Brazão Miranda
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Brazão Miranda
tenho um brazão em que o lado esquerdo estão as armas dos mirandas e do direito é esquartelado tendo:
no 1º quartel uma cara
no 2º três flores de lis
no 3º três flores de lis
e no 4º uma flor comprida que não sei o que será...
A origem é transmontana.
Se alguém me poder ajudar a perceber o significado agradeço.
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RE: Brazão Miranda
Lamento imenso, troquei as voltas... Afinal é:
1º e 4º quartel 3 flores de lis
2º uma especie de espiga
3º uma cara.
Já procurei e não consigo encontrar estas caracteristicas em outros brazões que me possam elucidar...
Desde já muito obrigada pela atenção.
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RE: Brazão Miranda
Estimado Comfrade:
Qual a disposiçâo das tres flores de lis e em que cor e qual a cor de fundo?
Cumprimentos
Fernando de Telde
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RE: Brazão Miranda
Existem várias hipóteses para qualquer um deles.
Seria melhor uma imagem (a cores) ou uma descrição mais detalhada.
Por exemplo, quais as cores? Como se dispõem as flores de lis? É uma espiga ou uma palma? A cara tem traços árabes?
Se tiver uma imagem em formato digital envie-a para ruipontoccorreiaarrobapontoclixpontopt.
Vou ver se o posso ajudar.
Cumps,
Rui Correia
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RE: Brazão Miranda
A disposição é em piramide, duas em baixo e uma em cima. A cor não lhe consigo dizer, pois não o tennho a cores.
Obrigada pelo interesse.
Cumprimentos, Maria
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RE: Brazão Miranda e ...
Caro Confrade
Arriscando-me no terreno escorregadio da heráldica, que deixo geralmente para os meus ilustres pares da Secção de Genealogia e Heráldica da SGL, quase me atrevo a dizer que esse escudo é partido de Miranda (uma vez que assim identificou a primeira partição) e de Geraldes, por me parecer ser o esquartelado que mais se identifica com a sua descrição, apesar de não indicar as cores respectivas.
Se forem efectivamente as desta família, o primeiro e quarto quartéis são de azul com as três flores-de-lis de ouro; o segundo quartel de prata, com um pé de trigo espigado de verde e o terceiro quartel, de prata, com uma cabeça humana de sua cor, de cabelos ruivos. Curiosamente, estes Geraldes ou Giraldes não apresentam qualquer timbre nas suas armas, razão pela qual gostaria de saber se o escudo a que se refere apresenta algum. Nesse caso seriam as dos Miranda, com as cinco plumas de ouro tradicionais, carrega a do meio de uma flor-de-lis verde.
Já agora, como nota final, retirei a informação do "Armorial Lusitano".
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Brazão Miranda e ...
As cores não lhe consigo dizer pois não as tenho...
Desculpe a ignorância... Mas o timbre é o que está em cima? Se sim, é um elmo tendo em cima uma cruz deitada (um x) com 4 flores de lis, uma em cada ponta...
Já agora, consegue-me dizer mais sobre os Giraldes? É um nome que nunca tinha houvido falar na familia.
Muito obrigada pelo interesse e pela pesquisa
Cumprimentos, Maria.
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RE: Brazão Miranda e ...
Peço desculpa, mas no conteúdo anterior deveria ter antes dito ...
Cara Confreira
Pela razão de não ter atentado numa das suas intervenções, esclarecedoras de uma das iniciais MEB.
Aproveito para acrescentar que a representação das flores-de-lis deve ter sido erradamente desenhada nessas armas.
Será mais um dos muitos erros que, aqui e ali, aparecem nas representações armoriadas. Grave é que por vezes esses erros emanavam de onde menos deviam, isto é, dos próprios Rei de Armas Portugal ou dos seus oficiais da nobreza, como mais de uma vez sublinharam ilustres heraldistas - vejam-se Simas Alves de Azevedo, Manuel Artur Norton, Marcelo Corrêa de Azevedo ou o nosso amigo e confrade Segismundo Pinto.
A representação correcta será, assim, exactamente ao contrário. Com a base do triângulo imaginário desenhada pelas peças (flores-de-lis) para cima.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Brazão Miranda e ...
Cara Confreira
A minha intervenção anterior cruzou-se com a sua, que só posteriormente li.
Não tem que se desculpar de nada. Não sou heraldista e, mesmo que o fosse, cada um sabe do seu ofício e, no que me toca, eu tenho sido um mau aluno de alguns dos mais distintos e brilhantes heraldistas portugueses, designadamente do primeiro e do último, dos quatro que indiquei.
O Timbre (escrevo em maiúsculas porque o texto não admite o itálico) é, efectivamente, o nome que se dá a qualquer peça ou figura postas sobre o Virol do Elmo. É, a bem dizer, uma reminiscência da peça que ornamentava e identificava os elmos (os capacetes, que é o que em alemão sigifica helm) dos guerreiros medievais. Nada acontece por acaso. Os guerreiros apresentavam-se muitas vezes nos torneios, de elmo com a viseira fechada e embora tivessem outros elementos para os identificarem, designadamente as cores das armas (e as próprias armas) no escudo, que de arma defensiva passou a ser a principal representação heráldica do cavaleiro, porquem, pela sua importância,de cavaleiros se tratavam esses guerreiros medievais.
