; e ainda tomavam homeês, que fossem compridos de membros pera serem fortes, e ligeiros.
5. E esta maneira d’escolher usarom os antigos mui gram tempo; »
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mercadores Nobilitados
Caro confrade Eduardo Albuquerque
O apontamento que acaba de aqui deixar vem ao encontro daquilo que penso sobre a distância entre a pequena nobreza e a não nobreza nessa época. A ascensão social de mercadores e congéneres e o empobrecimento de parte da pequena nobreza, faziam com que casamentos entre uns e outros não fossem de estranhar. A fortuna dos primeiros compensava bem a diferença social, se é que a havia. A importância da burguesia, a partir de D. João I, o declínio da nobreza portuguesa, que apoiara D. Beatriz e se passara para Castela, parecem-me factores marcantes numa análise da realidade social da época.
Há tempo foi lançado neste Fórum um tópico ,"Álvaro Pais, plebeu ou burguês". A intervenção do confrade António Bívar nesse tópico, nomeadamente no que respeita ao casamento do filho do Chanceler-Mór com Teresa de Albuquerque e a posterior adopção do apelido "Melo" pelos descendentes parece-me exemplo paradigmático de um entrelaçar de"franjas"entre o povo (burguesia) que ganhara proeminência social por via do dinheiro ou do mérito e a pequena nobreza.
E este foi apenas o começo da ascensão! A evolução deste fenómeno ganha proeminência nos reinados posteriores com o desenvolvimento do comércio marítimo e os enormes lucros que daí advieram e ainda com a evolução verificada pela nossa aproximação da cultura europeia.
Para além disto julgo que aquilo a que podemos chamar alta nobreza, na época, se reduzia a umas tantas famílias bem conhecidas. Parece-me fora de dúvida a constatação de que se estava numa época de "enobrecimento" de uma classe social por factores socio-económicos e culturais bem compreensíveis.
Com os meus melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Mercadores Nobilitados
Meus Caros Eduardo Albuquerque e Maria Benedita,
Têm toda a razão. Nem mais!
Um abraço
Artur
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RE: Mensagem corrigida
Meu Caro Eduardo Albuquerque,
Existem em Espanha: "Arias Camisón"; "Arias-Camisón; "Arias-Camison".
Um abraço
Artur João
P.S. Vou coligir dados para este interessante tópico.
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RE: Mercadores Nobilitados
Caros Confrades Maria Benedita e Eduardo Albuquerque:
Este é um tema que me apaixona; mais geralmente o estudo dos "movimentos sociais" parece-me um dos tópicos mais interessantes a que a genealogia pode dar decisivos contributos. Acabei de intervir num tema referente a "Araújos de Melgaço" em que um dos nossos confrades se espantava por encontrar, no século XVII, dois irmãos sendo um ferreiro e outro cirurgião; os exemplos que citei ilustravam situações relativas a freguesias rurais do Alto Minho em que se encontram como integrantes das elites locais precisamente famílias de ferreiros e cirurgiões que se cruzam com descendentes legítimos de linhagens nobres (mesmo fidalgas) e ocupantes de cargos "honrados" da Res Publica. Por coincidência uma das personagens referida era precisamente um Gregório Vaz Falcão, dos Marinhos Falcões de S. João de Longos Vales, cuja filha casa com um serralheiro homónimo de um cunhado de Gregório (ambos se chamavam João Rodrigues Villairnho), sendo o cunhado Juíz dos Órfãos de Valladares, casado com Catarina Marinha Falcoa, irmã de Gregório. Um irmão do serrralheiro (Matias Ferreira) era cirurgião e casa com uma Castro e Araújo, filha do Escrivão dos Órfãos de Valladares, Pedro Gomes Villarinho, e de uma Luisa de Castro (e Araújo); o pai do serralherio e do cirurgião era também ferreiro e filho de ferreiro, mas devia ser rico, já que "apadrinha muito" e é referido em inquirições de genere com sendo "dos lavradores principais" e das "principais famílias " da freguesia. Já Gregório Vaz Falcão morre "pobre", embora seja descrito como "nobre e honrado", como os seus ascendentes e colaterais.
Este tipo de situações que o estudo dos documentos auxiliares da genealogia nos faz descobrir torna patente como devemos ser prudentes na avaliação de situações históricas com base em pressupostos resultantes muitas vezes de uma apreciação superficial do tecido social, baseada em lugares comuns. É confrangedor verificar como por vezes se pretende extrair conclusões sólidas postulando "evidências" que milhares de humildes e desinteressados documentos desmentem a quem se der ao trabalho de ohar para eles.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Um desabafo
Cara confrade Maria Benedita,
Como humano mortal, nunca pretendi, nem pretendo ser o dono da “verdade”, e muitas vezes me engano e erro. Procuro, no entanto, dentro das minhas modestas capacidades, que já se encontram algo alquebradas pelos anos, não o fazer, até pela consideração que me merecem as pessoas, sem qualquer tipo de discriminação.
No campo temático do descobridor das Índias Ocidentais, quer-me parecer que, pela relevância que lhe sempre foi dada pelo Estado Espanhol, os maiores especialistas nessa área serão os nossos ditos hermanos, mas disso não tenho eu a certeza porquanto foi assunto que nunca me motivou, ou mesmo motiva.
A propósito daquele descobridor e de uma das cartas, que lhe foi endereçada, veio-me agora ao espírito que alguém perguntou onde estavam os processos, pergunta à qual se responde que um processo se inicia com uma mera denúncia, e, assim, quando há justiças em busca de alguém, isso significa que o processo já se iniciou.
E aqui está um bom exemplo de uma específica interpretação para a qual, também, há aqueles que se julgam particularmente vocacionados a essa difícil tarefa, e opinam sobre interpretações de sinónimos num discurso, ou seja, no enunciado de um pensamento...enfim, opiniões.
Minha estimada confrade já vai longo este arrazoado, e este desabafo, que espero perdoe a um velho surdo e vesgo, mas ainda não idiota...
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Agradecimento
Meu caro Artur Camisão Soares,
A sua participação é muito bem vinda. Bem haja!
Um abraço,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mercadores Nobilitados
Meus Caros
No seguimento da mensagem do António Bivar e a propósito das minhas queridas gentes de Monção de outros tempos passo a transcrever parte do cap. XIV dos Privilégios da Nobreza e Fidalguia de Portugal, de Luis S. Pereira Oliveira, que serão já vossas conhecidas:
"das Pessoas que gozão neste Reino dos privilegios da Nobreza, posto que a não tenhão (...) 13.º Aquelles a quem forão concedidos os privilegios de Infanções, como efectivamente se concederam aos Cidadãos de Lisboa (...) de Guimaraes (r), de Monção (s)" e no cap. XVIII do mesmo livro "dos officios indifferentes, que não dão, nem tirão Nobreza" encontramos "os Taberneiros da Villa de Monção"
Com os melhores cumprimentos
Eduardo Domingues
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RE: Um desabafo
Caro confrade Eduardo Albuquerque
Nas minhas deambulações pelos Barros de Faria ( varonia de meu filho) deparei-me com um Pedro de Barros de Faria e Castro Eça e Leiva, agora constante da base de dados do Genea, tendo sido informada pelo amável confrade Fernando de Sá Monteiro, que, pela mãe, descendia " da família Ferreira d'Eça e Leiva de Guimarães, a qual, por sua vez, descendia do cónego prebendado da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira Pedro Ferreira de Leiva e de uma senhora Ferreirad'Eça. Por sua vez o rev. Pedro Ferreira de Leiva era filho de Francisco de Leiva, FSO, mercador em Guimarães, irmão de Domingos de Leiva, casado com Mariana dos Guimarães Peixoto senhores da casa do Couço, Lanhedo, Póvoa de Lanhoso". Julgo que estaremos perante mais um caso em que as tais "franjas" se tocam e que este mercador ,Francisco de Leiva , terá originado uma certa " subida" na vida de seus filhos.
No que respeita ao tal descobridor, muitas são as conjecturas que podem ser feitas, mas é claro que um processo se costuma iniciar com uma mera denúncia, que pode ou não ter seguimento, conforme os interesses em jogo. Mas tudo isto são apenas suposições, dúvidas, certezas é que me parece haver poucas já que terão que ser documentalmente provadas.
Apesar de não se considerar " dono da verdade" gostaria de reiterar um facto mais do que evidente para todos os que lêem as participações do meu caro confrade: consigo todos nós aprendemos.
Com os meus melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Mercadores Nobilitados
Meu caro António Bivar,
Particularmente sensibilizado, venho agradecer o seu precioso contributo, que reforça de forma clara as mensagens precedentes, e muito especialmente o alerta aqui deixado.
É claro que isto requer anos e anos de muito labor na leitura dos documentos originais e dificilmente se alcança de outra forma.
A título de curiosidade refiro Manuel Marinho Falcão, solteiro, que, só, teve filhos de oito meninas lavradeiras...na freguesia de Santiago de Pias, nas outras ignoro...
A um seu neto, Cap. João Marinho de Morais Falcão e Castro, viria a ser concedida carta de armas, a 20 de Junho de 1782, Reg. Do Cartório da Nobreza, Livro III, fl. 57.
Conferir aqui:
http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=465426
Por isso, é bem diferente a situação terrena, da situação que muitas vezes se pinta...
Um abraço,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mercadores Nobilitados
Caro confrade António Bívar
É com o maior prazer que vejo a sua intervenção sobre esta matéria, já que costumo seguir atentamente as suas opiniões sobre os tais "movimentos sociais". Muitas vezes as coisas não são a preto e branco como superficialmente poderíamos supôr e o exemplo que aqui traz obriga-nos a meditar sobre como as contingências da vida podem influir no destino dos vários membros de uma família e, consequentemente, nos diversos " futuros" dos seus descendentes.
Com os meus melhores cumprimentos
Maria benedita
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RE: Mercadores Nobilitados
Cara Maria Benedita,
Muito obrigado, igualmente para si!
