Familia Bello e Belo
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FAMILIA BELLO E BELO
TENHO UM ARQUIVO QUE RELACIONA A ENTRADA DA FAMILIA BELO EM MINAS GERAIS POR VOLTA DE 1670, BEM COMO EM OUTROS ESTADOS BRASILEIROS DEPOIS DE 150 ANOS DE DESCOBERTA DO BRASIL. CONSEGUIMOS LOCALIZAR DOCUMENTOS RELATANDO A FAMILIA NA INGLATERRA ´POR VOLTA DE 1210. EM ESTUDOS PUDEMOS ENTENDER QUE BELLO (VEM DO LATIM BELICO) E NAO NO SENTIDO DE BELEZA. PORTANTO, CONSEGUI LOCALIZAR RAMO DA FAMILIA OLIVEIRA BELLO EM OVAIS. Mas na realidade estamos procurando se ha registro historico da familia Bello antes de 1500 em Portugal, (levando em consideração que temos no registro de familias no genea plus) Maria Belo de 1510 em Portugal.
Conseguimos localizar esta familia na Espanha, Alemanha, Italia, Inglaterra antes de 1500. Desde já agradecemos.
Direct link:
BANCO OLIVEIRA BELLO
ELTON,
Vc sabe os nomes dos sócios do BANCO OLIVEIRA BELLO q existiu no Rio de Janeiro do século 19?
FGJ
Direct link:
RE: BANCO OLIVEIRA BELLO
PREZADO FGJ VOU PESQUISAR E TE RESPONDEREI EM BREVE - ACREDITO SER DA FAMILIA OLIVEIRA BELLO DE OVAR EM QUE POSSUIAM UM NAVIO ORVALENSE QUE NAVEGAVA PARA A AMERICA DO SUL....VOU CONSULTAR E TE RESPONDO
ReplyDirect link:
RE: BANCO OLIVEIRA BELLO
ELTON,
Vc achou alguma informação sobre os acionistas do BANCO OLIVEIRA BELLO do Rio de Janeiro?
FGJ
Direct link:
RE: BANCO OLIVEIRA BELLO
ESTOU PESQUISANDO, E ATÉ O PRESENTE MOMENTO ENCONTREI ALGUNS DETALHES QUE ESTOU ME APROFUNDANDO PARA LHE REPASSAR COM CERTEZA A INFORMAÇÃO, ACHEI INUMERAS RUAS COM O SOBRENOME OLIVEIRA BELLO ONDE JUSTAMENTE FUNCIONAM AGENCIAS BANCARIAS...VOU TE REPASSAR A INFORMAÇÃO AINDA ESTA SEMANA....ABRAÇOS E AO DISPOR ELTON BELO REIS.'.
ReplyDirect link:
RE: BANCO OLIVEIRA BELLO
MOEDAS E BANCOS NO RIO DE JANEIRO NO SÉCULO XIX
(versão preliminar}
Elisa Müller 1
1)Introdução:
Um leitor interessado em conhecer um pouco mais sobre as origens da
moeda e dos bancos na região atualmente conhecida como Rio de
Janeiro deve buscar na história desta localidade as razões que fizeram os
estabelecimentos bancários surgirem ali antes de sua fundação em São
Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, estados que atualmente
concent ram um grande número de matrizes e filiais de estabelecimentos
bancários.
Parece não haver dúvida de que a primazia do surgimento dos bancos no
Rio de Janeiro deveu- se, de um lado, as exigências de valorização do
capital mercantil e, de outro, a mobilidade das oportunidades
econômicas da região graças ao fato de este ter sido a capital dos
negócios portugueses no Brasil, do Império e, posteriormente, da
República.
A partir da leitura dos trabalhos dos autores mencionados na
bibliografia, essa análise mostra que, a exceção do primeiro Banco do
Brasil (1808- 1829), durante o período Imperial os bancos criados no Rio
de Janeiro especializaram- se no atendimento das necessidades de
crédito das atividades urbanas, especialmente do comercio, relegando a
um segundo plano o financiamento à indúst ria e à agricultura. Revela
ainda que os negociantes radicados no Rio de Janeiro – estrangeiros ou
cariocas - tiveram um papel relevante na formação desses
estabelecimentos.
Ademais, o texto sublinha os conflitos e a harmonia existente entre
os interesses dos bancos privados do Rio de Janeiro e o terceiro Banco do
Brasil, principal instrumento da política de estabilização monetária do
Império. Mostra que a expansão do número de bancos e de casas bancárias
no Rio de Janeiro estava ligada à política creditícia do Banco do Brasil. Não
1 A autora agradece ao professor Fernando Carlos Cerqueira Lima, pois algumas idéias
expostas nesse ensaio estão referidas a artigos editados em co- autoria. Essas publicações e a
disciplina de história financeira oferecida na graduação do IE cumprem a finalidade de dar
continuidade à tradição, iniciada no Instituto de Economia pela professora Maria Bárbara
Levy, de manter viva a pesquisa na área de história financeira.
1
raro, a retração dos créditos do Banco do Brasil significou a falência de
bancos e casas bancárias de origem privada e vice- versa.
O ponto de partida do trabalho está situado em um período de tempo
anterior ao surgimento do meio circulante brasileiro, ou seja, coincide
com a chegada dos portugueses ao Brasil e com a prática de escambo,
surpreendente para os indígenas que viviam no Rio de Janeiro, para
quem a troca como regra era praticamente inexistente.
Com o desenvolvimento da plantation açúcareira na colônia e o uso de
mão de obra escrava de origem indígena, o escambo entre nativos e
lusitanos perdeu o sentido e o açúcar passou a ser usado como dinheiro.
A crise da economia do açúcar e a descoberta das jazidas de ouro na
região das gerais permitiu uma nova mudança na forma da moeda
através da introdução da moeda - metálica que passou a conviver com
outras formas de moeda menos avançadas. O aparecimento da moeda
metálica no Brasil, segundo Maria Bárbara Levy (1983), não foi um
acontecimento isento de luta política. Para a historiadora, a instalação da
Casa da Moeda, na Bahia, teria ocorrido em conseqüência da resistência
dos moradores da Colônia à política monetária do Estado Português que
desvalorizava o meio circulante sempre que a moeda escasseava no
Brasil. Tal explicação contrasta com a razão da instalação da Casa da
Moeda do Rio de Janeiro motivada pela descoberta das minas de ouro, na
região das gerais.
Da moeda metálica, passou - se ao papel - moeda, marco inicial das
atividades bancárias no Rio de Janeiro e no Brasil, graças à ação emissora
do primeiro Banco do Brasil, um banco muito mais “carioca” do que
nacional.
No Império assistiu - se a um verdadeiro embate entre bancos e casas
bancárias fluminenses de origem privada e o Banco do Brasil que através
de uma política de crédito, expansiva ou restritiva, estimulava, ou inibia,
o crescimento do número de estabelecimentos bancários privados.
A narrativa está dividida em quatro partes. A primeira mostra aspectos
da evolução das formas da moeda no Brasil, desde o escambo até o
surgimento da moeda metálica. A segunda e a terceira seções discutem o
aparecimento do papel - moeda no país, na primeira metade do século XIX. A
2
quarta parte enfoca a emissão pública e privada de moeda no segundo
reinado até a proclamação da República, após seguem as notas conclusivas.
2) A evolução das formas de moeda no Rio de Janeiro: do escambo ao
metalismo
Quando as caravelas portuguesas chegaram ao Rio de Janeiro, em
1502, em busca de ouro e de outras riquezas, os nativos que habitavam
nessa região, há mais de um milênio, viviam nos moldes de uma
economia de subsistência baseada, sobretudo, nas atividades de caça e de
pesca. Até o descobrimento do Brasil a prática de comércio 2 era pouco
difundida na América do Sul. Tal fenômeno não aconteceu, por exemplo,
na América espanhola, no México e na Guatemala. Quando Fernan Cortez
chegou à cidade de “Tenochtitlán, a capital do Império Asteca, encont rou
aí um mercado que se realizava diariamente e que, segundo os cronistas
congregava por volta de 60.000 comerciantes (Mott,1976:1).
A prática de comércio e o uso de moedas européias no Rio de
Janeiro foram iniciadas com a exploração de pau- brasil, a primeira
riqueza com valor comercial encontrada nessa região. A metrópole
portuguesa exercia o monopólio e controlava a extração de pau–brasil -
espécie de madeira utilizada na produção têxtil européia principalmente
inglesa – através da venda de concessões a comerciantes portugueses. Os
contratos estabeleciam que a defesa da terra, o compromisso de erguer
fortificações e o pagamento do quinto ao soberano, em espécie ou em
dinheiro, eram atribuições dos arrendatários. Tais contratos fizeram com
que a colônia brasileira passas se, desde cedo, a conviver com moedas
metálicas européias – sobretudo portuguesas - usadas para saldar
dívidas de tributos ou no comércio de pau- brasil, entre a metrópole e a
colônia.
Para os nativos o pau- brasil não tinha valor econômico e era
matéria prima indispensável para a fabricação de canoas. O escambo
surgiu com a necessidade dos europeus de conseguirem braços para a
2 Segundo Mott (1976), o comércio entre tribos era bastante reduzido limitando - se a alguns
artigos raros ou de luxo. Utilizando o trabalho de Lévi- Straus “Guerra e Comércio entre os
Índios da América do Sul”, Mott mostra que para os nativos o sentido da troca era muito mais
cultural e do que econômico.
3
extração, corte e transpor te da madeira das matas para o litoral. Em troca
do seu trabalho, os índios recebiam dos portugueses anzóis, machados,
facas, roupas e outros objetos. Essas práticas de escambo 3 permitiram
aos portugueses apropriarem- se de, ao menos, dois produtos
importantes : o pau- brasil e a farinha de mandioca. O primeiro tornou -
se o principal item de exportação brasileiro durante o chamado período
pré- colonial e a segunda foi, durante séculos, um dos produtos mais
importantes na alimentação dos colonizadores.
Atraídos pelo comércio de pau- brasil, os franceses comandados
por Nicolau Durand de Villegagnon ocuparam a baía de Guanabara e
fundaram, em 1555, a França Antártica, uma empresa de colonização.
Dispostos a manter a exclusividade comercial na colônia, os portugueses
entraram em guerra contra os franceses. Estácio de Sá, para marcar a sua
presença no litoral, fundou em 1565 a cidade de São Sebastião do Rio de
Janeiro. Localizada inicialmente entre os morros Cara de Cão e Pão de
Açúcar, a cidade resistiu aos ataques franceses até 1567, quando vencida
a França Antártica, foi transferida por motivos de segurança para o
morro do Descanso, mais tarde chamado de São Januário e,
posteriormente, de morro do Castelo.
A necessidade de converter os índios ao catolicismo e de adaptá -
los ao trabalho justificou a presença dos jesuítas 4 no Rio de Janeiro e a
fundação, em 1567, do Colégio da Companhia de Jesus.
(Fazenda,1921:213). Depois deles, vieram para a cidade os beneditinos,
os franciscanos e os carmelitas. Durante o período colonial, as
irmandades e as ordens religiosas desempenharam um importante papel
no cotidiano do Rio de Janeiro. Delas dependiam os escravos e os
homens livres necessitados de assistência médica, de escolas e de
funerais. Os seus hospitais eram os únicos existentes no Rio de Janeiro,
até o século XIX. Além da saúde, os religiosos iluminaram ruas,
construíram ruas e pontes e forneceram água aos moradores da cidade.
3 Apenas o escambo não seria capaz de garantir aos portugueses a apropriação do trabalho
indígena. A medida que crescia a demanda de braços para a extração de madeira o trabalho
tornou - se compulsório.
4 Os jesuítas permaneceram no Brasil até a assinatura do Alvará Régio de 3 de setembro de
1759, o qual determinou a expulsão da Companhia de Jesus do Reino de Portugal e de seus
domínios, além do confisco de seus bens materiais.
4
Detiveram o controle sobre o mercado imobiliário, a locação de
moradias 5 e produziram alimentos para serem comercializados no Rio de
Janeiro. Celebraram missas e organizaram procissões e festas que
reproduziam aqui a cultura religiosa metropolitana.
Ao contrário dos nativos, os religiosos conheciam o uso de
moedas. No Rio de Janeiro, integravam um pequeno grupo que tinha
acesso ao dinheiro quer seja através do recebimento de salários – pagos
em mercadorias e em espécie- da participação nos dízimos recolhidos
pela Coroa portuguesa, ou da coleta de esmolas e de donativos recebidos
em moedas.
A pacificação e o trabalho compulsório dos índios fizeram com
que, para os portugueses, o escambo perdesse sua principal função. Com
a produção canavieira, o açúcar passou a ser dinheiro e a economia da
região evoluiu do escambo, forma primitiva da troca, para práticas de
mercado mais regulares mediadas pelo açúcar e pela cachaça usados
como moedas.
A cana de açúcar começou a ser cultivada no Brasil, ainda no
século XVI, e embora estivesse principalmente no nordeste, em 1585 o
Rio de Janeiro possuía três engenhos e, no século seguinte contava com
seiscentos engenhos de grande porte 6.
A principio os engenhos utilizaram a força de trabalho nativa, mas já
havia uma demanda de escravos africanos, conforme evidencia a carta de
Manoel Teles Barreto enviada ao rei de Portugal. No documento, o
governador solicitava “à metrópole o envio ao Rio de Janeiro de cerca de
70 ou 80 escravos procedentes de Cabo Verde, pois não havia escravos
na terra e custavam muito caro 7.
A exigência de importação de escravos abriu ao Rio de Janeiro a
oportunidade econômica de produzir aguardente, que passou a servir de
moeda na compra de escravos trazidos de Angola para o Brasil. Apesar
da importância da produção de aguardente no comércio transatlântico,
os engenhos fluminenses não deixaram de produzi r açúcar para
5 Ver o trabalho de FRIDMAN, Fania (1999). Donos do Rio em Nome do Rei. Uma história
fundiária da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed Garamond.
6 Os engenhos pertenciam a Duarte de Sá (Carta Régia de 10/11 / 15 73), a Antonio Salema
governador da cidade e ao Capitão - mor Cristovão de Barros
7 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Corpo Cronológico, parte 1, maço 31. Documento 48
apud. Serrão,1965:134.
5
exportação ( Fragoso, 2001: 31)já que esta constituía também um negócio
lucrativo.
A dinâmica da economia escravista exportadora canavieira criou as
condições favoráveis ao surgimento do crédito intermediado por
prestamistas individuais - comissários que negociavam a venda das
safras de açúcar brasileiro na Europa e, em troca, forneciam aos
produtores locais escravos, implementos agrícolas e outros artigos
importados. Em decorrência dessas práticas as letras de câmbio
começaram a circular no Rio de Janeiro.
Apesar da produção de açúcar não permitir o aumento da
circulação interna de moedas no Rio de Janeiro - o dinheiro era
transferido para a metrópole através do pagamento de impostos ou da
cobertura dos saldos negativos da balança comercial –, durante a União
Ibérica (1580- 1640) houve um aumento da liquidez monetária na cidade,
em virtude do ingresso de reale s espanhóis no comércio do Rio de
Janeiro. A prata espanhola era trazida pelos tripulantes dos navios que
vinham da região do Prata e paravam no porto para comprar, além de
pau- brasil, os alimentos necessários para prosseguirem a viagem.
Durante o século XVII, houve uma retração da liquidez no Rio de
Janeiro devido ao esgotamento das minas de ouro e de prata espanholas
e da crise da economia portuguesa, enfraquecida por guerras, pela perda
de colônias e queda nas exportações. A falta de meio circulante levou o
governador da capitania do Rio de Janeiro, Constantino Meneslau, a
oficializar a transformação do açúcar em dinheiro “fixando - lhes os
valores, por arroba, de 1$000 para o branco, $640 para o mascavo e $320
para os demais, e ordenando que os negociantes o aceitassem
obrigatoriamente em pagamento”(Gonçalves, 1989 : 63).
Para que uma mercadoria pudesse ser transformada em moeda era
necessário que possuísse características físicas que lhe permitisse
cumprir as três funções básicas inerentes ao dinheiro: 1)servir de
instrumento de troca, 2) servir de unidade de conta e 3) ter uma reserva
de valor. O açúcar conseguia reunir todas essas funções, mas a última
era deveras complicada. Por ser uma comodity o valor do açúcar estava
indexado às cotações deste produto no comércio internacional. Nesse
sentido, sempre que os preços caiam no mercado internacional havia
6
uma desvalorização do meio circulante fluminense ocasionando perdas
aos comerciantes. Talvez tenha sido essa a principal razão pela qual os
negociantes do Rio de Janeiro lutaram na Câmara Municipal, com
sucesso, contra a lei que determinava o uso do açúcar como moeda, a
qual foi abolida em 1663 (Lobo, 1978:26).
Após a decretação do fim do açúcar como moeda, a economia do
Rio de Janeiro viveu um período de escassez monetária. O meio
circulante fluminense, novamente, voltou a ser constituído de moedas de
distintas origens que tinham seus valores intrínsecos avaliados segundo
o peso de seus metais e fluíam do Rio de Janeiro para Portugal através do
comércio internacional e do pagamento de impostos.
Para Maria Bárbara Levy (1983) a insatisfação popular decorrente
das sucessivas tentativas do governo português de solucionar o problema
de escassez do meio circulante através de desvalorizações da moeda
metálica, levou- o à decisão de criar na Bahia uma Casa da Moeda, a qual
teria a incumbência de cunhar moedas de menor valor para a colônia e
moedas mais valiosas para o reino. Com a criação destes dois sistemas
monetários - um para Portugal e o outro para a colônia - as autoridades
portuguesas acreditavam que fosse possível impedir a evasão de divisas
do Brasil, pois o meio circulante brasileiro passou a valer menos do que o
europeu.