Já agora, para terminar e não querer ser mais fastidioso, como estaria já a dizer o meu filho, acrescento que o virol é um elemento componente da heráldica que se apresenta (como que uma peça de pano torcida) sobre o elmo e sob o timbre, tal qual como o usavam os cavaleiros medievais. Só que o virol autêntico era geralmente de couro, um pequeno rolo circular que servia, principalmente para amortecer as pancadas, os golpes, das armas do adversário, mas também como suporte de peças de adorno que se ligavam ao elmo.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Brazão Miranda e ...
Cara Confreira
Hoje já não lhe vou responder o que possa vir a conseguir encontrar sobre os Geraldes (que eu, no entanto, associo ao Alentejo).
É só para lhe dizer e confirmar que o timbre é, efectivamente, de Mirandas. Esse que indica é outra das variantes usadas por diversas personagens dessa (ou dessas) família(s).
Trata-se de uma aspa (o tal x deitado), também designada santor ou sautor, ou - aquela designação que eu prefiro - Cruz de Santo André, em homenagem e evocação do martírio da crucifixação daquele apóstolo, irmão de São Pedro.
Essa aspa aparece, por vezes, carregada das quatro flores-de-lis do escudo.
E por aqui me fico hoje.
José Filipe Menéndez
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RE: Brazão Miranda e ...
Caros confrades Maria e José
Confirmo de facto serem estas as armas dos Giraldes.
O timbre ao que sei era a espiga de trigo.
Cumprimentos,
Rui Correia
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RE: Brazão Miranda e Geraldes
Caro Rui Correia
Agradeço-lhe a confirmação.
E como deixei lá atrás, num dos meus conteúdos, a representação das flores-de-lis foi feita erradamente ao invés.
Cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Brazão Miranda e Geraldes
Cara Maria
Peço-lhe desculpa de não ter antes respondido à sua questão sobre os Giraldes.
As descrições que encontrei não me satisfazem, mas são as que de momento lhe posso dar.
Uma delas é tirada aqui do Genea e diz:
«Geraldes ou Giraldes correspondem a um apelido de origem patronímica e, como os demais patronímicos, tornou-se no apelido de diversas famílias, que em nada se encontram aparentadas umas com as outras.»
«A uns Giraldes foram atribuídas as armas de Giral Cabron, fidalgo medieval que por certo nada tinha que ver com outros Giraldes mais modernos. Outra família de Giraldes originou-se em dois irmãos de Florença, Lucca e Nicolau Giraldi, de geração nobre, que vieram para Portugal durante o reinado de D. Manuel I, e que tiveram uma grande casa de negócios no nosso país e na Índia, tendo chegado a servir de banqueiros daquele monarca. »
«Lucca Giraldi não casou mas conseguiu legitimar dois filhos naturais, que lhe continuaram o nome em Portugal continental e nas ilhas.»
No Armorial Lusitano vem aproximadamente a mesma coisa:
«GERALDES ou GIRALDES. É patronímico que se converteu em apelido, pronunciando-se e escrevendo-se de ambos os modos. Há diversas famílias assim designadas, por a origem do nome ser o nome próprio Geraldo.»
«Uma das famílias Geraldes portuguesa usa as seguintes armas: Esquartelado: o primeiro e o quarto, de azul, com três flores-de-lis de ouro; o segundo, de prata, com um pé de trigo espigado de verde; o terceiro, de prata, com uma cabeça humana de sua cor, de cabelos ruivos.»
Foi a descrição em que me baseei e anteriormente lhe dei. Enganei-me foi ao associar este apelido à região do Alentejo. Efectivamente estava a pensar numa determinada família Giraldes, mas que é da Cova da Beira, mais precisamente de Alpedrinha, Fundão - os Giraldes Castel Branco.
Mas atenção que, como apelido de origem patronímica, haverá várias famílias com o mesmo e sem qualquer outra relação de parentesco.
É o que sucede, igualmente com o apelido Miranda (não confundir com o mesmo nome próprio usado nos Estados Unidos e no Canadá) que por ser de origem toponímica deu origem a diferentes famílias, como um indicativo da naturalidade de uma determinada pessoa. Fulano ou Beltrano de Miranda, isto é da cidade de Miranda do Douro ou da vila de Miranda do Corvo, para não ir mais longe.
Não sei se este apelido lhe diz alguma coisa, dado que não o encontro no seu MEB, mas como o tem no tal brazão...
Já agora perguntava-lhe, se não me leva a mal, se o brazão está impresso, se é uma fotocópia ou ainda um original que nunca foi pintado. Ou estamos a falar de uma pedra de armas?
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Brazão Miranda e Geraldes
Caro confrade
Desde já muito obrigada pela quantidade de informação! Parece que ainda ontem não fazia ideia do que significava e hoje tenho já uma grande quantidade de informação adicional!
O brazão está numa salva. Há também em sinete, estando mesmo em lacre nalgumas cartas. Há uma casa de familia associada aos mirandas e ao brazão, mas não apresenta pedra de armas, há histórias de que terá sido utilizado nos alicerces... Não sei.