Um abraço
Artur
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RE: Mercadores Nobilitados, os Cru
Meu caro António Bivar,
Em apoio do já aduzido, adito mais umas breves notas sobre mercadores nobilitados.
De José Armas Castro, “Pontevedra en los siglos XII a XV” página 207 :
« El más exrenso y mejor conocido de estos linajes de mercadores-hidalgos es el de los Cruu que, entre finales del siglo XIV y comienzos del XVI, a lo largo de cinco generaciones, hacen acto de presencia continuada en la vida local y an los puertos mediterráneos y atlánticos conjugando los viajes comerciales con el ejercicio de la más altas funciones de gobierno en la villa (295).
Los fundadores del linage familiar, Gonçalvo Cruu “ o Vello” y Pero Cruu aparecen calificados ya como “mercadores”; el primeiro de ellos saca paños en Bristol “para Eapaña” en 1391 y, en 1407, era alcalde de la villa (296). En la segunda generación, Pero Cruu “ o Vello” se había introducido en la exportación de pescado hacia el Mediterráneo, donde aparece realizando también actividades de transporte (297), es alcalde en 1431 y ocupa uno de los ofícios de jurado del concejo en el que le sucederán sus descendientes (298); disfruta de gran ascendiente entre la burguesía local y se hace construir dos capillas en el monasterio de San Francisco para enterramiento familiar ( 299)
En la tercera generación dos miembros de la familia, patrones de sus proprios navíos, aparecen asiduamente en el Maditerráneo en los anos 30 y 40 del siglo XV:
Pero Cruu “ o Mozo y Alvaro Cruu (300); el primero de ellos, en 1443, nos revela la nueva dimensión social de la familia al declararse” vasalo de noso señor el rey”(301)
(...)
familiarmente entroncan con la más influyente nobleza de la zona pontevedresa; Juan Cruu casa con Inés Arias de Aldán, descendiente de los señores de Aldán, Gondar y Sivil:
Pero Cruu con Teresa Sánchez de Montenegro, hija de Don Lope de Montenegro, y Gómez Cruu con Catalina Sarmiento, hermana de Garcia Sarmiento, señor de Sobroso y Salvatierra. »
Um abraço,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mercadores Nobilitados
Caro confrade Eduardo Domingues
Na sequência da sua esclarecedora participação segue um breve apontamento sobre o Almirante Manoel Pessanha e os foros e privilégios dos homens do mar.
Os reinos do ocidente da Europa, na medida em que se organizavam militarmente, iam recrutar a Génova os técnicos das suas esquadras de combate. E foi assim que, em 1317, o nosso rei D. Dinis Contratou Micer Manoel Pessanha para o cargo de Almirante. Este cargo de Almirante dizia respeito ao organizador das armadas reais e não tinha interferência directa na marinha mercante, que pertencia a particulares. Manoel Pessanha não foi o 1º Almirante de Portugal, mas foi o primeiro que contratou o lugar para a sua geração:-"..vós, micer Pessanha, de Génova, e os vossos sucessores para ficardes na minha terra por meu Almirante e para servirdes em este ofício a mim e aos meus sucessores que forem reis de Portugal..."E obrigava-se o Almirante, a si e a seus sucessores a terem sempre " vinte homens de Génova sabedores do mar tais que sejam convenháveis para alcaides das galés e para arraizes". Pela sua carta o Almirante tinha poder sobre todos os homens do mar que, na orgânica de hoje, poderíamos considerar como militares, incluindo os corsários.
" E mando a todos os meus vassalos, corsários e alcaides das galés e arraizes e oficiais que a este ofício pertencem e a todolos outros homens de mar que com ele forem em frota ou em Armada ou em outra corsária de mar que lhes sejam obedientes"
Em 1282 são concedidos foros e privilégios ao alcaide do mar e marinheiros de Tavira iguais aos dos outros de Lisboa:-" de cada navio o alcaide, 2 espadeiros 2 proeiros e 1 petintal têm foros de cavaleiros; os 96 marinheiros do conto, enquanto o forem, têm honras de cavaleiros, e sobre eles, bem como sobre os desertores e reveis, terá o alcaide do mar jurisdiçãocivil e criminal sempre que se fizer frota".(1)
Com os meus melhores cumprimentos
Maria Benedita
(1) in "Da Fantasia á Realidade, o Infante D. Henrique e os Descobrimentos dos Portugueses", Capitão de Mar e Guerra José Moreira de Campos
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RE: Mercadores Nobres, os Montenegro
Caro confrade Eduardo Domingues,
Agradecendo a sua precedente mensagem, aqui vai mais um exemplo de José Armas Castro, “ Pontevedra en los siglos XII a XV”, páginas 209 e 210:
« Los Montenegro son un linaje de caballeros sólidamente instalados en Pontevedra que a lo largo del siglo XV se mezclan en el comercio marítimo. Tristán de Montenegro, alcalde en 1454, jurado del concejo desde 1458 y juez entre 1463 y el momento de su muerte en los años 70 defendiendo la villa contra Pedro Alvarez de Sotomayor ( 313), aparece en 1462 en Barcelona como “mercator, habitator ville Pontevedre” concediendo carta de poder y procuración al mercader barcelonés Esteve Bonet (...)
Gonzalo López de Montenegro, regidor de Pontevedra, hace su testamento en 1491 “estando de partida para a ziudad de Sevilla para ir con miñas mercadorias”, entre ellas es seguro que figuraba el pescado ya que era proprietario de un “fumeiro novo” en la villa (315)
Esta era la élite mercantil de Pontevedra, mercaderes-hidalgos, armadores y patrones de buques, que alternaban sus viajes comerciales con el gobierno de la villa. »
Um abraço,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mercadores
Cara confrade Maria Benedita,
Agradecendo a sua precedente mensagem, aqui vai mais uma nota de José Armas Castro, “ Pontevedra en los siglos XII a XV”, páginas 210:
« Un escalón más abajo, tanto socialmente como en el escalafón mercantil encontramos a un nutrido grupo de profesionales del comercio en el que se mezclan y confunden mercaderes y marinos, frecuentemente socios en la empresa comercial, unos más asentados en tiera y otros más navegantes, fletadores de barcos unos, otros que ponen los suyos a disposición de quienes los fletan.
Ares Garcia de Rajó, Juan Ledo, Juan Bieites, Gonçalvo de Camoens, Juan García de Rajó, Juan de Sevilla, Lois Mendes, Roy Gonçalves ... »
Adito como nota, que me parece que toda esta gente, por necessidade da vida comercial, sabia pelo menos ler e contar, e é natural, também, que conhecessem outros idiomas, mercê dessa mesma actividade.
Um abraço,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mercadores Nobilitados
Caros Confrades,
Acho este tópico muito interessante, pois atrai-me o retrato social, económico e politico que se pode descobrir através da genealogia, reconstruindo a história por vezes secreta das Vilas, Cidades e Aldeias Portuguesas.
No meu estudo familiar, encontro vários exemplos já aqui referidos pelos caríssimos confrades, e na minha inexperiência reconheço que tenho aprendido muito através dos Senhores.
O exemplo que gostaria de compartilhar convosco é o do meu ramo familiar Matos da Vila de Alhos Vedros, actualmente pertencente ao Concelho da Moita.
O primeiro registo de um Matos que tenho é de 1547, quando António de Matos recebe a nomeação para tabelião de Alhos Vedros por morte de seu pai, Garcia Pires.
Deste António de Matos descende Constância Garcia cc Manuel Mendes., pais de Garcia Pires de Matos: http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=224703 ,
Manuel de Matos cc Maria de Andrade (+1602) e Francisco de Matos, pai de Isabel de Matos de Cáceres. Esta Isabel casa com o seu primo Manuel Mendes filho de Garcia Pire de Matos.
Em Raízes e Memórias nº 7 diz o seguinte sobre este Garcia Pires de Matos:
Home nobre e dos principais de Alhos Vedros, onde foi sepultado – “ que sendo menino quando aprendia a ler e a escrever na Igreja desta Vila, uer nella húa campa com Brasão de Armas que desia ser de Garcia Pires de Matos, de que lhe parece são parentes algumas pessoas que nesta vila há da família dos Mattos, e que nunca ouvio dizer que ouvesse aqui outro homem deste nome, …” (do depoimento de uma testemunha no processo de Jerónimo Borges Moniz, M2 D.49).
Garcia Pires de Matos cc Brites Netto, filha de Braz Netto e de sua mulher Leonor Afonso Alvarez Pereira, com ascendência em Tts. De Nettos e Pereiras de Alcochete. Filhos deste casal:
1-Gomes Netto Pereira cc Maria Cordeiro cc Catarina Velho de Liz, ambos com geração.
2-Manuel Mendes (licenciado) cc Isabel de Mattos de Cáceres, cg
3-Pêro Tomé de Mattos cc Juliana Jorge, cg
De Manuel Mendes cc Isabel de Mattos de Cáceres, encontro os seguintes filhos:
-Cecília de Mattos cc Pêro Cabral e têm uma filha de seu nome Beatriz Cabral de Mattos que casa com o seu primo Tomé de Mattos Netto.
-Tomé de Mattos cc Maria da Costa cc Maria Correia, encontro dois filhos do primeiro casamento: Tomé de Mattos Netto e Domingas de Mattos.
-Pêro Mendes
-Mécia de Cáceres cc António Correia Carneiro cc Martim Afonso d’ Avis, tem como filho do primeiro casamento: Valentim Correia Carneiro.
Do casamento dos dois primos, Beatriz Cabral de Mattos e Tomé de Mattos Netto, é instituído o Morgado do Xaro em Beja e Alhos Vedros. Destes vão descender os Morgados do Xaro.
