Casa do Prado do Casinho, de António Pires Seixas.
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CASA DO PRADO DO CASINHO, de António Pires Seixas.
Procuro informações sobre a CASA DO PRADO DO CASINHO e de ANTÓNIO PIRES SEIXAS.
Atenciosamente,
Luís GMG
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RE: CASA DO PRADO DO CASINHO, de António Pires Seixas.
Caro confrade
lamento ter de o informar que sobre o assunto que me interroga nada sei que possa positivamente responder-lhe
cumprimentos do confrade
José Luiz Melo.
Direct link:
Casa do Prado do Casinho, de António Pires Seixas.
Boa noite
Aqui vai alguma informação se ainda for útil.
Sou descendente e actual proprietário, juntamente com os meus dois irmãos, da Casa do Prado no Casaínho.
4. ANTÓNIO PIRES ANTUNES DE SEIXAS, ficou senhor da casa dos Seixas do Casaínho - Canas de Sabugosa, faleceu a 7 de Outubro de 1629. Casou com D. Joanna Frazão Rebello Castello Branco, falecida a 21 de Dezembro de 1611. Tiveram os seguintes filhos:
4.1 D. Beatriz, que ficou na casa e segue.
4.2 Manoel Antunes de Seixas, que foi licenciado e casou com D. Mecia de Almeida Castello Branco, filha de Pedro de Almeida de Alenquer e de D. Anna Cardoso de Abreu, filha de Pedro Lopes Cardoso de Abreu, senhor dos Paços de Arcozelo, tiveram um filho, Manoel Antunes de Seixas, licenciado, casado com D. Isabel Bandeira de Vasconcellos, filha de Lopo de Almeida, intitulado " O Valor do Mundo ", vindo desta geração os morgados de Ferronhe e Monamedes.
4.3 D. Márcia (Mecia) Antunes de Seixas Castello Branco de, casada com Fernando d'Almeida e Vasconcelos.
4.4 Umbelina Antunes de Seixas, casada com Duarte Pacheco, de Viseu, tiveram duas filhas, uma casou com Gonçalo Soeiro, cujo filho viveu e casou em Farminlão, e outra que casou em Tonda na família dos Figueiredos, homens fidalgos com geração.
5. MANOEL BERNARDES FERREIRA MIRANDA DE SEIXAS, natural de Sta. Comba Dão, falecido a 20 de Novembro de 1644. Casou no Casaínho com sua prima D. Beatriz Antunes Castello Branco de Seixas, senhora da casa dos Seixas do Casaínho, falecida a 12 de Março de 1648. Residiram no Casaínho, tendo reunido quase toda a antiga casa dos Seixas. Tiveram vários filhos, nos quais se conservou durante muitas gerações os apelido de Bernardes e Seixas, especialmente este último, de que se encontram muitos ramos espalhados por vários concelhos limítrofes do de Tondela, extinguindo-se depois de algumas gerações muitos desses ramos. Os que se fixaram no concelho de Tondela deixaram mais tarde os seus bens para a família que continuou a residir no Casaínho, tiveram os seguintes filhos:
5.1 Bento Bernardes de Seixas, que segue.
5.2 Manoel Bernardes de Seixas Novo, que casou com D. Joanna Cordeiro (sobrinha do Prior de Sta. Comba Dão, D. António Cordeiro) e tiveram uma filha que morreu nova.
5.3 D. Maria Bernardes de Seixas, que casou em 1620 com Sebastião da Cunha filho de Lourenço Soares e de D. Isabel da Cunha. Dispensados pelo Papa Paulo V (?) por serem parentes, tiveram uma filha:
5.3.1 Marianna, baptizada a 24 de Fevereiro de 1621, sem mais notícia.
5.4 Boaventura Bernardes de Seixas, que casou e se fixou em São Miguel do Outeiro - Tondela e segue.
5.5 D. Bernarda da Cunha Seixas, casou a 11 de Junho de 1632 com António do Valle, filho de António do Valle e de D. Maria Coelho, naturais da vila de Tondela, tiveram uma filha:
5.5.1 Maria, baptizada a 23 de Julho de 1633, de quem descendem os morgados de Telles de Vila Fanha - Tondela, durante várias gerações a principal família da vila de Tondela, mas hoje extinta, faleceu a 23 de Julho de 1660.
5.6 Mathias Bernardes Miranda de Seixas, licenciado, faleceu a 16 de Outubro de 1646.
5.7 D. Anna Bernardes de Seixas, casada a 27 de Fevereiro de 1631 com Diogo do Alvellos de Figueiredo, de Sabugosa, senhor da Torre de Vila Pouca.
6. BENTO BERNARDES FERREIRA DE MIRANDA E SEIXAS, ficou senhor das Casas de Sta. Comba Dão e do Casaínho, mas residindo habitualmente nesta última, como se verifica em vários documentos, por lá se realizaram os actos mais solenes da sua vida e lá se instituiu a sede do morgadio abrangendo todas as terras. Familiar do Santo Ofício, Cavaleiro da Ordem de Cristo, tendo falecido a 6 de Fevereiro de 1675. Instituiu o morgadio de São Bento do Casaínho ligado a capela de São Bento da sua casa, vinculando-lhe a maior parte dos seus bens por alvará de 27 de Maio de 1669.
Casou com D. Maria de Mello e Caceres, filha de António (alguns documentos indicam o nome de Manoel) de Mello e Caceres e de D. Isabel Fernandes, neta paterna de António de Mello e Caceres e de D. Barbara Varella, bisneta de Francisco de Mello e Caceres, 3ª neta de Francisco de Mello e Caceres e tetraneta de Luís de Mello e Caceres, senhor de Algodres e Pena Verde. Foi na sua capela de São Bento que Bento Bernardes Miranda de Seixas casou em 11 de Setembro de 1647, sua filha D. Joanna Bernardes de Mello Caceres e Seixas casou com D. Lourenço de Souza de Vasconcelos e Menezes, ilustre fidalgo e senhor da antiquíssima casa e Solar do Paço de Figueiredo das Donas - Lafões, tendo deste matrimónio havido numerosa descendência ligada às mais ilustres famílias da Beira e de Portugal, tendo os seguintes filhos:
6.1 FRANCISCO BERNARDES DE SEIXAS, baptizado a 6 de Fevereiro de 1636, Juíz dos Orfãos em Sta. Comba Dão, feito Familiar do Santo Ofício em 27 de Julho de 1678, falecido a 3 de Setembro de 1702. Foi o 2º Morgado de São Bento do Casaínho, vivendo porém em Sta. Comba Dão onde casou com D. Águeda Soares, falecida a 13 de Outubro de 1699, filha de Jorge Dias de Oliveira, Familiar do Santo Ofício, natural de Pinheiro de Azêre, e de D. Maria da Silva, tendo várias filhas (cujos nomes vêem no seu testamento) e um filho BENTO BERNARDES DE SEIXAS, baptizado em Sta. Comba Dão em 15 de Novembro de 1666, faleceu a 2 de Dezembro de 1741, foi o 3º Morgado de São Bento do Casaínho. Bacharel em direito (encontrando-se vários documentos com referências a este Dr. Bento de Seixas).
