Curiosidades - Apelidos
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Curiosidades - Apelidos
Caros amigos,
Uma duvida.
Tenho um antepassado com três apelidos. Dois desses apelidos nem o pai nem a mãe têm, inclusive nem os avós ou bisavós.
1ª Questão: Porque será que alguém dá ao filho nomes que não tem? Nem sequer as duas gerações anteriores?
2ª Questão: Será pratica normal tendo em conta a época (séc. XIX) ou mesmo a região (Minho - distrito Viana do Castelo)?
3ª Questão: Será que existiam na família antepassados com esses apelidos ou poderá alguém dar apelidos ao filho inexistentes na família?
Muito Obrigado
Luís Nunes
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Curiosidades - Apelidos
Caro Luís,
Acredito que às vezes o apelido de um dos padrinhos era adotado. Também acredito que muitas pessoas adotavam ora o apelido da mãe ora o do pai. Talvez houvesse uma tradição apenas oral e outra escrita dos nomes. Tenho uma antepassada, Gertrudes Maria Tabaca, que só fui descobrir o porquê do Tabaca quando descobri que o bisavô dela era Manuel Fernandes Tabaco. Então de início, achei que Tabaca ´caiu do nada´ mas depois justificou-se. A avó paterna da Gertrudes era Maria Rodrigues, filha de Manuel Fernandes Tabaco. Talvez Maria Rodrigues também se denominasse nem que apenas oralmente, de Maria Tabaca. O pai da Gertrudes Maria era Domingos Dias Grencho mas talvez ele também se denominasse Domingos Tabaco. Então, para mim, através dos livros, Tabaco ´caiu do céu´ mas por tradição oral, talvez não tenha sido bem assim. Tudo teorias.
Cumprimentos
Lourval
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RE: Curiosidades - Apelidos
Caro Luis Nunes,
Achei a sua pergunta interessante e subscrevo a resposta do Sr. Lorval.
Tenho este tipo de situação também na família sendo que no meu caso tudo indica que um sobrinho adopta o apelido do tio (por casamento). Espantosamente, é esse ramo que hoje mais representantes tem do nosso apelido original e o nosso (obtido por via sanguínio) até mudou de forma.
Tenho também verificado que na minha região (Beira Litoral) os rapazes iam buscar os apelidos do pai e as raparigas os da mãe. Isto ainda estava a acontecer em cerca 1920!
Tenho verificado também situações em que rapazes expostos acabam por adoptar o apelido da família das mulher com quem casam.
Boa busca.
Melhores cumprimentos
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RE: Curiosidades - Apelidos
Olá Luis Nunes
eu tambem tenho algumas situações dessas nos meus antepassados.
O Bis-Avo da minha Avó materno veio casar num outro Conselho. No Assento de Casamento (1808) tem dois Apelidos "Manoel Caetano de Castro" filho de "João Caetano" e neto de "Caetano Joze"- mas nos assentos de Nascimentos dos cinco filhos (1809-1818) ja só consta "Manoel Caetano" mas os filhos e netos tinham todos "Caetano de Castro" Até hoje ainda não sei de onde veio o "Castro". Só sei que ficou. O meu Bis-Avó pai da minha Avó teve 9 Filhos os rapazes tinham "Caetano de Castro" as raparigas "Marques de Castro" pela parte da mãe deles. O meu pai por exemplo eram 9 Filhos. O meu Avó paterno chamava-se "Soares Martins" dois tios meus tambem se chamam assim. Outros dois chamam-se "Coutinho Martins", um tio Chama-se "Soares Coutinho", as minhas 3 tias chamam-se "Martins", "Tavares" e "Tavares Coutinho" e o meu pai "Coutinho Soares" e eu tenho "Martins Soares" - Martins da minha Mãe.
Curioso uma salada de nomes differentes.
Eu Martins Soares neto de Soares Martins. É assim que os nomes talvez trocam?
Cumprimentos Pedro Soares (Pedro Jorge Martins Soares)
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RE: Curiosidades - Apelidos
Caros amigos,
Dos 2 apelidos que vos falei desconhecer a origem na minha família, um deles já descobri um antepassado que é portador do mesmo e julgo que mais uma ou duas gerações vou descobrir a origem do outro apelido.