A irmã do 1º Morgado, Domingas de Mattos por sua vez casa com Filipe Rodrigues, têm como filhos:
Domingas de Mattos cc Domingos Luís da Costa, que têm os seguintes filhos:
1-Lourença de Mattos * 1628
2-Francisco de Mattos *1630
3-Joana de Mattos *1633
4-Antónia de Mattos* 1645
5-Bartolomeu de Mattos
6-Rodrigo João de Mattos cc Catarina Gomes Vieira, deste casamento temos Silvestre de Mattos cc Catarina Rodrigues, filha de Domingos Francisco e de sua mulher Maria Pereira, neta materna de Marcos Pereira e de sua mulher Catarina Rodrigues, sendo este filho de Afonso Pereira Galvão e sua mulher Marquesa Tomas de Viana: http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=584043 , e irmão de Luís Pereira Galvão , ascendente do 2º Marquês de Soydos.
Silvestre de Mattos, era Mestre de Marinha, irmão de Misericórdia, Vereador do Senado da Câmara, Proprietário, irmão do Santíssimo Sacramento de São Lourenço de Alhos Vedros, nasceu em 1676 e foram seus padrinhos João Rodrigues Pretto e o Capitão Manuel Cordeiro Zagallo.
Resumindo, Silvestre de Mattos era um homem integrado socialmente na sua comunidade, tendo alguns cargos, como o de Mestre de Marinha que passará para as gerações seguintes, mas este Silvestre de Mattos, comparado com os seus primos da mesma geração como o
Luís Pereira Pato,http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=134941, que entre outros cargos era Cavaleiro da Ordem de Cristo, Fidalgo da Casa Real, Capitão-mor da Amieira, etc.
Ou mesmo comparando com os seus primos Mattos Cabral, Morgados do Xaro, não tem a mesma relevância social.
Os descendentes dos seus primos vão ascendendo socialmente, enquanto os descendentes de Silvestre de Mattos mantêm o mesmo nível, afastando-se cada vez mais dos seus parentes. Em termos genealógicos Silvestre de Matos descende de famílias Nobres e Históricas, em termos sociais nem sei se poderia considerar Silvestre de Mattos da Baixa Nobreza. (?), Na sua descendência continua a acontecer os casamentos com famílias de ascendência Nobre, mas socialmente nivelados, não entrando mais mercês ou vínculos ou propriedades, o que mantêm a tendência de perda de importância, para os seus filhos mais novos ou filhas em que não consiga fazer um bom casamento. Esta situação somente é contrariada com o casamento da sua 3ª neta Barbara Joaquina de Matos com Francisco António de Sousa, (meus 4ºs avós)
Espero ter conseguido explicar-me e contribuir de alguma forma com esta minha informação!
Cumprimentos,
João da Silva Gaspar
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RE: Elisa M.ª Ferreira Priegue, Los mercaderes
Caro confrade João Gaspar,
Muito lhe agradeço o seu trabalho e a atenção dispensada!
E em complemento do já aduzido, aqui fica mais um testemunho desta vez de Elisa Maria Ferreira Priegue, Galicia Historica, que julgo, terá algum interesse:
« a) Los mercaderes.
Entre los hombres que – entre otras muchas actividades e interesses lucrativos – se dedican al comercio con cierta regularidad, se pueden encontrar representantes de todos los estratos de la sociedad urbana: si la mayoria son pecheros, no son excepción los de condición hidalga, innata o adquirida. No es facil a veces detectarlos como tales mercaderes ya que, en general, cuando pueden ostentar un titulo superior, bien relativo a su condición social- caballero, escudero, hidalgo – o a su dedicación – regidor, jurado, juez, cambiador – éste oculta al más simple de mercader.
Sin embargo, es un hecho el que la nobleza gallega, alta y baja, no desdeñaba comerciar, y lo hacia abiertamiente, sin perder su statu ni preocuparse por su negra honrilla. Una cosa era trabajar manualmente, en quehaceres «viles», cargando fardos o vendiendo al por menor como los «tendeiros» y outra ser un cargador, armador de buques, navegante, con el atrativo adicional de la aventura, del corso y de las presas.
Algunos privilegios de que gozaban los hombres de mar – la pena de muerte a fuero de hidalgos, por ejemplo-, contribuían a quitar carácter plebeyo al oficio de marineria, tan vinculado al de mercaderia. En esto Galicia no hizo más que seguir la corriente que dominaba en toda Europa. La vertiente marítima del comercio es la que más campo de acción directa va a ofrecer al estamento nobiliario.
Nos vamos a referir aqui en particular a un sector de ese estamento: la nobleza media y pequeña, caballeros, escuderos, hidalgos en general que,vecinos de las villas, moradores en ellas y en ocasiones, al mismo tiempo, señores de pequenos poblaciones costeras, alternan la mercadería con el desempeño de cargos municipales. »
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Até breve.
Caros Confrades,
Deslumbrado fiquei, ao ver ecoar as minhas modestas palavras para além do que seria de esperar, em algumas tão canoras bocas, que disparando numa suavidade angélica um Iol, Iol, Iol..., foi, deveras, motivo de viva satisfação, pelo musicalidade do discurso e pelo trabalho e empenho a que se votaram. Mas confesso, por favor, não se incomodem nem se fadiguem, pois, o Iol da música não o ouço eu, pois sou surdo, e o resto na minha modesta avaliação, não me parece que o mereça ou justifique.
Na verdade, por vezes utilizo o teclado para digitalizar caracteres, porque me é fácil, e agradecendo as lições de software, cumprirá dizer, que elas aproveitarão mais a quem delas necessite, já que, apesar da idade, vou sabendo usar os informáticos programas e o próprio cibernético equipamento fui eu que o construi, escolhendo os componentes de que necessito. Fica aqui esta senil curiosidade.
Mas, porque o Natal se vem aproximando, não queria deixar de sugerir aos nossos jovens confrades, como prenda um livrinho de Gil Vicente.
Já ouviram falar da Farsa “Quem Tem Farelos”?
Cuidado que é para maiores de 16 anos...!!!
Bem, despeço-me com estima e amizade, pois outros valores mais altos se levantam.
O meu muito obrigado e até breve.
Eduardo Albuquerque
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RE: Até breve.
Meu caro Eduardo Albquerque,
acabo de colocar o último documento no outro tópico. Também por aqui valores mais altos se levantam!
Foi uma honra (além de muito divertido) ter a sua companhia nas discussões sobre o "colombo português".
Bem haja e até breve também!
Coelho
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RE: Até breve.
Caros amigos Eduardo Albuquerque e Coelho
Para mim também é uma honra poder acompanhar-vos nestes e em outros temas.E talvez não fiquemos por aqui! Oxalá!
Um grande abraço
Maria Benedita
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RE: Até breve.
Caros amigos Maria Benedita, Eduardo Albuquerque, Coelho
O tema é pertinente, aliciante. Porquê pará-lo? Vale só por si: a transmutação social que se operou na "Europa de "Quinhentos"!
Um abraço
Artur João
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RE: Até breve.
Caro Artur
É claro que o tema é deveras aliciante e vamos continuá-lo. Por mim vou recarregar baterias e continuar a ler e pesquizar as transformações sociais operadas nesta época, e partilhá-las, caso valham essa partilha
Um abraço
Maria Benedita
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RE: Até breve.
Cara Benedita,
muito obrigado também pela sua companhia nestas andanças!
Um grande abraço,
Coelho
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RE: Mercadores Nobilitados, os Cru
Meu caro Eduardo Albuquerque:
Muito obrigado por todos este documentos interessantíssimos e que tanto iluminam a nossa percepção da sociedade onde se moviam os nossos antepassados dessa época, revelando realidades bastante diferentes dos estereótipos que por vezes se tomam por verdades evidentes e que servem não raro como fundamento para especulações injustificadas.
O rigor e a investigação laboriosa têm uma beleza própria que "vicia" quem alguma vez os experimenta mas que torna os mesmos alérgicos ao reino da incoerência e do laxismo que infelizmente parece alastrar na nossa sociedade inundada de informação sem critério.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Mercadores Nobilitados
Caro Confrade:
Os elementos que nos trás constituem mais um contributo interessantíssimo para o estudo da sociedade de outros tempos. Só com a acumulação de muitos exemplos como este e o trabalho aturado e reflexão de muitos com diferentes formações mas irmanados no amor à verdade é possível fazer ciência.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Esclarecimento
Cara Confrade Maria Benedita,
Tendo recebido, não uma, não duas, não três, mas seis, relevo *seis* notificações de mensagens, quiçá por reforço, desespero, irritação, eu sei lá... ( talvez eu esteja equivocado e seja uma nova forma de cortesia ), de um nosso Ilustre Interveniente, a que acrescerá uma que lhe foi dirigida, mas essa não a recebi eu... e não querendo ser causa de qualquer situação patológica, venho deixar algumas breves palavras sobre o assunto.
Antes porém, queria deixar bem claro, que um dos valores que mais prezo é o valor da dignidade da pessoa humana, em todas as suas vertentes ou dimensões, aliás como por várias vezes já deixei ficar patente neste Fórum, valor que, nunca será demais repetir, emerge, pelo respeito, pela reciprocidade e pelo reconhecimento.
Assim, ao constatar que o nosso Ilustre Interveniente, em mensagem que lhe dirigiu, quiçá mercê de um jurídico sussurro, vem reconhecer o respeito pelas pessoas já falecidas, que antes parecia ter ignorado, como um valor meritório, é já um começo. Com mais uns sussurros a coisa compõe-se – ( caso me tenha enganado, apresento desde já as minhas sinceras desculpas ). E quanto a lugares para defender a honra das pessoas, quando for o caso, há os adequados, pelo que o seu comentário de limitações culturais é um desabafo que não vinga.
E, assim, talvez o Ex.mo Senhor Eng.º Coelho, que tão empenhada e devotamente nos tem presenteado com tantas e tão meritórias notas, não continue a ser apelidado sistematicamente de “recorrente...
Também, a missiva de denúncia ética da minha pessoa e de aconselhamento sobre a minha companhia, de que a Cara Confrade parece ter um exemplo, talvez, não se repita...
Por outro lado, reitero a ideia quanto à minha participação neste Fórum que é a título de passatempo ocasional, onde tenho vindo a depositar modestas notas, na qualidade de mero curioso, da Genealogia e da História do Direito Português.