A minha mãe ainda usa o nome Miranda, mas eu já não. Veio maioritariamente pelo lado feminino. É o mal das mulheres!
Cumprimentos,
Maria Emília Cordeiro Ferreira Nunes Barata (como vê, não tem nada relacionado)
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RE: Brazão Miranda e ...
Caro confrade
Um pequeno à parte... Correia é um nome transmontano?
Sabe, há outro brazão em que aperecem as armas dos correias, neste caso associado aos pereiras e outro ainda com os pereiras e carmonas. Associado a podence (macedo de cavaleiros). Não sabe nada sobre o assunto? Já que é correia de nome... É porque ao pereira ainda chego, mas não consigo chegar aos outros.
Muito obrigada, lamento pela indescrição.
Cumprimentos, e novamente obrigada,
Maria
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RE: Brazão Miranda e ...
Cara Maria Emília
Já lhe enviei alguma informação por e-mail.
Mas veja tb http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=292067
Aqui está um dos possíveis donos das armas que viu (Correia-Pereira)
Rui
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RE: Brazão Miranda e ...
Cara Maria Emília
Ontem não tive qualquer oportunidade de me debruçar sobre o GENEA, melhor dizendo, sobre o computador, dado que cheguei tarde a casa e o meu filhote estava a utilizá-lo.
Agradeço-lhe as suas informações adicionais às questões por mim levantadas. Como tive, ainda agora, ocasião de dizer ao nosso confrade Rui Correia, um dos motivos que me levou a entrar no seu tópico foi o apelido Miranda, que sempre me leva a entrar e a participar em qualquer tópico a que esteja associado. Isto, claro, sem ter a veleidade de pensar que somos todos "primos". Com este mesmo propósito, de esclarecer que há distintas famílias Miranda sem qualquer ligação, devido ao facto de ser um apelido de origem patronímica, deixo o endereço do tópico em que o escrevi:
http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=132686
O meu interesse pelos Miranda deve-se ao facto de minha mulher ter esse apelido e a sua família ser uma das mais antigas (em termos de estudada, claro) das Beiras.
Quanto à sua última questão, muito mais habilitado que eu estará o Rui Correia, que já lhe respondeu e deu uma pista. A minha experiência com os Correia não passa de um ligeiro conhecimento, devido ao facto de ter tido um tio avô que era Correia Pinto da Silva, de uma família Correia da região de Peso da Régua.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Brazão Miranda e ...
Caros confrades
O meu miranda é o de Manuel Gonçalves de Miranda, enumerado aqui no genea.
Quanto ao perreira correa o mais longe que chego é ao Bernardo Pereira, que era avô de Joana Pereira de Sousa, que era casada com o Manuel Gonçalves de Miranda. Há uma pedra tumular em podence só com o brazão Pereira Correa mas sem nenhuma identificação, já fui procurar à torre do tombo nos registos paroquiais, mas são reduzidos e os restantes estão em bragança. Uma nota: estes brazões (pereira) têm uma brica M no canto superior esquerdo, lado dos pereiras, significado que é bastardo?
Cumprimentos, Maria.
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RE: Brazão Miranda e ...
Olá Maria
Quanto à sua última pergunta a resposta é que não deve ser isso, mas tão só uma diferenciação, que era para o que serviam geralmente essas peças - como diferenciação pessoal de armas de família, que posteriormente era assumida(erradamente) pela respectiva descendência.
Obrigado pela outra informação dos seus Miranda.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Brazão Miranda e ...
Caros confrades
Muito obrigada por toda a atenção prestada, tem sido um enorme prazer estas conversas e estes novos conhecimentos.
Começou nos mirandas e acabou nos correias... E ainda vamos chegar à conclusão que somos todos primos!
Só mais umas quantas perguntas... Curiosidade de principiante...
1. Qual era a condição para fazer um brazão? Ter os apelidos? Era uma honra dada pelo rei? O próprio é que escolhia o que pôr? Fui ver melhor e realmente a Perpétua Maria Giraldes casa com o Martinho Gonçalves de Miranda, mas é estranho que os pais da Giraldes não eram Giraldes, será que se assumiu como apelido?
2. O que pode então significar uma brica? Um "M"? Um nome? Um apelido?
3. Onde se pode pesquizar a formação dos brazões de armas? Está disponivel, por exemplo, na torre do tombo?
4. É verdade que por vezes se utilizavam as pedras de armas nos alicerces?
E de momento... Fico-me por aqui. Lamento se estou a ser muito aborrecida. Tenho que ir estudar que estou em época de exames.
Com os melhores cumprimentos, Maria.
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RE: Brazão Miranda e ...
Cara Maria
Começo pela sua última questão. Creio, quero crer, que não se utilizavam as pedras de armas nos alicerces. Mesmo nos velhos solares que um pouco por aí se foram degradando, ou desmantelando, havia o cuidado de se recuperarem as pedras de armas, mais não fosse para as recolocarem noutro sítio, às vezes um pouco ao abandono, mas não com esse fim de que fala. Mesmo em tempos mais remotos, quando uma família caí no desagrado real, o que se fazia era picar as pedras dos seus proprietários, como sucedeu no reinado de D. José com a maior parte das armas dos palácios dos Távoras e do José de Mascarenhas. Nos alicerces das grandes obras públicas, que eu saiba, o que se colocava eram moedas de prata ou ouro, geralmente estas últimas.