Mas a questão (ainda assim) mantém-se. Porque dará um pai ou uma mãe apelidos ao filho que não possuem, nem tão pouco as gerações mais próximas (avós ou bisavós), tendo de andar 3 e 4 gerações para trás para encontrá-lo? Será algum tipo de gosto/vaidade motivado por uma hipotética história ou "força" do apelido?
Cumprimentos,
Luís Nunes
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Curiosidades - Apelidos
Caro Luís,
Como havia dito em minha primeira mensagem, as pessoas não tinham um nome fixo, como é o usual hoje. Eles alternavam os apelidos ora do pai ora da mãe, às vezes usavam os dois. Também penso na possibilidade de um nome ´oral´ que nem sempre era igual ao que a pessoa ´assinava´. Conforme ainda minha primeira mensagem, minha antepassada Maria Rodrigues (sua assinatura) poderia ser conhecida ou referenciada oralmente como Maria Tabaca.
Cumprimentos
Lourval
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RE: Curiosidades - Apelidos
Caros amigos,
Até que datas normalmente se consegue ir recorrendo aos Arquivos Distritais?
E depois dos Arquivos, o que fazer?
Cumprimentos,
Luís
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Caro Luís,
Estas datas a que se refere variam de freguesia para freguesia. Os livros de Guilheiro mal chegam a 1800. Muitos vão até cerca de 1650 e alguns até cerca de 1560. Temos de ter em mente também que nos arquivos não há somente batismos, casamentos e óbitos mas também há as habilitações de gênere, emissões de passaporte, recrutamento militar e outras fontes. Se há outras fontes que não estejam nos arquivos distritais, estes no final acabam por incorporá-las, mais cedo ou mais tarde. Mas há o Arquivo da Diocese de Lamego, por exemplo, que é independente dos arquivos distritais. E não deve ser caso isolado. Não sou a melhor pessoa para falar sobre isso. Também há os arquivos particulares como o arquivo da Casa de Vicente, em Braga. Também há os arquivos militares, os arquivos ligados a antigos hospitais. Se começarmos a pensar há ainda muita coisa para além dos arquivos distritais.
Cumprimentos
Lourval
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RE: Curiosidades - Apelidos
Caro Lourval,
Até ao momento tenho recorrido apenas aos registos de baptismo e de casamento. Normalmente até recorro em primeira linha aos de baptismo e só quando estes não existem ou não me dão as melhores informações é que procuro os de casamento. Acha que devo sempre procurar os dois em simultâneo, mesmo quando as informações (nomes de pais e avós) são claras e precisas?
Os de óbito, até hoje ainda não solicitei nenhum aos arquivos distritais, acha que são boas fontes ou de valor diminuto quando comparados como os outros?
Cumprimentos,
Luís Nunes
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Curiosidades - Apelidos
Luís,
Eu gosto sempre de ter os três: batismo, casamento e óbito. Eles se completam e cada um nos dão pistas de que está tudo caminhando no sentido certo. Vou dar um exemplo. Na Lardosa tenho um antepassado João Martins que acabou por se casar em Póvoa de Rio de Moinhos cerca de 1750. Anotei 5 filhos dele e constatei ora uma avó paterna ora outra, ora Maria Gil ora Maria Dias. De início achei ser dois nomes para uma só pessoa. Nos livros da Lardosa achei o óbito de Maria Dias e percebi que havia algo errado. Depois descobri que o pai de João Martins, Bartolomeu João, havia casado em primeiro matrimônio com Maria Dias que faleceu dois ou três anos após. Bartolomeu João casou-se imediatamente com Maria Gil. Para o meu antepassado João Martins, a mãe dele era Maria Gil, que o criou mas ele sabia que a mãe dele natural era Maria Dias. Daí a confusão nos batismos dos filhos dele que ora consta Maria Dias ora Maria Gil. Tudo isso para dizer que o registo de óbito me ajudou a desvendar o erro. Mas os registos de óbito são os mais difíceis de se localizar e por isso mais caros se os pedir aos arquivos distritais.
Cumprimentos
Lourval
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RE: Curiosidades - Apelidos
Gente, li em "seleções" o caso de José Sarney: conta-se que quano alguém foi registrá-lo, o oficial do registro anotou este nome como sendo o filho de um inglês, Sr. Ney, que na pronúncia inglesa, (Sir Ney), dava Sarney. E assim surgiu um novo aplelido. Se é verdade? Não sei.
Armenio Fontoura.
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