Se concordam com elas tudo bem, se não concordam, tudo bem também!
Se pretendem discutir História, façam-no com quem esteja habilitado para isso! Ou estão com medo?
No que concerne a certas teses, a comunidade cientifica, radicada, ao que julgo saber, essencialmente nas universidades e conselhos científicos respectivos, nacionais e estrangeiros, dirá de sua justiça na hora devida.
O que me parece um absoluto disparate é querer impingir à população em geral, teses complexas, quando esta, de documentos, outras teses, historia, metodologia, bibliografia...não tem qualquer conhecimento para poder ajuizar com plena justiça! Enfim será o processo “pimba”, ou da “costela anárquica” do povo quem mais ordena, e quanto mais ruído fizer, melhor.
Relativamente ao tópico Casa de Bragança, venho recordar o que então referi em mensagem que dirigi em 15 de Maio de 2005:
« Venho agradecer o seu apoio e anunciar-lhe a minha retirada definitiva deste tópico.
E faço-o, por uma razão óbvia, qual seja, a de não entrar em dialéctica verbal gratuita, (...)
Os adjectivos, de traição ou as insinuações aleivosas, ao Senhor D. Pedro, argumentos correntes e consabidos de quem já não os tem, também, estão fora do meu universo.
Gosto de discutir ideias, sim! Pôr em causa pessoas e a sua bondade, claramente, não!
Comigo, para esse efeito, não contam os nossos estimados Confrades!
Por outro lado, ficou clara, qual a minha opinião, do ponto de vista jurídico, sobre esta matéria.»
Assim, tendo dado como terminado o meu contributo naquele tópico, não quis deixar de fundamentar documentalmente as minhas asserções o que fiz no tópico legislação avulsa do século XIX, com mensagens, também, de Maio de 2005.
Fico perplexo perante a passividade do nosso muito Ilustre Interveniente que deixou correr mais de um ano, para agora vir apoiar as ideias do Ex.mo Senhor Monteiro da Silva. Porque é que o não fez na altura! Agora parece-me um pouco desfasado e desajustado...
Reportando-me ao ponto focado da legalidade ou não das Cortes de Lamego, esta é uma questão acessória, já que o fundamental, em termos jurídicos continua a ser, na minha modesta opinião, a confirmação da nacionalidade portuguesa do Senhor D. Pedro, como já deixei por várias vezes expresso.
Mas sobre as Cortes de Lamego e da sua convicção de Legalidade, se é certo que o Senhor D. Pedro a elas se refere, e julgo, também, o “Manifesto dos Direitos de Sua Magestade Fidelíssima, A Senhora Dona Maria Segunda, e Exposição da Questão Portuguesa”, Londres, Richard Taylor, 1829,
não é menos certo que haveria certas franjas da sociedade de então, estou a pensar nos historiadores, e clero mais esclarecido, que tinham plena obrigação de saber o que se dizia Frei António Brandão ( Monarquia Lusitana, Parte Terceira, Livro X, Capitulo XIII e XIIII), ou seja:
« Duvidoso estive se poria neste lugar o treslado destas Cortes, porque como não vi escritura original dellas, & contem algûas cousas em que se pode reparar; nem eu tinha dellas a certeza necessaria, nem as podia dar aos leitores.
Mas com dizer que não vi mais que o treslado em hum caderno que me veio â maô, & comprehende outras cousas do cartorio de Alcobaça;
& parecer a algûas pessoas de juizo q devia publicalas debaixo desta duvida, satisfaço a minha obrigação, & não tem que me censurar.»
« porque COMO ESTE PAPEL NÃO HÉ AUTENTICO, tratamos só do que nos constava pellas escrituras.»
Conferir:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=67272#lista
Também, em mensagem de 24.4 2005, referia:
« Caro Confrade João Macieira,
(...)
No que concerne ao presente tópico, devo esclarecer, também, que a minha intervenção teve por objecto exprimir, do ponto de vista jurídico, a minha opinião, fundamentada nos factos de que tenho conhecimento, e não tomar partido por quem quer que seja.
Nesta perspectiva, cheguei à conclusão que quer o Senhor D. Pedro, quer o Senhor D. Miguel, são possuidores de legitimidade própria.
O primeiro, decorrente não só do “iure regni”, como da vontade expressa de seu pai;
O segundo, de uma situação fáctica, que resulta da sua aclamação como Rei de Portugal em Cortes, com subsequente reconhecimento pela Santa Sé, facto gerador de uma situação de direito.
Donde, concorrendo em paralelo as duas legitimidades, acaba por prevalecer, aquela que tiver o efectivo exercício do poder, mas só prevalecer, já que uma não elimina a legitimidade da outra.
Por isso, quando se extingue a primeira linha, a situação simplifica-se e deixa de haver o concurso de duas legitimidades, passando a existir apenas uma.
Acresce referir que, o rol de factos apresentados é condição “sine qua non”, é uma premissa imprescindível para que se possa aplicar o direito.»
Ver:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=89400#lista
Finalmente,
A diferença de empatia que o nosso Ilustre Interveniente invoca, radicará, não na prática venatória, pois essa eu nunca a exercitei, e presumo que ele também não, mas quiçá, no respeito que é devido a todas as pessoas sem discriminação em razão de ascendência, sexo, raça, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social.
Cara Confrade Maria Benedita, apelando para a sua benevolência perdoe-me o desaforo e a impertinência.
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
PS:
Se tiver tempo e disposição, talvez apresente mais umas notas sobre os ditos quadros, limitando-me a remeter, por agora, para o que referi nos 36 tópicos em que intervim. Uma leitura atenta não faz mal a ninguém e é reveladora do que sou, e do que apresentei aqui neste Fórum,
E, já agora, agradeço qualquer critica que queiram fazer a esses mesmos 36 tópicos!
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RE: Uma sugestão
Caros Confrades,
Por lamentável esquecimento, não referi na minha precedente mensagem um livrinho de Gil Vicente.
Que tal o “Auto da Feira” ?
Boa leitura!
Despeço-me com estima e amizade, e até breve,
Eduardo Albuquerque
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RE: Interpretações
Meu caro confrade Coelho.
Venho-lhe, uma vez mais agradecer as “matemáticas” mensagens e os esclarecedores dados carreados com que, neste Fórum, príncipescamente nos tem presenteado.
No quadro de um outro tópico que corre com célere velocidade, veio-me à lembrança umas modestas notas lá deixadas sobre Metodologia, sob a epígrafe « Descobrir versus “Descubrir”», ideias recolhidas das aulas do meu querido Professor Doutor A. Castanheira Neves, do qual, a Polis, volume 3, páginas 651 a 707 traz um resumo sobre interpretação que qualquer um dos nossos estimados confrades pode consultar.
Lá verificará, que de bibliografia sobre interpretação, no caso, interpretação jurídica, só são preenchidas mais de duas colunas. E por aí poderá ajuízar a difícil problemática envolvida, cujas teorias objectiva, subjectiva gradualista ou de síntese, seria manifestamente despropositado debitar aqui.
Mas, a umas breves notas não resisto, e recordo uma palavra processo.
Para, uns processo são as peças escritas, na gíria os autos;
Outros dirão, nada disso, o processo é a acção, a causa;
E uns terceiros, aditarão, processo é uma sequência de actos que se prolonga no tempo, onde se verá a liturgia processual.
E alguns perguntarão, mas então qual é a verdadeira?
A que se responderá tudo depende do contexto do discurso.
Assim a interpretação é sempre uma tarefa de dialéctica contextualizada, que convoca o elemento gramatical, o elemento histórico, elemento sistemático e o elemento teleológico dos quais também não vou falar.
Tudo isto para dizer que, diversas coisas se podem ver consoante o prisma por que se encare o problema.
E , assim, também, um modesto texto, pode ter interpretações diversas, consoante os referenciais culturais de quem executa a tarefa.
Simples, não é?
E, numa outra “interpretação” outros fazem prospecção não de petróleo, pois desse não se cuida aqui. E, assim, com uma ingénua sonda vão debitando bibliotecário-arquivista, subprocurador, militar salazarista, e mais que iremos ouvir, julgando-se exímios caçadores.
Vamos lá, sejam mais modestos!
É que a presa, há muito que vos caçou!
Mas hoje vou-vos dar um pequeno bónus, que seria desnecessário, se tivessem feito o trabalho de casa, lendo atentamente alguns dos tópicos modestos.
Acertaram no militar, porém não acertaram no salazarista!
E como prémio acrescido, vá lá eu sou confrade, militar de cavalaria!
Ao galope, ao galope, ao galope... à cargaaaaa!!!!!
Não estremeçam que o grito foi falso, mas não esqueçam os muito amigos e jurisprudentes sussuros!
Caro confrade Coelho, despedindo-me com estima e amizade, o meu muito obrigado e até breve,
Eduardo Albuquerque
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RE: Esclarecimento
Caro confrade Eduardo Albuquerque
Um pouco atrazada e chamuscada devido ás Fogueiras, não da Inquisição, mas do leitão, apresento-me na sua "corte", da qual, pelos vistos, faço parte, como vassalo honrado que me prezo de ser.
Este atrazo, justificado, não me faz enrubescer de vergonha pois, pelo vistos, Nemésis também se atraza, digamos mesmo que quase prescreve, se é que não prescreve mesmo. Mas, por vezes, a prescrição é benéfica pois permite ouvir sussurros de gente avisada e meditar um pouco sobre os tais valores respeitantes á dignidade da pessoa humana e ao bom nome e reputação a que todos temos direito e inequívoca obrigação de defender.
No tocante a exposições e quadros, prefiro aguardar a que se prevê para Mário Cesariny, sempre inovatório e sem repescagens bafientas, honrando a memória de um homem que faleceu jovem e indomado, apesar da idade.
Quanto ao que tem sido dito sobre o Senhor D. Pedro IV, reitero a posição assumida noutros tópicos, em que o caro confrade, qual cavaleiro de armadura resplandecente, me veio salvar da fúria da turbamulta, já prestas a devorar-me!