Quanto à penúltima questão, embora eu repita que não sou heraldista, penso que ao dizer formação se esteja a referir à atribuição de armas?
Quando se tratava de armas novas concedidas pelo soberano, penso que cabia aos oficiais do Cartório da Nobreza a respectiva ordenação. No caso de um requerimento de alguém ao uso de armas de família, uma vez confirmado o direito ao seu uso, com base em extensas resenhas genealógicas, nem sempre verídicas, nem sempre devidamente confirmadas, era passada uma Carta de Brasão ao requerente, com as armas de família(s) ordenadas de acordo com a ascendência. Hoje essa validação cabe ao Conselho de Nobreza, existindo para esse efeito várias comissões de verificação. Esta é a explicação mais ligeira que lhe posso dar. Convivo com alguns deles, da Associação dos Arqueólogos, do Instituto Português de Heráldica, mas nunca fixo os trâmites processuais.
espero que outro confrade mais habilitado, ou o nosso administrador, lhe possa responder.
Quanto à brica com o M, já antes lhe disse que penso ser uma simples diferença, sem que tal signifique "um ferrete de bastardia".
Por último a 1.ª questão, a da origem do brasão.
Sejam eles de natureza pessoal e logo familiar, religiosa, corporativa ou institucional, não esquecendo a heráldica municipal, a sua origem remota entra pela Alta Idade Média, em que a generalidade dos estudiosos vêm o seu nascimento, e remonta bem mais lá para trás. Os antigos clãs pré e proto históricos tinham os seus símbolos, como os totem dos índios. Claro que não se pode falar deles como heráldica, tal como ela depois se organizou a partir da 1.ª metade do século XII. Mas fazem parte da grande família da emblemática, dos símbolos e das insígnias que todas as civilizações, em dado momento, o homem adoptou.
Ups! Já passa da uma e eu amanhã tenho que ir cedo para Lisboa.
Se me permite, continuarei amanhã ou, o mais tardar, no sábado, dado que virei tarde da Torre do Tombo.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Brazão Miranda e ...
Sou eu ainda
Ressalvo o último parágrafo. Queria dizer "Mas fazem parte da grande família da emblemática, dos símbolos e das insígnias que - em - todas as civilizações, em dado momento, o homem adoptou.
JFM
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RE: Brazão Miranda e ...
Cara Maria
Só hoje consigo retomar e continuar a resposta à sua questão inicialmente levantada sobre a origem dos brasões de armas.
Como tentei deixar esclarecido, a Heráldica - a ciência auxiliar da História que, do objectivo inicial do estudo das regras de ordenação porque se regia a composição das armas, se alargou ao do seu uso, isto é, à da sua utilização por quem de direito, entrando pelos campos do Direito, designadamente do Direito nobliárquico, e logo da Genealogia, entre outras mais áreas do Conhecimento com que se cruza - insere-se no campo muito mais vasto da Emblemática.
Mas como se rege por determinadas regras, regras específicas que ao longo da sua história se desenvolveram e fundamentaram, cresceu e destacou-se, individualizando-se num campo à parte da Emblemática.
O seu nome deriva dos Heraldos ou arautos, os individuos que na Idade Média se ocupavam inicialmente de apregoarem os nomes e atributos de cada participante nas justas ou torneios que, um pouco por todas as cortes, se multiplicavam para demonstração e adestramento dos guerreiros, fossem eles cavaleiros ou escudeiros. Dado que a maior parte deles (os que participavam nas justas) eram nobreza castrense, militares, não no sentido com que hoje os conhecemos - do Estado, mas de um senhor, que podia ser o rei, ou um qualquer senhor feudal, com importância suficiente - "de pendão e caldeira" - para os ter, os nossos arautos, de simples "apresentadores" que eram «desde a segunda metade do século XII (...) e ainda no século XIII individuos de baixa extracção, modestos servidores dos organizadores dos torneios, nos quais desempenhavam funções essencialmwnte de pregoeiros» (1) evoluiram para funcionários da Corte, com atribuições cada vez mais especializadas, não só no ordenamento das armas, como também na verificação da nobreza e, logo, no do direito ao seu uso por cada um dos intervenientes não só nos torneios como também, depois, na própria Corte e do lugar a que por família e título nela lhes correspondia.
De todo este arrazoado pode pensar-se, erradamente, que só os nobres tinham direito ao uso de brasão. Mas não foi assim. O seu uso generalizou-se, desde bem cedo que por essa Europa dos séculos XIV em diante, designadamente na Alemanha, França e Suiça, tendo numerosas pessoas da ascendente burguesia ou, mesmo, camponeses usado dela, tão só que fosse na representação heráldica da sua última morada.