Casou com D. Josepha de Mello e Souza, de Fataunços, tendo nascido deste matrimónio Sebastião de Souza e Seixas, casado em Sta. Comba Dão com D. Luíza Maria Joaquina de Gusmão, tendo uma filha D. Angélica de Mello e Seixas, baptizada a 11 de Abril de 1752, que faleceu nova. Tendo esta linha ficado sem descendência voltaram os vínculos do morgadio de São Bento para a linha do outro filho mais novo que segue.
6.2 D. Joanna de Mello e Caceres Bernardes de Seixas, que casou e segue.
6.3 Manoel Bernardes Ferreira Miranda de Seixas, ficou no Casaínho e segue.
6.4 Frei Bernardo de Seixas (monge).
7. MANOEL BERNARDES FERREIRA MIRANDA DE SEIXAS, baptizado a 30 de Novembro de 1644, faleceu em 25 de Novembro de 1720, Familiar do Santo Ofício, residiu no Casaínho, e apesar de não ter ficado com o morgadio de São Bento do Casaínho, que pertenceu a seu irmão mais velho, como essa linha mais tarde ficou sem sucessão, foi depois 4º Morgado de São Bento, seu filho Dr. João Pereira de Seixas que segue.
Possuindo bastantes terras apesar de filho segundo, conjuntamente com as de sua mulher instituiu um novo morgadio no Casaínho, havendo nesta ocasião três ramos da família Seixas, cada uma com o seu morgadio; a mais antiga a dos morgados de São Bento, outra também com sua capela ligada ao morgadio instituído por Mathias Bernardes de Seixas a que atrás nos referimos, e o último morgadio instituído por este e sua mulher em 1690. Mais tarde todas essas casas e respectivos vínculos concentraram-se nesta linha.
Casou com D. Mariana Pereira da Costa Pimentel, em 16 de Fevereiro de 1670, sendo a sua mulher natural de Paço de Carvalhaes, freguesia de São Tiago da Moita, filha do Dr. Roque da Costa Pimentel, um dos mais notáveis Juizes do seu tempo, Juíz Desembargador de Paço de Carvalhaes e de Ílhavo, e de D. Magdalena da Silva Pereira, filha do Dr. António Ribeiro (avô materno), natural de Ribeiradio, que também foi Juíz das mesmas, e de D. Anna da Silva Pereira (avó materna). Era neta pelo lado paterno de Henrique de São Payo de Pinho da Silva (avô paterno), de Esgueira - Aveiro, e de D. Helena Pimentel da Costa Pereira (avó paterna), sendo esta filha de D. Maria Coelho Pereira da Costa (bisavó) e de Manuel Pimentel de Almeida (bisavô), e este filho de André Lopes de Almeida, de Aveiro, e de D. Mecia de Meirelles Pimentel, de Lisboa, Dama da Princesa D. Joanna. D. Maria Coelho Pereira da Costa era filha de Balthazar Coelho da Costa (3º avô), filho de Manoel Coelho da Costa, Cavaleiro-fidalgo, e de D. Isabel da Costa, do Loureiro, filha de Gaspar Ribeiro da Costa, senhor do morgado do Loureiro em Viseu, e de D. Mecia Pereira de Castro (3ª avó), filha de João Marinho (4º avô), Cavaleiro da Ordem de Cristo, filho de Fulgêncio Marinho, padroeiro de São Miguel de Travassos- Viseu, e de D. Helena Pereira de Castro (4ª avó), filha de Sebastião Jorge da Rocha Tamanqua (5º avô), cavaleiro fidalgo do Porto, e de D. Isabel Pereira de Castro (5ª avó), filha legítima de D. Nuno Álvares Pereira de Castro (6º avô) e de D. Catharina de Andrade (6ª avó) sendo D. Nuno filho dos Condes de Feira, D. Diogo Pereira e de D. Isabel Pereira de Castro (7º avós), e este, filho de D. Manoel Pereira 2º Conde de Feira.
7.1 Dr. João Pereira de Seixas, bacharel em Leis.
7.2 Dr. Martins Pereira de Seixas, bacharel em Cânones, foi Abade em Vilar de Besteiros, onde já o era em 28 de Fevereiro de 1699, e lá se manteve pelo menos até 20 de Maio de 1741, pois com estas datas encontrei escrituras feitas na sua casa em Vilar de Besteiros durante o tempo da sua Abadia. Foi ele que construiu à sua custa a Igreja de Vilar de Besteiros, e ali adquiriu grande influência, como se vê pelas referências feitas em muitos documentos.
7.3 D. Christina Josepha Pereira de Seixas, sem geração.
7.4 D. Maria Bernardes Pereira de Seixas, sem geração.
8. JOÃO PEREIRA BERNARDES DE MELLO E SEIXAS, baptizado a 28 de Junho de 1682, falecido a 25 de Janeiro de 1759. Ficou senhor dos vínculos instituídos por seu pai no Casaínho, mais tarde foi o 4º Morgado de São Bento do Casaínho, por ter ficado sem sucessão a linha mais velha dos Seixas do Casaínho. Foi bacharel em direito pela Universidade de (?), Familiar do Santo Ofício, Fidalgo-cavaleiro da Casa Real, com exercício no Paço, por alvará de 24 de Outubro de 1713, registado no livro 17 da matrícula, folha 277. É na vida deste morgado que a Casa do Casaínho atinge uma importância considerável, passando a ser uma das mais ricas e abastadas do concelho, com importantes e próximas relações de parentesco com as melhores famílias da Beira e outras províncias. A ele e a seu filho Luiz, vieram parar as heranças de muitos dos ramos da família Seixas, especialmente os estabelecidos em Sabugosa, Santa Comba Dão, Porto da Vila de Rei (Campo de Besteiros) e também do outro ramo estabelecido no Casaínho, na Quinta do Carreiro, ficando assim a Casa do Casaínho com consideráveis propriedades no concelho de Tondela.
