certidão de nascimento do meu avô
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certidão de nascimento do meu avô
Gostaria que alguém pudesse me ajudar.
Localizar a certidão de nascimento de meu avô Mário Júlio Antunes, filho de José Antunes Ruivo e Júlia Adelaide Antunes.
Nascido entre 1890 e 1905 em Portugal acho que em Lisboa.
Agradeço, Clarice.
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RE: certidão de nascimento do meu avô
Mais uma vez peço ajuda.
Gosatria de saber também os nomes dos tataravós, pois pelo lado de minha avó , meu tataravô é o Barão do Forte de Coimbra, General Hermenegildo de Albuquerque Portocarrero, casado com Ludovina Alves Portocarrero e pais de 17 filhos e a casúla Anna Portocarrero Martin, casada com Paulo José Pedro Martin, tiveram 11 filhos e um deles minha avó, Gilberta Portocarrero Martin Antunes, casada com Mário Júlio Antunes.
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Localize e faça pesquisa
Minha cara,
Então "Localize". Sendo mais claro, descubra pela pesquisa de ancestrais (certidões de nascimento, matrimónio e óbito) os locais de nascimento (Freguesia/paróquia ou Localidade apensa ao Concelho) das pessoas que pretende confirmar e datas o mais precisos (no mínimo um ano preciso)
As informações que dá são equivalentes a eu dizer-lhe dois ou três nomes comuns, dizer que são 'do Brasil', dizer 'acho que de São Paulo' e pedir-he que os descubra. E você, recatadamente, sorrir-se-ia não era? Pois é.
Era bom que os Portugueses se conhecessem todos. Mas infelizmente não é assim.
Por isso o trabalho começa em si, na sua certidão, em que aparecem os seus pais e avós; nas certidões do seus pais, em que constam os seus avós novemente (para confirmar) e os seus 8 bisavós; nas dos seus 4 avós, onde estão os 8 bisavós e os 16 trisavós, e por aí adiante até haver livros paroquiais (e outros documentos que entretanto for descobrindo: escrituras, testamentos, etc.)
Começe hoje que assim chega lá. Ou continue a tentar a tal agulha num palheiro, que pode nunca aparecer.
Cumprimentos, boas pesquisas e boa sorte. Se tiver dúvidas, pergunte aqui mesmo no seu tópico (não abra outro). VF
Nota à margem: "TETRAVÔ" e não 'taratátáqualquercoisa". Lembre-se que quando o Brasil foi campeão pela QUARTA vez, foi TETRAcampeão, e não
"tataracampeão" ...
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RE: Localize e faça pesquisa
Caro Vitor Ferreira
Só para lhe recordar que tataravô é a palavra que no Brasil se utiliza para nomear o nosso tetravô, aparecendo nos dicionários da língua portuguesa como sinónimos.
Imagino a confusão para os frequentadores brasileiros deste fórum quando mencionamos os nossos tetravós.
Enfim, duas faces duma mesma moeda.
Os meus cumprimentos
M.Elisa
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RE: Localize e faça pesquisa
Cara M.Elisa,
Como está? Conheço os diccionários e vivi no Brasil muitos anos. Por isso mesmo falo desassombradamente em relação a alguns disparates linguísticos que lexical e etimologicamente não fazem nenhum sentido.
O 'tátáráré' é mesmo disparate. O facto de se consagrar em diccionário é apenas isso: uma rendição ao disparate, ao erro, à corruptela. Mas não por conservadorismo. É um paradoxo uma vez que o prefixo certo é usado em paralelo com o errado: Brasil foi tetracampeão e não tataracampeão (por acaso até são 'penta', mas adiante). Também se diz 'tauba' ao invés de 'tábua', e 'Ocrides' ao invés de 'Euclides', e acho que não é por causa disso que vamos deixar de preservar uma bocadinho a norma e dar entrada livre a todas as calinadas no diccionário ...
Mas não vamos mais longe: o que tem a me dizer sobre o inaudito "há-de" português? Outro disparate que eu me recusarei a escrever até ao fim dos dias da vida. Apenas os pronomes são ligáveis com hífen aos verbos. As preposições nunca. Por essa ordem de ideias poderíamos usar um "tenho-que" ou um "têm-por" ...
Como vê, não se trata de nenhuma imbirração com formas transatlânticas de consagrar percalços linguísticos: também as há cisatlânticas.
As maiores vénias à sua visão; a mais firme refirmação da minha. E os melhores cumprimentos e estima pelas suas agradáveis e sensatas intervenções neste espaço de troca, alegre-sério.
VF
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RE: Localize e faça pesquisa
Caro Vitor Ferreira
Muito obrigada pelas suas amáveis palavras.
É sempre com agrado que leio as suas intervenções neste sítio, admirando a sua capacidade de síntese e o modo como de uma maneira alegre e desassombrada tenta ajudar os iniciadores.
Sobre o uso do hífen no há-de (que sempre usei) levantou-me dúvidas, pelo que consultei o Acordo Ortográfico. Conforme consta na base XXXI o uso do hífen ligando o verbo (haver) à preposição é o correcto para as formas monossilábicas do presente do indicativo.
Sobre a incorrecta utilização do verbo haver o que me arranha o ouvido são as muitas vezes que ouço dizer: tu "hades" eles "hadem" como se se tratasse do verbo "hader".
Desejo-lhe a continuação de bom fim de semana.
Os meus cumprimentos
M.Elisa
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É claro ...
... que há de vir na gramática.
É exactamente aí que está o ponto: mais cedo ou mais tarde alguns disparates hão [sem hífen] de ir parar à gramática. É o que eu digo: a consagração dos erros. Nessa altura agarra-se nos ditos - que como não podiam deixar de ser, são excepções - e encontra-se uma justificação mais ou menos rebuscada para justificar o encaixe.
Mas lá está: o que vale e para que serve esse acordo se em Portugal (onde essa forma do "há-de" se consagrou - ou se manteve a partir de uma forma arcaica) ele vale, e no Brasil (onde não se consagrou ou caiu de velho) ele não vale, e é mesmo dado como errado, e a meu ver muito bem pela razão que apontei ("em Português não se ligam preposições aos verbos"; ou teríamos que aceitar o "há-que", etc.)?
Bom, não quero ser renitente, apenas clarificar argumentos. E uma vez que temos os argumentos expostos (salvo seja), desejo-lhe um santo Domingo, óptimos progressos nas suas pesquisas e uma permanência longa nestas páginas, uma vez que já confessei e reitero a minha postura de 'fan' das suas intervenções.
VF
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