Entre nós não terá sido muito diferente o que se passou, com uma burguesia em perfeita ascensão pelos finais da Idade Média (são eles que apoiam o Mestre de Avis em Lisboa) e, logo depois com o desenvolvimento comercial nascido da Expansão. Talvez por isso mesmo, e para impedir o aparecimento de armas sem rei nem roque, os nossos reis legislaram no sentido de condicionar essa proliferação indiscriminada. É conhecida uma disposição de D. Afonso V, datada de 1476, proibindo o uso de metal nas armas (metal no sentido heráldico, isto é, o ouro e a prata) pelos plebeus. Mais tarde D. Manuel proibe mesmo o uso de armas que não tenham sido concedidas por si ou seus antecessores, o que também não significa a sua atribuição exclusiva à nobreza.
Aliás, isto conduziria à velha história do ovo e da galinha... e de qual deles terá primeiro surgido. O que quero dizer é que muita da gente, depois nobilitada, chegou a esse estado pelos seus feitos praticados nos mais diferentes campos de actividade, ainda que na Idade Média esses fossem quase exclusivamente os das armas, próprios da nobreza guerreira. Mas tanto em Portugal, como lá fora, e estou a pensar, além dos países já mencionados, na vizinha Espanha (ou antes, nos reinos que depois a vieram a constituir), em Inglaterra , Países Baixos e Escandinávia, esse uso generalizou-se devido ao alargamento da pequena nobreza e à noção imprecisa da sua fronteira - ... e que viviam à lei da nobreza - a badalada expressão que se encontra nas inúmeras justificações ou habilitações de genere que até hoje compulsámos.
(1) "UMA INTERPRETAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL DO LIVRO DO ARMEIRO-MOR", do Dr. Francisco de simas Alves de Azevedo, meu querido Amigo que ma ofereceu há quase 20 anos.
Quanto á escolha das armas é outra coisa, que me reservo para uma outra intervenção.
Melhores cumprimentos,
José Filipe Menéndez
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RE: Brazão Miranda
Cara Maria,
Apenas agora me apercebi da troca de e-mails sobre o assunto em referência.
As armas que refere, a dos Geraldes Miranda, são as dos Viscondes de Paradinha do Outeiro, tal como referidas na obra do Abade de Baçal (Tomo os Fidalgos). Segundo esse autor, a pedra de armas estará num solar em Paradinha do Outeiro, Distrito de Bragança, e muito perto de Vimioso.
Dado ser esse um dos meus apelidos, e a minha famíla ser originária de Vimioso, interessei-me por esse assunto podendo dizer-lhe que a referida pedra de armas não está na fachada principal do solar, podendo, no entanto, estar noutra fachada ou mesmo no seu interior o que não seria surprendente em Trás-os-Montes.
Dito isto, a questão que ainda tenho pendente é a da origem dos Geraldes de Trás-os-Montes que apenas consegui traçar até ao século XVII. Nessa altura, a evidência de que disponho assegura que já por lá estariam. E antes disso ?
Melhores cumprimentos
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RE: Brazão Miranda e ...
Cara Maria
Sendo Geraldes e Miranda só pode ser dos Viscondes da Paradinha de que publiquei já algo e que conheço armas similares em algumas peças de prata de parentes nossos.
Já agora qual a ligaçãoque terá com esses apelidos? Pode ser que possa dar uma ajuda!
Um abraço
Filipe Pinheiro de Campos
Bragança
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RE: Brazão Miranda e ...
Caro Filipe,
Notei que no seu e-mail para a Maria que se deve ter cruzado com o meu, refere que já publicou algo sobre os Viscondes de Paradinha do Outeiro. Será que me pode proporcinar a referência ? Como calculará estou particularmente interessado na ascendência Geraldes.
Muito obrigado
Pedro Geraldes
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RE: Brazão Miranda
Caros confrades. Permitam-me entrar neste contexto em que abordam o brasão dos Miranda para pedir ajuda e encontrar dados sobre José de Miranda casado com ...(nome ilegível no documento que disponho) Francisca Henriques, pais de Giomar Henriques que caspo com Francisco Ferreira da Cunha, da Vila de ...iche ( nome ilegível) Bispado de Évora. Não sei se é Ouriche (Ourique). Ps pais de Francisco são FRancisco Sanches e Francisca Alvares da Vila de Poiares, Bispado de Mioranda. Francisco ferreira da Cunha já havia se instalado na Capitania de Santos (Brasil) e veio numa tropa de militares destacados para a Capitania de Santa Catarina, na Vila de Nossa Senhora do Desterro, atualmente Florianópolis com o primeiro contingente militar destacado para esta Vila sob o comando do Capitão de Primeira Linha Antônio de Oliveira Bastos, natutral da Freguesia de São Salvador, na cidade de Lisboa. em 1737. Aqui casou-se com Guimar Henriques em 24 de setembro de 1769 (Livro de Casamentos (1767/1779) Fl.31 da Freguesia de Nossa senhora do Desterro). Agradeço contribuições e elucidações sobre este assunto.
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RE: Brazão Miranda e ...
Caro Pedro
Pode informar-m qual a sua linha de Geraldes? Pode ser que possa dar uma ajuda.
Com amizade
Filipe Pinheiro de Campos
Bragança
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RE: Brazão Miranda e ...
Caro Filipe,
Muito obrigado pelo seu feedback.