Casou a 26 de Janeiro com sua prima em 2º e 3º grau de consanguinidade D. Caetana Maria Ignêz de Mello Gyrão de Souza de Vasconcelos e Menezes, baptizada a 6 de Março de 1690 e falecida a 6 de Abril de 1741, sendo o casamento realizado na capela da casa do Ribeiro - Lafões por seu irmão Padre Martim Pereira de Seixas, Abade de Vilar, e dispensados pelo Papa Clemente II a 14 de Janeiro de 1710.
Sua mulher era prima e já descendente da Casa do Casaínho por ser neta de D. Joanna de Mello Bernardes de Seixas e de D. Lourenço de Souza de Vasconcelos e Menezes, senhor de Figueiredo das Donas. A ascendência de D. Caetana Maria Ignêz, vem a seguir na parte que se refere a seus pais (#8).
O Dr. João Pereira de Seixas, antes de vir a ser herdeiro do antigo morgado do Casaínho, mandou construir uma nova casa, que é a actual residência do Casaínho dedicada Nª. Sra. do Rosário, sendo a licença passada para se benzer a capela por D. Jerónymo Soares, Bispo de Viseu, datada de 15 de Dezembro de 1716. Foi D. Martim Pereira de Seixas quem ali deu a primeira missa.
A 22 de Julho de 1738 também seu cunhado Dr. Caetano de Mello Souza de Menezes deixara os seus bens para os vínculos do Casaínho por escritura feita em Lafões no Tabelião Pedro de Vasconcelos Pereira da Silva. Tiveram os seguintes filhos:
8.1 Luiz, que segue.
8.2 D. Rita Caetana.
8.3 Francisca Josepha.
8.4 D. Barbara Luiza.
8.5 Paulo de Mello e Souza. Todos sem descendência.
8. LUIZ DE SOUZA DE FIGUEIREDO E VASCONCELOS PEREIRA DE MENEZES E SEIXAS, baptizado a 14 de Maio de 1714, faleceu a 7 de Julho de 1792, 5º Morgado do Casaínho, cavaleiro-fidalgo. Reuniu toda a Casa do Casaínho, com a extinção de todos os ramos da família Seixas, a que me tenho referido atrás. Nesta altura havia quatro casas, a antiga de São Bento, a do morgadio de Manoel Bernardes de Seixas, a da quinta do Carreiro do morgadio de Mathias de Seixas (destruída e incendiada pelos franceses) e a nova casa construída pelo Dr. João Pereira de Seixas em 1716. Senhor de uma grande fortuna Luiz de Souza aparece com um nome diferente do até ali usado pela linha varonil, adaptando vários nomes dos ilustres antepassados de sua mãe.
Foi ainda ele que tirou carta e Brazão de Armas e colocou na casa do Casaínho o brazão de pedra que em 1920 se encontra na casa de Sameiro por cima da porta da capela. O brazão consta de um escudo esquartelado, tendo no 1º quartel as armas dos Seixas, no 2º as dos Figueiredos, no 3º as dos Souzas de Arronches, no 4º as dos Vasconcelos e tendo no centro um escudete com o anel dos Menezes.
Casou a 9 de Fevereiro de 1750 com sua prima em 3º grau de consanguinidade D. Theresa Margarida de Souza Gyrão de Sampaio Homem do Amaral e Mello, baptizada a 14 de Junho de 1724, tendo sido dispensados pelo Papa Bento (?) em 1744, era irmã de D. Francisca Theresa que casou em Viseu com o morgado de São Miguel, havendo deste casamento numerosa descendência, filha do Capitão António de Sampaio Homem do Amaral, senhor da Casa das Donas de Pindelo - Viseu e de D. Francisca Theresa de Mello e Souza Gyrão. Neta paterna de António de Sampaio Homem do Amaral, casado em 18 de Fevereiro de 1675 com D. Joanna Trz. (?) de Figueiredo, filha de Manoel Trz. (?) de Figueiredo e de D. Apolónia de Figueiredo, bisneta de António Sampaio Homem, baptizado a 26 de Novembro de 1633; 3º neta de Manoel Lopes Homem, de Pindelo - Viseu, casado a 29 de Novembro de 1624 com D. Anna de Sampaio do Amaral; 4º neta de Fernão de Sampaio do Amaral e de D. Branca do Amaral, falecidos respectivamente a 20 de Março de 1616 e 10 de Julho de 1633, filha de Glz. (?) do Amaral e de sua prima D. Franciscado Amaral; 5ª neta de Domingos Trz. (?) de Sampaio e de sua prima D. Joanna Sampaio do Amaral, falecida a 2 de Agosto de 1607, já viuva. Pelo lado materno neta de Manoel Ribeiro Gyrão, senhor da casa da Corujeira - Lafões, casado em 1684 com D. Theresa Margarida de Souza Gyrão, baptizada a 2 de Novembro de 1659, filha de Carlos Gyrão de Barros, baptizado em 11de Agosto de 1612, senhor da Casa do Ribeiro - Lafões, e de D. Eufénia de Mello (ver a ascendência da outra linha na parte relativa a D. Maria Ignêz de Mello e Souza). Tiveram os seguintes filhos:
9.1 José, que segue.
9.2 D. Caetana.
9.3 D. Rita.
9.4 D. Rosália.
9.5 D. Joaquina Cândida.
9. JOSÉ DE SOUSA DE FIGUEIREDO E VASCONCELOS PEREIRA DE MENEZES E SEIXAS, baptizado na capela da Casa do Casaínho a 10 de Fevereiro de 1752, faleceu a 4 de Outubro de 1833. Foi o 6º Morgado de São Bento do Casaínho, cavaleiro fidalgo, senhor da então importante Casa do Casaínho e dos grandes Paços de São João de Lourosa - Viseu que lhe tinham vindo da fortuna de sua mãe, que como filha mais velha fora a herdeira da Casa das Donas de Pindelo, que mais tarde cedeu por troca aos morgados de São Miguel - Viseu. A sua fortuna já então considerável, foi ainda aumentada com várias heranças das quais se destacam a de Diogo Fortunato de Sousa de Menezes Pereira da Silva, que era Prior de Salreu - Estarreja, seu parente próximo, tio de Damião de Sousa de Menezes Pereira da Silva da Casa de Bertiandos (ver a este respeito outros apontamentos e o testamento do Prior Diogo Fortunato existente no Sameiro). Herdou ainda mais propriedades em Treixedo (?), Povoa de Alaqua (?) e Tonda. Era cavaleiro da Ordem de Cristo encontrando-se ainda cartas e documentos tratando-o por Fidalgo da Casa Real.