E, em mensagem enderessada ao nosso caro confrade Coelho, pareceu-me ouvir toques de clarim, precedendo o avanço da cavalaria! Assim sendo, ponho ao dispor do caro confrade as minhas assumidas artes venatórias...e avança, igualmente, a artilharia!
Um abraço
Maria Benedita
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RE: Agradecimento
Cara confrade Maria Benedita,
Muito me sensibiliza ter tão honrada e ilustre conselheira, pois o mérito das suas sempre generosas e verdadeiras palavras, menos não merece.
Agora, falando do leitão, que cruel argumento, não para o bicho, mas para um velhote gotoso, que só de o imaginar, lhe vai crescendo água na boca...
De tão grata imagem e para esquecimento, vou fazer o presépio e a árvore do Natal, pois com ansiedade o desejam ver, as minhas queridas netinhas.
Um abraço amigo,
Eduardo Albuquerque
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RE: Esclarecimento
Meu Caro Eduardo Albuquerque,
Mas que bela sugestão, a da Maria Benedita: o leitão "tuga". Na volta, ainda dou uma saltada à Bairrada.
Ouço falar em "prescrição": isso está muito na moda, não é? Será importação, ou é índigena!?
Bom, já que tenho a fama ao menos que tenha o proveito. Visto o meu "camisão" e correrei por aí desenfreado de espada na mão.
Aproveitando as modernas tecnologias: conte com o poder aéreo, nas suas variadas vertentes...
Um abraço
Artur João
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RE: Interpretações
Sr. Dr. Eduardo Albuquerque,
Embora não me seja agradável recrear-me com fraquezas alheias, não posso deixar de congratular-me quando vejo corroborado na práctica o que diagostiquei, designadamente uma dificuldade/incapacidade para entender textos simples aliada a um egocentrismo a aproximar-se do patológico.
Jurista recorrente era evidentementemente o sr. dr., nunca o engº Coelho; e eram dois os juristas, apenas um subprocurador ou seja o também Muito Ilustre confrade Sabóia Bandeira de Mello.
Militar salazarista é já projecção abusiva mas referia-se obviamente ao confrade Pedro Soldado, que foi quem interpelou o confrade Augusto censurando-lhe o mau português.
Total, três erros em quatro identificações.
No que respeita ao já habitual exibicionismo cultural de lateralidades evitando as questões básicas relembro:
1º O confrade Monteiro da Silva apresentou uma ideia;
2º O sr. dr. discordou e, aliás de forma criticável;
3º Meses mais tarde o sr. dr. retoma a ideia de Monteiro da Silva sem uma palavra nem para este nem para identificar quem a propusera.
Enquanto não tiver a humildade de admitir que errou e apresentar o respectivo pedido de desculpas não há legitimidades de D. Pedro nem outros assuntos *mais importantes* que lhe valham.
Valer-lhe-à, pelo que possa valer, a prescrição lembrada pela confrade Maria Benedita. Se isso o tranquiliza, eu não ameaço ninguém de recorrer a juízo, nem explicitamente como o Saboia nem implicitamente como o sr. dr. com infundadas menções a honra e dignidade, que se não se destinavam a tribunal civel destinavam-se a chamar a atenção dos moderadores para exercerem o seu poder censório, pois um "bonzo" tinha sido ofendido.
Acusei-o explicitamente de tentar fazer passar as pessoas por idiotas. E continua.
Seguindo a sua magistral explicação (sem ironia) de metodologia, se o confrade Coelho pretende, no seu pleníssimo direito, contrariar as propostas de Manuel Rosa, deveria começar por saber como estão fundamentadas no livro, e contrariar a argumentação ou apresentar documentos que no livro tenham sido ignorados. Ao invés, o confrade Coelho produz catadupas de citações das origens mais variadas, algumas já claramente denunciadas como falsas, outras contraditadas sem qualquer metodologia ou sequer correspondência com o objecto criticado.
Não que o sr. dr. não tenha já feito parecido, neste e noutros tópicos mas, ainda por cima tendo demonstrado que sabe o que é metodologia, o aplauso recorrente à frenética actividade do confrade Coelho apenas mostra, mais uma vez, que não pratica o que apregoa, para dizer o mínimo.
O meu motivo, para além de ter entendido que Manuel Rosa estava a ser injustamente tratado e parte desse tratamente era no fundo, devido a algum elitismo - que o sr. dr. diz rejeitar mas eu rejeito de facto - o motivo, dizia, de ter ressuscitado o *prescrito* desagravo do confrade Monteiro da Silva, esse ficará reservado, não por mim mas por solicitação de terceiros.
Assim é provável - mas não mais do que isso - que me esteja a despedir. De facto, mal ou bem, o que me propusera, que foi denunciar algumas injustiças e expôr "pés de barro", está feito e suficientes pessoas, entre interventores e seguidores já terão feito os seus juízos; eu continuarei a adormecer sem necessidade de auxílio medicamentoso e a barbear-me diariamente sem me desgostar do que vejo no espelho. Por outro lado, este tópico, que admiti poder ter algum interesse após a intervenção do confrade Miguel Corte Real, tem-se limitado a um enunciado sem método de particularidades das respectivas árvores o que, de facto, não me desperta qualquer interesse. Tenho pena, porque para além da já tratadíssima questão de saber se 1383-85 foi um "revolução burguesa", e para além de Joel Serrão, fica por saber se os conflitos sociais não inteiramente resolvidos em 1385 continuaram, e de que forma, no reinado de D. Duarte, se a competição pela regência entre D. Pedro e D. Leonor de Aragão foi apenas um conflito entre facções da nobreza ou se D. Pedro apenas cavalga uma onda que cedo redundaria senão numa guerra civil, pelo menos em "jacqueries", finalmente saber-se, para além obviamente das navegações, onde é que D. João II seguiu D. Pedro e onde se desviou ou, apenas adiou por não ter previsto a morte prematura que lhe infligiram.
Infelizmente, respostas a essas questões não se encontram em Puentevedra nem em Monção ...
Tratando-se de uma provável despedida, aproveito para desejar a todos, sem excepção, um Santo Natal.
Com os meus cumprimentos,
Fernando Aguiar
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RE: Interpretações
Sr. Dr. Fernando Aguiar,
Começo por agradecer ao sr. dr. a atenção da mensagem, que teve a gentileza de me endereçar, e sobre ela permita-me as seguintes considerações.
A primeira, é expressar o meu mais vivo protesto ao sr. dr. por não ter, ainda, apresentado um pedido formal de desculpas a todas as pessoas ofendidas, vivas ou mortas, pela injusta afronta cometida, expressa em texto que me escuso de aqui reproduzir.
Um breve reconhecimento do respeito pelas pessoas já falecidas, manifestado em carta dirigida à Ex.ma Senhora Dr.ª D. Maria Benedita de Vasconcelos, contrariando a sua anterior postura, parece-me pouco.
Eu, porém, aceito-o, mas não sei se outras pessoas vivas o aceitarão!
Em segundo lugar, devo confessar, que me sinto muito honrado, que o sr. dr. veja as minhas humildes mensagens, e que perca tanto tempo com isso. Na verdade, já o disse várias vezes, as modestas notas, aqui depositadas, não passam disso mesmo, de notas de um curioso. Se o sr. dr. convola para teses, ou história o problema é seu, não meu.
A terceira consideração, relativa ao exibicionismo cultural de que o sr. dr. me imputa a atitude, também esse é um juízo seu, que não meu, pelo que o problema, também, é seu. Se tentar difundir assuntos que normalmente só alguns tem acesso é exibicionismo, fico com essa indicação, mas lembro o sr. dr. que os Iol, Iol, Iol, que tem trazido a este Fórum, parecem-no contraditar.
A quarta nota, tem a ver com a minha alegada tentativa de tentar fazer passar as pessoas por idiotas.
Sr. dr. vir trazer a um Fórum de genealogia teses complexas, como porventura reconhecerá, que não passaram no crivo da comunidade cientifica, ( e por isso mesmo, as teses ditas oficiais se mantêm, ) para a avaliação das quais, as pessoas não estão minimamente preparadas, fazendo crer que se descobriu finalmente a verdade, e pensar que será o comum dos mortais, que em justiça, lhe vai dar o devido mérito, com franqueza, é demais.
Como demais é, fazer crer que uma plêiade de notáveis escritores quinhentistas, eram atrasados mentais, e não reconheceram o mérito a tão alta personagem “portuguesa”.
Como, também, demais é fazer os nossos estimados leitores e confrades, idiotas, na avaliação das minhas modestas notas. Ou será que só o sr. dr. tem capacidade de juízo crítico? Os outros não o possuem?
A quinta nota, resulta da síntese das quatro primeiras, pelo que me remete para a conclusão aduzida pelo sr. dr. apresentada no seu primeiro parágrafo, e concluir, porventura, ser esse o reflexo do seu próprio espelho. E sr. dr. esteja tranquilo que não lhe vou tirar o lugar. No entanto peço desculpa se estiver enganado e tiver cometido algum erro de juízo.
Com os meus cumprimentos, os meus votos de um Santo Natal.
Eduardo Albuquerque
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RE: Esclarecimento
Meu Caro Artur João,
Muito lhe agradeço a sua ajuda.
Mas, para mim, a época é de Paz, e, guerras, já chegam as que andam por aí!
Um abraço,
Eduardo Albuquerque
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RE: Interpretações
Cara confrade Maria Benedita,
Com o presépio feito e a árvore de Natal prontas, aqui me tem de novo para reiterar, também, a minha posição relativamente ao Senhor D. Pedro IV, de muito grata memória.