Tanto quanto me é dado saber, através de registos de nascimento, o meu ramo Geraldes (ou Giraldes) terá a sua origem em Prado Gatão, termo de Miranda, tendo vindo para Vimioso no século XVI. Aí, Manuel António Geraldes, nascido em 1 de Junho de 1805, casou com Dona Rita de Jesus de Morais Faria e Carvalho da casa da Rapadoura que, como sabe, tem as armas dos Morais Antas. Estes os meus Trisavós. Pelo lado Morais Carvalho, a história é relativamente clara dada a existência de um códice, cujas cópias, herdadas de meu Pai, foram também recentemente reproduzidas num livro do Borrego. Como sabe, o referido códice é frequentemente, referido na obra do Abade de Baçal. A Rapadoura ainda é propriedade da família Morais Carvalho Geraldes.
Ainda no respeitante ao meu ramo dos Geraldes um outro parente em Vimioso é Firmino Augusto Geraldes, que é referido pelo Abade como tendo sido seu colega no Liceu de Bragança, e que casou com uma Mendes Antas, cuja casa em Vimioso, está em frente da Igreja Matriz. Esta casa, erroneamente referida como casa dos Geraldes (as armas são Mendes Antas), é hoje propriedade dos seus descendentes, a família Trigo de Negreiros. Este Geraldes, falecido em 22 de Dezembro de 1943, foi várias vezes Administrador do Concelho, Presidente da Cãmara e Juíz substituto em Vimioso.
Outros Geraldes de Vimioso, referidos pelo Abade (Tomo VI os Fidalgos e Vimioso-Notas Monográficas) incluem: Padre Amaro Giraldes que fundou um Morgadio no século XVIII vinculando-lhe os bens do Vimioso e São Joanico, tendo sido seu primeiro Administrador seu sobrinho André Giraldes; e Bartholomeu Giraldes que em 1747, assina a Declaração sobre a demarcação feita no foral do termo e sítio da Vila de Vimioso.
Em suma, o elo que gostaria de aprofundar é a ligação, se alguma, entre estes Geraldes e o que creio serem os ascendentes da Mãe do primeiro Visconde de Paradinha do Outeiro. Isto por que não deixa de ser interessante a referência do Abade ao campo Geraldes quer nas armas dos Geraldes Miranda em Paradinha do Outeiro, quer em jazigo no Cemiterio dos Prazeres em Lisboa (Geraldes Pavão). Pelo meu lado, e dado viver em Lisboa, tenciono, logo que o tempo mo permita, tentar identificar o dito jazigo. Em qualquer caso, e como sabe, são sempre as armas dos Giraldes de Portugal como distintos dos Giraldes de Florença.
Peço-lhe desculpa de me ter, proventura, excedido em todo este detalhe. Mas, como poderá constatar, fiz o meu trabalho de casa e, como também bem comprenderá, há sempre mais um elo que falta e que nos desperta o interesse.
Desde já os meus melhores agradecimentos por qualquer elemento, ou pista, que me possa, e queira, proporcionar.
Melhores cumprimentos
Pedro Geraldes
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RE: Brazão Miranda e ...
Caro Pedro
Tenho muita informaçºão desses ramos pois sou Figueiredo sarmento com ascendência em Antas também e os Morais Faroia Carvalho em parte sairam publicados no meu último livro lançado em Dezembrop.
Se tiver a amabilidade de me contactar podemos trocar informações o que tb muito agradeço.
Os Negreiros conheço particularmente bem também.
Qual a sua linha a partir dos seus trisavós?
O meu mail é pinheirodecampos ARROBA gmail PONTO com
Abraço
Filipe
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RE: Brazão Miranda e ...
Caros Confrades
Em Montalegre, Trás-os-Montes existe um brasao dos Mirandas num portao
da Casa do Cerrado no centro desta Vila.
Que sabe as origens deste Brasao?
Quem sabe o nome do fidalgo que o mandou fazer, e quando ?
Será que alguém de Miranda do Douro ou de Paradinha de Outeiro foram os
Alcaides do Castelo de Montalegre e por lá ficaram, dando origem a uma grande e nobre Família da qual a sua nobreza ainda é reconhecida.
Agraceco a todos os Confrades que me possam esclarecer, nao só na história deste
Brasao, mas tambem como este apelido Miranda apareceu pela primeira vez nesta Vila perto da Fronteira.
Um Abraco
Manuel Miranda
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RE: Brazão Miranda e ...
Caro Manuel
Não me consta que os ramos da Paradinha tivesses andado por essas zonas embora tudo poss aficar em aberto. A zona de Montalegre é para mim pouco conhecida em termos genealógico mas pode ser que os confrades flavienses possas dar uma ajuda nomeadamente o Manel Pizarro.
Cumprimentos
Filipe Pinheiro de Campos
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RE: Brazão Miranda e ...
Caro Filipe
Venho agradecer a sua resposta, Cá fico à espera de saber mais sobre este lindo brasâo e dos seus titulares.
Tenho um pequeno apontamento sobre um Visconde de Paradinha de Outeiro
pode ser que sirva para Alguem.
