Família Charraz
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para Carlos Silva
Caro Carlos Silva,
procuro dados sobre a minha ascedência Charraz:
1. o meu avô materno chamava-se Martinho Charraz Sanches Osório, era de uma família de Serpa, como pode ver em http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=33796
mas não sei mais do que já está no GP.
outras informações que fui coleccionando aqui no fórum:
2. Têm conhecimento da ligação entre a família portuguesa Charraz e Jean-Baptiste Adolphe Charras (tenente-coronel e figura de vulto da história política de França)?
3. A minha bisavó chamava-se Maria da Soledade Cardozo Charraz. Casou com José Baptista Sant'Anna, filho de Maria Ana dos Santos Baptista e de José Maria Marques Sant'Anna, em Setúbal.Sempre ouvi dizer que esta família tinha origem num oficial francês que viera para Portugal com as invasões napoleónicas. Será isto possível?
4. Este não é um apelido muito comum. Penso que corresponde ao nome de uma aldeia francesa, julgo que situada na região de Poitier.
5. A minha avó diz que o "nosso" Charraz tinha a ver com uma personalidade francesa que terá dado o nome ao Boulevard Charraz em Paris. Não sei se esta tradição oral familiar tem algum fundamento ou não. Também nunca investiguei o assunto. Também me parece que todos os deste nome em Portugal devem ter alguma relação. A não ser se seja um nome muito comum em França, o que também desconheço. Os meus vieram de Serpa.
Pode ajudar-me?
Francisco Montanha Rebelo
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RE: para Carlos Silva
Tenho novos dados do meu ramo da família Charraz (atrevo-me a considerar que todos os Charraz portugueses têm uma origem comum).
Minha bisavó, Maria da Soledade Cardoso Charraz Sant'Anna (nascida em Setúbal)era filha de José António Charraz e de Maria Elisa Cardoso, o primeiro negociante e a segunda doméstica.
Através do assento de baptismo de José António Charraz (nascido em 1860), posso adiantar que este era natural de Santa Maria de Serpa, sendo filho de Bento da Cruz Charraz, ganadeiro, e de Maria dos Remédios Chorão, doméstica (casados em 1852, sendo o 2º casamento do pai e o 1º da mãe).
Era neto por parte paterna de João Mideiro Charraz, da Corte do Pinto (concelho de Mértola) e de Maria da Cruz Velladas.
Não consegui ainda encontrar os assentos de baptismo de Bento da Cruz Charraz e de João Mideiro Charraz, tarefa que me parece difícil devido ao mau estado em que se encontram os livros paroquias das freguesias de onde são naturais.
Cumprimentos
João d'Almeida Capela
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RE: para Carlos Silva
Caro João,
também me parece que todos os Charraz portugueses têm uma origem comum.
no entanto, estou neste momento em mudança para Vienna, Austria, e tenho os meus papéis devidamente acondicionados (assim o espero) algures.
tenho que esperar que cá cheguem para lhe poder responder
abraço
Francisco Montanha Rebelo
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Novos Desenvolvimentos
Caros confrades,
Na minha pesquisa, encontrei um irmão de Bento da Cruz Charraz, que se casa em Santa Maria de Serpa, a 3 de Agosto de 1856, com Abundacia Ritta d'Oliveira, filha de João António d'Oliveira e de Maria Paula Pires.
Bento da Cruz Charraz casa-se com Maria dos Remédios Chorão, em Santa Maria de Serpa, a 13 de Outubro de 1852.
Em ambos os registos o apelido segue a seguinte grafia: Xarraz.
Surgindo já na forma Charraz, encontro o nascimento de dois irmãos de meu trisavô, José António Charraz: António, em 1855 e Maria, em 1858.
Guiado pela grafia Xarraz, encontrei na Torre do Tombo a habilitação para Familiar do Santo Ofício (1727), de Francisco Marcos Xarraz (não sei se com alguma ligação à minha família). Este é natural de Setúbal e estudante na Universidade de Coimbra. É filho de Manuel Lopes Xarraz (mercador) e de Maria Teresa. Neto por via paterna de Bartolomeu Fernandes e de Catarina Rodrigues e, por via materna, de Manuel Denis (filho de Francisco Denis e de Maria dos Santos) e de Catarina de Oliveira (filha de António do Couto e de Maria da Roza).
Em 1728, Francisco Marcos Xarraz (já Familiar do Santo Ofício), pede autorização para se casar com Margarida Teresa Cordovil (natural de Setúbal),filha de Estêvão Afonso Cordovil e de Catarina Teresa Rouboa. EstA é neta por via paterna de outro Estêvão Afonso Cordovil e de Inês Gomes e, por via materna, de Mateus Gomes de Torres e de Brites Sequeira Rouboa.
Não consegui ainda localizar os assentos de baptismo de João Mideiro Charraz, bem como de seus dois filhos conhecidos.
Na minha família sempre se contou que o nosso Charraz provinha de um oficial francês que passara a Portugal com as invasões napoleónicas...
Cumprimentos,
João
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