Ora a propósito deste assunto, ao que julgo entender, tem surgido recorrentes afirmações do sr. dr. Fernando Aguiar, de que me teria apropriado de uma ideia do Sr. Monteiro da Silva, o que eu compreendo, dada a elevadíssima velocidade e capacidade de raciocínio do dito critico. Só que o seu “comboio mental” terá descarrilado, e convolado para o que não devia, pois se tivesse lido com atenção as minhas mensagens verificaria que, pese embora a afirmação de que o Senhor D. Pedro, e não só, se refira às Cortes de Lamego, em termos de lhe conferir legalidade, o que eu reconheço, não menos certo afirmei, e afirmo, que existiriam certos grupos que deveriam conhecer o que Frei António Brandão referia na Monarquia Lusitana, ou seja, que eram falsas, o que eu reconheço também.
Ora nunca vi o Sr. Monteiro da Silva defender a possível existência destes últimos grupos na suas mensagens. Pelo que, a tal supra dita conclusão, só a compreendo na mente de alguém de raciocínio de altíssima craveira e apóstolo do renascimento de certas prescrições.
E quiçá, esse top raciocínio o levou a convolar, também, sobrevalorizando, as minhas modestas e curiosas notas para outras realidades...quando estas o que visam fazer é tão somente trazer algumas achegas, como transcrições de documentos, excertos de alguns textos, modestas opiniões, bibliografia, que possam ser, de algum modo, um contributo útil para o tema que se está a abordar ou a discutir. O que, aliás, não tem nada de inovador, já que, de um modo geral, é esta uma prática corrente de todos os intervenientes neste Fórum, que num espírito de mútua ajuda, aqui apresentam as suas notas, e com as quais eu muito tenho aprendido, e, por isso mesmo, em testemunho de reconhecimento, aqui fica o meu muito obrigado e bem hajam!
Enfim, cara Confrade, opiniões...
Um abraço amigo,
Eduardo Albuquerque
PS:
E, como sugestão para os nossos jovens confrades, que tal um livrinho de Gil Vicente, como por exemplo a “Romagem de Agravados”?
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RE: Interpretações
Meu caro Eduardo Albuquerque,
muito agradeço a sua mensagem, e as referências às minhas "matemáticas mensagens" e aos dados que, numa busca que visava em primeiro lugar o meu auto-esclarecimento, fui trazendo para aqui. Lamentavelmente, os dados documentais que cá apresentámos estão submersos numa avalanche de mensagens de temática lateral e/ou de interesse discustível, para não dizer nulo ...
Cá nos continuaremos a encontrar.
Até sempre!
Coelho
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RE: Mensagem corrigida
Caro Eduardo Albuquerque,
Repare-se na diferença gráfica e não fonética. O mesmo se aplicará a outros casos, claro.
Um abraço
Artur João
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RE: Mercadores Nobilitados
Caro Confrade
Em "A Vila e Concelho de Ferreira do Zêzere" do antigo director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, António Baião lê-se na pág. 139:
"Por provisão de D. Sebastião de 17 de Dezembro de 1576....Duarte Sodré Pereira tomou posse do senhorio de Águas Belas (que lhe vinha de Rodrigo Álvares Pereira meio-irmão do Santo Condestável, aparte meu)...Falecido em 09 de Agosto de 1588, não sem ter tido o desgosto de ver uma filha, Angela, casada com um lavrador de Águas Belas...".
Este casamentos por vezes aconteciam...
Com os melhores cumprimentos
Sérgio Sodré
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RE: Mensagem corrigida
Meu caro Artur João,
Agradecendo a nota, deixei no tópico que corre sob a epígrafe “Famílias Árias” mais umas notas.
Um abraço,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mercadores Nobilitados
Caro Sérgio Sodré,
Muito lhe agradeço o seu testemunho.
É neste intercâmbio de pequenas notas, que todos nós vamos aprendendo!
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mercadores Nobilitados
Caro Sérgio Sodré,
Uma boa leitura:
Polónia, Amélia; Traços identitários de um grupo sócio-profissional. Os náuticos de Vila do Conde no século XVI, 12 de Julho de 2004.
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Mercadores Nobilitados
Cara confrade Maria Benedita,
Aqui fica um testemunho do tempo do Senhor D. Fernando, retirado das Ordenações Afonsinas, Livro IV, Titulo XXXXVII.
« Do Clerigo, ou Fidalgo que compra pera reguatar.
El Rey Dom Fernando de louvada memória em seu tempo fez Cortes geraaes na Cidade de Lixboa, nas quaaes lhe forom requeridos por parte do povoo certos artigos, entre os quaaes lhe foi requerido hum, de que o theor tal he com a resposta a elle dada pelo dito Senhor.
1. Item, Ao que dizem no quadragesuimo quinto artigo, que em alguns lugares do Nosso Senhoria há Clerigos, e Fidalgos, que compram muitas cousas pera ao depois revenderem, e usam pubricamente de regataria,
e nom querem consentir que os Almotacees ajam em elles jurdiçom, pera lhes mandarem como revendão as cousas, e lhes dem as medidas, e fazer outros autos, que perteencem a seus Officios;
nem querem pagar sisa como os outros, que assy compram e vendem, e se os querem penhorar, allegam que som priviligiados, e o Bispo, e seus Vigarios os fazem escomungar (...)
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mercadores Nobilitados
Caro confrade Eduardo Albuquerque
Mais um inestimável contributo para a análise socio-económica desses tempos.
Independentemente de qualquer controvérsia este tópico tem o maior interesse pelo conhecimento que nos está a dar das múltiplas colorações que revestiam as chamadas classes sociais de então.
Com os meus melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Interpretações - Dívidas
Meu caro confrade Coelho,
A propósito de um famoso testamento, mais especificamente do seu codicilo, parece existirem opiniões controvertidas, umas apontando no sentido de dívidas, outras concluindo por legados.
E como opinar, não me pareça que seja matéria proibida, aqui vai a modesta opinião de um humilde curioso.
Ora quando se fala em dívidas a ideia que ressalta é a da existência prévia de uma relação contratual, qualquer que ela seja.
Assim, para a extinção da relação contratual, que no caso em apreço, se daria com o cumprimento da obrigação, ou seja, com o pagamento das quantias em dívida, necessário se torna que o credor, isto é, quem tem direito de exigir o cumprimento, saiba a que “negócio” se refere o dito pagamento, e de quem provêm o dito pagamento, isto pela simples razão de poder dar baixa no seu “livro”, da dívida ou das dívidas respectivas.
Ora isto não me parece muito compatível com a ideia de se manter sigilo quanto a quem pagou e sem que se saiba o que se paga.
Por outro lado, um testamento, é o instrumento adequado para alguém dispor, após a sua morte, dos seus bens, e não o meio natural de liquidar dívidas. Não que isso não seja possível, mas quando assim é, não se vai omitir a pessoa do devedor, nem deixar de indicar a que se refere o pagamento, isto pela simples razão, de que, deste modo, a dívida não se extingue.
Aqui fica esta pequena nota, para mais um exercício de meditação.
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Validade das Cortes de Lamego - Esclarecimento
Caros Confrades,
Na sequência de algumas mensagens em que se inculca que teria havido uma subscrição minha de uma ideia anterior de outra pessoa, para a devida memória, aqui fica o registo cronológico das ditas mensagens.
O tópico “Casa de Bragança” onde o Sr. Monteiro da Silva manifestou a sua opinião foi iniciado em, 17-04-2005, 16:45
Ora quase um ano antes,
no tópico “Leis da sucessão da Corôa, da Nobreza e da Justiça”, de: 09-06-2004, 12:22
Em mensagem de, 11-06-2004, 22:09
Dizia eu:
« Não obstante a grosseira falsificação, forjada possivelmente no cartório do Mosteiro de Alcobaça, em princípios do século XVII,
o certo é que
o documento parece ter adquirido validade jurídica
como se infere da “ Prefação “, da autoria do Doutor Luís Joaquim Correia da Silva, lente substituto da Faculdade de Leis, às Ordenações Afonsinas, Livro I, edição da Universidade de Coimbra de 1792, onde se diz:
« Nas Cortes de Lamego, celebradas no anno de 1143, alem das leis sobre a successão da Coroa, e sobre os modos de ganhar e perder a nobreza, achamos algumas sobre a Justiça, mas poucas, e todas criminais.
(...)
Eis AQUI pois a Legislação, por que se governarão nossos Maiores por mais de um século... »
Palavras de um douto Professor...!
Uma falsificação, efectuada com fins patrióticos de exclusão de estrangeiros do trono de Portugal e da absoluta soberania do estado português, face a outros poderes temporais, que teria perdurado de 1632 até à Constituição de 1822, onde no capitulo IV se veio a regular a sucessão à Coroa. »
Conferir:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=67272#lista
Acrescentava,
em mensagem do mesmo tópico de 17-05-2005, 10:57
« Neste contexto, independentemente, da boa fé com que pudessem ter sido invocadas em diversas épocas, - e esta boa fé reservo-a apenas para pessoas que viviam fora do mundo da História, porque aqueles que por esta se interessavam, tinham manifesta obrigação de saber o que Fr. António Brandão dizia na Monarquia Lusitana, Parte Terceira, Livro X, Capitulo XIIII , ou seja :
« Nem isto faz contra o que dissemos de não aver leis gerais ate o tempo del rey Dom Afonso Segundo;
porque COMO ESTE PAPEL NÃO HÉ AUTENTICO, tratamos só do que nos constava pellas escrituras. » -
eram falsas. »
Conferir:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=91120#lista
Das supra referidas mensagens, verifica-se:
1- Cerca de um ano antes do Sr. Monteiro da Silva se ter pronunciado, já existia uma mensagem minha, em que admitia a possibilidade da ideia da “validade jurídica” das Cortes de Lamego, em pessoas de boa fé;
2- Que quando o Sr. Monteiro da Silva se pronunciou, manifestei a minha opinião em que admitia não só a boa fé das pessoas que consideravam válidas as ditas Leis, mas também admitia que haveria pessoas que conheceriam, ou tinham obrigação de conhecer o que Frei António Brandão dizia, ou seja, que eram falsas. O que eu obviamente também, considerava.
3- Porventura a redacção dada noutro tópico atinente à “Legitimidade da Casa Real Portuguesa” não terá sido a mais feliz, o que deveras lamento, mas do cruzamento das mensagens supra referidas ressalta à evidência qual a situação cronológica das ideias e qual minha posição.