Casou a 30 de Agosto de 1801 com a morgada da Casa de Sameiro D. Gertrudes Leonor de Costa Cabral de Magro e Moura Carvalho da Fonseca, nascida no Porto a 7 de Julho de 1762, filha de Leandro Anastácio de Carvalho da Fonseca, Director secretário da Companhia dos Vinhos do Alto Douro, falecido em 1802 no Porto, e de D. Maria Joaquina da Costa Cabral de Magro e Moura, nascido a 20 de Janeiro de 1739, Padre Jesuíta, saído de Portugal no tempo do Marquês de Pombal emigrando para Génova donde escreveu interessantes cartas até 1808. D. Maria Joaquina era filha de Manoel Francisco da Costa e Moura, de Mondim de Basto e de D. Antónia Cabral, neta paterna de Miguel Gonçalves Alfonço de Moura, natural de Pedra Vena - Minho e de D. Maria Francisca de Magro, de Mondim de Basto, bisneta de António Alfonço de Moura e de D. Catharina Baltazar, 3ª neta de António Gonçalves Magro, 4ª neta de António Gonçalves Magro, 5ª neta de Gonçalves Annes Magro e 6ª neta de Diogo Annes Magro, pessoas descendentes e parentes dos Mouras da Quinta do Barreiro do Athey e dos Magros da ilustre e antiga Casa de Segue e dos Alfonços e dos Castros da casa de trás da Capela do Sacramento da Vila de Mondim de Basto.
A sua Carta e Brazão de Armas (tirada por seu irmão a 17 de Maio de 1787, reg. no livro 4º, fl. 5) tem as Armas dos Mouras e Magros. D. Gertrudes Leonor, morgada de Sameiro, tinha entre outros um irmão Dr. José de Carvalho da Fonseca de Magro e Moura que foi Cónego da Sé de Coimbra, e uma irmã D. Theresa que foi professora em Cellas e depois viveu no Convento de Senide (?).
D. Gertrudes Leonor foi herdeira de seu tio, irmão de sua mãe, o Dr. Manoel da Costa Cabral de Magro e Moura que foi Lente de liturgia na Universidade de Coimbra, Deputado do Santo Ofício da Inquisição, foi ainda Cónego Magistral da Sé de Coimbra a partir de 28 de Novembro de 1772, e indicado por um Breve (?) de 1772 do Papa Gregório XV para a Conezia (?) Doutoral do Padroado da Universidade, e Reitor do Real Colégio de S. Paulo, pessoa de grande influência e dos mais abastados da sua época em Coimbra fundando o morgadio de Sameiro com as importantes compras das antigas Quintas de Sameiro, Arrifana, Paços, Caselhos e do Souto de entre muitas terras, foros e matos de outras freguesias, especialmente no Guardão, Pedronho e Carvalhinho - Caramulo, possuindo também outras casas e a Quinta das Setes Fontes em Coimbra (hoje fora da família).
A Quinta de Sameiro que foi comprada em 1776, era um antigo morgadio, datando a sua instituição de 1584, ligada a Capela de São Francisco de Assis anexa à Igreja Paroquial de Sta. Eulália de Besteiros, sendo o seu vendedor o 7º morgado António Matheus Freire de Andrade Coutinho Bandeira e D. Thomazia Joaquina de Mendonça Figueiredo e Azevedo, residentes em Braga, parentes da família do Casaínho e parentes muito próximos da família Pires Bandeira, de Fráguas - Tondela.
O antigo brazão, que hoje ainda existe na capela da casa, tem as Armas dos Arronches e dos Bandeiras. A Quinta da Lapa e Arrifana foi comprada em Agosto de 1781 a José Jacinto Calheiros de Portugal e Miranda, senhor da Quinta de Antepasso, freguesia de Santa Maria de Arcozelo em Ponte de Lima, e a sua irmã D. Maria de Calheiros. A Quinta do Souto foi comprada a 28 de Agosto de 1792 a António de Sousa Mello de Vasconcelos e Araújo, Fidalgo da Casa Real e a sua mulher D. Mecia Margarida de Figueiredo Castello Branco de Moura e Abreu, residentes em Lamego. Das restantes propriedades e foros, foram tantas as compras que existiam no Sameiro canastas com escrituras.
O Cónego Magistral que habitualmente residia em Coimbra teve de retirar-se com a invasão dos franceses e nunca mais lá voltou, ficando a residir em Sameiro onde morreu em 30 de Abril de 1813, tendo grandes funerais de que encontrei apontamentos da comparência de 40 Padres. Sua sobrinha, morgada de Sameiro, foi educada no Porto, tendo casado em primeiras núpcias em 1790, em Lisboa, com Joaquim Saraiva de São Paio e Mello do Amaral, Fidalgo da Casa Real, Oficial do Exército, senhor da Póvoa d' El-Rei e de Reguengos de Trancoso, sendo o morgadio de Sameiro instituído a 10 de Setembro de 1793, em Lisboa na rua da Atalaia, na casa de António Raymundo de Pina Coutinho, Comendador de São Tiago, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Desembargador da Suplicação. Depois de viúva e tendo falecido em criança o único filho do primeiro matrimónio, casou em segundas núpcias com o morgado do Casaínho, residindo então habitualmente no Sameiro, tendo falecido em 17 de Dezembro de 1849.
Seu marido José de Sousa, morgado do Casaínho, está sepultado na Capela Mor da Igreja de Canas de Sabugosa, actualmente Canas de Sta. Maria - Tondela. Deste casamento houve três filhos:
10.1 António, que casou e segue na linha das Casas de Sameiro e Casaínho.
10.2 D. Maria das Dores, que casou em Santar-Viseu e segue.
10.3 Francisco, que morreu aos 16 anos sem geração.
10. ANTÓNIO DE SOUZA PEREIRA DE FIGUEIREDO DE VASCONCELOS MENEZES E SEIXAS, nasceu no Sameiro em 1802, baptizado a (?), falecido em 23 de Abril de 1876.
Foi o 7º Morgado do Casaínho e posteriormente de Sameiro. Senhor de toda a Casa do Casaínho e do Sameiro, e ainda de todas as terras existentes no concelho de Tondela, das casas de Coimbra e da Quinta da Senhora do Monte em Salreu - Estarreja. Teve ao princípio uma questão com seu cunhado de Santar que terminou por uma reconciliação, tendo este último reconhecido o direito de António de Souza aos terços de seu pai e de sua mãe, tendo por isso sua irmã D. Maria das Dores ficado com as terras de São João de Courra e outras no concelho de Viseu. Foi Fidalgo da Casa Real e bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra em 12 de Junho de 1823, vivendo geralmente na sua casa de Sameiro onde faleceu, estando sepultado no jazigo da família no cemitério de Sta. Eulália de Besteiros.