Responsável pela emissão de moedas metálicas a Casa da Moeda
da Bahia deveria, também, cunhar moedas para o Rio de Janeiro. No
entanto, a capitania do Rio de Janeiro, que concorria com a de Salvador
no intrincado jogo dos interes ses coloniais, recusou - se a utilizar os
serviços da Casa da Moeda recém instalada no nordeste. Invocando como
pretexto a distância geográfica entre o Rio de Janeiro e a Bahia, a Câmara
Municipal e o governador do Rio de Janeiro, se recusaram a enviar ouro e
prata (além de moedas já cunhadas) para o nordeste, para serem
transformados em moeda provincial.
Diante desse impasse, D. Pedro II, em Carta Régia de 23 de janeiro
de 1697, determinou que os moradores do Rio de Janeiro mandassem o
dinheiro para a Bahia, conforme havia sido acordado antes, ou arcassem
com as despesas necessárias à transferência da Casa da Moeda da Bahia
para o Rio de Janeiro. Este impasse foi resolvido quando a Câmara e o
7
governador do Rio decidiram criar a sua própria Casa da Moeda, a qual
abriu as portas em 1699, ocupando um prédio na rua Direita que
pertencera a Companhia de Comércio(Fazenda, 1943:411- 415)
Apesar dos esforços da Câmara e do governo do Rio de Janeiro, a
Casa da Moeda só permaneceu no Rio de Janeiro até 1700, quando foi
transferida para Pernambuco. De lá, voltou definitivamente para o Rio de
Janeiro graças a descoberta das minas de ouro das gerais e a decadência
da região açucareira.
Instalada em uma nova sede na Praça do Carmo (atual Praça XV)
(Fazenda, ob.cit .:411- 415), a Casa da Moeda passou a cunhar moedas de
ouro para circularem no reino, ao invés das moedas provinciais que
vinham sendo cunhadas no Brasil desde que a lei de 19 de dezembro de
1695 proibira a circulação das moedas do reino na colônia. A abundância
de metais preciosos no Brasil garantiu o funcionamento simultâneo de
várias casas da moeda. Além da de Lisboa, havia a da Bahia e a de Vila
Rica, em Minas Gerais. O ouro aumentou a liquidez, expandiu o mercado
interno e promoveu o crescimento urbano da cidade do Rio de Janeiro.
O porto do Rio de Janeiro tornou - se o principal escoadouro da
produção aurífera do Brasil para Portugal. A dinamização portuária deu
nova vida ao comércio local e transatlântico. A capitania do Rio de
Janeiro passou a exportar escravos – comprados na África (com a
cachaça produzida no Rio), ou dos proprietários de engenhos que
entraram em decadência. Além do abastecimento dos navios ancorados
no porto, o Rio de Janeiro passou a suprir a demanda de alimentos da
região aurífera o que contribuiu para abertura de novos caminhos, mais
tarde transformados em estradas.
O papel desempenhado pelo Rio de Rio de Janeiro - transformado
em principal centro de abastecimento - causou problemas a outras
regiões do Brasil. Em uma carta escrita aos oficiais da Câmara da Vila dos
Ilhéus, Camamú e Cairú e Boipeba, Luís Cesar de Menezes, da Bahia,
adverte aos oficiais que o desvio de farinha para o Rio de Janeiro ”tem
causado prejuízo ao povo da Bahia, que experimenta a falta desse gênero
para o seu sustento causado pelo descaminho da farinha para o Rio de
Janeiro” e solicita aos oficiais dessas comarcas que se constatassem o
tráfico ilegal de farinha da Bahia para o Rio de Janeiro os oficiais
8
“remetessem o Mestre preso e a embarcação, com a farinha que se lhes
achar para eu o castigar como for de justiça”(Ministério da Educação e da
Saúde, 1938:195- 196).
Se na primeira metade do século XVIII havia a abundância de
moedas no Rio de Janeiro, no início do século XIX a cidade voltaria a
conviver com a falta de meio circulante devido ao desvio para a
Inglaterra da moeda cunhada no Brasil e em Portugal. Melo Franco (1947)
mostra que a Casa da Moeda do Rio de Janeiro cunhou, no período de
1703 a 1809, um total de 200 mil contos de réis mas, o meio circulante
fluminense em 1808 somava apenas “10 mil contos; dois terços em ouro,
um em prata, além de pequena quantia em moeda divisionária de cobre”
(Mello Franco, 1947:9). Esses dados, de alguma maneira, servem para
quantificar a evasão do meio circulante do Rio de Janeiro.
Nessa época, o Rio enfrentou não só a falta de liquidez, mas
conviveu com uma verdadeira desordem monetária, a qual afetava a
principal função do dinheiro: a de reserva de valor. Amaro Cavalcanti
( 1983) discute a discrepância dos valores intrínsecos e extrínsecos da
moeda afirmando que “no começo deste século uma oitava de ouro
amoedado valia legalmente entre nós, ao mesmo tempo – 1$600 e
1$777,7 9, e que essa oitava de ouro com dois valores diferentes servia
de medida comum de valor unidade de conta às demais
mercadorias”(Cavalcanti, 1983: 62).
Antes que a cidade tivesse resolvido os problemas que afetavam o
meio circulante, a França radicalizou a disputa com a Inglaterra pela
hegemonia européia e Napoleão Bonaparte declarou o bloqueio
continental aos ingleses. Portugal, dependente economicamente da
Inglaterra, não seguiu as diretrizes impostas pelos franceses que, em
represália, invadiram o seu território obrigando a Coroa Portuguesa a vir
para o Brasil.
A instalação do Estado português no Rio de Janeiro acarretou o
aumento dos gastos públicos impossível de ser cobertos pelo aumento
dos impostos ou por novas emissões de moedas metálicas. O
crescimento das atividades econômicas, impulsionado pela abertura dos
portos e pela revogação da proibição de instalação de fábricas, aumentou
9
ainda mais a demanda de moeda a qual só seria atendida com a emissão
dos bilhetes do Banco do Brasil 8, em 1810.
3) O Banco do Brasil e a emissão de papel - moeda
É praticamente consensual entre os historiadores a opinião de
que o interesse do governo Português em criar o Banco do Brasil
deveu- se a impossibilidade de financiar os gastos públicos - elevados
quando da transferência da Corte para o Rio de Janeiro em janeiro de
1808 - através apenas da cobrança de tributos. A transformação do
Rio de Janeiro em sede do Reino Português, a abertura dos portos às
nações amigas e o fim das restrições impostas às manufaturas
brasileiras aumentaram ainda mais a demanda por moeda a qual era
incapaz de ser suprida a partir do estoque preexistente, já que a sua
oferta era sabidamente muito pouco elástica. Restavam ao governo
português duas alternativas para aumentar a liquidez do sistema e
financiar os gastos. Uma seria promover um “levantamento” do valor
de face da moeda; tal artifício freqüentemente utilizado nos séculos
XVI e XVII possibilitaria um aumento nominal do estoque de moeda,
mas seu custo político era elevado já que, na prática, esta medida
depreciava o poder de compra da moeda( Lima e Müller, 2001).
Outra alternativa, menos problemática, seria a emissão de
moeda papel ( ou papel - moeda) através da criação de um banco
emissor capaz de atender as necessidades de gastos do governo.
Segundo Pelaez e Suzigan (1981) esta solução teria sido apresentada
por D. Rodrigo de Souza Coutinho a D.João VI durante a viagem da
Corte Portuguesa da Europa para o Brasil. Como é sabido a
recomendação feita por D. Rodrigo de Souza Coutinho não era nova,
pois segundo Peres (1971),desde o século XVII eram feitas sugestões
aos reis portugueses para que criassem instituições bancárias no país9.
A proposta mais antiga,segundo o autor, consta na obra do
mercador português Duarte Gomes Solis intitulada “ Discursos sobre
los comércios de las Índias”, publicada em 1622. Uma outra
8 Antes dos bilhetes do Banco do Brasil podem ser considerados papel - moeda os bilhetes
emitidos pela Casa de Administração Geral dos Diamantes, os bilhetes de Casas de Fundição
e os bilhetes de permuta de ouro em pó.
9 Alguns desses projetos pioneiros de constituição de instituições bancárias em Portugal
podem ser encont rados no Arquivo Histórico do Banco de Portugal, em Lisboa.
10
recomendação ao Rei de Portugal para estabelecer bancos está
documentada nas “Razões apontadas a El-Rei D.João IV a favor dos
cristãos - novos, para se lhes haver de perdoar a confiscação de seus
bens que entrassem no comercio deste reino “ escrita, em 1646, pelo
padre Antonio Vieira (Peres,ob,cit ). A principal razão para o insucesso
dessas propostas talvez decorra da opção do governo português de
atribuir às Companhias de Comércio algumas funções normalmente
desempenhadas por bancos. A resistência do Estado português em
relação à organização de instituições bancárias persistiu até o início do
século XIX. Antes dessa data até mesmo a proposta de organizar o
Banco Nacional Brigantino apresentada, em 1797, por D.Rodrigo de
Souza Coutinho, na época ministro da Marinha, foi recusada pelo rei
de Portugal(Guimarães, 1999). Ao que parece, o projeto de criação do
Banco Nacional Brigantino - destinado também a sanear o meio
circulante e a prover o Estado de recursos extra - fiscais - se aproxima,
em muito, do Banco do Brasil, instituído por D. João VI através da
assinatura do Alvará de 12 de Outubro de 1808.
As marchas e contramarchas em relação a organização de
bancos em Portugal sugerem que naquele país e em suas colônias as
atividades bancárias eram desempenhada s por prestamis tas
individuais, comerciantes e outros agentes que
atendiam,fundament almente, às necessidades de fornecimento de
crédito à iniciativa privada. Ao que parece, antes da chegada da família
Real ao Brasil os gastos públicos ainda não justificavam a criação de
um banco emissor. Nesse aspecto a política de financiamento dos
gastos públicos portugueses parece ter sido mais ortodoxa do que a de
outros países, que a exemplo da Inglaterra e dos EUA, não hesitaram
em recorrer à emissão de papel - moeda quando necessitavam de
recursos para financiarem, por exemplo, as guerras. No caso de
Portugal, o Alvará de outubro de 1808, deixava claro que a organização
de um banco emissor justificava- se pela necessidade de financiar as
altas despesas governamentais. Como afirma Melo Franco (1979), o
interesse de Portugal em um banco estatal se explicava muito mais por
uma necessidade financeira do que econômica. Daí o fato de ter sido
concebido como um banco emissor, vinculado à Coroa.
11
Segundo o Alvará que deu origem ao Banco do Brasil, assinado em
12 de outubro de 1808, o novo estabelecimento seria organizado sob a
forma de uma moderna sociedade anônima, com permissão para operar
por um prazo de vinte anos. Entraria em funcionamento logo que fossem
vendidas as primeiras 100 ações de um total de 1200, com valores de
face de 1 conto de réis cada uma.
De acordo com os estatutos, as principais funções do Banco do
Banco eram o desconto de letras de câmbio, os depósitos de metais e
de pedras preciosas, a emissão de letras ou bilhetes pagáveis à vista ao
portador(conversíveis em metais) e o monopólio na venda de
diamantes, pau- brasil, marfim e urzella 10 .
O Banco recebeu do governo a atribuição de ser o depositário dos
bens dos órfãos, das irmandades e das ordens terceiras que giravam uma
soma considerável de dinheiro, divido aos serviços essenciais prestados à
população, sobretudo, no campo da assistência médica.
A administ ração ficaria a cargo de uma Assembléia Geral composta
dos quarenta maiores acionistas portugueses. A primeira diretoria seria
indicada pelo Príncipe Regente e as demais nomeadas pela Assembléia
Geral e confirmadas por Diploma Régio.
10 Até então as comissões provenientes do monopólio da venda de diamantes, pau- brasil, e
urzela eram arrematadas pelo Real Erário. Ver MELLO, Franco, op.cit. 32
12
Apesar do empenho da Coroa a venda das primeiras 100 ações do
Banco foi extremamente difícil e só foi efetuada em dezembro de 1809. O
desinteresse dos futuros acionistas estava associado, talvez, as baixas
expectativas em relação ao retorno dos capitais aplicados na compra de
papéis do Banco. Enquanto as atividades ligadas ao comércio
transatlântico eram extremamente rentáveis e atrativas, além dos riscos
serem calculáveis, o investimento em ações do Banco constituía um
negócio desconhecido, difícil de se calcular o retorno e cuja única
garantia era a confiança do público investidor (Lima e Müller, 2001). As
dificuldades de encont rar investidores interessados na compra de ações
do Banco do Brasil só começaram a se atenuar a partir de 1813, graças ao
aumento de dividendos e as vantagens oferecidas aos acionistas. Em
1816 o Banco já era um negócio lucrativo e suas ações rendiam 19% ao
ano, onerando o erário e forçando a administ ração do Banco a autorizar
novas emissões.
A venda de ações do Banco serviu para alguns negociantes
fluminenses de passe para a nobreza, já que em retribuição a compra de
ações do Banco a Coroa portuguesa, e mais tarde o Império brasileiro,
distribuía Comendas da Ordem de Cristo e títulos do Conselho de
Fidalgos da Casa real, além de nomeações para a Real Junta do Comércio
(Martinho e Gorenstein, 1992 : 148)
A primeira emissão de bilhetes do Banco do Brasil ocorreu em
1810, com valores superiores a 30 mil réis. Entre 1814 e 1820, as
emissões de papel - moeda elevaram- se fortemente, a um tempo em que
não houve resgate. Em sua segunda emissão o Banco colocou em
circulação notas de valores bem inferiores a 30 mil réis. Passaram a
circular, no Rio de Janeiro, entre outras as cédulas de 4 mil réis, 6 mil
réis, 8 mil réis e de 10 mil réis. As notas do Banco do Brasil eram
utilizadas no pagamento do funcionalismo e dos impostos e rapidamente
tornaram- se o principal componente do meio circulante da cidade.
Nos anos de 1814 a 1820, os bilhetes em circulação aumentaram
de 1042 mil para 8,070 mil contos de réis, sendo que, em 1920 os
depósitos metálicos, ou seja a reserva do Banco do Brasil era de apenas
1.315 contos(Andrada, 1923: 11). Em 1821, o balanço das operações do
13
Banco do Brasil revelou que a instituição estava prestes a falir sendo o
saldo devedor de 6.016 contos de réis, conforme mostra a tabela 1.
Tabela 1
Demonst rativo do Ativo e do Passivo do Banco de Brasil
Ano de 1821 (valores em 1.000 contos de réis)
Ativo Total Passivo Total
Empréstimos 3.303 Notas em
circulação
8.872
Moedas
metálicas em
poder do
público
1.315 Depósitos
para
operações
cambiais
662
Depósitos a
prazo
245
Bilhetes de
Montevidéu
a serem
pagos
230
Dividendos e
outras
dívidas
142
Depósitos do
Público
482
Ativo total 4.618 Passivo Total 10.633
Saldo
negativo
6.015
Fonte: Franco, Bernardo de Souza (1984). Os Bancos do Brasil (primeira edição
de 1848). Brasília: Editora da Universidade de Brasília
A situação agravou- se quando D. João VI, ao voltar para Portugal,
retirou jóias e metais preciosos dos cofres do Banco desvalorizando os
bilhetes emitidos pela instituição. Com a queda do lastro dos bilhetes do
Banco, a circulação das moedas metálicas diminuiu pois, além de serem
usadas como meio de pagamento nas transações internacionais, as
moedas metálicas passaram a valer mais do que os bilhetes do Banco do
Brasil dando força, na prática, a lei de Gresham baseada na afirmativa de
que ”a moeda má expulsa a boa”.
14
A falta de lastro não impediu o Banco de fazer novas emissões.
Após uma breve contenção em 1821, as notas do Banco do Brasil foram
emitidas em um ritmo veloz e continuaram depois da Independência do
Brasil, conforme indicam os dados reunidos na tabela 1.
É interessante observar que apesar do Banco abrir duas filiais -
uma na Bahia,em 1818, e a outra em São Paulo, em 1820 –teve uma
natureza muito mais regional do que nacional, já que cerca de 90% do
papel - moeda emitido pelo Banco do Brasil foi destinado à praça do Rio
de Janeiro (Franco, 1984).
Em 1828 era grande a oposição ao Banco do Brasil que foi proibido
de fazer novas emissões, consideradas uma das principais causas das
desvalorizações cambiais. Em meio a um clima de franca acusação aos
antigos diretores do Banco do Brasil, o Parlamento decidiu, em 1829,
encerrar as atividades do Banco do Brasil.
Após o fechamento da instituição, as notas do Banco do Brasil
foram trocadas pelas notas inconversíveis do Tesouro Nacional., o qual,
naquele momento, passaria a centralizar o poder emissor. Essa não foi a
primeira intervenção feita pelo Tesouro para sanear o meio circulante
nacional, já que, em 1827, este substituíra por cédulas as moedas de
cobre falsificadas na Bahia (Lissa, 1987:14).
O fim do Banco do Brasil não causou maiores abalos na oferta de
crédito ao setor privado e ao governo. O financiamento dos gastos
públicos ficou a cargo das emissões do Tesouro e dos títulos de dívida
pública e o crédito à iniciativa privada permaneceu em mãos de
comerciantes, prestamis tas individuais, que não chegaram a ter as suas
atividades neutralizadas pela ação do Banco do Brasil. A reduzida
participação do desconto de letras privadas, dentre as modalidades de
empréstimos concedidos pelo Banco, pode ter sido um fator importante
para que a nossa primeira instituição bancária não tivesse o apoio da
sociedade no momento em que estava sendo discutida a sua liquidação.
Apesar do Banco do Brasil ter se desvirtuado de suas funções,
dedicando - se quase exclusivamente ao financiamento dos gastos
governamentais, graças a sua atuação foi possível modernizar o meio
circulante nacional – através da emissão de papel - moeda - solucionar a
grave crise de escassez de meios de pagamento e promover o
15
crescimento do mercado interno na cidade do Rio de Janeiro onde
circularam a maioria de suas notas.