Conferir:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=126483#lista
4- Nesta última mensagem, foi abordada a questão da legitimidade “de facto” e “de iure”, e emerge com transparência a minha opinião, ou seja, que o Senhor D. Pedro tinha uma legitimidade “ de iure” e que o Senhor D. Miguel tinha uma legitimidade “ de facto” exactamente o inverso do que o Sr. Monteiro da Silva defendia.
Espero ter clarificado o assunto!
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Interpretações - Traição
Meu caro confrade Coelho,
Aqui lhe deixo um “link”, que poderá ter algum interesse para o seu propósito:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=136700
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Interpretações - Dívidas
Meu caro Eduardo Albuquerque,
também não vejo qualquer indicação de que sejam dívidas. O texto apenas diz: "den de mis bienes". Ora isto, dito assim num testamento ou codicilho, só pode significar um legado.
Um abraço,
Coelho
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RE: Validade das Cortes de Lamego - Esclarecimento
Caro Confrade Eduardo Albuquerque
O assunto sempre foi claríssimo para gente de boa-fé.
No que respeita ás Cortes de Lamego e á questão da sua falsidade, alegada pelo caro confrade, tenho bem presente a consulta que fiz, na altura, á História de Portugal de Alexandre Herculano, e permito-me, faltando-me no escritório a mesma, transcrever texto que, inequívocamente, a explicita
"A obra monumental, posto que ainda incompleta do finado escritor, a sua História de Portugal, é possível que houvesse já sido lida, mas, conquanto escrita há muitos anos, não foi por enquanto estudada.
Em todo o longo trabalho de investigação, de crítica, dc análise, de dedução, que constitui a matéria desses quatro volumes, o público português não viu senão dois factos extremamente subalternos na obra do filósofo e na obra do artista: – a negação do milagre de Ourique e das cortes de Lamego.
O historiador da nossa nacionalidade não foi olhado senão debaixo de um aspecto – o aspecto das nossas superstições.
As origens do direito, da arte, da propriedade, da religião, da família, da pátria interessam-nos de um modo tão medíocre que nunca nos sugeriram uma ideia clara sobre qualquer desses fenómenos.
De tão múltiplos problemas suscitados ou resolvidos pelo historiador da nossa vida civil apenas um nos comoveu até às mais íntimas profundidades do nosso organismo social: Se Jesus Cristo tinha ou não tinha vindo cavaquear com D. Afonso Henriques na véspera de uma batalha, e se a derrota dos mouros fora ou não o resultado de uma operação estratégica combinada de comum acordo entre os dois poderosos inimigos do Califado de Córdova, o filho do conde D. Henrique e o filho de Deus.
Todas as demais questões debatidas nos quatro volumes da História de Portugal passaram inteiramente despercebidas ao jornalismo português, o qual não teve ainda, até hoje, ocasião de publicar um artigo cientificamente fundamentado acerca do papel do nosso primeiro historiador na direcção dos estudos históricos e na compreensão das leis fundamen tais da nossa evolução social.
A homenagem que a imprensa deve prestar a Alexandre Herculano é a publicação desse estudo, porque o primeiro dever dos jornalistas perante um grande escritor é mostrar que o leram. Com relação a Herculano essa dívida está por saldar, e a imprensa tem que desempenhar-se dela com tanta mais prontidão, quanto é certo que o seu longo silêncio podia ter sido uma das causas que levaram o iniciador dos trabalhos históricos portugueses a talhar para si mesmo a triste mortalha em que desceu envolto para o túmulo – a mortalha do desprezo. Não conseguiu merecer-lhe mais o espírito dos contemporâneos. "
Igualmente, no tocante á hipótese de haver pessoas de boa-fé que as tivessem "por boas", o que se não poderia aplicar a mentes mais esclarecidas como a de Frei António Brandão, é questão transparente e textualmente exposta em mensagem de sua autoria.
O tópico " Legitimidade da Casa Real Portuguesa", considerando que sempre li as suas participações com a atenção que as mesmas mereciam, isto é: a maior atenção, também nenhuma dúvida me suscita a inteira coerência atinente ás mesmas.
Entrando ( salvo seja) na questão da legitimidade do Senhor D. PedroIV em contraposição á situação de facto criada por seu irmão, encontro-me em situação de total similaridade: aplicação inequívoca da legislação vigente e brilhante interpretação pelo caro confrade da mesma legislação tanto no respeitante ao Direito Nacional como ao Internacional Público.
Assim, e uma vez mais, avanço fulgurantemente para me integrar na sua "corte" (fulgurantemente porque hoje tenho um "evento" e estou quase de gala) e tanta resplendência leva-me a questionar e corrigir o único ponto em que, do meu Ilustre Confrade discordo por completo: as questões atinentes á nossa idade! Essa imagem de velhice caduca, zarolha e gotosa rejeito-a in limine! Passemos pelo ginásio, make-up, blush, se necessário lentes de contacto e verdes de preferência, a roupita "da comunhão" e aí avança galhardamente a brigada sem reumático nenhum subindo as Escadas Monumentais de dois em dois degraus e olhando displicentemente a juventude que ainda nem ao Mandarim chegou!
Com os meus melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Agradecimento
Cara Confrade Maria Benedita,
Foi com muito gosto que segui o seu belíssimo “sonho” em que, com a “roupita da comunhão” e lentes de contacto verdes, subia as Escadas Monumentais, da nossa muito saudosa “Lusa Atenas”.
Lá e cá, também, “queimei as minhas pestanas”, pois, como dizia o poeta, “só passa quem souber”... e aí me habituei ao rigor das coisas, dentro do que me era possível.
Estas pequenas notas, que como curioso, aqui tenho depositado, talvez sejam um pouco o reflexo desses “maus hábitos”, e, relevo, não são contra ninguém, mas a favor da “verdade”, ou melhor, da minha “verdade”...
Por isso, a pesquisa persistente das fontes, dos documentos, neste passatempo ocasional que passou a ser a Genealogia e a História do Direito Português.
O testemunho deixado sobre Alexandre Herculano, é mais uma rica achega a somar às muitas que a minha Ilustre Confrade, aqui, também, tem depositado e que muito agradeço.
Quanto à nossa idade, de facto, tenho de concordar consigo, pois o que importa é a “idade de espírito”, e é por isso, que, em competição com o meu filho engenheiro, já “construi” dois computadores... e o vou informando das últimas novidades de equipamento para vídeo.
Agora, no que toca ao ginásio, esse faz-me muita falta, pois desde que deixei as Forças Armadas, já lhe perdi a conta dos anos, nunca mais me exercitei , e por isso, qualquer dia, seguindo a sua amável sugestão, lá estarei para o que der e vier.
Agradecendo a sua muito estimada mensagem, os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Interpretações - Dívidas
Meus Caríssimos Confrades,
Já agora, a propósito de legados, se me permitem. Existem vários tipos, no nosso ordenamento jurídico civil: legado; legado de crédito; legado de usufruto; legado em substituição da legítima; legado pio; legado remuneratório. Se for caso disso, posso dar o meu modesto contributo para a explicação de cada um deles.
Um abraço
Artur João
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RE: Mercadores Nobilitados
Meu caro António Bivar,
Com a devida vénia, de Elisa M.ª Ferreira Priegue, “Galicia Histórica”, páginas 305 e seguintes, aqui fica mais este testemunho:
« 1) Los Hombres de la Villa: Caballeros y Burgueses
a) Los mercaderes.
(...)
La ctividad mercantil de estos nobles urbanizados está bien documentada en la carta que en 1421 envió Juan II
« a Rui Sanchez de Moscoso e a todos los otros cavalleros e escuderos que viven e moran e
COMERÇIAN
en ese arçobispado.(4)»
con orden de oponerse a las exacciones ilegales del arzobispo D. Lope de Mendoza.
La actidud ambigua, dectetada por varios autores, en situaciones de conflictividad social (5), el hecho de que casi nunca falte uno de estos hombres como líderes de las revueltas urbanas contra los grandes señores (6), se puede explicar en gran medida por esta opción económica, que los situaba en posiciones incómodas, cuando no en dilemas dramáticos.
La nobleza urbana estaba cogida entre dos fuegos, en un conflicto entre sus intereses materiales, amenazados como los de unos pecheros más por la rapacidad de los nobles más poderosos (y especialmente vulnerables en este sentido eran sus actividades mercantiles ) y la fidelidad a la mentalidad y valores de todo el estamento nobiliario, cuyos intereses opuestos también seguia compartiendo en parte.
(...)
____________
(4) AM Santiago, LCS, f. 92.
(5) Rodrigues Gald0, M. X., Crisis del feudalismo en Galicia, « Galicia: Rasgos originales y perpectivas de conjunto», Vigo, 1981, pp. 43-53; Rodrigues Gonzalez,A. Presupuestos económicos de las guerras irmandiñas, Ibid., y artículo Irmandiños en Geg Beceiro Pita, Isabel, La rebelión irmandiña, Madrid, 1977.»
(6) Portela. Op. Cit. ( Portela, Ermelindo, « Sistema Feudal y proceso de urbabización...», p. 91. ) »
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: Mercadores Nobilitados
Meu caro Eduardo Albuquerque:
Muito obrigado por mais esta interessantísima informação.
Um abraço,
António Bivar
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RE: Mercadores Nobilitados
Caro Confrade,
Será que não lªe o que escreve?
"La ctividad mercantil de estos nobles urbanizados está bien documentada..."
É mais uma razão para duvidar que Colon foi um burguês Colombo porque não está nada documentado.
Apareceu do céu em Castela 1484 com o nome Colon e não tem nenhum passado documentado em Portugal: nem casamento, nem viagens, nem audiencias, nem prédios, nem contratos de comércio, nem barcos, nem casa, nem dotes, nem cartas, nem protestos notariais.... NADA.
NÂO ESTÀ DOCUMENTADO COMO BURGUÊS OU COMERCIANTE EM PORUGAL PORQUE ESSE NÂO ERA O SEU NOME ANTES DE 1484...