António José de Miranda, nasceu a 21-03-1812. em Paradinha de Outeiro ( Castelâos) Faleceu em Marco de 1888.
Filho de Manuel Goncalves de Miranda e de sua mulher D. joana Maria Rosa Pereira de Sousa.
Tem razâo em que ninguem andou por esta zona de Barroso. Somos pouco conhecidos o que é pena. Espero a colaboracao de todos, desde já o meu muito obrigado.
Manuel Miranda
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RE: Brazão Miranda e ...
Olá Pedro!
Visto que também tenho apelido Geraldes com ascendência em Trás-os-Montes, mais concretamente em Torre de Moncorvo, fiquei com curiosidade de dar uma vista de olhos no seu "trabalho de casa", visto que pouco sei sobre este ramo da minha familia. Acha que será possível? Aguardo resposta.
Cumprimentos,
Patrícia Geraldes
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RE: Brazão Miranda
Caro Pedro Geraldes
O pai do 1º Visconde de Paradinha do Outeiro, Manuel Gonçalves de Miranda, casou com Joana Pereira de Sousa, filha única e herdeira de António Caetano Pereira de Sousa, C.O.C. e F.C.R., a quem pertencia uma casa armoriada situada em Castelãos, Macedo de Cavaleiros. Esta casa ficou, portanto, para a família dos Viscondes em questão. A pedra-de armas apresenta um escudo partido: o primeiro com as armas dos Pereiras e por diferença uma brica, com um M; o segundo, as armas dos Correias, cortado das armas dos Carmonas.
Isto é o que consta nas "Memórias..." do Abade de Baçal.
A razão do meu interesse é a seguinte: é a única referência que tenho duma pedra-de-armas onde aparecem as armas dos Carmonas!
Chegou a investigar a localização exacta dessa pedra-de-armas (se é que realmente existe)?
Por acaso não sabe, na ascendência do António Caetano Pereira de Sousa, onde aparece um (ou uma) Carmona?
Esta intervenção vem um pouco atrazada, mas só agora tive conhecimento deste tópico.
Cumprimentos
João Ramos Dias
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RE: Brazão Miranda
IlmºSenhor
Pedro Geraldes
Abri por acaso o Forum e venho dar um pequeno contributo ao assunto.
O Dr.Manuel Gonçalves de Miranda era natural de Vimioso.Nasceu no final do SecXVII. Foi Intendente Geral da Policia antes de Pina Manique,tendo servido Dom João V,Dom José e Dona Maria I. Quando esta foi Rainha apresentou a sua demissão de todos lugares que ocupava invocando a sua idade (há mais de 50 anos servia a Coroa). A Rainha não aceitou o seu pedido tendo-lhe dado o mais elevado cargo no Paço.Morreu com mais de 80 anos. Casou com uma sua prima Geraldes ou Giraldes (aparece das dus maneiras) filha de Inocêncio Geraldes de Paradinha do Outeiro. Foi ele que deu inicio ao restauro da casa de sua mulher e prima não tendo chegado a conclui-la. A pedra para esta obra veio da vizinha Espanha.Não tiveram filhos. Uma sua irmã Dona Maria de Miranda casou com o lendário Capitão do Mirandum (Paçó - Rio Frio ). Este casamento foi contrariado pelo Intendente, pois apesar de ter sido colega do mais tarde Capitão do Mirandum no Colégio dos Jesuitas em Bragança e de serem grandes amigos zangaram-se. A solução encontrada pelo militar foi a de deixar Portugal e ir procurar glória nas guerras da América do Sul donde veio coberto de glória.Acabou por casar com a sua "amada" sendo pais de um Dr.Manuel de Miranda. Este por sua vez foi pai do Capitão Mor da Vila de Outeiro,Fidalgo da Casa Real educado no Colégio dos Nobres Martinho Carlos de Miranda.Quando chegou à idade de casar,o Intendente (que gostava muito deste seu sobrinho neto e era o seu mais próximo familiar) resolveu com sua prima e mulher Catarina Teresa Geraldes, sua irmã Maria de Miranda, seu sobrinho Dr.Manuel de Miranda, fazer uma petição à Rainha Dona Maria I para instituir um Morgadio com os bens de todos,nomeando como sucessor o dito Martinho Carlos de Miranda. Ao mesmo tempo resolveram casa-lo com uma sobrinha neta de Dona Catarina Teresa Geraldes de seu nome Dona Perpétua Geraldes, e assim juntavam novamente as famílias que eram já várias vezes parentas.Foi deste casamento que nasce o 2º, Dr.Manuel Gonçalves de Miranda 3º Morgado da Paradinha do Outeiro. Este casa com a Senhora Correia Pereira de Sousa da Casa de Castelãos.Foram os pais do 4º Morgado, 1ºVisconde da Paradinha do Outeiro,Par do Reino que morreu solteiro.Deixou em testamento todos os bens anteriormente vinculados ao filho varão mais velho de seu irmão Dr.José de Miranda, Dr.Carlos Alberto de Sá Gonçalves de Miranda.Este só teve uma filha-Dona Maria Emília Sequeira Vergueiro de Sá Gonçalves de Miranda que casou com o Dr.António Francisco de Menezes Codeiro.Tiveram tres filhas a saber:-Dona Maria José Beatriz,Dona Maria Leopoldina Fortunata,e Dona Antónia da Conceição. Dona Maria Emilia morre em 1911 em Alcanices quando se consegue juntar com as filhas a seu marido aí exilado devido à Republica.O Dr,Menezes Cordeiro não voltou a casar tendo-se dedicado à administração da grande Casa Agricola deixada por sua mulher ás suas tres filhas.