Quase uma década após a extinção do Banco do Brasil, o Tesouro
Nacional perderia o monopólio do poder emissor no Rio de Janeiro,e em
outras partes do país, em conseqüência do aparecimento do Banco
Comercial do Rio de Janeiro 11 .
11 Na década de 1840, surgiram também o Banco Comercial da Bahia, o Banco Comercial do
Maranhão, o Banco Comercial do Pará e o Banco Comercial de Pernambuco.
16
4) O Banco Comercial do Rio de Janeiro e o crédito privado no
Rio de Janeiro, na primeira metade do século XIX:
Com o encerramento das atividades do primeiro Banco do Brasil, a
oferta de crédito passou a ser uma atividade quase exclusiva da iniciativa
privada. Os financistas mais importantes eram os comerciantes,
comissários residentes no Brasil ou em Portugal, que financiavam os
agentes econômicos ligados à grande lavoura exportadora. Além destes
havia as casas comerciais e as casas de descontos (mais conhecidas como
casas bancárias) que funcionavam como verdadeiros bancos.
Segundo Levy e Andrade (1985:20), enquanto as casas comerciais
atendiam aos interesses do grande comércio atacadista e varejista
financiando a compra de mercadorias importadas pelos comerciantes
locais através da assinatura prévia de títulos de dívida privada (ativos
negociáveis), as casas de descontos, algumas delas organizadas por
corretores, transacionavam com divisas e atuavam no mercado
secundário - através do desconto antecipado de letras de crédito privadas
(mercado secundário). Essas operações de crédito eram realizadas sem o
controle do Estado pois, ainda não havia sido promulgado o Código
Comercial.
A primeira Caixa Econômica antecedeu a criação do Banco
Comercial do Rio de Janeiro. Surgiu na Corte em 1831 e foi organizada
com capitais de origem privada, graças a iniciativa de José Florindo de
Figueiredo Rocha. O alvo da instituição eram as pequenas poupanças de
trabalhadores e de escravos que depositavam as suas economias nas
cadernetas da instituição 12 .
O Banco Comercial do Rio de Janeiro foi o primeiro banco emissor
privado do Rio de Janeiro 13 . Dirigido por François Ignace Ratton abriu as
suas portas na rua da Alfândega, em 1838, mas só teve a sua carta
patente aprovada em 23 de junho de 1842. Os capitais para a formação
do Banco vieram de negociantes ligados ao comércio de importação e
exportação de café, produto que vinha sendo cultivado no Vale do
Paraíba fluminense, desde 1830.
12 A Caixa Econômica do Rio sobreviveu durante 28 anos e não foi a única da província, em
1834, surgiu a de Campos. Estas informações são de AZEVEDO e LINS, 1969: 31
13 O primeiro banco comercial emissor foi o Banco do Ceará fundado em 1836.
17
O capital inicial do Banco foi fixado em 5.000:$ mil contos de réis,
divididos em 10 mil ações de 500$ réis cada uma. Autorizado a funcionar
por um período de 20 anos, o Banco Comercial do Rio de Janeiro, de
acordo com os seus estatutos( apud Franco, 1848:27- 28), tinha permissão
para efetuar as seguintes operações:
- depósitos em moedas, jóias, ouro, prata e papéis (títulos de dívida do
governo e papéis privados);
- abertura de contas correntes ;
desconto de letras de câmbio e da terra, de títulos públicos e de
particulares;
- emprés timos com base em moeda forte, títulos governamentais e ações
do próprio Banco e de quaisquer companhias, ficando seus donos
respons áveis pelo pagamento da quantia emprestada.
O parágrafo 12 dos estatutos autorizava o Banco a”comprar e
vender metais preciosos caso viesse a ser de emissão ou se quisesse
tornar as suas notas realizáveis em metais” Mas, ao legislar sobre a
emissão dos vales bancários, o governo imperial estabeleceu que o Banco
não poderia emitir vales com prazos de resgate superiores a 10 dias, com
valores inferiores a 500 réis e em proporção maior a um terço do capital.
Tais restrições à livre circulação e emissão de vales bancários do Banco
Comercial most ravam a disposição do Império brasileiro de centralizar o
poder emissor. Na prática, como raramente os vales eram trocados por
moeda, acabaram desempenhan do a função de papel - moeda e serviram
como meio de pagamento no comércio fluminense (Azevedo e Lins,
1969:33).
A lucratividade do Banco era decorrente da diferença entre os
percentuais dos juros pagos aos depositantes - 4 a 4,5% - e as taxas
cobradas em redesconto de letras, 6 a 7% ao ano (Levy e Andrade,
1985:24). Ainda dependente das relações pessoais dos comissários, o
Banco Comercial do Rio de Janeiro concedia “empréstimos através de um
intermediário, um comissário ou um outro comerciante ligado ao setor
importador e exportador, pois além de conhecerem os tomadores de
empréstimos, os comerciantes tinham interesse direto neste tipo de
operação uma vez que alguns deles eram acionistas do Banco e recebiam
dividendos”(Guimarães, 1997:40).
18
Como os prazos fixados pelo Banco para a concessão de seus
empréstimos eram em média de 4 meses, os setores ligados à agricultura
e à indúst ria não puderam ser beneficiados com os financiamentos
oferecidos pelo Banco, que acabaram sendo direcionados para as
atividades comerciais.
A tabela 2 evidencia que, apesar da emissão de papel moeda em
1853 ter alcançado um número 29 vezes superior ao valor da primeira
emissão em 1839, o Banco manteve uma política de emissão austera,
mantendo - se dentro das diretrizes impostas pelo governo de só emitir
até 1/3 do valor de seu capital . Se é possível afirmar que os vales do
Banco Comercial do Rio de Janeiro não chegaram a provocar nenhuma
instabilidade monetária é mais difícil avaliar o peso relativo desta
emissão privada na composição do meio circulante fluminense.
Tabela 2
Banco Comercial do Rio de Janeiro(valores em contos de réis)
Anos Capital Notas
descontadas
Notas
emitidas
1838 1.000 0 0
1839 1.000 1.460 54
1842 2.500 (x) (x)
1852 4.000 (x) (x)
1853 (x) 10.639 1.574
(x) valores desconhecidos
Fonte: PELAEZ, Carlos Manuel & SUZIGAN, Wilson (1976). História Monetária do
Brasil. Rio de Janeiro : IPEA.
A austeridade da política emissionista do Banco Comercial do Rio
de Janeiro limitava a sua capacidade de atender a demanda de crédito no
Rio de Janeiro. Comparando a praça do Rio de Janeiro à de Nova York,
nos EUA, Bernardo de Souza Franco(1848) chama atenção para o fato de
que “com uma população de quase 200 mil habitantes o Rio de Janeiro
tinha, em 1848, apenas um estabelecimento bancário com um capital de
2.500$ contos de réis, enquanto a cidade de Nova Iorque, nessa mesma
época possuía cerca de 312.710 habitantes que dispunham de 24 bancos,
com o capital de mais de 50 mil contos de réis multiplicado por inúmeras
emissões de notas”(Franco, 1984:31). O autor acrescenta, ainda, que “em
1844 o estado de Nova Iorque possuía 150 estabelecimentos bancários” e
19
considerava a existência destes estabelecimentos um fator importante
para assegurar o dinamismo do comércio e de outras atividades
econômicas.
A importância atribuída por Souza Franco às emissões de papel -
moeda, mesmo sem lastro integral, para promover o crescimento
econômico era um dos principais princípios da chamada escola papelista.
Defendendo a pluralidade emissora, os papelistas opunham- se aos
adeptos da escola metalista que acreditavam que a estabilidade
monetária poderia ser alcançada através de emissões de papel - moeda
lastreadas em metais preciosos (moedas conversíveis) e do poder emissor
centralizado em um só banco, como passou a ser feito na Inglaterra após
a assinatura do Peel Act (1844) que limitou os direitos de emissão dos
bancos particulares.
Em linhas gerais, os metalistas e os papelistas reproduzi ram no
Brasil o debate teórico travado no século XIX na Inglaterra entre os
defensores da currency school, da banking schoool e da free banking
school . A currency school defendia que os resultados da balança
comercial de um país regulavam a quantidade de moeda em circulação,
os preços internos e os níveis das taxas de câmbio. Assim, o receituário
dos adeptos dessa escola para manter a estabilidade monetária era a
defesa do padrão - ouro, da conversibilidade do papel - moeda e o
monopólio emissor(Eatwell, Milgate, Newman, 1987:183).
A banking school opunha - se a currency school, pois defendia a
pluralidade emissora e o lastro das notas não só em moedas metálicas,
mas também em papéis. Os adeptos dessa corrente negavam que “as
variações nas emissões de papel - moeda pudessem causar alterações no
nível de preços domésticos, ou mesmo pudes sem levar a uma queda do
nível das reservas”(Eatwell, Milgate, Newman, ob.cit ). Acreditando que se
houvesse um sistema bancário competitivo não haveria excesso de
emissão ou de inflação pregavam a pluralidade emissora, sem serem
radicais, pois reconheciam a necessidade de um banco central para
manter a estabilidade econômica. A free banking school, como o nome já
diz, era contrária aos fundamentos das duas outras escolas e defendia a
ausência de normas de regulamentação do meio circulante e a
inexistência de um banco central.
20
Inspirados nestes princípios, os metalistas brasileiros faziam a
defesa da estabilidade monetária através da adoção do padrão - ouro e do
monopólio da emissão em poder de um banco público. Em contraposição,
os papelistas consideravam que o metal, apesar de sua ótima aceitação,
não poderia ser um instrumento de permuta exclusivo de uma sociedade
desenvolvida, com uma estrutura financeira avançada, pois apresentava
alguns inconvenientes – escassez, dificuldade de transpor te e de
contagem – que impediam um desenvolvimento maior do sistema
bancário e consequentemente levavam à escassez da moeda. Daí a
proposta da pluralidade emissora para assegurar a liquidez monetária,
mesmo quando houvesse um banco público.
Em 1846 a lei 401, de 11 de setembro de 184614 inseriu o país nas
regras do padrão- ouro ao estabelecer a paridade fixa de 27 pences por
mil réis colocando, pelo menos em tese, um limite à expansão do papel -
moeda e dando uma vitória momentânea aos metalistas.
5) A emissão pública e privada no Rio de Janeiro: do segundo reinado
à proclamação da República.
Em 1850 Eusébio de Queirós, Ministro do Império brasileiro,
seguindo os preceitos do Bill Aberdeen, resolveu aprovar, em setembro
daquele ano, a lei 531 extinguindo o tráfico de escravos no Brasil. A
partir de então, os capitais que vinham sendo aplicados na compra e
venda de escravos africanos migraram para novas atividades econômicas
possibilitando o surgimento de novos bancos e empresas.
A liberação destes capitais foi seguida da promulgação do Código
Comercial 15 e da Lei de Terras 16 ,peças jurídicas essenciais para o
funcionamento destes estabelecimentos. O primeiro reconheceu
legalmente a profissão de banqueiro e regulamentou juridicamente a
organização dos bancos e dos contratos de financiamento (inclusive
daqueles garantidos por hipotecas),a segunda tornou a terra um ativo
negociável.
Graças ao Código Comercial - que deu garantias legais à
organização de empresas no Brasil - e a disponibilidade de capitais - foi
14 A lei foi regulamentada pelo decreto 487, de 28 de novembro de 1846
15 A lei n 556 de 25 de junho de 1850 criou o Código Comercial.
16 A legislação de n601, de 18 de setembro de 1850, regulamentou a Lei de Terras.
21
possível a abertura no Rio de Janeiro de novas sociedades anônimas,
principalmente, no setor de serviços e de infra- estrutura econômica (no
Rio de Janeiro foram poucas as indúst rias que assumiram a forma de
sociedades anônimas). A negociação das ações destas empresas,
especialmente de bancos e de companhias de seguros, deram início as
atividades da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Esta última existia
desde 1848, mas os corretores concentravam as suas atividades na
negociação de títulos da dívida pública e não de ações de empresas
privadas. (Levy, 1977:109).
Em meio a esta moldura institucional favorável, Irineu Evangelista
de Souza, mais conhecido como Barão de Mauá, um dos maiores
negociantes do Rio de Janeiro, proprietário do Estaleiro Ponta de Areia e
sócio da firma inglesa Carruther s e Companhia, associou- se a outros
importantes comerciantes e corretores e fundou, em 1851, o Banco do
Commércio e da Indúst ria do Brasil, mais conhecido como Banco do
Brasil, de Mauá. O capital do Banco, de 10.000 contos de réis, era
considerado grande para os padrões da época17 e foi dividido em 20 mil
ações, de 500$ réis cada uma.
O Banco do Commércio e da Indúst ria do Brasil transformou a
natureza do financiamento no Rio de Janeiro. A oferta de crédito, até
então, dominada por prestamistas individuais – comissários – passou a
ter o formato de uma moderna intermediação financeira, onde os
recursos de terceiros eram emprestados por intermédio de uma
instituição bancária e não através de relações pessoais.
O Banco do Comércio e da Indúst ria do Brasil conseguiu abrir
filiais fora do Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em São Paulo.
Segundo Guimarães (1997:106), a abertura destas filiais visava facilitar o
comércio da carne verde, entre a Corte e as províncias do Sul, já que os
principais acionistas do banco, entre eles Mauá, negociavam com esse
produto. Graças a iniciativa de Mauá a província do Rio Grande do Sul
passou a ter, a partir de 1852, o seu primeiro estabelecimento bancário.
O Banco Comercial do Rio de Janeiro e o banco de Mauá reforçaram
no Rio de Janeiro a emissão de notas bancárias de origem privada, mas o
17 O capital do Banco correspondia a um terço do valor do Orçamento do Império para o ano
de 1851, ver Caldeira, 1995, 226.
22
peso relativo do papel moeda emitido pelos bancos era, sem dúvida,
pouco expressivo. Em 1852, o total de papel - moeda em circulação no
Brasil era de 50.315$ contos de réis. Destes apenas 3.631$ contos de réis,
ou seja 7,3%, correspondiam ao papel - moeda de origem bancária. Em
outras palavras, o papel moeda em circulação, naquele ano, era
composto, basicamente, de notas emitidas pelo Tesouro nacional que
somavam 46.684$ contos de réis, ou seja 92,7% do total do papel - moeda
circulante(Pelaez e Suzigan, 1981,78).
Fora do mundo das finanças, Mauá criou empresas responsáveis
pela modernização da cidade que permitiram à Corte participar dos
benefícios oriundos da segunda revolução indust rial. Fazem parte deste
elenco a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro, a Estrada de
Ferro de Petrópolis e a Imperial Companhia de Navegação a Vapor. Além
destas, vale à pena mencionar a Companhia de Bondes Jardim Botânico
que inaugurou o bonde movido à tração animal, sobre trilhos, e
contribuiu para o crescimento dos transpor tes públicos no Rio de
Janeiro 18 .
Em 1853 D. Pedro II assinou a lei 683, em 5 de julho de 1853, e
criou um novo Banco do Brasil. A partir daí, o meio circulante da Corte
voltaria a sofrer novas alterações decorrentes da substituição das notas
do Tesouro pelas notas do Banco do Brasil e do aumento do papel -
moeda de origem bancária.
Para garantir o monopólio das emissões e ao mesmo tempo reunir
os capitais necessários à abertura do Banco do Brasil, o governo imperial
forçou a fusão do Banco do Commércio e da Indúst ria do Brasil e do
Banco Comercial do Rio de Janeiro com o Banco do Brasil, obrigando os
proprietários dos estabelecimentos bancários privados a cederem seus
direitos de emissão e a subscreverem as ações do banco estatal recém
formado. Após a subscrição, o Banco do Brasil foi aberto com o capital
inicial de 30.000$ contos de réis e os antigos diretores do Banco
Comercial do Rio de Janeiro e do banco de Irineu Evangelista de Souza
passaram a fazer parte da sua primeira diretoria.
18Esta empresa logo atraiu os capitais norte - americanos tornando - se a Botanical Rail
Road Company .
23
A este segundo banco público, com sede no Rio de Janeiro, foram
atribuídas não só as funções características de um bancos comercial –
abertura de contas correntes, recebimento de depósitos e concessão de
empréstimos – mas outras operações típicas dos modernos bancos
centrais tais como o redesconto e a emissão de notas, instrumentos
importantes no controle da liquidez monetária.
Apesar da centralização do poder emissor em mãos do Banco do
Brasil limitar a liquidez monetária e consequentemente a expansão do
crédito, investir na organização de bancos na Corte era um bom negócio,
pois havia nos primeiros anos de 1850 um clima de prosperidade
econômica e de estabilidade política.
Nos anos de 1853 a 1856, fase em que o Banco do Brasil deteve a
exclusividade do poder, surgiram dois estabelecimentos bancários no Rio
de Janeiro: o Banco Rural e Hipotecário e a Casa Mauá Mac- Gregor, esta
última a maior casa bancária privada de toda a época do Império.
O Banco Rural e Hipotecário era uma sociedade anônima que foi
organizada com o capital inicial de 8.000$ contos de réis. Dirigido por
uma diretoria formada de um fazendeiro e três importantes negociantes
fluminenses 19 foi o primeiro estabelecimento bancário do Rio de Janeiro
a emprestar dinheiro aceitando como garantias hipotecas de bens de raiz
e de propriedades urbanas e rurais (Guimarães, 1999).
A Casa Mauá Mac- Gregor e Companhia foi organizada em julho de
1854, mas só abriu as portas em 1855,como uma sociedade em
comandita por ações 20 . Um dos sócios gerentes escolhidos para compor
a diretoria da Casa Mauá- Mac Gregor e Companhia era João Inácio
Tavares, ex- diretor do Banco do Commércio e da Indúst ria do Brasil e o
outro Alexander Donald MacGregor, um negociante nascido em Liverpool,
indicado para representar a empresa. em Londres. Irineu Evangelista de
Souza e José Henrique Reynell de Castro, de origem portuguesa e sócio
da Carruther s, Castro & Co completavam a gerência da empresa.