Casou em 1836, com escritura antenupcial de 14 de Outubro do mesmo ano, na capela da casa de Oliveira do Bairro com sua prima D. Antónia Ermelinda de Souza de Menezes Brandão Pereira da Silva, nascida em Oliveira do Bairro em 1803, filha do Dr. Manoel Brandão Pereira da Silva, senhor da casa de Oliveira do Bairro, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, Corregedor de Aveiro, e de D. Joanna Rita de Souza e Mello Gyrão de Vasconcelos e Menezes, da casa de Fataunços. (Ver descendência completa e mais detalhes sobre a casa de Oliveira do Bairro na respectiva linha. Esta casa veio depois juntar-se à casa do Casaínho e de Sameiro) D. Antónia Ermelinda, veio a ser a principal herdeira da Casa de Oliveira do Bairro, tendo falecido na Casa do Casaínho em 13 de Janeiro de 1886.
O Brazão, hoje existente na Casa de Sameiro, tinha sido tirado em 23 de Fevereiro de 1789 e registado no cartório de Nobreza, livro IV folha 110, sendo constituído por um escudo esquartelado com as armas dos Brandões, Pereiras, Silvas e Pinhos, tendo ainda o timbre dos Brandões.
Como se pode ver na linha de Oliveira do Bairro, o último senhor daquela casa foi seu irmão o Dr. António de Souza Brandão de Menezes, Bacharel em Direito, conhecido em toda a Bairrada onde tinha grande influência, casado com D. Rosa Amália de Pita Noronha e Calheiros, de Pinhel. Faleceu o Dr. António de Menezes em Oliveira do Bairro em 1885, sendo os principais herdeiros e representantes seus sobrinhos do Casaínho, mas tendo também parte da herança a família Bandeira Calheiros, de Vilar de Besteiros, a dos Condes de Paço Vitorino - Minho e a de Paços de Carvalhaes - Lafões. Tiveram os seguintes filhos:
11.1 José, que segue.
11.2 Luiz de Souza, nascido a 18 de Fevereiro de 1842 e falecido solteiro sem descendência em Outubro de 1917.
11.3 D. Gertrudes de Souza de Menezes e Vasconcelos, nascida a 12 de Outubro de 1850, ficou senhora do Casaínho tendo casado em Junho de 1889 com Francisco Alves Pinto, de Tonda; durante mais de trinta e cinco anos foram senhores da Casa, tendo falecido sem sucessão respectivamente em 13 de Maio de 1925 e 11 de Junho de 1924, continuando depois a Casa na linha varonil do Casaínho.
11. JOSÉ DE SOUZA DE MENEZES E VASCONCELOS, nasceu em Sameiro a 22 de Fevereiro de 1838 e foi baptizado na capela da casa. Licenciou-se em direito pela Universidade de Coimbra em 26 de Junho de 1862. Representava a Casa do Casaínho, que embora tivesse estado alguns anos na posse de sua irmã D. Gertrudes de Souza, voltou depois à linha varonil, ficou senhor das Casas de Sameiro, Oliveira do Bairro, das importantes propriedades de Pinhel, das casas de Coimbra, etc., vivendo habitualmente no Sameiro.
Tendo usado ao princípio o nome completo dos seus antepassados e também o apelido Lemos, como vem nas cartas de formatura, fixou-se no nome indicado e que vem a ser utilizado pela família das casas de Sameiro e Casaínho.
Senhor de uma grande fortuna, e tendo casado com uma das maiores herdeiras de Lafões, apaixonado pela política, grande amigo do Bispo de Vizeu, adquiriu grande influência, foi o chefe do partido progressista de Tondela, tendo-lhe sido oferecidos vários cargos como o de governador civil, etc., que não aceitou, por não poder abandonar as suas casas. Pouco depois de casar foi-lhe oferecido o título de Conde de Sameiro ou do Casaínho, que recusou o oferecimento feito, alguns anos mais tarde, foi lhe oferecido de novo, e apesar de sua irmã e cunhado insistirem para aceitar, sempre o recusou. Nos últimos anos viveu principalmente na Figueira da Foz e Coimbra, onde faleceu a 2 de Fevereiro de 1902, estando sepultado no jazigo da família em Campo de Besteiros.
Casou em Agosto de 1879, na igreja de Matosinhos- Porto com D. Maria Clementina de Figueiredo de Almeida Azevedo Pinto Gyrão, nascida a 28 de Novembro de 1857, natural de Figueirosa- Bordonhos, Lafões, filha única do Dr. Bernardo José de Almeida Azevedo Pinto Gyrão, casado em 1844 com sua sobrinha D. Maria Emília de Figueiredo e Almeida, senhora da casa de Figueirosa, nascida em 1831 e falecida em 10 de Novembro de 1905, filha de Joaquim Bernardino Correia d'Almeida Homem e de D. Maria da Piedade de Figueiredo e Almeida Azevedo, senhores de Figueirosa.
O Dr. Bernardo José de Almeida Azevedo, nasceu em Santa Cruz da Trofa- Lafões em 5 de Agosto de 1810, licenciou-se em direito em 14 de Junho de 1836, tendo sido durante mais de quarenta anos um dos advogados mais distintos de Lafões, chefe do partido progressista em São Pedro do Sul, várias vezes Presidente da Câmara, deputado às Cortes nas legislaturas de 1863 e seguintes, tendo as (?) de Nossa Senhora da Conceição e de Cristo, senhor de grandes propriedades e um dos maiores capitalistas de Lafões. Faleceu em Sameiro em 1884 (? 1885), estando sepultado no jazigo da família.