Mirandas de Montalegre.
Há um trabalho feito pelo último Barão de Santa Marinha-António Xavier Mouzinho da Silveira Canavarro de Valadares em que faz a ligação do Dr. Carlos Ferreira de Souza Leite descendente da Casa do Serrado -Montalegre com sua mulher Dona Maria José Beatriz Vergueiro Miranda de Menezes Cordeiro representante da Família Geraldes Gonçalves de Miranda e do título de Visconde da Paradinha do Outeiro. Essa ligação vem da Casa do Serrado para a Casa do Bucheiro e esta para a Casa da Choupica ambas em Ribeira de Pena.
Esperando que esta longa mensagem contribua para esclarecer algumas dúvidas. Cumprimentos
Costa Seixas
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RE: Brazão Miranda e Geraldes
Cara Maria Emília!
Visto que também tenho Geraldes como ascendência em Trás-os-Montes, e costados com os Mirandas, fiquei com curiosidade de dar uma vista de olhos no seu "trabalho de casa", no que refere ao brasão da salva e do sinete, e da localização da casa que possui o brasão, visto que pouco sei sobre este ramo da minha familia. Acha que será possível?
Poderá facultar-me uma foto digital do brasão do sinete e da salva?
Aguardo resposta.
Cumprimentos,
António email: sousa_antonio arroba hotmail ponto com
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RE: Brazão Miranda
Apesar de se tratar de uma informação de 2009, há um esclarecimento que me parece pertinente sobre a descendência do irmão do Visconde da Paradinha, o juiz José António de Miranda. De facto, o filho varão primeiro deste e seu primeiro filho, foi António Augusto de Miranda, filho natural, perfilhado judicialmente, que fez carreira militar e morreu general de brigada, e não Carlos Alberto de Sá Miranda que, embora tenha sido herdeiro do tio de ambos, Visconde da Paradinha, é o segundo na linha de descendência.
Luís de Miranda Pereira
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RE: Brazão Miranda e ...
Caro Filipe,
Chamo-me Rui Miranda, 30 anos, originario de Paradinha de Outeiro mas emigrado na Suiça hà mais de 20 anos. Vou cada verao a Portugal, ver a minha familia que mora na Paradinha de Outeiro, onde meus pais tem casa. Faz alguns anos, meu avo paternal, António Nascimento Miranda, vivo com 89 anos, que foi no seu passado professional alfaiate e depois teve uma taverna e uma merciaria, contou-me que a familia Miranda actual da Paradinha de Outeiro, viria da altura dos viscondes da Paradinha. Seguindo a sua versao, parece que o ou um visconde dessa altura, engravidou uma dona de casa / domestica, que trabalhava na casa da familia, mas parece que o filho nao foi reconhecido como pertencendo diretamente à familia do visconde Miranda, mas guardou o nome Miranda. E dai, nasceu outra familia Miranda.
Parece que vôce conhece bastante bem a historia do visconde de Miranda da Paradinha e estou interessado em tentar conhecer as origens da familia Miranda actual, ha qual eu pertenço. Sera que você tem algum conhecimento de alguma historia assim?
Obrigado pela sua resposta.
Rui Miranda
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RE: Brazão Miranda
Lendo a mensagem anterior, pude reparar que o confrade Luís de Miranda Pereira parece ignorar que os direitos de primogenitura e de varonia passam sempre para a linha legítima e nunca para um filho nascido fora de casamento,mesmo que posteriormente legitimado judicialmente.
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RE: Brazão Miranda
O que se pretendeu com a nota sobre o General António Augusto de Miranda - primeiro filho, varão, do irmão do Visconde da Paradinha, Dr. José António de Miranda, filho natural tido antes do casamento e que foi, portanto, o meio-irmão mais velho do Dr. Carlos Alberto de Sá Miranda e que com este e restantes irmãs foi criado e educado - foi tão só o constatar e lembrar um facto (ignorado em notícia anterior, por certo porque escrita exclusivamente na perspetiva do vínculo em causa e da sua representação), facto que tem interesse para a verdade genealógica desta Família.
Nada se disse, ou se pretendeu dizer, sobre direitos de progenitura, varonia, representação, ou quaisquer outros, sendo suficientemente claro, no antes escrito e comentado, que há uma linha de descendência gerada dentro do casamento, encabeçada pelo secundogénito, linha que tem, como se sabe, em regra, precedência sobre a linha ilegítima (regra essa que tem várias exceções na prática, mesmo atual).
Talvez tenha sido a última afirmação feita no meu texto anterior que, muito embora factualmente exata, possa ter suscitado o apressado comentário sobre a minha possível ignorância e eventuais intenções, comentário, que, apesar do que atrás se disse, sempre se agradece.
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