19 A diretoria do Banco era compos ta de Belarmino Siqueira( fazendeiro e Deputado pela
Província do Rio de Janeiro) e três negociantes: João Pedro Saião, João Batista Fonseca e
Antonio Ribeiro Forbes.
20 Para poder existir legalmente esta forma de organização empresarial dependia
apenas de um registro na Junta Comercial, estando fora do controle rígido imposto
pelo governo às sociedades anônimas, regidas pelo Código Comercial.
24
Mauá gozava de enorme prestígio entre os comerciantes do Rio de
Janeiro, liderança conquistada na presidência da Sociedade dos
Assinantes da Praça do Rio de Janeiro(atual Associação Comercial do Rio
de Janeiro)e através da sua atuação na Comissão encarregada de redigir o
Código Comercial. Assim, não foi difícil para o empresário reunir 182
sócios comandi tários para organizar a Mauá Mac Gregor e Companhia.
Segundo a pesquisa de Guimarães (1997: 149), entre estes havia muitos
comerciantes brasileiros mas o empreendimento tornou - se atrativo para
investidores estrangeiros, principalmente, ingleses, portugueses e
franceses que atuavam no grande comércio de importação e exportação.
Na história das instituições de crédito do Rio de Janeiro e do Brasil,
o aparecimento da Casa Mauá Mac- Gregor e Companhia corresponde a
um verdadeiro ponto de inflexão. Isto porque, a exceção do Banco do
Commércio e da Indúst ria do Brasil e do Banco do Brasil que tiveram
filiais em localidades fora do Rio de Janeiro, o que se conhecia naquela
época eram bancos estritamente locais. Somente a Casa Mauá Mac-
Gregor e Companhia conseguiu a abrir agencias na Europa e nos Estados
Unidos, os maiores centros financeiros mundiais do século XIX. A
presença de Mauá nas praças de Londres, Manchester, Nova Iorque,
Montevidéu, Rosário, Córdoba e no Rio de Janeiro possibilitava ao
empresário lucrar com os negócios de câmbio, ou seja com a compra e a
venda de divisas estrangeiras e troca de letras de câmbio. Ter filiais no
exterior constituía, sem dúvida, uma vantagem estratégica em relação às
demais instituições de crédito que funcionavam no Rio de Janeiro
naquela época.
Além da Casa Mauá Mac- Gregor e Companhia, do Banco do
Brasil e de bancos comerciais privados, operavam no Rio de Janeiro
desde a primeira metade do século XIX pequenas casas bancárias que
apesar de realizarem operações idênticas às dos bancos comerciais
diferiam destes em relação à natureza jurídica e ao volume de capital
necessário para o seu funcionamento. Enquanto as casas bancárias
eram companhias de capitais fechados, a maioria dos estabelecimentos
bancários já nasceu sob a forma de sociedades anônimas.
Possivelmente esta foi a razão das casas bancárias serem abertas com
25
capitais girando em torno de 300 a 1500 contos de réis, quantias bem
inferiores aos capitais que deram origem aos bancos fluminenses.
Na década de 1850, durante a fase de prosperidade dos negócios
com o café, floresceram algumas casas bancárias no Rio de Janeiro. A
mais importante era a Souto & Cia fundada pelo português Antonio José
Alves Souto & Cia, que há anos trabalhava na Corte como corretor de
títulos e de outros valores, tinha título de nobreza e gozava de muito
prestígio junto à colônia portuguesa fluminense chegando a ocupar o
cargo de presidente da Beneficência Portuguesa.
Além desta estabeleceram- se no Rio de Janeiro outras casas
bancárias dentre as quais incluem- se a Gomes & Filhos e Companhia -
especializada na captação de pequenas poupanças de trabalhadores
livres e escravos - , a Montenegro, Lima & Companhia, a Oliveira Bello e
a Amaral Pinto.
A pesquisa de Ana Maria Ribeiro de Andrade(1987) revela que o
cliente preferencial das casas bancárias era aquele cuja demanda de
crédito não podia ser satisfeita através de empréstimos diretos do
Banco do Brasil, ou dos bancos comerciais privados. A oferta de
crédito destas casas bancárias não era composta apenas de depósitos
feitos pelo público mas, também, de empréstimos obtidos em bancos
particulares e no Banco do Brasil. Parte dos lucros destes
estabelecimentos advinha de operações triangulares, ou seja,das
diferenças entre os valores das taxas de desconto pagas pelas casas
bancárias aos bancos comerciais e dos altos juros cobrados dos
tomadores de empréstimos.
Em 1857 a economia cafeeira entrou em crise, com quedas
acentuadas nas exportações e nas cotações dos preços do café no
mercado mundial. Em meio à retração econômica, o governo Imperial
afastou o ministro papelista Souza Franco da pasta da fazenda e
colocou em prática os princípios metalistas através da promulgação da
Lei 1083, de 22 de agosto de 1860.
A nova legislação limitava a liquidez monetária determinando que
nenhum banco privado poderia emitir vales, enquanto não se mostrasse
capaz de reembolsá - los em ouro. Apenas o Banco do Brasil e suas filiais
tiveram essa autorização, o que demonst ra que incapaz de eliminar a
26
pluralidade o Governo procurou cerceá- la. A “Lei dos Entraves” abalou o
sistema bancário carioca. Os bancos Comercial e Agrícola e o Rural e
Hipotecário perderam seus direitos de emissão e o Banco Comercial e
Agrícola, fundado durante a administ ração de Souza Franco, foi
liquidado. Houve uma forte retração da liquidez, seguida da alta das
taxas de juros e da falência de casas bancárias. O Banco do Brasil tentou
intervir na crise e concedeu emprés timos à Casa Souto que acumulou
uma dívida de 22 mil contos de réis, o que correspondia à metade do
capital do Banco do Brasil(Andrade, 1991:121).
A impossibilidade do Banco do Brasil de continuar a rolagem das
dívidas da Casa Souto, levou- a à falência e espalhou um verdadeiro
pânico nos comerciantes da Corte conforme evidencia a carta de José
Joaquim de Lima e Silva, Conde de Tocantis e Presidente da Associação
dos Comerciantes do Rio de janeiro, ao Imperador D.Pedro II
“Senhor - a Comissão da Praça do Comércio vem
respeitosamente trazer ao conhecimento do governo de Vossa
Majestade o estado calamitoso em que se acha esta praça, em
conseqüência da catástrofe comercial ocorrida no dia 10 do
corrente, pela suspensão que fez dos seus pagamentos a casa
bancária Antonio J.A do Souto & Cia.
O pânico que sobre o público produziu este
acontecimento não se pode descrever mas pode ser avaliado
por todos quantos conhecem a importância desta casa, a
grande quantidade de depósitos que tem em si e o
entrelaçamento em que se acha com todos os Bancos e
principais casas de comércio desta praça.
O susto e a desconfiança tornaram- se gerais e o resultado
foi correrem os portadores de títulos, não só desta casa como
de outras, a exigirem das mesmas o embolso imediato deles.
Teve ela como imediato resultado paralisar o crédito,
suscitar uma desconfiança geral, e fazer pairar sobre todas as
casas comerciais, que em grande número se acham ligadas com
a mencionada casa bancária, uma ameaça de se verem
arrastadas na mesma catástrofe. Quem pode prever até onde
chegarão as conseqüências deste acontecimento?
Por outro lado, o Banco do Brasil, principal credor da
mencionada casa, não só se acha ameaçado de graves
prejuízos, como já se vê atacado por uma corrida sobre seu
fundo disponível, corrida que principiou hoje, e que não é
possível prever quando acabará.
A Comissão desta praça, confiada no zelo de que Vossa
Majestade Imperial sempre se mostra possuído pelo bem do
país e no interesse que lhe merece tudo quanto diz respeito à
prosperidade e a grandeza do Império, aguarda tranqüila as
medidas que aprouver ao Governo Imperial tomar para salvar
27
essa praça da formidável crise por que está passando.(apud
Guimarães, 1997:205).
Após a crise de 1864, saíram fortalecidos os bancos estrangeiros e
o Banco do Brasil. Os bancos privados nacionais fluminenses quase não
resistiram à crise bancária. Mauá liquidou, em 1866, a Casa Mauá Mac-
Gregor e Cia e abriu um novo banco, chamado Banco Mauá & Cia que
entraria em processo de liquidação em 1875.
Os bancos estrangeiros vinham tendo um papel relevante na
estrutura de crédito do Rio de Janeiro desde que empresários e
comerciantes ingleses estabelecidos na Corte resolveram criar o London
and Brazilian Bank e o Brazilian and Portuguese Bank, mais tarde
denominado de English Bank of Rio de Janeiro, respectivamente em
1862 e 1863, e revolucionaram a prática bancária fluminense,
disseminando o uso do cheque.
O London and Brazilian Bank não se restringiu ao Rio de Janeiro
abrindo filiais em Recife e Porto Alegre. A do nordeste visava dar
suporte financeiro às companhias londrinas de exportação e importação
que negociavam com açúcar e algodão. A do sul estava ligada
diretamente aos interesses das firmas britânicas de que atuavam nos
negócios de exportação e de importação de carne e dos frigoríficos
ingleses que atuavam na região(Joslin, 1963:67).
Comentando a presença destes estabelecimentos no Rio de Janeiro,
Maria Bárbara Levy argumenta que
“não eram filiais de bancos ou casas bancárias da
Inglaterra, mas associações de grandes comerciantes que
negociavam com o Brasil e viam nos negócios financeiros
perspectivas de expandir seus negócios no Brasil. Não
representavam a alta finança européia, mas reuniam
comerciantes acostumados a lidar com o comércio exterior
brasileiro, com o objetivo de colocar estas instituições a
serviço de suas tradings ”(Levy, 1994:81).
O quadro 1 most ra que além dos ingleses, alemães, franceses,
portugueses e italianos abriram bancos no Rio de Janeiro. Enquanto o
Banque Bresiliènne Française e o Banco Alemão Brasileiro apoiavam os
investidores de seus países no Brasil, as agencias do Banco do Minho e
28
do Banco de Napoli prestavam serviços preferencialmente aos
imigrantes portugueses e italianos que moravam na cidade e
desejavam remeter suas economias para os seus países de origem.
No período compreendido entre os anos de 1866 a 1875, a
província do Rio de Janeiro passou a contar com a presença do Banco
Comercial do Rio de Janeiro, fundado em 1866, e do Banco do
Comercio, organizado em 1875.
Em 1888, a abolição da escravatura e a disseminação do trabalho
assalariado aumentaram a demanda de moeda, deflagrando uma nova
crise de liquidez na praça do Rio de Janeiro .A princípio, o Império
brasileiro teve a intenção de autorizar a emissão de notas bancárias
privadas, lastreadas em ouro ou em títulos da dívida pública, mas
acabou desistindo e optando em vincular às emissões ao lastro
metálico. O Banco Nacional do Brasil, o Banco do Comércio e o Banco
de São Paulo tornaram- se emissores, mas somente o Banco Nacional
do Brasil conseguiu exercer os direitos conferidos pela lei, beneficiado
com a contratação de um empréstimo na Inglaterra e com a alta dos
preços do café(Levy, 1977:145)
Com o fim da monarquia, a crise de liquidez que abalava os
mercados de crédito do Rio de Janeiro, e de outras partes do país,
tornou - se um problema da República que visando uma solução adotou
uma política de crédito expansionista que deu origem a um dos mais
fortes movimentos especulativos da história da Bolsa de Valores do
Rio de Janeiro, trazendo inquietações à província fluminense: o
principal centro financeiro do país.
Ao assumir o ministério da fazenda da República Rui Barbosa,
um dos porta - vozes dos interesses indust riais no Brasil, realizou a
última tentativa de estabilizar a moeda no Brasil, a partir do
receituário da escola papelista, assinando um decreto responsável pela
criação de bancos emissores nas regiões norte, centro e sul do país. A
região do Centro teve como sede o Rio de Janeiro. Além deste incluía
os estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo Paraná e Santa
Catarina. De um total de emissão de 450 mil contos de réis, a região do
Centro recebeu o dobro da região Sul sendo contemplada com 200 mil
29
contos de réis, ou seja, um pouco menos da metade do total de notas
autorizadas pelo ministério(Levy, 1977:149).
Os banco escolhido como emissor no Rio de Janeiro foi o Banco
dos Estados Unidos do Brasil que, em 1890, sofreu um processo de
fusão com o Banco Nacional dando origem ao Banco da República dos
Estados Unidos do Brasil. Este último, colocou seus bilhetes em
circulação e chegou a ser mais importante do que o Banco do Brasil.
A pluralidade emissora deflagrou uma crise financeira levando o
governo a intervir no sistema bancário através da fusão do Banco do
Brasil com o Banco da República dos Estados Unidos do Brasil. Deste
processo resultou o aparecimento do Banco da República do Brasil que
passou a ter o monopólio sobre a emissão de notas bancárias.
No período de 1889 até 1892, o aumento da liquidez provocado
pela expansão de moeda teve um duplo efeito. De um lado, o crédito
ficou mais barato, estimulando o lado real da economia. De outro,
ocasionou uma inflação, seguida de um movimento especulativo na
Bolsa de Valores do Rio de Janeiro que teve início com ações dos
bancos, valorizadas pelo crescimento dos empréstimos bancários. A
especulação acabou po
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RE: BANCO OLIVEIRA BELLO
Luiz Alves Leite de Oliveira Belo, nascido a 05/03/1849 em Niterói, falecido em 23/05/1915 no Rio de Janeiro. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, orador famoso e escritor, foi Presidente de várias Províncias do Império, Diretor do Diário Oficial e Deputado pela Província do Rio de Janeiro. Filho do Dr. Luiz Alves Leite de Oliveira Belo e de d. Eulalia Pulqueria de Oliveira Bulhões. Casou-se com Leôncia de Souza Breves, falecida a 22/07/1906, filha do Comendador Joaquim José de Souza Breves e Maria Isabel de Moraes Breves.
Seus filhos:
Tn01) LUIZ BREVES DE OLIVEIRA BELO - chamado de Capitão.
Tn02) JOAQUIM BREVES DE OLIVEIRA BELO
Tn03) JOSÉ MANUEL BREVES DE OLIVEIRA BELO
Tn04) FRANCISCO BREVES DE OLIVEIRA BELO
Tn05) REGINA BREVES DE OLIVEIRA BELO - casada com o Dr. Pio Benedito Otoni.
Tn06) EULÁLIA BREVES DE OLIVEIRA BELO - religiosa
Tn07) MARIA LUIZA BREVES DE OLIVEIRA BELO - religiosa
Tn08) MARIA MARGARIDA BREVES DE OLIVEIRA BELO - religiosa
Luis Alves Leite de Oliveira Belo tomou posse como presidente da província do Rio de Janeiro em 1861.
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RE: BANCO OLIVEIRA BELLO
*AQUI ESTA A REFERENCIA DO BANCO OLIVEIRA BELLO E AMARAL PINTO*
5) A emissão pública e privada no Rio de Janeiro: do segundo reinado
à proclamação da República.
Em 1850 Eusébio de Queirós, Ministro do Império brasileiro,
seguindo os preceitos do Bill Aberdeen, resolveu aprovar, em setembro
daquele ano, a lei 531 extinguindo o tráfico de escravos no Brasil. A
partir de então, os capitais que vinham sendo aplicados na compra e
venda de escravos africanos migraram para novas atividades econômicas
possibilitando o surgimento de novos bancos e empresas.
A liberação destes capitais foi seguida da promulgação do Código
Comercial 15 e da Lei de Terras 16 ,peças jurídicas essenciais para o
funcionamento destes estabelecimentos. O primeiro reconheceu
legalmente a profissão de banqueiro e regulamentou juridicamente a
organização dos bancos e dos contratos de financiamento (inclusive
daqueles garantidos por hipotecas),a segunda tornou a terra um ativo
negociável.
Graças ao Código Comercial - que deu garantias legais à
organização de empresas no Brasil - e a disponibilidade de capitais - foi
14 A lei foi regulamentada pelo decreto 487, de 28 de novembro de 1846
15 A lei n 556 de 25 de junho de 1850 criou o Código Comercial.
16 A legislação de n601, de 18 de setembro de 1850, regulamentou a Lei de Terras.
21
possível a abertura no Rio de Janeiro de novas sociedades anônimas,
principalmente, no setor de serviços e de infra- estrutura econômica (no
Rio de Janeiro foram poucas as indúst rias que assumiram a forma de
sociedades anônimas). A negociação das ações destas empresas,
especialmente de bancos e de companhias de seguros, deram início as
atividades da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Esta última existia
desde 1848, mas os corretores concentravam as suas atividades na
negociação de títulos da dívida pública e não de ações de empresas
privadas. (Levy, 1977:109).
Em meio a esta moldura institucional favorável, Irineu Evangelista
de Souza, mais conhecido como Barão de Mauá, um dos maiores
negociantes do Rio de Janeiro, proprietário do Estaleiro Ponta de Areia e
sócio da firma inglesa Carruther s e Companhia, associou- se a outros
importantes comerciantes e corretores e fundou, em 1851, o Banco do
Commércio e da Indúst ria do Brasil, mais conhecido como Banco do
Brasil, de Mauá. O capital do Banco, de 10.000 contos de réis, era
considerado grande para os padrões da época17 e foi dividido em 20 mil
ações, de 500$ réis cada uma.
O Banco do Commércio e da Indúst ria do Brasil transformou a
natureza do financiamento no Rio de Janeiro. A oferta de crédito, até
então, dominada por prestamistas individuais – comissários – passou a
ter o formato de uma moderna intermediação financeira, onde os
recursos de terceiros eram emprestados por intermédio de uma
instituição bancária e não através de relações pessoais.