Tinha o brazão de armas concedido a seu bisavô em 12 de Junho de 1776, conforme registo no cartório de Nobreza livro II folha 97, com as armas dos Pintos, Azevedos, Alcoforados e Gyrões. Era filho do Capitão José Ricardo de Almeida de Santa Cruz da Trofa e de D. Margarida Benedita Pinto d'Azevedo Alcoforado. (ver noutra secção a ascendência e mais detalhes desta família)
D. Maria Clementina, depois de viúva, continuou a residir em Coimbra e depois na Figueira da Foz, onde faleceu em 27 de abril de 1920, estando sepultada no jazigo da família. Tiveram os seguintes filhos:
12.1 D. Branca, nascida a 21 de Agosto de 1880, e falecida em 18 de Agosto de 1925, sem geração.
12.2 José, nascido a 11 de Novembro de 1881, que casou e segue.
12.3 Bernardo, nascido a 25 de Março de 1883, que casou e segue.
12.4 Ascenção, nascida em Maio de 1885 e falecida aos sete anos.
12.5 D. Antónia Ermelinda, nascida a 19 de Abril de 1887 e falecida a 3 (?) de Maio de 1971, sem geração.
12. JOSÉ DE SOUZA DE MENEZES E VASCONCELOS, nasceu na Quinta de Sameiro - Vale de Besteiros em 11 de Novembro de 1881. Por morte de seu pai em (vem mencionado no ponto 12. a data de 2 de Fevereiro) 3 de Fevereiro de 1902, foram partidos os bens existentes, ficando o filho José, a que se refere este quadro, como representante da família, com a Casa de Sameiro; a filha mais velha D. Branca de Souza de Menezes, com as Quintas de Paços e do Souto e vários capitais; o outro filho Dr. Bernardo de Souza Azevedo de Menezes, bacharel em Direito, com a Casa de Oliveira do Bairro que ele passara a representar; a filha mais nova D. Antónia Ermelinda de Souza de Menezes Brandão com a Casa de Pinhel, com várias casas na Figueira da Foz e vários capitais. A Casa de Figueirosa - Bordonhos ficava na posse da mãe D. Maria Clementina de Almeida Azevedo de Menezes, e a antiga Casa do Casaínho na posse de D. Gertrudes de Souza de Menezes e seu marido Francisco Alves Pinto, mas não tendo descendência, estava já esta Casa destinada a continuar na linha varonil da família.
Durante alguns anos conservou-se intacta a integridade das vastas e importantes propriedades da família, situadas em seis concelhos. Mais tarde porém profundas modificações se realizaram.
O Dr. Bernardo de Souza Azevedo de Menezes vendeu toda a Casa de Oliveira do Bairro a estranhos e fixou-se em Lisboa onde casou e teve descendência, como se vê no quadro que lhe diz respeito.
D. Branca de Souza de Souza de Menezes vendeu também as Quintas de Paços e do Souto, e conjuntamente com sua mãe e irmã D. Antónia Ermelinda de Souza de Menezes Brandão, fixaram residência na Figueira da Foz.
A seguir, por acordo entre os todos os filhos, e ainda em vida de sua mãe, foi vendida a Casa de Figueirosa que constava de importantes propriedades e foros em cinco freguesias de São Pedro do Sul.
Mais tarde, a seguir à morte de D. Gertrudes de Souza de Menezes dividiu-se a Casa do Casaínho, e pela primeira vez depois de doze gerações ficou essa casa dividida por dois filhos varões, ambos com descendência, e portanto com probabilidade de divisão definitiva.
Ficou assim a antiga Casa do Casaínho dividida entre os dois filhos José e Bernardo; tendo D. Branca de Souza de Menezes falecido no Casaínho em Agosto de 1925, passando depois disto D. Antónia Ermelinda a residir na casa, estando solteira em 1926.
José de Souza de Menezes e Vasconcelos frequentou o liceu em Coimbra, fez depois parte da Escola Politécnica em Lisboa concluindo o curso de engenheiro agrónomo em 1903. Foi admitido por concurso ao quadro de engenheiros agrónomos desempenhando vários serviços como agrónomo da Beira Alta e Director da Estação de Fomento Agrícola da Beira Alta, professor de Agricultura em Santarém e da Escola Nacional de Agricultura de Coimbra. Em 1912 foi contactado pelo Governo do Estado de São Paulo - Brazil para lente da principal escola do país, a Escola de Agricultura de Piracicaba, lugar que exerceu durante quase três anos, voltando depois para a Escola de Agricultura de Coimbra.
Tendo casado em 1918, abandonou a carreira oficial fixando-se definitivamente na Quinta de Sameiro, tendo então fundado várias fábricas, de que não foi só fundador mas gerente durante vários anos como a fábrica de Campo de Besteiros, de Sabugosa e a de Parada de Gonta, que transformou em fábricas de algodão para fiação de lã e tecidos. Em 1926, depois de ter herdado, como já se disse, parte do Casaínho abandonou as indústrias para se dedicar à exploração agrícola das Casas de Sameiro e Casaínho.
Casou em 21 de Dezembro de 1918 com D. Maria Lucila Henriques de Souza de Mello Menezes e Castro, nascida em São Pedro do Sul em 4 de Dezembro de 1898, filha do Dr. José Fradique de Mello Menezes e Castro, advogado dos mais distintos e conhecidos da sua época na região de Lafões e de D. Maria Zulmira de Lima Henriques. A descendência do Dr. José Fradique, actual conservador do registo predial de São Pedro do Sul (à data deste original), e representante da Casa de Fataunços - Lafões, parente próximo por vários lados das Casas de Sameiro, Casaínho, Oliveira do Bairro e Figueirosa, vem neste livro no quadro correspondente à linha de Fataunços. D. Maria Zulmira era filha do Dr. Júlio Augusto Henriques, nascido a 17 de Janeiro de 1838, ilustre lente de filosofia na Universidade de Coimbra, onde durante cerca de cinquenta anos foi dos professores mais considerados, botânico dos mais distintos da sua época e durante muitos anos Director do Jardim Botânico de Coimbra, foi ainda fundador do Museu de Botânica de Coimbra, foi além disso bacharel em Direito deixando muitos trabalhos, contribuindo para vários jornais da sua especialidade quer nacionais quer estrangeiros.