Cpts,
MR
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A nobilitação de náuticos – Amélia Polónia
Caríssimo confrade Coelho,
No quadro desta interessante temática, caberá uma breve referência a um trabalho de Amélia Polónia, que saiu com a epígrafe:
“Os náuticos de Vila do Conde no século XVI”,
trabalho este que está disponível na Net.
Com a devida vénia, dele transcrevo da página 9 e 10:
« (...) As próprias vias de nobilitação de alguns destes indivíduos reflectem a afirmação de diversos meios de promoção e ascensão social, de fundamental importância na discussão que aqui nos traz. Refiro-me ao reconhecimento do saber e dos desempenhos náuticos, para além dos militares, como critério de favorecimento social, justificativo, não só da atribuição de cargos, tenças e mercês, mas da própria atribuição do título de cavaleiro fidalgo ou de cavaleiro de ordens militares (7). Adquire-se título de nobreza pelos serviços náuticos prestados, pelo número considerável de viagens à Índia, pela participação honrosa em armadas de defesa, da costa, dos circuitos ultramarinos, ou, nas décadas do século XVII, do Brasil, do mesmo modo que pela redacção de roteiros de navegação, como ocorre com Gaspar Manuel, piloto da carreira da Índia, natural de Vila do Conde. O tipo de serviços geracionalmente prestados por aqueles que, nos Livros das Portarias do reino, solicitam a atribuição de títulos de nobilitação, provam-no cabalmente. (...) »
Um grande abraço,
Eduardo Albuquerque
_______________
(7) Ver:
Fernanda Olival, As Ordens Militares e o Estado Moderno. Honra, Mercê e Venalidade em Portugal ( 1641-1768), Lisboa, Estar Ed.
Fernanda Olival, Juristas e mercadores à conquista das honras: quatro processos de nobilitação quinhentista. “ Revista de História Económica e Social, 2.ª série, n.º 2. Separata.
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RE: A nobilitação de náuticos – Amélia Polónia
Meu Caro Eduardo,
Em boa hora veio o confrade aduzir mais dados a uma informação constante da mensagem colocada por mim neste tópico em (03-12-2006, 17:49) e dirigida ao confrade Sérgio Sodré.
Quem irá negar esta realidade? Ninguém, por certo!!
Um abraço,
Artur João
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RE: A nobilitação de náuticos – Amélia Polónia
Caríssimo Eduardo Albuquerque e Artur Camisão Soares,
muito sugestivas considerações de Amélia Polónia que aqui nos apontam.
Abraços,
Coelho
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RE: A nobilitação de náuticos – Amélia Polónia
Meu Caro Artur,
Obviamente que lhe devo um pedido de desculpas pela omissão verificada, de que me penitencio!
Enfim, os anos já me vão pesando, e, nem sempre há tempo para ler, ou reler, tudo de novo.
O meu sincero pedido de desculpas!
Um grande abraço,
Eduardo
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RE: A nobilitação de náuticos – Amélia Polónia
Caríssimo Eduardo,
Desculpas aceites, como é óbvio. Fez bem, de qualquer das formas, em transcrever o excerto.
Um grande abraço,
Artur
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RE: A nobilitação de náuticos – Amélia Polónia
Meu Caro Coelho,
De facto, assim é. Outras se seguirão!
Um abraço,
Artur João
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RE: A nobilitação de náuticos – Amélia Polónia
Caro Confrade Artur,
Temos só um pequeno problema.
É que a Amélia Polónia viu provas de nobiliatação daquelas pessoas que ela escreveu no século XVI.
Por favor mostre-nos PROVAS de nobilitação de um Colombo Genovês em Portugal.
Uma só pequena prova que o Colombo, aliás Colomo, aliás Colon foi nobilitado basta para me fazer calar.
Cpts,
Manuel Rosa
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nem Colombo, Colomo, Colon RE: Mercador Nobilitado
Cara Maria Benedita,
A diferença entre estes homens e o ALmirante Colon é que eles deixaram rastos em Portugal mesmo havendo uma evolução do nome Pezzagno > Pessanha.
O que é muito preciso para fazer a teoria de que o Colombo "MERCADOR" foi nobilitado em Portugal é aquilo que a Maria Benedita gosta muito de ver "A PROVA"
Não há prova de Colombo, Colomo, Colom ou Colon em Portugal porque esse nunca existiu em Portugal.
O Almirante só assumiu esse nome quando fugiu de Portugal com os outros nobres traidores de D. João II e por isso nem Colombo, Colomo, Colom ou Colon eram o seu verdadeiro nome antes de 1484.
Cpts,
manuel Rosa
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nem Colombo, Colomo, Colon RE: Mercador Nobilitado
Kolon
Pare e pense! Colombo nunca foi nobilitado em Portugal! Nunca foi mercador, que se saiba, e não é nada disso que está a ser dito!
Desculpe lá mas leia este tópico desde o princípio!
Cpts
Maria Benedita
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nem Colombo, Colomo, Colon RE: Mercador Nobilitado
Cara Maria Benedita,
Eu sei que não é isso que está a ser dito mas é isso que está a ser insinuado.
Cpts,
MR
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RE: A nobilitação de náuticos – Amélia Polónia
Caro Manuel Rosa,
Anda desatento, e muito.
Citando-o:
« Por favor mostre-nos PROVAS de nobilitação de um Colombo Genovês em Portugal.
Uma só pequena prova que o Colombo, aliás Colomo, aliás Colon foi nobilitado basta para me fazer calar. »
1) EU nunca disse que um "Colombo Genovês" tinho sido nobilitado em Portugal!!
2) CC foi nobilitado em Espanha, isso sabemos; desconhecemos, para já, a origem das armas que ele anteriormente tinha.
Renovados cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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Puras Invenções. RE: A nobilitação de náuticos
Caro Artur Camisão Soares,
Desculpa por andar pouco atento, aredite que não é de dormir muito :)
É muito aceite que C. Colon foi "nobilitado" em Espanha mas isso não fáz sentido.
Uma C. Colon tinha umas armas as quais os Reis Católicos confirmaram no seu Real Privilégio de 1493 e outra C. COlon era casado com uma nobre Membro de Santiago em Portugal por autorização do Mestre de Santiago.
Por estas duas razões podemos presumir que C. Colon era já nobre antes de entrar em Castela.
Além disto C. COlon foi feito Cavaleiro de Esporas Douradas em 1493 o que talvez não poderia acontecer se elenão fosse já um cavaleiro antes de 1493.
Concordo consigo não sabemos a origen das armas nem sabemos quel ele foi antes de 1484.
Temos que responder ás seguintes 3 perguntas:
1- Como aceitaram os Reis Católicos as suas armas se elas não existiam?
Se existiam de onde vieram de familia ou ganhadas? Se de familia qual familia é essa? Se ganhas quem lhes deu Portugal? Itália? França? etc.
2- Será que nalgum tempo em Portugal não nobres casavam com mebros de Santiago?
3- Será que uma pessoa que nunca tinha sido cavaleiro poderia ser feito Cavaleiro de Esporas Douradas ou seria necessário ser-se já cavaleiro para depois ser feito Cavaleiro de Esporas Douradas?
Tudo isto precisa masi investigação mas pelo menos temos hoje provas qque as armas originais de C. Colon não eram um campo de ouro com uma banda azul e um chefe de vermelho ou umas "simples arams de grémios" como o Eliot Morison inventou em 1942 e eu alertei no meu livro que nunca poderia ser verdade e agora a verdade está á vista que não era mesmo aquilo que o Morison tinha inventado.
Com invenções foram feitas a maior parte das histórias de C. Colon desde os Gallos, aos Giustinianis, Tavianis, Morisons, Pinsa, Resendes, etc. Puras Invenções.
Cpts,
Manuel Rosa
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RE: A nobilitação de náuticos – Amélia Polónia
Caríssimo Artur,
Neste contexto, aqui ficam mais estas notas tiradas do trabalho de Amélia Polónia, “Os náuticos de Vila do Conde no século XVI”:
Sumário do estudo:
« (...)
1. Pressupostos teóricos e quadro conceptual
2. Identificação da população em estudo
3. Estatuto social
3.1 Estatuto legal e critérios de consideração e mobilidade social
3.2 Exercício de poder – as elites municipais
3.3 Importância social do grupo na comunidade
4. Dinâmicas sócio-profissionais
4.1 Identidade profissional
4.1.1. Organização profissional
4.1.2. Endogamia e exogenia profissional – a constituição de redes familiares com base em critérios profissionais
4.2 Dinâmicas decorrentes do exercício profissional
4.2.1. Sistema demográfico
4.2.2. Estruturas e desempenhos familiares
5. Situação Material
5.1. Níveis de riqueza
5.2 Estratégias de investimento
5.3 Cultura material
6. Representações culturais
6.1 Formas de representação social: literacia e a assinatura autógrafa
6.2 Formas de representação social: a pertença a irmandades e confrarias
6.3 Representações arquitectónicas e artisticas
7. Balanço final provisório
(...)»
O corpus documental, referido:
« (...)
- Legislação dimanada do poder central
- Cartas de privilégio atribuídas ao grupo
- Atribuição de privilégios individuais, incluindo formas de nobilitação
- Actas de Vereação
- Róis de impostos sobre o consumo
- Róis de impostos sobre s propriedade
- Registos paroquiais
- Registos notariais
- Livros de registo de irmãos e processos de instituição de capelas na Misericórdia de Vila do Conde
- Inventário de bens e testamentos
- Tombo de propriedades, nomeadamente do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde
- Livros de receita da alfândega régia e do Mosteiro de Santa Clara
- Processos judiciais e processos de averiguação existentes no fundo documental do Mosteiro de Santa Clara de V. do Conde
- Processos, denúncias e visitações inquisitoriais
- Documentos do Conselho Ultramarino
- Registos de exames de mestres e pilotos
(...)»
Um abraço,
Eduardo Albuquerque
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