O Banco do Comércio e da Indúst ria do Brasil conseguiu abrir
filiais fora do Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em São Paulo.
Segundo Guimarães (1997:106), a abertura destas filiais visava facilitar o
comércio da carne verde, entre a Corte e as províncias do Sul, já que os
principais acionistas do banco, entre eles Mauá, negociavam com esse
produto. Graças a iniciativa de Mauá a província do Rio Grande do Sul
passou a ter, a partir de 1852, o seu primeiro estabelecimento bancário.
O Banco Comercial do Rio de Janeiro e o banco de Mauá reforçaram
no Rio de Janeiro a emissão de notas bancárias de origem privada, mas o
17 O capital do Banco correspondia a um terço do valor do Orçamento do Império para o ano
de 1851, ver Caldeira, 1995, 226.
22
peso relativo do papel moeda emitido pelos bancos era, sem dúvida,
pouco expressivo. Em 1852, o total de papel - moeda em circulação no
Brasil era de 50.315$ contos de réis. Destes apenas 3.631$ contos de réis,
ou seja 7,3%, correspondiam ao papel - moeda de origem bancária. Em
outras palavras, o papel moeda em circulação, naquele ano, era
composto, basicamente, de notas emitidas pelo Tesouro nacional que
somavam 46.684$ contos de réis, ou seja 92,7% do total do papel - moeda
circulante(Pelaez e Suzigan, 1981,78).
Fora do mundo das finanças, Mauá criou empresas responsáveis
pela modernização da cidade que permitiram à Corte participar dos
benefícios oriundos da segunda revolução indust rial. Fazem parte deste
elenco a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro, a Estrada de
Ferro de Petrópolis e a Imperial Companhia de Navegação a Vapor. Além
destas, vale à pena mencionar a Companhia de Bondes Jardim Botânico
que inaugurou o bonde movido à tração animal, sobre trilhos, e
contribuiu para o crescimento dos transpor tes públicos no Rio de
Janeiro 18 .
Em 1853 D. Pedro II assinou a lei 683, em 5 de julho de 1853, e
criou um novo Banco do Brasil. A partir daí, o meio circulante da Corte
voltaria a sofrer novas alterações decorrentes da substituição das notas
do Tesouro pelas notas do Banco do Brasil e do aumento do papel -
moeda de origem bancária.
Para garantir o monopólio das emissões e ao mesmo tempo reunir
os capitais necessários à abertura do Banco do Brasil, o governo imperial
forçou a fusão do Banco do Commércio e da Indúst ria do Brasil e do
Banco Comercial do Rio de Janeiro com o Banco do Brasil, obrigando os
proprietários dos estabelecimentos bancários privados a cederem seus
direitos de emissão e a subscreverem as ações do banco estatal recém
formado. Após a subscrição, o Banco do Brasil foi aberto com o capital
inicial de 30.000$ contos de réis e os antigos diretores do Banco
Comercial do Rio de Janeiro e do banco de Irineu Evangelista de Souza
passaram a fazer parte da sua primeira diretoria.
18Esta empresa logo atraiu os capitais norte - americanos tornando - se a Botanical Rail
Road Company .
23
A este segundo banco público, com sede no Rio de Janeiro, foram
atribuídas não só as funções características de um bancos comercial –
abertura de contas correntes, recebimento de depósitos e concessão de
empréstimos – mas outras operações típicas dos modernos bancos
centrais tais como o redesconto e a emissão de notas, instrumentos
importantes no controle da liquidez monetária.
Apesar da centralização do poder emissor em mãos do Banco do
Brasil limitar a liquidez monetária e consequentemente a expansão do
crédito, investir na organização de bancos na Corte era um bom negócio,
pois havia nos primeiros anos de 1850 um clima de prosperidade
econômica e de estabilidade política.
Nos anos de 1853 a 1856, fase em que o Banco do Brasil deteve a
exclusividade do poder, surgiram dois estabelecimentos bancários no Rio
de Janeiro: o Banco Rural e Hipotecário e a Casa Mauá Mac- Gregor, esta
última a maior casa bancária privada de toda a época do Império.
O Banco Rural e Hipotecário era uma sociedade anônima que foi
organizada com o capital inicial de 8.000$ contos de réis. Dirigido por
uma diretoria formada de um fazendeiro e três importantes negociantes
fluminenses 19 foi o primeiro estabelecimento bancário do Rio de Janeiro
a emprestar dinheiro aceitando como garantias hipotecas de bens de raiz
e de propriedades urbanas e rurais (Guimarães, 1999).
A Casa Mauá Mac- Gregor e Companhia foi organizada em julho de
1854, mas só abriu as portas em 1855,como uma sociedade em
comandita por ações 20 . Um dos sócios gerentes escolhidos para compor
a diretoria da Casa Mauá- Mac Gregor e Companhia era João Inácio
Tavares, ex- diretor do Banco do Commércio e da Indúst ria do Brasil e o
outro Alexander Donald MacGregor, um negociante nascido em Liverpool,
indicado para representar a empresa. em Londres. Irineu Evangelista de
Souza e José Henrique Reynell de Castro, de origem portuguesa e sócio
da Carruther s, Castro & Co completavam a gerência da empresa.
19 A diretoria do Banco era compos ta de Belarmino Siqueira( fazendeiro e Deputado pela
Província do Rio de Janeiro) e três negociantes: João Pedro Saião, João Batista Fonseca e
Antonio Ribeiro Forbes.
20 Para poder existir legalmente esta forma de organização empresarial dependia
apenas de um registro na Junta Comercial, estando fora do controle rígido imposto
pelo governo às sociedades anônimas, regidas pelo Código Comercial.
24
Mauá gozava de enorme prestígio entre os comerciantes do Rio de
Janeiro, liderança conquistada na presidência da Sociedade dos
Assinantes da Praça do Rio de Janeiro(atual Associação Comercial do Rio
de Janeiro)e através da sua atuação na Comissão encarregada de redigir o
Código Comercial. Assim, não foi difícil para o empresário reunir 182
sócios comandi tários para organizar a Mauá Mac Gregor e Companhia.
Segundo a pesquisa de Guimarães (1997: 149), entre estes havia muitos
comerciantes brasileiros mas o empreendimento tornou - se atrativo para
investidores estrangeiros, principalmente, ingleses, portugueses e
franceses que atuavam no grande comércio de importação e exportação.
Na história das instituições de crédito do Rio de Janeiro e do Brasil,
o aparecimento da Casa Mauá Mac- Gregor e Companhia corresponde a
um verdadeiro ponto de inflexão. Isto porque, a exceção do Banco do
Commércio e da Indúst ria do Brasil e do Banco do Brasil que tiveram
filiais em localidades fora do Rio de Janeiro, o que se conhecia naquela
época eram bancos estritamente locais. Somente a Casa Mauá Mac-
Gregor e Companhia conseguiu a abrir agencias na Europa e nos Estados
Unidos, os maiores centros financeiros mundiais do século XIX. A
presença de Mauá nas praças de Londres, Manchester, Nova Iorque,
Montevidéu, Rosário, Córdoba e no Rio de Janeiro possibilitava ao
empresário lucrar com os negócios de câmbio, ou seja com a compra e a
venda de divisas estrangeiras e troca de letras de câmbio. Ter filiais no
exterior constituía, sem dúvida, uma vantagem estratégica em relação às
demais instituições de crédito que funcionavam no Rio de Janeiro
naquela época.
Além da Casa Mauá Mac- Gregor e Companhia, do Banco do
Brasil e de bancos comerciais privados, operavam no Rio de Janeiro
desde a primeira metade do século XIX pequenas casas bancárias que
apesar de realizarem operações idênticas às dos bancos comerciais
diferiam destes em relação à natureza jurídica e ao volume de capital
necessário para o seu funcionamento. Enquanto as casas bancárias
eram companhias de capitais fechados, a maioria dos estabelecimentos
bancários já nasceu sob a forma de sociedades anônimas.
Possivelmente esta foi a razão das casas bancárias serem abertas com
25
capitais girando em torno de 300 a 1500 contos de réis, quantias bem
inferiores aos capitais que deram origem aos bancos fluminenses.
Na década de 1850, durante a fase de prosperidade dos negócios
com o café, floresceram algumas casas bancárias no Rio de Janeiro. A
mais importante era a Souto & Cia fundada pelo português Antonio José
Alves Souto & Cia, que há anos trabalhava na Corte como corretor de
títulos e de outros valores, tinha título de nobreza e gozava de muito
prestígio junto à colônia portuguesa fluminense chegando a ocupar o
cargo de presidente da Beneficência Portuguesa.
Além desta estabeleceram- se no Rio de Janeiro outras casas
bancárias dentre as quais incluem- se a Gomes & Filhos e Companhia -
especializada na captação de pequenas poupanças de trabalhadores
livres e escravos - , a Montenegro, Lima & Companhia, a * Oliveira Bello e
a Amaral Pinto.*
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RE: BANCO OLIVEIRA BELLO
O INTERESSANTE É QUE A FAMILIA MONTENEGRO, LIMA, OLIVEIRA, BELLO, ESTAVAM ENVOLVIDAS COM VINCULOS DE CASAMENTOS. ATÉ PARENTES PROXIMOS.
JOAQUIM SILVERIO DOS REIS - DELATOR DA INCONFIDENCIA MINEIRA ERA CASADO NO RAMO DA FAMILIA BELLO COM BERNADINA QUITERIA BELLO.
BERNADINA QUITERIA ERA IRMA DA MAE DO DUQUE DE CAXIAS (LIMA E SILVA).
OLIVEIRA ERAM RAMO DA FAMILIA DE BANDEIRANTES QUE CASARAM NA FAMILIA BELLO... ESTE TRONCO FAMILIAR FOI PARA O RIO DE JANEIRO E SE TORNARAM OS SENHORES DO CAFÉ. SÓ QUE NAO ESTOU CONSEGUINDO ACESSAR ARQUIVOS COM OS NOMES DOS PROPRIETARIOS DO BANCO OLIVEIRA BELLO, QUE PELO VISTO FOI CONCORRENTE DO BANCO MAUÁ....
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RE: BANCO OLIVEIRA BELLO
ESTOU EM CONTATO COM UM RAMO DA FAMILIA OLIVEIRA BELLO NO RIO DE JANEIRO E ESTOU TENTANDO RETIRAR ALGUNS DADOS, EM BREVE COLOCAREI MAIS DADOS HISTORICOS...
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Caro Elton Belo Reis
Tenho um ramo ascendente do Alandroal, Alto Alentejo (Évora) e por isso tenho vindo a juntar elementos sobre famílias dessa zona. No Alandroal existiu e existe a Família Belo. Embora o tópico em que reuno os dados, "Famílias do Alentejo - Alandroal", não seja dirigido exactamente aos Belo, já há por lá uma ou duas referências, devido a ligações de parentes meus a esta família.
Com os meus cumprimentos,
Manuela
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
OBRIGADO MAMUELA, VOU PESQUISAR OS ARQUIVOS DESTA REGIÃO, VOCE TERIA MAIS OU MENOS AS DATAS DO REGISTRO? OBRIGADO ELTON BELO REIS.
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Caro Elton
Se colocar no rectângulo acima "Belo", para pesquisa em "todas as salas" encontrará algumas referências a famílias Belo, em Portugal (talvez já tenha feito isto).
Os Belo que aparecem ligados a familiares meus são de 1830-1850-1900, não tenho as datas exactas.
É provável que encontre várias famílias "Belo", em Portugal, provavelmente até sem ligação entre si... eu tentaria recuar, pelos registos, a partir dos seus ancestrais para localizar a zona geográfica do apelido.
Com os meus melhores cumprimentos,
Manuela
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
PREZADA MANUELA,
FOI DE GRANDE VALIA SUAS INFORMAÇÕES, EU NÃO SABIA DE TAL RECURSO DO RETANGULO, VOU PESQUISAR.
CONSEGUI LOCALIZAR MARIA BELO EM 1540 E CONSEGUI UM ARQUIVO NA INGLATERRA DE J.BELLO DE 1210. MUITO OBRIGADO E AO SEU DISPOR
ELTON BELO REIS
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DOS REIS MONTENEGRO e OLIVEIRA BELLO
Abrindo o tópico ORDEM DE CRISTO NO BRASIL 1866 vê-se logo em seguida a mensagem RE:ORDEM DO DIA 20 DE AGOSTO DE 1842, onde se lê longo texto do DUQUE DE CAXIAS, onde é mencionado o Capitão LUIZ JOSÉ DOS REIS MONTENEGRO, seu Ajudante-de-Ordens, que mais tarde casaria com FLORINDA FLORA DE OLIVEIRA BELLO. O citado Capitão é descendente de JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS MONTENEGRO.
FGJ
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RE: DOS REIS MONTENEGRO e OLIVEIRA BELLO
REFERENTE AO BANCO OLIVEIRA BELLO, ESTAMOS AGUARDANDO O ARQUIVO NACIONAL DO RIO DE JANEIRO, ESTAO PESQUISANDO E ME REPASSARÃO INFORMAÇÕES, PORQUE NO MOMENTO APENAS TENHO ESTES DADOS:
BANCO OLIVEIRA BELLO
Na década de 1850, durante a fase de prosperidade dos negócios
com o café, floresceram algumas casas bancárias no Rio de Janeiro. A
mais importante era a Souto & Cia fundada pelo português Antonio José
Alves Souto & Cia, que há anos trabalhava na Corte como corretor de
títulos e de outros valores, tinha título de nobreza e gozava de muito
prestígio junto à colônia portuguesa fluminense chegando a ocupar o
cargo de presidente da Beneficência Portuguesa.
Além desta estabeleceram- se no Rio de Janeiro outras casas
bancárias dentre as quais incluem- se a Gomes & Filhos e Companhia -
especializada na captação de pequenas poupanças de trabalhadores
livres e escravos - , a Montenegro, Lima & Companhia, a Oliveira Bello e
a Amaral Pinto.
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RE: BANCO OLIVEIRA BELLO
FGJ - EM BREVE TE REPASSAREI INFORMAÇÕES SOBRE O BANCO OLIVEIRA BELLO, POIS O ARQUIVO NACIONAL NO RIO DE JANEIRO, JÁ ABRIRAM UMA PESQUISA PARA NOS REPASSAR SOBRE O ASSUNTO. NÃO PERCA CONTATO OK?
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RE: DOS REIS MONTENEGRO e OLIVEIRA BELLO
Silvério dos Reis nasceu em 1756 na freguesia de Montereal, vizinha da cidade de Leiria […]. Era (b) filho do capitão João Antônio dos Reis Montenegro e de D. Tereza Jerônima Vidal Figueiredo. […] (c) Era aparentado com a família Vidal de Barbosa e já tinha outros parentes em Minas quando se resolveu a partir para o Brasil, em data que se não sabe com precisão, mas que se supõe ter sido pouco antes de 1776. […] (d) Começou negociando entre o Rio de Janeiro e as Minas, donde lhe vieram aquelas arrobas de ouro e, em poucos anos, apareceu dono de fazendas, entre elas a que é hoje a Colônia de Alienados, na atual estação de Sanatório da Estrada de Ferro Central do Brasil”.
“(a) Silvério dos Reis era jovem, de trinta e poucos anos, português nascido em Leiria, (b) filho do capitão João Antônio dos Reis Montenegro e D. Teresa Jerônima Vidal Figueiredo. (c) Era parente da família de Domingos Vidal Barbosa, e chegara ao Brasil mais ou menos em 1776. (d) Começara negociando entre Rio de Janeiro e Minas donde lhe vieram muitas arrobas de ouro, com que fora comprando fazendas da Borda do Campo. Por ironia do destino esta região é hoje a Colônia dos Alienados, na atual estação do Sanatório, da Estrada de Ferro Central do Brasil”. Fazenda esta, denominada Caveira de baixo, e tinha tambem a caveira de cima. (tenho foto da fazenda). Este casou-se com a tia do Duque de Caxias, Bernardina Quitéria dos Reis (que casou com Joaquim Silvério dos Reis Montenegro) com o nome de solteira de Bernardina Quiteria de Oliveira. Sua irmã casou-se com o Pai do Duque de Caxias.
“Silvério dos Reis (a) foi associado ao seu irmão João Damasceno dos Reis Figueiredo, muito conhecido por João das Massadas, por ser extremamente prolixo no falar. […] desde os comêços de sua vida no Brasil, deixou logo entrever as falhas do seu caráter e (b) a dureza do seu coração. De fala fina, untuoso de maneiras, em tudo metia a sua inata velhacaria que porejava em todos os negócios em que se envolvia. Ora (c) exercendo a agiotagem, ora especulando com a boa-fé dos que aceitavam (d) negócios com êle, gastador sem conta, somente cuidava de si. […] Por onde andava levava sempre consigo (e) um psaltério, com que se acompanhava nas cantorias que eram muito do seu agrado, pelas fazendas de conhecidos e estalagens, considerando-se talvez um artista de valor. (f) Psaltério era um pequeno instrumento de música, semelhante a uma cítara, composto de uma caixa de madeira triangular, com duas aberturas, como as dos violões de hoje, tendo treze cordas de ferro”.
“(a) Seu irmão era seu sócio e chamava-se João Damasceno, mas era apelidado João das Maçadas, por ser sempre muito enrolado ao se explicar, já que seus (d) negócios só tinham o fito de enganar os outros a seu proveito. Eram ambos malquistos, pois (b) duros de coração, untuosos nas maneiras, exagerados no luxo dos trajes, dissimulados, (c) exercendo a agiotagem entre os pobres, a lhes tirar o pouco que tinham. Além disto gostava de se fazer, aos olhos das damas, de inteligente e músico e estava quase sempre a tocar (e) um psaltério, que era semelhante a uma cítara, de madeira e triangular, com treze cordas de ferro, e (f) no qual se acompanhava nas cantorias de Portugal, que eram muito de seu agrado”.