O Dr. Júlio Henriques nasceu em São Martinho do Arco de Banlhe - Cabeceiras de Basto, e faleceu em 7 de Maio de 1928; era filho de António Bernardino Henriques e de D. Maria de Jesus Gomes Ribeiro, neto materno do Capitão António José Gonçalves e de D. Anna Ludovina Ribeiro, de Vilar de Viando - Mondim de Basto; neto paterno de Manoel Henriques e de D. Anna Gertrudes de Jesus, naturais de Braga. Era casado com D. Zulmira Angelina de Magalhães Lima, nascida no Rio de Janeiro a 5 de Outubro de 1852 e falecida em Coimbra a 20 de Junho de 1909, sendo filha de Sebastião de Carvalho e Lima, que residiu no Brazil de 1836 a 1854 ficando depois em Aveiro sua terra natal onde foi influente político, Presidente da Câmara e deputado às Côrtes, tendo-lhe sido oferecido um lugar de Ministro e um título que não quis aceitar, era casado com D. L??? Rodrigues Pinto de Magalhães Lima, que era filha de Guilherme Pinto de Magalhães, português residente no Brazil; neta paterna de Sebastião Gonçalves de Figueiredo e Lima, Capitão- mor e grande industrial de cobre na região do Eixo - Aveiro, e de D. Liberata Ludovina da Rosa Vidal, de Vages; bisneta de Manoel Gonçalves de Figueiredo e de D. Maria Dias Fernandes de Paiva e Lima; 3ª neta de José Gonçalves de Figueiredo e de (?); 4ª neta de Arcenço Gonçalves de Figueiredo, fundador da indústria do cobre no Eixo, e de D. Sebastiana Ignêz Rodrigues. Eram cunhados do Dr. Júlio Henriques o Dr. Jayme de Magalhães Lima, escritor distinto, especialmente do género epistolar, deixando numerosos livros, entre eles um (?) São Francisco de Assis, sendo uma figura de maior destaque da sua época na região de Aveiro; e também o Dr. Sebastião de Magalhães Lima, propagandista de ideias avançadas e geralmente contrárias às professadas por seu irmão Jayme, fundador do " Século ", orador fluente muito conhecido em Portugal e no estrangeiro. Entre os filhos do Dr. Júlio Henriques destacou-se o Dr., Álvaro de Lima Henriques, formado em filosofia em Coimbra, engenheiro mecânico pela Universidade de Gaud, engenheiro dos mais distintos dos Caminhos de Ferro sendo o Director Geral da Exploração da C. P. Tiveram os seguintes filhos:
13.1 José.
13.2 Maria Clementina.
13.3 Jaime.
13.4 Maria Júlia.
Por acordo entre os dois filhos do Dr. Bernardo de Souza Azevedo de Menezes (Bernardo e José) ficou José como único dono da antiga Casa do Casaínho.
Os actuais donos da Casa do Casainho são os filhos de José Júlio Marques Braga de Sousa Menezes:
15.1 José
15.2 Pedro
15.3 João
Direct link:
Casa do Prado do Casinho, de António Pires Seixas.
Caro confrade bymnz,
gostaria de saber a fonte da informação que tem no ponto 7 da sua mensagem, nomeadamente:
"Casou com D. Mariana Pereira da Costa Pimentel, em 16 de Fevereiro de 1670, sendo a sua mulher natural de Paço de Carvalhaes, freguesia de São Tiago da Moita, filha do Dr. Roque da Costa Pimentel, um dos mais notáveis Juizes do seu tempo, Juíz Desembargador de Paço de Carvalhaes e de Ílhavo, e de D. Magdalena da Silva Pereira, filha do Dr. António Ribeiro (avô materno), natural de Ribeiradio, que também foi Juíz das mesmas, e de D. Anna da Silva Pereira (avó materna). Era neta pelo lado paterno de Henrique de São Payo de Pinho da Silva (avô paterno), de Esgueira - Aveiro, e de D. Helena Pimentel da Costa Pereira (avó paterna), sendo esta filha de D. Maria Coelho Pereira da Costa (bisavó) e de Manuel Pimentel de Almeida (bisavô), e este filho de André Lopes de Almeida, de Aveiro, e de D. Mecia de Meirelles Pimentel, de Lisboa, Dama da Princesa D. Joanna. D. Maria Coelho Pereira da Costa era filha de Balthazar Coelho da Costa (3º avô), filho de Manoel Coelho da Costa, Cavaleiro-fidalgo, e de D. Isabel da Costa, do Loureiro, filha de Gaspar Ribeiro da Costa, senhor do morgado do Loureiro em Viseu, e de D. Mecia Pereira de Castro (3ª avó), filha de João Marinho (4º avô), Cavaleiro da Ordem de Cristo, filho de Fulgêncio Marinho, padroeiro de São Miguel de Travassos- Viseu, e de D. Helena Pereira de Castro (4ª avó), filha de Sebastião Jorge da Rocha Tamanqua (5º avô), cavaleiro fidalgo do Porto, e de D. Isabel Pereira de Castro (5ª avó), filha legítima de D. Nuno Álvares Pereira de Castro (6º avô) e de D. Catharina de Andrade (6ª avó) sendo D. Nuno filho dos Condes de Feira, D. Diogo Pereira e de D. Isabel Pereira de Castro (7º avós), e este, filho de D. Manoel Pereira 2º Conde de Feira."
Interessa-me sobretudo a ascendência de Roque da Costa Pimentel, e que me aparece já com dados díspares nomeadamente no que respeita os pais, e depois na ascendência de D. Nuno Álvares Pereira de Castro.
Se me conseguir dar aqui umas luzes ficarei imensamente grato.
Cumprimentos,
Nuno Silva
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Casa do Prado do Casinho, de António Pires Seixas.
Renovando este mesmo pedido para bymynz do meu primo Nuno Silva por ser descendente desta linha Pimentel-Coelho e também estou interessado nas fontes....
Aguardo sua resposta.
Miguel da Rocha Labrego
miguellabrego@gmail.com
Direct link:
Casa do Prado do Casaínho, de António Pires Seixas.
Boa noite
Relativamente ao solicitado pelo seu primo Nuno Silva, nomeadamente a fonte de informação relativa ao ponto 7 da minha mensagem, informo que a mesma foi retirada de um manuscrito muito antigo, que se encontra na posse do meu primo Jaime Vasconcelos, relativo à Linha Varonil da Casa do Prado do Casaínho da qual sou um dos actuais proprietários.
No que se refere propriamente à ascendência de Roque da Costa Pimentel, lamento mas não o poderei ajudar visto não existir nesse manuscrito qualquer outra referência a esse assunto.
Cumprimentos
Pedro de Sousa Menezes
Direct link:
Casa do Prado do Casinho, de António Pires Seixas.
Prezados colegas Pedro de Sousa Menezes, e Nuno Silva (no que enquadrar)
Também me referindo ao item 7, de sua mensagem 412314, mais especificamente sobre a ascendência / descendência do NUNO ÁLVARES PEREIRA DE CASTRO.
Na Wikipédia lista os seguinte para os TITULARES DO "CONDES DA FEIRA":
1º D. Rodrigo Pereira ou D. Rui Pereira, 1.º Conde da Feira;
2º D. Diogo Pereira, 2.º Conde da Feira, filho do anterior;
3º D. Manuel Pereira, 3.º Conde da Feira, filho do anterior;
4º D. Diogo Forjaz Pereira, 4.º Conde da Feira, filho do anterior
Pelas informações que você teve a amabilidade de expor no referido item 7, deduzo que o citado D. Manoel Pereira ao invés de ser o 2º, seria o 4º Conde da Feira.