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JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS MONTENEGRO
ELTON,
Veja em http://www.marcsoft.hostmach.com.br/sistarq/imagempub.php?codigounion=inst1089 a nomeação de JSRM ao posto de Coronel.
sds,
FREDERICO/RIO/BRASIL
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RE: JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS MONTENEGRO
OBRIGADO FREDERICO,
FOI DE GRANDE VALIA E JA ADICIONEI AO MEU ARQUIVO. EU LOCALIZEI UM IRMAO DE JOAQUIM SILVERIO DOS REIS NO NORDESTE DO BRASIL CASADO COM UMA SENHORA DA FAMILIA BELLO... SENDO ASSIM TANTO JOAQUIM SILVERIO QUANTO SEU IRMÃO CASARAM NO MESMO RAMO DA FAMILIA BELLO... TENS MAIS ALGUM DETALHE QUE POSSA ME INFORMAR?
Direct link:
JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS MONTENEGRO
ELTON,
Qual o nome do irmão de JOAQUIM q vc descobriu no Nordeste? Com qual OLIVEIRA BELLO ele casou? Qaul a fonte do achado?
Sds,
FREDERICO
Direct link:
Família Belo
Cara Manuela,
Tenho ascendentes Belo na Póvoa de Rio de Moinhos, Pedro Vaz Belo, nascido cerca de 1697, filho de Manuel Vaz Belo (de Alcains) e Catarina Fernandes que se casaram na Póvoa em 06.09.1685. Infelizmente não foram mencionados os nomes dos pais dele.
Lourval
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RE: JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS MONTENEGRO
Houve um equivoco de minha parte, o Irmão de Joaquim Silverio dos Reis Montenegro (joao Massadas) era João Damasceno dos Reis Figueiredo e o Referido Capitão Luis Jose dos Reis Montenegro é o que eu queria fazer a citação, casado com Florinda Flora de Oliveira Bello (este era descendente de Joaquim Silverio dos Reis) e não irmão. Portanto peço desculpas e ratifico meu erro.
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Banco Oliveira Bello
Recebi do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro hoje, um email informando não ter encontrado nada referente ao Banco Oliveira Bello (para minha decepção). Portanto o que temos até o presente momento são as informações já enviadas. Mas continuaremos a pesquisa.
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RE: BANCO OLIVEIRA BELLO
BANCO OLIVEIRA BELLO
Na década de 1850, durante a fase de prosperidade dos negócios
com o café, floresceram algumas casas bancárias no Rio de Janeiro. A
mais importante era a Souto & Cia fundada pelo português Antonio José
Alves Souto & Cia, que há anos trabalhava na Corte como corretor de
títulos e de outros valores, tinha título de nobreza e gozava de muito
prestígio junto à colônia portuguesa fluminense chegando a ocupar o
cargo de presidente da Beneficência Portuguesa.
Além desta estabeleceram- se no Rio de Janeiro outras casas
bancárias dentre as quais incluem- se a Gomes & Filhos e Companhia -
especializada na captação de pequenas poupanças de trabalhadores
livres e escravos - , a Montenegro, Lima & Companhia, a Oliveira Bello e
a Amaral Pinto.
Introdução
O presente trabalho tem como objetivo analisar a atividade bancária do Rio de Janeiro no período da Guerra do Paraguai, através das estratégias desenvolvidas pelo Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro.
A Guerra do Paraguai acentuou o período de crise na Praça do Comércio do Rio de Janeiro, motivada pela política econômica conservadora implementada pelo governo imperial desde a Lei dos Entraves de 1860, e que culminou com a quebra da Casa Bancária Souto & Cia, em setembro de 1864. O esforço de Guerra demandou despesas cada vez maiores, que fez com que o governo abandonasse sua ortodoxia através do aumento das emissões via Tesouro Nacional, que substituiu o Banco do Brasil como agente emissor de notas em 1866, a depreciação do câmbio e os empréstimos externos e internos, esse último com o aumento das emissões de títulos do governo.
Diante desse quadro, o Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro, um banco comercial de depósitos e descontos, implementou uma política conservadora de acordo com a conjuntura. Isso significou que o banco diminuiu seus empréstimos, via desconto de letras, e aumentou a compra de títulos, principalmente de títulos do governo. Tal estratégia demonstrou uma percepção crítica do banco frente à conjuntura difícil que passava a economia brasileira da época, principalmente a mais importante região comercial brasileira do período: a Praça do Comércio do Rio de Janeiro. 1. A crise de 1864 e a Guerra do Paraguai: uma conjuntura difícil
A crise comercial e bancária de 1864, conhecida como a Crise do Souto, nome esse relacionado com a bancarrota da Casa Bancária Antônio José Alves do Souto & Cia, constituiu-se no ápice de uma situação de crise, que vivia a Praça Comercial do Rio de Janeiro desde 1860. Como é de conhecimento da historiografia econômica brasileira, tal crise estava relacionada com a política de contração monetária e creditícia efetuada pelo governo imperial desde a promulgação da Lei n.º 1.083, de 22/08/1860, conhecida como a Lei dos Entraves.
Diante dessa situação financeira difícil, não foi de estranhar que a Sociedade dos Assinantes da Praça do Rio de Janeiro, que se transformou na Associação Comercial do Rio de Janeiro em 1867, poderosa corporação que defendia os interesses da fração da classe dominante imperial ligada ao grande comércio, ou seja, aos grandes negociantes nacionais e estrangeiros do comércio bancário, do comércio importador e exportador e outros, sediados no Rio de Janeiro , organizou uma comissão encabeçada pelo próprio presidente da Sociedade, o negociante José Joaquim de Lima e Silva, Visconde, depois Conde de Tocantins, e irmão do Duque de Caxias, que lançou um apelo em 12 de setembro de 1864 ao Imperador, para que o governo imperial tomasse providências:
“Senhor: A comissão da Praça do Comércio vem respeitosamente trazer ao conhecimento do governo de Vossa Majestade Imperial o estado calamitoso em que se acha esta praça, em conseqüência da catástrofe comercial ocorrida no dia 10 corrente (setembro), pela suspensão que fez dos seus pagamentos a casa bancária de Antonio José Alves Souto & Cia.
O pânico que sobre o público produziu este acontecimento não se pode bem descrever mas pode ser avaliado por todos quantos conhecem a importância desta casa, a grande quantidade de depósitos que tem em si e o entrelaçamentoem que se acha com todos os bancos e principais casas de comèrcio desta praça.
O susto e a desconfiança tornaram-se gerais e o resultado foi correrem os portadores de títulos, não só desta casa como de outras, a exigirem das mesmas o embolso imediato deles.
(...) Não são, porém, somente estes os males que acarretou a referida catástrofe. Teve ela como imediato resultado paralisar o crédito, suscitar uma desconfiança geral, e fazer pairar sobre todas as casas comerciais, que em grande número se acham ligadas com a mencionada casa bancária, uma ameaça de se verem arrastadas na mesma catástrofe. Quem pode prever até onde chegarão as conseqüências deste acontecimento?
(...) A comissão desta praça, confiada no zelo que Vossa Majestade Imperial sempre se mostra possuído pelo bem do país e no interesse que lhe merece tudo quanto diz respeito à prosperidade e grandeza do Império aguarda tranqüila as medidas que prover ao Governo Imperial tomar para salvar esta praça da formidável crise por que está passando”.
A preocupação da Sociedade dos Assinantes da Praça do Rio de Janeiro com a repercussão da crise de 1864 pode ser traduzida por alguns números, que demonstram a gravidade dessa crise. No período de setembro de 1864 a março de 1865, ocorreram 95 falências, “com um passivo total de 115 mil contos superior portanto ao meio circulante de todo o país, que era de pouco mais de 100 mil contos” . No tocante ao sistema bancário, e de acordo com a Tabela 1, os bancos “nacionais”, com sede no Rio de Janeiro, como a Sociedade Bancária Mauá, MacGregor & Cia e o Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro e, mais ainda as casas bancárias, como a própria Souto & Cia, a Montenegro, Lima & Cia, a Gomes & Filhos e outras, tiveram que recorrer ao redesconto e a caução do Banco do Brasil no mês de setembro, para dar conta da corrida sobre os seus depósitos. Com relação aos bancos estrangeiros, nessa época restrito aos bancos inglêses, como o London and Brazilian Bank e o Brazilian and Portugueses Bank, ambos recorreram também ao Banco do Brasil, porém com quantias bem menores se comparadas com as dos bancos e casas bancárias “nacionais”. A eclosão da Guerra do Paraguai e seus desdobramentos, segundo a historiografia brasileira, trouxe inúmeros problemas de ordem política e social para o Império. No plano econômico, principalmente no âmbito das finanças, as operações financeiras que giravam sobre o Banco do Brasil com a crise de 1864, com o acirramento da guerra, que dobrou as despesas militares e fez aumentar os déficts do governo, passaram à gravitar ao redor do governo.
Tabela 1: Quadro demonstrativo das quantias fornecidas pelo Banco do Brasil entre 10 e 30 de setembro de 1864
Instituições Descontos Cauções
Banco Rural & Hipotecário 1.240:000$000 4.630:000$000
Banco Mauá, MacGregor & Cia 5.246:440$136 -
London & Brazilian Bank 382:766$240 500:000$000
Brazilian and Portuguese Bank - 1.013:300$000
Gomes & Filhos 3.222:239$512 1.934:000$000
Bahia, Irmãos & Cia 8.207:831$061 1.804:600$000
Montenegro, Lima & Cia 2.108:507$274 1.088:000$000
Oliveira & Bello 22:250$000 -
D'Illion & Marques Braga 682:349$604 -
Portinho & Moniz 850:895$569 63:000$000
Silva Pinto, Melo & Cia 337:458$220 -
João Baptista Vianna Drummond 254:233$971 -
Manoel Gomes de Carvalho 183:343$282 -
Lallemant & Cia 347:884$570 -
Fonte: Brasil. Ministério da Justiça. Comissão de Inquérito sobre as causas da crise na praça do Rio de Janeiro de 1864, op. cit., p. 204
Com o intuito de preservar a moeda metálica para fazer frente aos inúmeros gastos com as importações, já que o ouro era a única moeda aceita, a solução encontrada pelo governo imperial, após vários embates sobre qual a melhor política a ser adotada , foi a aprovação do projeto do Visconde de Itaboraí, Lei n.º 1.349, de 12 de setembro de 1866. Tal projeto, que além transferir o poder emissor do Banco do Brasil para o Tesouro Nacional, estabeleceu uma nova carteira hipotecária e restringiu o direito de nomeação do presidente e vice-presidente do banco pelo governo, significou para John Schulz uma maior independência do Banco do Brasil com relação ao intervencionismo do governo e, com isso, permitiu sua reorganização . Para Dênio Nogueira, o projeto possibilitou ao governo uma folga no seu caixa, na medida que “a transferência do poder emissor para o Tesouro Nacional eliminaria ainda o custo desnecessário dos juros que o governo tinha de pagar ao Banco do Brasil para financiar seu elevado déficit fiscal” . Outros historiadores, como Maria Barbara Levy, destacam que o projeto significou por um lado o abandono da política contencionista e das pretensões da conversibilidade preconizadas pelo padrão-ouro; por outro lado, significou que o governo se tornou “no principal agente do crédito interno, através do mecanismo inflação e compra; ao mesmo tempo que aumentava os impostos, recolhia ouro através de recursos sistemáticos do lançamento de títulos públicos”.
A Guerra do Paraguai, que segundo cálculos de Pelaez e Suzigan, chegou ao montante de 614 mil contos de réis , teve como principais fontes de financiamento os empréstimos externo e interno e a cobrança de impostos, conforme constam nas Tabelas 2 e 3. No tocante aos empréstimos tivemos um “empréstimo externo, realizado em 1865, no valor de £ 6.693.000, ao tipo 74, que propiciou o líquido de £ 5.000.000 (cerca de 49 mil contos), com juros de 5% e 30 anos de prazo; empréstimo interno de 27 mil contos, além da emissão de letras do Tesouro (a 6% ao ano), no valor de 171 mil contos no decorrer da guerra; e o restante, cerca de 120 mil contos, em emissões de papel-moeda”.
Com relação aos impostos, além da cobrança em ouro de 15% dos impostos de exportação e importação, a partir de 1867, houve um aumento das contribuições provinciais. Segundo Dênio Nogueira, “essa última fonte de receita foi a que acusou maior crescimento, passando de 15% para 25% da receita total arrecada entre 1864 e 1869.
Tabela 2: Financiamento da Guerra do Paraguai (valores de 1822, em milhares de contos)
Ano Direitos Aduaneiros Imposto de Exportação Contribuição Provincial Outros Tributos Receita Total
1864/65 5,9 1,7 1,6 0,4 9,6
1865/66 4,7 1,6 1,3 0,4 8,0
1866/67 4,7 1,4 1,5 0,2 7,8
1867/68* 4,1 1,8 2,0 0,1 8,0
1868/69 4,4 1,9 1,9 0,5 8,7
1869/70 5,3 1,8 2,3 0,1 9,5
Obs.: * A partir de 1867, 15% dos impostos de exportação e importação passaram a ser cobrados em ouro, isto é, à taxa de câmbio do mercado
Fonte: NOGUEIRA, op. cit., p.379
A questão do endividamento do Estado Imperial com Guerra do Paraguai, especialmente no tocante à dívida pública, para muitos historiadores, constituiu-se num grande “divisor de águas” na economia brasileira. Segundo Wilma Peres Costa,
“até meados do século, ela se destinava principalmente à cobertura dos déficits relacionados à construção do Estado Nacional: despesas originadas da Guerra de Independência e da negociação com Portugal, conflitos internos e repressão das rebeliões provinciais, além dos conflitos externos na região platina. Na Segunda metade do século aparecem despesas de um novo tipo: as melhorias públicas, em particular as estradas de ferro. Com efeito, esse foi , entre 1850-1870, um importante elemento no equacionamento das relações entre o centro político e as forças provinciais. (...). O período da Guerra do Paraguai aparece como um divisor de águas no endividamento público, determinando um crescimento notável tanto no estoque da dívida quanto no peso do seu serviço sobre as receitas do Estado”.
O aumento da dívida pública e sua repercussão sobre a principal região econômica do Brasil na época, o Rio de Janeiro, promoveu uma controvérsia na historiografia econômica brasileira que envolveu o declínio do Rio de Janeiro e a ascensão de São Paulo. Rui Granziera defende a posição de que o entesouramento dos títulos públicos entre os fazendeiros e as camadas médias urbanas do Rio de Janeiro e a crise de crédito na região fizeram com que o papel-moeda emitido afluísse para uma nova região, que era o centro distribuidor das mercadorias para as tropas na guerra, como também, face à relação ferrovia e café, uma região economicamente dinâmica: Campinas e arredores (Oeste Novo Paulista). Segundo Granziera, nessa região “o capital substituído pela estrada de ferro era passível de transformação em capital-dinheiro” , o que permitiu uma acumulação produtiva diferenciada no interior do complexo cafeeiro na região, diferenciando São Paulo do que ocorreu no Rio de Janeiro.
Maria Barbara Levy discorda da posição de Granziera. Para ela, o Rio de Janeiro, como principal centro financeiro e comercial do país, sempre sofreu com a drenagem de dinheiro, bastando subir as taxas de desconto dos títulos, para que os juros se elevassem e os negócios parando por falta de dinheiro. E mais,
“apenas 14 horas, por via férrea, separavam as duas cidades, e que o Rio de Janeiro mantinha com são Paulo ativo comércio de produtos de subsistência, além do que as exportações de ambas as províncias resumiam ao mesmo produto: o café. Portanto, não era tão pequeno o contato entre elas, a ponto de constituírem ilhas econômicas. Ao contrário, São Paulo permaneceria na órbita do circuito monetário regional do Rio de Janeiro”.
Tabela 3: Política Fiscal, Monetária e Cambial
Ano N.º Índice (1822=100) Taxa de Câmbio (mil réis por libra) Política Fiscal ( mil contos)
Receita Despesa
Meio Circulante Preços Total Da qual Total
Direitos Alfandegários Imposto de Exportação Contribuição Provincial Militar Serviço da Dívida Saldo (+ ou -)
1864/65 1.204 580,4 8,97 55,7 34,5 9,7 9,3 83,3 40,6 5,1 -27,6
1865/66 1.392 703,4 9,60 56,1 33,4 11 9,3 121,9 80,3 8,9 -65,8
1866/67 1.479 800,7 9,90 62,4 37,6 10,8 11,7 120,9 72,1 10,4 -58,5
1867/68 1.627 873,6 10,70 69,7 35,9 15,4 17,1 166 98,8 11,2 -96,3
1868/69 1982 1.035 14,11 83,5 45,3 18,6 19,4 150,9 81,3 14,8 -67,4
1869/70 2.371 988,3 12,76 92,9 52,4 17,8 22,3 141,6 76,8 13,1 -48,5
Obs: 1) desde 1828, o ano fiscal iniciou em julho; 2) em 1846, com a Reforma Monetária, o governo depreciou a paridade oficial para 27 d/mil réis ou 8$889/Libra; 3) desde 1833, 50% dos direitos aduaneiros passaram a ser arrecadados em ouro, ou seja, à taxa de câmbio vigente no mercado; 4) desde 1837, a totalidade dos direitos aduaneiros passou a ser arrecadada em ouro, assim como o imposto de exportação; 5) desde 1853, o imposto de exportação foi reduzido a 5% ad valor em.
Fontes: NOGUEIRA, op. cit., pp. 332 e 375
2. O Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro (BRHRJ) e sua atuação na conjuntura 1865/1870.
No trabalho anterior, analisando a atuação do BRHRJ no período 1854/1860, demonstramos que o banco foi um típico banco comercial da época, ou seja, um banco de depósitos e descontos. No tocante aos depósitos, o BRHRJ pagava juros sobre o depósito à vista ou a prazo, e descontava letras, principalmente com penhor mercantil. Quanto aos descontos, o banco privilegiou o desconto de letras com penhor, embora descontasse letras hipotecadas, porém com um volume bem menor do que a com penhor. Essa atividade bancária desenvolvida pelo BRHRJ foi criticada na época por importantes figuras do Império como Sebastião Ferreira Soares e, também, por um dos maiores fazendeiros fluminenses da região de Vasouras, Luís Peixoto. de Lacerda Wernck, o Barão do Pati do Alferes.
No início da década de 1860, em virtude da Lei dos Entraves, o BRHRJ teve uma diminuição dos empréstimos e depósitos. Entretanto, a partir de 1862, e de acordo com o Gráfico 1, os empréstimos e os depósitos voltaram à crescer. Com toda restrição da Lei de 1860, a questão que surge é a seguinte: quem contraiu os empréstimos do BRHRJ? A resposta vem com a análise da Lista dos Acionistas do BRHRJ de 1861 e do Relatório da Diretoria do banco de 1865: os capitalistas, os comissários e as casas bancárias . Para se ter uma idéia, apresento alguns dados interessantes, com base no cruzamento da Lista com o Almanach Laemmert de 1861:
1. Dos 435 acionistas em 1861, 8,04% estavam ligados as essas atividades;
2. Das 40.000 ações, 15,23% estavam nas mãos desses negociantes;
3. Desses acionistas, 31,42% eram matriculados;
4. Desses negociantes matriculados, 63, 63% eram comissários.
Embora a Diretoria creditou à crise do banco “a boa fé sorprehendida de uns, e a ambição inqualificavel de outros (a grafia é da época)”, a mesma reconhece que exacerbação da crise tem que ser creditada a prática bancária efetuada pelo banco. Os empréstimos, através dos descontos de Letras e em conta corrente, eram direcionados principalmente para esses acionistas/clientes. O reconhecimento dessa prática bancária, embora relevado a segundo plano pela diretoria do banco, vem de encontro com as observações de David Joslin acerca da atuação dos bancos brasileiros e, principalmente, ingleses como o London and Brazilian Bank no período . Tal visão é corroborada por John Schulz, quando afirma:
“A estrutura das finanças brasileiras tendeu a exacerbar essas crises. Tanto os bancos sociedades anônimas quanto as casas bancárias tinham comerciantes e agentes de fazendeiros, o comissários, como seus principais clientes. Esses dois tipos de mutuários inclinaram-se à não liquidez, na medida que se viram forçados a conceder crédito a longo prazo para os fazendeiros. Práticas bancárias prudentes como as conhecidas na Inglaterra ensinaram que se deve emprestar a prazo de até 90 dias sobre saques aceitos. Esses saques eram de responsabilidade tanto do comprador quanto do devedor de um produto como café ou tecido. Quando eles financiavam mercadorias não-vendidas, os bancos não emprestavam mais do que dois terços do valor dos produtos em garantia, também para períodos não superiores a noventa dias.(...) Os bancos ingleses, quando estabeleceram operações no Brasil em 1863, descobriram que não poderiam seguir no Rio de Janeiro a prática de Londres. Viram-se renovando indefinidamente créditos que raramente poderiam ser quitados. Muitos empréstimos, embora feitos para comerciantes, dependiam, no final das contas, dos fazendeiros. Os bancos tinham dificuldades em vender ou mesmo apropiar-se dos bens dos agricultores (...).
Quanto a seus passivos, os bancos ingleses descobriram que no Brasil os banqueiros pagavam juros até mesmo para depósitos à vista Na Inglaterra , os depósitos à vista não recebiam juros como compensação para que o banqueiro os guardasse e pagasse os cheques emitidos. Com pouco capital os banqueiros brasileiros concordavam em pagar juros, freqüentemente de até 4% ao ano, sobre o dinheiro à vista. Os bancos brasileiros também pagavam juros maiores que os pagos pelos bancos pelos bancos ingleses sobre seus depósitos a prazo. (...)”.
A crise do Souto repercutiu fortemente sobre o BRHRJ. Consoante com a Tabela 1, o banco teve que recorrer ao Banco do Brasil para fazer frente à corrida sobre seus depósitos. A respeito dessa situação do BRHRJ, analisando o Relatório da Diretoria de 1865, percebemos que as dificuldades do banco estava relacionada com relações comerciais com as casas bancárias. Essas, ao serem liquidadas, deixaram de honrar seus compromissos, e o BRHRJ, sendo um dos maiores credores, não teve outra saída a não ser de recorrer ao redesconto e a caução do Banco do Brasil. O montante total requerido pelo BRHRJ ao Banco do Brasil chegou a quantia de 13.226 contos de réis, ou seja, além dos 5.870 contos de réis de setembro de 1864, o banco tomou emprestado mais a quantia de 7.356 contos de réis.
Com a eclosão da Guerra do Paraguai, o BRHRJ encontrava-se na situação descrita acima. Analisando os balanços do banco de 1865 até 1870, Anexo 1, percebemos que a atividade bancária desenvolvida pelo BRHRJ estava de acordo com a política governamental adotada. No tocante ao ativo, na conta Empréstimos, houve uma diminuição significativa das letras descontadas com penhor, de mais de 55% no período 1865-1870. Com relação às letras caucionadas e hipotecadas, as primeiras tiveram um aumento significativo de 198% de 1865 até 1867, caindo depois até 1870, uma baixa de 71%; as letras hipotecadas, mesmo com a nova Lei de Hipotecas de 1864, que dava novas garantias para os credores , tiveram uma queda de 25% entre 1865 e 1867, e um aumento de 4% de 1868 até 1870. O comportamento dos descontos das letras está no gráfico 2. Quanto aos empréstimos em conta corrente, houve uma queda de 10% no período de 1865 a 1867, um aumento significativo em 1868 de 145% e, novamente, uma queda de 30% até 1870.
A análise da política dos empréstimos do BRHRJ ficou mais clara com a leitura dos Relatórios da Diretoria. No Relatório de 1868 , embora não ficou explícito o por que do banco em não aumentar os empréstimos à propriedade rural, privilegiando principalmente a propriedade urbana, a falta de garantias, mesmo com a nova Lei de Hipotecas, e a alta taxa de desconto envolvendo as hipotecas dificultavam o acesso ao desconto de tais letras. Enquanto essas, o desconto girava entre 10 a 12% ao ano, nas demais letras, o desconto giravam em torno de 7 a 10% para a letras com penhor, e 8 a 10% para as letras caucionadas.
Ainda com relação ao ativo, chamou atenção a conta Títulos, Gráfico 4. Após uma aumento acentuado de 1865 a 1866, a conta apólices da dívida pública manteve o mesmo valor em 1867 e 1868, desaparecendo em 1869 e 1870. No tocante às letras do tesouro nacional, essas cresceram em mais de 600% entre 1868-1870. O crescimento desse título, assim como o da dívida pública em 1871 , que não consta no balanço do banco, face a nossa delimitação de 1865-1870, demonstrou que o BRHRJ agiu de acordo com a política do governo de emissão de títulos. Será necessário pesquisar os demais bancos, entretanto, acredito que os maiores detentores dos títulos públicos foram as instituições bancárias.
Com relação ao passivo do BRHRJ, destacamos o aumento dos depósitos, que em 1869 ultrapassou os empréstimos, conforme o Gráfico 3. Destacaram-se nos depósitos as contas letras a pagar (dinheiro tomado a prêmio), em que o banco remunerava de 5 ½% a 6% ao ano, e a conta corrente, que também eram remuneradas, só com taxas menores de 3 a 6%. Outra conta do passivo que chamou atenção foi o aumento do fundo de reserva em 1869, e da criação de um novo fundo de reserva no mesmo ano. É interessante observar que o BRHRJ, ao criar um novo fundo de reserva, suspendeu a conta Lucros Suspensos, que era uma conta onde os lucros eram reservados para fazer frente aos prejuízos, como ocorreu pós-1864.
Ainda no passivo, as emissões foram extintas em 1867, e os juros a receber por contratos celebrados aumentaram em 80% no período de 1868 e 1870 e os dividendos dos acionistas aumentaram, passando de 280: 000$000 (8$000 por ação) no período de 1865 e 1866, para 320:000$000 no período 1867 e 1870.
3. Considerações Finais
A conjuntura econômica associada à Guerra do Paraguai foi interessante para o BRHRJ. Comparando os balanços de 1865 e 1870, embora reconheçamos as dificuldades e a veracidade dos mesmos, face a ausência de um órgão regulador, como o que temos hoje em dia, que é o Banco Central, percebemos uma melhoria da situação do banco.
A política desenvolvida pelo BRHRJ durante a Guerra do Paraguai, estava intimamente ligada à política econômica do governo. Se essa, para cobrir as despesas com a guerra recorreu ao endividamento interno e externo, e que repercutiu nos anos posteriores, inclusive sendo responsável por uma nova crise na década de 1870, a crise de 1875, que levou o Banco Mauá & Cia. fechar as suas portas, o BRHRJ apropriou-se da situação. Diminui os empréstimos e aumentou sua carteira de títulos e dos depósitos. Tal política, que muitos possam achar conservadora, na realidade consistiu na política desenvolvida por um típico banco comercial, que era de privilegiar o comércio e o curto prazo.
Trabalho contou com a participação dos alunos Deidson Carline e João Monteiro Pessoa, bolsistas do Programa PIBIC/CNPq, na coleta dos dados.
A respeito da crise do Souto verificar os seguintes trabalhos:
SOARES, Sebastião Ferreira. Esboço ou primeiros traços da crise commercial da cidade do Rio de Janeiro em 10 de setembro de 1864. Rio de Janeiro: Ed. Laemmert, 1864.
ANDRADE, Ana Maria Ribeiro de. Souto & Cia. In: LEVY, Maria Barbara (coord.). Anais da 1ª Conferência Internacional de História de Empresas. Rio de Janeiro: Div. Gráfica da UFRJ, 1991.
GUIMARÃES, Carlos Gabriel. Bancos, Economia e Poder no Segundo Reinado: o caso da Sociedade Bancária Mauá, MacGregor & Cia., 1854/1866. São Paulo, 1997, 320 p. Tese (Doutorado em História Econômica). Universidade de São Paulo. (especialmente o cap. 4)
PELAEZ, Carlos M. e SUZIGAN, Wilson. História Monetária do Brasil. 2ª ed. Brasília: Ed. UNB, 1981. Pp. 104-115
VILLELA, André Arruda. The Political Economy of Money and Banking in Imperial Brazil, 1850/1870. London, 1999, 328 p. Thesis (Doctorate in Economic History). London School of Economics and Polotical Sciense. (chapter 4)
A respeito da Sociedade dos Assinantes da Praça do Rio de Janeiro conferir o trabalhos de:
RIDINGS, Eugene. Business interest groups in nineteenth century Brazil. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.
MATHIAS, Herculano Gomes. Comércio, 173 anos de desenvolvimento: história da Associação Comercial do Rio de Janeiro, (1820-1993). Rio de janeiro: Expressão e Cultura, 1993.
BRASIL. Ministério da Justiça. Commissão de Inquérito sobre as causas da crise na praça do Rio de Janeiro. Relatório da commissão encarregada pelo governo imperial por avisos do 1º de outubro a 28 de dezembro de 1864 de preceder a um inquerito sobre as causas principaes e acidentaes da crise do mês de setembro de 1864. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1865. Documentos anexos ao Relatorio da commissão de Inquerito (...), serie A, p.4. (a grafia é da época)
NOGUEIRA, Dênio. Raízes de uma nação. Um Ensaio de História Sócio-Econômica comparada. Rio de Janeiro: Forense Universitária,1988. P. 377.
A respeito da Sociedade Bancária Mauá, MacGregor & Cia. conferir GUIMARÃES, op. cit., pp. 208-215.
Com relação ao banco inglês London and Brazilian Bank verificar os trabalhos de:
JOSLIN, David. A century bank in Latin America. Oxford: Oxford Um .Press, 1963.
GRAHAN, Richard. Grã-Bretanha e o início da modernização no Brasil, 1850-1914. São Paulo: Brasiliense, 1973.
Com uma duração de quase seis anos, estendendo-se de 11 de novembro de 1864, com a tomada do vapor Marquês de Olinda pelos paraguaios, até 1 de março de 1870, com a morte de Solano López, a Guerra do Paraguai foi o conflito de maior duração no continente americano.
A respeito da Guerra do Paraguai verificar os trabalhos de:
COSTA, Wilma Peres. A espada de Dâmocles: o exército, a Guerra do Paraguai e a crise do Império. São Paulo: HUCITEC/Ed. da UNICAMP, 1996.
MARQUEs, Maria Eduarda C. Magalhães (org.). A Guerra do Paraguai: 130 anos depois. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995.
SALES, Ricardo. A guerra do Paraguai: escravidão e cidadania na formação do exército. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
Sobre tais embates conferir PELAEZ e SUZIGAN, op. cit., pp. 104-106
Para Shulz, a maior independência do Banco do Brasil pode ser comprovada com a liquidação das filiais do banco, com exceção da de São Paulo, e a diminuição da emissão dos bilhetes do banco. Conferir SHULZ, John. A crise financeira da Abolição (1875-1901). São Paulo: EDUSP/Instituto Fernand Braudel, 1996. p. 44.
NOGUEIRA, op. cit., p. 378.
LEVY, Maria Barbara. A Indústria do Rio de Janeiro através de suas sociedades anônimas (esboços de história empresarial). Rio de Janeiro: Sec. Municipal de Cultura/EDUFRJ, 1995. P. 95
PELAEZ e SUZIGAN, op. cit., p. 114
NOGUEIRA, op. cit., p. 378
Idem, p. 380
COSTA, Wilma Peres. A Questão Fiscal na Transformação Republicana-Continuidade e Descontinuidade. Economia e Sociedade, IE/UNICAMP, n.º 10, outubro de 1998, pp. 5-6
GRANZIERA, Rui. Guilherme. A Guerra do Paraguai e o Capitalismo no Brasil. : moeda e vida urbana na economia brasileira. São Paulo: HUCITEC/UNICAMP, p. 106
A respeito da relação do complexo cafeeiro e da industrialização em São Paulo conferir o trabalho de CANO, Wilson. Raízes da Industrialização em São Paulo. 2ª ed.. São Paulo: T. A Queiroz Ed., 1983
LEVY, op. cit., pp. 92-93
A partir deste ponto, ao mencionarmos o Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro, usaremos a abreviação BRHRJ.
GUIMARÃES, Carlos Gabriel. O Império e os bancos comerciais do Rio de Janeiro na Segunda metade do século XIX. Os casos do Banco Mauá, MacGregor & Cia, do Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro e do Banco Comercial e Agrícola. Anais do III Congresso Brasileiro de História Econômica e da 4ª Conferência Internacional de História de Empresas. Curitiba: ABPHE/UFPR, 1999.
WERNECK, Luís Peixoto de Lacerda. Estudo sobre o credito rural e hyphotecario. Ro de Janeiro: L. B. Garnier, 1857.
Alguns negociantes eram comissários e ensacadores ao mesmo tempo. Capitalistas, no Almanach Laemmert, tem o sentido de usurário e rentista, principalmente de prédios urbanos.
Esse trabalho contou com a ajuda do bolsista Deidson M. Carline.
BRHRJ. Relatório apresentado pela directoria do Banco Rural e Hypothecario do Rio de Janeiro em assembléa geral dos accionistas aos 15 de Julho de 1861. Rio de Janeiro, Typographia do Diario do Rio de Janeiro, 1861.
BRHRJ. Relatório apresentado pela directoria do Banco Rural e Hypothecario do Rio de Janeiro em assembléa geral dos accionistas aos 15 de Julho de 1865. Rio de Janeiro, Typographia Perseverança, 1865. Pp. 5-13
JOSLIN, David. A Century of Banking in Latin America. London: Oxford University Press, 1963.
SCHULZ, op. cit., pp. 34-35
BRHRJ. Relatório apresentado pela directoria do Banco Rural e Hypothecario do Rio de Janeiro em assembléa geral dos accionistas aos 15 de Julho de 1865. Rio de Janeiro, Typographia Perseverança, 1865. p.8
LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. História Político-Administrativa da Agricultura Brasileira, 1808/1889. Brasília: Ministério da Agricultura, s.d. pp. 126-127
BRHRJ. Relatório apresentado pela directoria do Banco Rural e Hypothecario do Rio de Janeiro em assembléa geral dos accionistas aos 29 de Julho de 1868. Rio de Janeiro, Typographia do Apostolo, 1868. p. 5
Esses valores foram retirados do Relatório de 1869, já que não constavam nos relatórios anteriores.
BRHRJ. Relatório apresentado pela directoria do Banco Rural e Hypothecario do Rio de Janeiro em assembléa geral dos accionistas aos 21 de Julho de 1869. Rio de Janeiro, Typographia Perseverança, 1869. p. 19, 21, 25 e 27.
No ano de 1871, o BRHRJ tinha 12.125:582$000 de apólices da dívida pública. Esse montante demonstra a estratégia desenvolvida pelo banco face à Guerra do Paraguai
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RE: Banco Oliveira Bello
FREDERICO, VOCE JA LEU SOBRE O BANCO OLIVEIRA BELLO QUE POSTEI NO DIA 22/07/2008? TUDO INDICA QUE O DUQUE DE CAXIAS E SEU IRMAO JOSE JOAQUIM DE LIMA E SILVA (CONDE DE TOCANTINS) ERAM OS PROPRIETARIOS DO REFERIDO BANCO, CONFORME CARTA ENVIADA AO IMPERADOR EM 12 DE SETEMBRO DE 1864.
ABRAÇOS ELTON BELO REIS.'.