Quanto ao MANUSCRITO que referiste, se puder citar a AUTORIA E DATA e LOCALIDADE, para eu fazer a devida referência bibliográfica, fico-lhe muitíssimo agradecido.
Se no Manuscrito contiver dados complementares de descendência do Nuno Álvares Pereira de Castro, conforme listo abaixo, se puder fazer a gentileza de disponibilizar-me, agradeço. Como também DATAS e CIDADES de N-C-F, desde o Nuno até os descendentes abaixo listados.
Ao NUNO SILVA, tenho interesse nos dados pessoais do casal Mécia Pereira de Castro – Esposo: Gaspar Ribeiro da Costa, como também de seus FILHOS, que agradeço no que for possível informar.
Com os melhores cumprimentos. Abraço fraterno.
Samuel C O Castro - Olímpia - SP - Brasil
x
D. Ana de Menezes – N-1520
Esposo: D. Diogo Pereira Forjaz - 4º Conde da Feira - Primos – vide pg 9p9p9p – NFP, vol III, Pereira, $2, N20 - GIM, Tomo VI, pg 111 - Dentre outros filhos:
a) D. Nuno Álvares Pereira de Castro – Serviu na Índia
1ª Esposa: D. Maria de Sousa
Fhs de D. Nuno e Catarina de Andrade:
https://geneall.net/pt/forum/145083/casa-do-prado-do-casinho-de-antonio-pires-seixas/#a427819 , item 7, da mensagem 412314 | bymnz | 13 Fev 2019 22:14, de Pedro de Sousa Menezes.
Fhs: 1) B. Isabel Pereira de Castro (Isabel de Castro)
Esposo: Sebastião Jorge da Rocha Tamanqua – Cav. Fid. do Porto. Res. Paço de Brandão.
Fhs: a) Manuel da Rocha de Castro - Advogado de São Pedro de Aradas
Fhs: 1) ….. – 2) ……. – Res em Aveiro, incluindo um padre João da Rocha que foi
arciprestado.
b) Bernardo de Castro que se casou no Porto com Catarina Louzado sem problemas
c) Inácio da Rocha e Castro – Esposo: Leonor Borges - Quem procedeu o inquisidor Diogo Borges de Castro e um sobrinho deste mesmo nome que foi capturado-mor da Silva, etc.
d) Francisco da Rocha - Morou na Terra da Feira e foi filho de P.e Jerônimo de Assunção, geral dos Loios.
e) D. Maria da Rocha e Castro - Que ordenou Freira, em Lorvão e lá foi abadessa.
f) Catarina de Castro – N- cerca de 1515 – Esposo: Afonso Godinho - Juiz de direito da Alfândega e com a almoxarifação de propriedade na mesma Vila depois de viver, e todos os seus descendentes são os principais .
g) Antónia de Castro – Esposo: Eitor de Macedo - Deu os ofícios de que eram senhores.
Fhs: 1) Ambrósio de Castro - Vendeu os ofícios de seu pai; não casou mas teve
Fhs: a) B…….. – Esposo João Marques
Fhs: 1) João Marques das Maçadas
2) Isabel de Castro – Esposo: Bartolomeu Cardoso
Fhs: a) Fernando Cardoso – Esposa: Maria Pinto
h) Helena de Castro – N-Paços de Brandão, S Maria da Feira
Esposo: João Marinho – COC. Escudeiro - c. g.
Fhs: 1) Mécia Pereira de Castro – Esposo: Gaspar Ribeiro da Costa - Sr. do Morgado do Loureiro, Viseu
Fhs: a) Isabel da Costa – Do Loureiro - ccs
i) N. . . de Castro – Esposo: António Vieira - Da quinta de Cacela, na Terra da Feira
Fhs: 1) Isabel Vieira de Castro – Esposo: Sebastião da Silva - Escrivão da câmara e dos órfãos do Eixo - c. g.
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Casa do Prado do Casinho, de António Pires Seixas.
Caro Samuel,
Antes de mais bom ano e fartas pesquisas!
Cuidado que há muita confusão entre os muitos D. Nuno Álvares Pereira da nossa história, uns foram para Ceuta, pelo menos outro para a Índia (creio que terá sido Capitão de Ormuz mesmo antes do seu sobrinho D. João Pereira, antes deste se tornar Conde da Feira). Mas não creio que nenhum destes seria o D. Nuno Álvares Pereira de Castro (temos que analisar bem os períodos temporais).
Cumps,
Nuno Silva
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Casa do Prado do Casinho, de António Pires Seixas.
Prezado Nuno Silva,
Agradeço pelo seu retorno.
Realmente tiveram muitos NAP.
Nosso colega Pedro de Sousa Menezes, no final do citado item 7, da mensagem 412314, se refere:
"D. Nuno Álvares Pereira de Castro (6º avô) e de D. Catharina de Andrade (6ª avó) sendo D. Nuno filho dos Condes de Feira, D. Diogo Pereira e de D. Isabel Pereira de Castro (7º avós), e este, filho de D. Manoel Pereira 2º Conde de Feira".
Pelo que me consta o DIOGO Pereira teve como esposa a Ana de Menezes, e NÃO A ISABEL DE CASTRO (ou Isabel de Menezes), pois ESTA seria a esposa do MANUEL, pai do Diogo.
O NAPC, que em minha anterior mensagem enquadrei como filho do DIOGO e neto do MANUEL acima citados, já constava em minha base, como filho e neto dos citados, bem provável que a citação esteja nas referência que ali tenho NFP, vol III, Pereira, $2, N20 - GIM, Tomo VI, pg 111. Em vista disto, que segui a linha de o colega Pedro nos indicou, como o NAPC sendo filho de DIOGO, e neto de MANUEL, ambos Condes da Feira.
Vamos aguardar se o colega Pedro de Sousa Menezes possa melhor elucidar a ascendência correta do NAPC que tanto procuramos.
Tenho interesse nos dados pessoais do casal Mécia Pereira de Castro – Esposo: Gaspar Ribeiro da Costa, como também de seus FILHOS, que agradeço no que for possível informar. Como também, de dados complementares de descendência das pessoas que citei em minha mensagem 428022.
Com os melhores cumprimentos. Abraço fraterno.
Samuel C O Castro
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