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Caro Elton,
Tenho antepassados Belo/Bello/Belho em Portugal (concelho de Portalegre) e na Espanha (Comunidade de Extremadura), na fronteira.
Quando tenha tempo farei um listado destes antepassados meus e publicarei-o neste tópico.
Cumprimentos,
Rocio Cardoso
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Caro Elton e demais confadres,
Cá lhes deixo os meus antepassados Belo/Bello de Portugal e Espanha.
Espero sejam de ajuda para alguém e se alguém tem mais informação destes meus antepassados seja bem-vindo.
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(Numeração Sosa-Stradonitz)
(8) Eleuterio Gonçalves
n. 17.04.1860 – São Julião-Montinho, Portalegre, Portalegre, Portugal
b. 01.05.1860 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
c. 29.05.1882 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
f. 18.12.1930 – La Codosera-La Varse, Badajoz, Extremadura, España
(9) Clara Carvalho Bello
n. 24.12.1861 – São Julião-Cabeço, Portalegre, Portalegre, Portugal
b. 06.01.1862 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
c. 29.05.1882 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
f. 15.03.1950 – La Codosera-La Varse, Badajoz, Extremadura, España
(18) Pedro de Carvalho
n. 26.06.1806 – São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
b. 30.06.1806 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
c. 13.10.1841 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
(19) Antónia Bello
n. 24.11.1817 – Valencia de Alcántara-Jola, Cáceres, Extremadura, España
c. 13.10.1841 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
(36) Vicente de Carvalho
n. Castelo de Vide, Castelo de Vide, Portalegre, Portugal
c. 04.02.1799 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
(37) Maria Joaquina
n. 03.02.1771 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
b. 08.02.1771 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
c. 04.02.1799 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
(38) João Bello Menor
n. Valencia de Alcántara, Cáceres, Extremadura, España
(39) Maria Mónica Bernarda Gonçalves
n. Valencia de Alcántara, Cáceres, Extremadura, España
(74) António Pires Bello
n. 29.01.1746 – Marvão-Os Galegos, Marvão, Portalegre, Portugal
b. 20.02.1746 - Marvão-Os Galegos, Marvão, Portalegre, Portugal
(75) Brites Maria
n. 22.09.1749 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
b. 05.10.1749 - São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
(76) António Belo
n. Valencia de Alcántara, Cáceres, Extremadura, España
(77) Maria Gonçalves
n. São Julião, Portalegre, Portalegre, Portugal
(148) Manuel Pires
n. 18.03.1708 – Crato, Crato, Portalegre, Portugal
(149) Maria Gonçalves Bela
n. 30.11.1711 – São Tiago, Marvão, Portalegre, Portugal
b. 06.12.1711 - São Tiago, Marvão, Portalegre, Portugal
(298) João Gonçalves Bello
n. São Tiago, Marvão, Portalegre, Portugal
(299) Maria Gonçalves
n. São Tiago, Marvão, Portalegre, Portugal
Cumprimentos,
Rocío Cardoso
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
OBRIGADO ROCCIO CARDOSO, ESTAMOS COM MUITAS INFORMAÇÕES SOBRE A FAMILIA BELLO E BELO E JA CONSEGUIMOS INCLUSIVE A ATINGIR NOS ANTIGOS FORUNS ROMANOS O RECONHECIMENTO DE UMA LAPIDE DE APPIANO DE BELLO EM QUE FAZ MENÇÕES AO IMPERADOR ROMANO CAESAR... AGUARDAREMOS ANSIOSOS PELA SUA APRESENTAÇÃO. AO DISPOR ELTON BELO REIS.'.
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
OBRIGADO ROCIO CARDOSO
SERA DE GRANDE VALIA TAIS INFORMAÇÕES, SE ME PERMITE JA ESTOU REPASSANDO PARA OS ARQUIVOS DA FAMILIA BELLO E BELO.
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Caro Elton Belo,
Espero lhe seja de ajuda a minha informação.
A data do casamento do numero 74 (António Pires Bello) e o 75 (Brites Maria) já é conhecida, foi na freguesia de São Julião, concelho de Portalegre, em 06.09.1768.
Se você tem mais informação destes meus ramos Belo/Bello, agradecia imenso.
Cumprimentos,
Rocío Cardoso
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Em minhas pesquisas, "aleatorias" conseguimos localizar membros da familia Belo (sem ligações na genealogia) por enquanto a mais de 300 anos a.C.
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Prezado Elton. Sou descendente de Gabriel Narcizo Belo,filho de Bonifácio Baptista Belo e de sua mulher Luíza Teresa;todos naturais da Freguesia de São Martinho da Vila de Alpedrinha,do Bispado de Castel Branco. Gabriel Narcizo Belo,casou em Curitiba aos 20/05/1784,com Rosa Maria do Nascimento,natural de Curitiba,filha do Tenente Estevão José Ferreira e de sua mulher Catarina Joana Paes. [ Livro de Casamentos N. 4 (1784-1809) folha 1 - Paróquia de Nossa Senhora da Luz - Curitiba - Paraná ]
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
OLA GUIMARAES, EM BREVE ESTAREI ESTUDANDO SOBRE A ENTRADA DOS BELO E BELLO NO BRASIL EM VARIOS ESTADOS. PODEMOS NOS CONTATAR, POIS PELA DATA DA ENTRADA DE SEUS AVOS 1784 ACREDITO QUE ELE TENHA SIDO UM DOS BEM ANTIGOS A ENTRAR EM NOSSAS TERRAS. GRANDE SATISFAÇÃO AO ENTRAR EM CONTATO E AO SEU DISPOR, ELTON BELO REIS - BARBACENA MINAS GERAIS - BRASIL
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Prezado Elton,fico no aguardo. Meu e-mail é caco121@yahoo.com.br Carlos Cunha Nascimento - Ponta Grossa - Paraná- Brasil
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BANCO OLIVEIRA BELLO
Prezado ELTON,
Você sabe alguma coisa sobre uma possivel reabilitação dos falidos OLIVEIRA BELLO?
A reabilitação costumava ocorrer depois de os credores receberem o que lhes era devido.
Sem reabilitação os falidos não podiam voltar a ter negócios.
FGJ
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Ola, boa noite, fiquei muito interessado no seu arquivo, como faço para ter acesso a ele? isso iria me ajudar muito a conhecer mais sobre minha familia. obrigado.
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
FOI IMENSA SATISFACA O RECEBER SEU EMAIL . TEMOS UM BLOG DA FAMILIA BELLO E BELO ONDE TEMOS INUMEROS ARQUIVOS PUBLICADOS E IMAGENS DE BRASOES DA FAMILIA http://familiabelloebelo.blogspot.com/2008/04/familia-bello-e-belo.html. Um grande abraco e ao dispor ELTON BELO REIS
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
muito obrigado, irei ler com atenção todo o blog e colaborar como possivel
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Até onde eu sei minha familia é oriunda da cidade de Reginópolis, interior de Sp, meu bisavo se chamava Luis Bello, meu avô Alfredo Bello. se alguém conhecer alguém por la, pode ser meu parente e desvendar muita coisa sobre meus antepassados.
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Tenho Ascendentes Belo em trÊs gerações, do distrito de Portalegre, Castelo de Vide
a geração mais antiga, de que só tenho o assento de casamento:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=305603
cumprimentos
Maria
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Caro Elton! Um colega do forum, me de uma dica de um Sr Wenceslau Oliveira Belo que foi prefeito de Formiga em 1800 e tantos, foi
Uma dica e tanto. Porem vi em um blog seu um cidadao notavel com o mesmo nome. Sera que seriam a mesma pessoa? Como poderia ter acesso a estes arquivos que vc menciona? Teriam copias a venda, poderia me indicar um pesquisador para que eu avancasse mais...
Muito Obrigado
Magela
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Oi Elton! Me desculpe. O que o colega ALP me informou e o o Sr Wenceslau Alves Belo, que foi
Prefeito de Formiga, poderia ser o pai de meu trisavo, o Sr Joaquim Alves Belo. Dai notei que ha um cidadao ilustre de Barbacena que
Tambem se chama Wenceslau Alves Belo. Sera que seriam a mesma pessoa? Voce poderia me dar algumas dicas de como prosseguir?
Muito Obrigado
Magela
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FAMILIA BELLO E BELO
Prezado MAGELA,
Pode ser q fossem a mesma pessoa. Em minhas pesquisas sobre a família MONTENEGRO encontrei o q segue.
Em 07/02/1791, JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS MONTENEGRO casa-se em Barbacena-MG com Bernardina Quitéria de Oliveira Belo, filha do Coronel Luís Alves de Freitas Belo e sobrinha dos inconfidentes condenados Cel. Francisco Antonio de Oliveira Lopes e padre Antonio Lopes de Oliveira.
Numa fazenda de Joaquim Silvério em Borda do Campo (atual Barbacena-MG) foi construído um centro psiquiátrico inaugurado em 1903 e hoje parcialmente desativado. Lá funciona o Museu da Loucura. No site genealógico Geneall consta que o nome da fazenda era Caveira de Cima(http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=161600#lista).
Espero ter ajudado.
FGJ
RIO/BRASIL
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Caro FGJ, Pedi umas certidoes no cartorio de Estrela, uma de nascimento e outra de obito. Falta acertar datas mas a coisa ficou assim:
Meu pai : Anadin de Souza Belo (1927 - 1993) filho de
Jose de Alcantara Belo (1902 aprx a 1973) filho de
Augusto Alves Bello (1875 a 1959) filho de ( Nasceu em Barbacens)
Joaquim Alves Bello (1855 a 1915) filho de ( Nasceu prados/barbacena)
Luiz Alves Bello (1799 a 1873) ( nasceu e faleceu em prados ) Irmao do Wenceslau Alves Bello
Alexandre Alves Baptista Bello ? a 1814( Faleceu em Prados) Veio Leiria Portugal filho de
Antonio Francisco Bello ( preciso continuar as pesquisas em Portugal, mas acho que ja em 16 e tra lalala
Coronel Luís Alves de Freitas Belo, era irmao do Alexandre Alves B. Belo
Os trabalhos continuam. Sou descendente dos Alves Bello
Faleu ai, grande abraco e agradeco
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Wenceslau de Oliveira Bello (Minas Gerais, 1787 - Rio de Janeiro, 22 de julho de 1852) foi um militar e político brasileiro.
Foi presidente das provícias de Sergipe de 28 de agosto de 1839 a 08 de agosto de 1840, do Espirito Santo de 15 de fevereiro a 19 de outubro de 1843 e do Rio Grande do Norte de 19 de julho de 1844 a 28 de abril de 1845.
Foi Comendador da Ordem de São Bento de Avis e Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro.
Pai de Luiz Alves Leite de Oliveira Bello (I).
Fonte: Wikipédia
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Correção.
Não é Wenceslau, e sim Venceslau de Oliveira Bello. Casou-se com Ana Flora de Oliveira Bello.
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Já pesquisei muito mas não consigo descobrir além do que consta do registro de nascimento de meu pai Francisco Antonio Bello ocorrido em São Manuel, atual Eugenópolis, M.G. em 04/12/1900. Seu pai, Carlos José Bello (creio que o nome foi aportuguesado), quem sabe Carlo Josef Bello - era natural da Itália (conforme sua declaração na certidão), da localidade Vila de Vibonati, em Campañia.
Carlos casou-se com minha avó Anna de Carvalho Bello. Carlos morreu jovem deixando Anna com 3 filhos pequenos.
Carlos, ao que consta de uma história contada pelo meu pai, veio para o Brasil juntamente com seu irmão que ficou no nordeste quando por lá o navio aportou. Ele acabou seguindo para Minas Gerais provavelmente atraído pela oferta de trabalho em fazendas de café.
Creio que deve ter chegado no Brasil por volta de 1890, mas é pura especulação. Não consegui identificá-lo nos navios que aportaram no Rio de Janeiro naquela época e que poderia ter sido conduzido para o albergue de Juiz de Fora para posteriormente seguir para São Manuel - MG.
Se alguém tiver alguma informação, agradeço.
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RE: FAMILIA BELLO E BELO - ITÁLIA
Caro Alcabello;
[Carlos Josef Bello - era natural da Itália "conforme sua declaração na certidão", da localidade Vila de Vibonati, em Campañia.
.... O que vc. pretende é o Registo nascimento de seu avô italiano, Carlos Josef Bello, natural Vila de
Vibonati, Campanîa- Itália.
Terá que tentar obtê-lo em Itália, pelo que deve informar-se como fazê-lo.
http://goo.gl/maps/tWR0I
Boa sorte
Saudações Genealógicas
HRC
-
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RE: FAMILIA BELLO E BELO - ITÁLIA
--
http://goo.gl/maps/Em4Tq
http://goo.gl/maps/tWR0I
--
HRC
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Direct link:
RE: FAMILIA BELLO E BELO - ITÁLIA
Caro HRC
Obrigado por me enviar as informações sobre a localização de Vila de Vibonati. Eu já havia procurado e tinha encontrado no Google Street. Você me disse que para obter o registro de nascimento do meu avô italiano eu teria de obtê-lo na Itália, creio que isso terá que ser feito na prefeitura local ou na igreja (?). Eles costumam dar algum tipo de informação pela internet de onde obter essa certidão? Ou só pessoalmente?
Grato
Aloisio
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RE: COMUNA ITALIANA: Vila de Vibonati - Campânia-
--
Caro Aloisio;
Terá que saber junto da Comuna Italiana de Vila Vibonati, onde poderá obter certificado de registo
de baptismo de seu avô [ o documento tem que ser autenticado para ter valor jurídico ]....
Em Itália, existem como sabe as [ Comunas, as Regiões e as Províncias.... ]
Talvez aí no Brasil tentar obter informação de como funciona em Itália esse processo, e pedir o
contacto da Comuna, ou de outro Órgão Autárquico , junto da Embaixada Italiana...
--
http://www.pt.hukol.net/themenreihe.p?c=Geografia%20pol%C3%ADtica
http://pt.db-city.com/It%C3%A1lia--Camp%C3%A2nia--Salerno--Vibonati
http://www.panoramio.com/photo/14464219?source=wapi&referrer=www.guiadacidade.pt
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vibonati
---
.... Aproveito esta oportunidade para enviar um GRANDE cumprimento à Confreira
MARIA DAVID, desejando-lhe um Feliz NATAL .... [ se tiver a oportunidade de ler esta mensagem !! ]
---
Os m/ melhores cumprimentos e bom Natal
Ana Simões
.
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RE: FAMILIA BELLO E BELO
Cara Rocío Cardoso,
Tem alguma informação sobre a família Sousa Belo/ Bello de Portalegre, Portugal? Parte desta família também existiu em Vila Viçosa.
Deram-me a informação que um ramo desta família "transformou-se" em Esteves, por um filho ter sido exposto na Roda e mais tarde ter abdicado do nome da Familia Sousa Belo/Bello.
Esse ramo Esteves é a minha família mas não encontrei ainda a ligação aos Sousa Belo/Bello.
O elemento mais antigo dos Esteves (o que foi exposto) é João Esteves, exposto e b. a 3 de Fev de 1839, paróquia Stª Maria da Deveza, Castelo de Vide. em 1860 residia em Salvador d'Aramenha, Marvão. 10 de Set de 1860 casa c/ Joana Maria em S. Sebastião das Carreiras, Portalegre.
Obrigado.
Cumprimentos,
Rui Rodrigues
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Familia Bello e Belo
Alguém mais encontrou informações?
Meu trisavô foi João Antônio Belo É o pai José Belo.. porém não encontro mais informações.
Sei tbm que eles eram donos de farmácias próximo a BH...
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Familia Bello e Belo
Gabriel Narciso Belo casou com Rosa Maria do Nascimento em 1784 em Curitiba. Depois também utilizaram a grafia Bello.
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Familia Bello e Belo
Boa tarde,
Eu também tenho ascendentes Belo de Alpalhão/Portalegre, nomeadamente:
-Gregório Vaz Belo (B:25.11.1644_m53) e casado (C:19.10.1664_m22) com Joana Temudo (B:19.3.1648_m99).
Teve filha Ana Dias (B:14.2.1674_m115) que se casou (C:27.10.1697) com Manuel Dias Castelhano (B:14.2.1672). Tb teve como filhos o António, a Leonor, Maria Temuda, Ana, Maria e Manuel.
O Gregório é filho de António Belo e de Ana Dias.
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Familia Bello e Belo
Descobri que o João Belo e Dorcelina viveram em Carangola, foi onde minha vó Rute se casou..
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Familia Bello e Belo
Tenho ascendência Belo, em alguns ramos da zona de Portalegre, alguns já enviei para a Base de Dados:
https://geneall.net/pt/nome/2304212/antonio-belo/
https://geneall.net/pt/nome/279359/antonio-dias-belo/
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Familia Bello e Belo
Obrigado, Ana Simões.
Obtive a certidão do meu avô na comuna de Vila di Vibonati.
Grato
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Familia Bello e Belo
Esse João Belo - nome completo seria João Belo de Oliveira Filho? (esse segundo morou em Carangola e parece que se casou com Zenite).
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Familia Bello e Belo
Olá pessoal, me chamo Gustavo Bello e sou de Ponta Porã, MS. Estou montando minha arvore genealógica, e estou em busca de informações sobre as origens. A informação que tenho, é que meu sobrenome Bello veio de Navio da Italia para Corrientes - Argentina, e posteriormente para Ponta Porã.
Meus ancestrais se chamavam João Narciso Bello e Senhorinha Novaes, caso tenham informações, por favor entrem em contato, será um prazer te conhecer e recebe-las. Grato.
email: gustavoobello@gmail.com
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Familia Bello e Belo
Olá :D
Cheguei até uma antepassada chamada Rita Bello do Espírito-Santo, nascida em 1881 em Curitiba, filha de Carolina/Calorinda Maria dos Santos. Gostaria de saber mais sobre a família Bello em Curitiba e região para identificar possíveis parentescos.
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