Conhecer os Bispados

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Conhecer os Bispados

#169728 | Cristina C | 09 ott 2007 19:49

Exmos colegas de fórum,

Quando se dá o nome de um local, seguido do Bispado a que pertence, como descobrir a que concelho se refere? Onde consulto os bispados e respectivas alterações geográficas ao longo do tempo?

Por exemplo: deparei-me com uma referência à vila de S. Romão, no Bispado de Coimbra, num assento mais ou menos datado de 1690. Uma pesquisa pela freguesia de S. Romão resultou também em:

Portugal, Braga, São Romão
Portugal, Guarda, São Romão
Portugal, Vila Real, São Romão
Portugal, Viseu, São Romão

Qual delas era da responsabilidade do Bispado de Coimbra?

Com os melhores cumprimentos,
Cristina Carvalho

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RE: Conhecer os Bispados

#169729 | Cristina C | 09 ott 2007 19:51 | In reply to: #169728

Desculpem:

no site dos mórmons vem ainda estas possíveis regiões:

Coronado (São Romão)
Portugal, Porto, Coronado (São Romão)
São Lourenço de Romão
Portugal, Porto, São Lourenço de Romão
São Romão (Montemor-o-Novo)
Portugal, Évora, São Romão (Montemor-o-Novo)
São Romão (Vila Viçosa)
Portugal, Évora, São Romão (Vila Viçosa)

Cumprimentos.
CC

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RE: Conhecer os Bispados

#169742 | feraguiar98 | 10 ott 2007 00:06 | In reply to: #169728

Cara Cristina Carvalho,

Fartei-me de rever as suas mensagens na esperança de encontrar algum brasileirismo, mas não.
É que, alguém com a 4ª classe do meu tempo nunca consideraria Braga nem Vila Real e, apenas poderia hesitar entre Viseu e Guarda.
Enfim, já consequências visíveis de termos saído dos 48 anos de obscurantismo da longa noite fascista ...

Deve tratar-se de S. Romão, concelho de Seia, que transitou de Coimbra para a Guarda em 1882.

Com os meus cumprimentos,
Fernando Aguiar

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RE: Conhecer os Bispados

#169783 | Cristina C | 10 ott 2007 16:12 | In reply to: #169742

Caro Fernando Aguiar,

Não lhe levo a mal a sua observação. Tratou-se de um momento de pura exaustão, seguido de um rápido "copy-paste".

Mas a questão permanece. Há alguma lista, uma referência aos concelhos abrangidos pelos Bispados e respectivas alturas de suas alterações?

(Quanto à sua referência ás consequências da passagem do tempo na qualidade da escolarização, isso tem muito que se lhe diga. Podia contar-lhe o que penso e o que observei enquanto estudante do ensino público que teve uma base primária pós-25 de Abril "à moda antiga").

Com os meus cumprimentos,
Cristina Carvalho

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RE: Conhecer os Bispados

#169829 | feraguiar98 | 11 ott 2007 12:20 | In reply to: #169783

Cara Cristina Carvalho,

«Não lhe levo a mal a sua observação. Tratou-se de um momento de pura exaustão, seguido de um rápido "copy-paste".»

Fez muitissimo bem em não levar a mal pois a minha observação nada tinha de pessoal mas apenas de geracional. No entanto, sempre lhe digo que o segundo "post" com localidades do Porto e do Alentejo também não ajudou muito.

«Mas a questão permanece. Há alguma lista, uma referência aos concelhos abrangidos pelos Bispados e respectivas alturas de suas alterações?»

Desconheço. Mas tenho a convicção de que na esmagadora maioria dos casos e salvo a localidade estar mal grafada, é sempre possível encontrar on-line a resposta. A começar pelos índices dos Arquivos Distritais, depois em páginas da própria localidade ou dos bispados.

«(Quanto à sua referência ás consequências da passagem do tempo na qualidade da escolarização, isso tem muito que se lhe diga. Podia contar-lhe o que penso e o que observei enquanto estudante do ensino público que teve uma base primária pós-25 de Abril "à moda antiga").»

Sem ofensa, permita-me que duvide. "À moda antiga" levantávamo-nos à entrada do professor - que era senhor professor ou senhor dr. e não "pssor" nem "stor" - e só nos sentávamos depois de autorizados; havia "avaliação permanente" mas consubstanciada num teste sem aviso pelo menos uma vez em cada 3 semanas; "chamadas ao quadro" em que a deficiente expressão em português falado - ou escrito nos testes - desvalorizava a nota ainda que, por exemplo, em ciência naturais; trabalhos de casa (sem recurso à Net, que não existia) mas que não raro obrigavam à consulta de dicionários etimológicos, enciclopédias e atlas; e, claro, cada um fazia o seu trabalho pois ainda não tinham sido inventados os trabalhos de grupo em que um ou dois trabalham outros tantos nada fazem e os restantes assim assim.
Asseguro-lhe que não fiquei traumatizado por tanta repressão e, quando oiço ou respondo a perguntas dos meus filhos - que pela idade podiam ser netos - sinto pena por eles.

Com os meus cumprimentos,
Fernando Aguiar

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RE: Conhecer os Bispados

#169856 | Cristina C | 11 ott 2007 19:58 | In reply to: #169829

Caro Fernando,

Claro que compreendi o sentido da sua observação e a achei pertinente (bem metida). Também percebi que o segundo post não ajudou. Mas foi mesmo "copy-paste", "copy-paste", nem li, só vi surgir uma série de resultados e colei. É raro não dedicar tempo a ver o que faço e escrevo, mas acontece. Fruto de duas horas seguidas de busca de freguesias e respectivas datas e "maços" no site dos mórmons, num dia que começou ás 5.30 e foi exaustivo.

Bem, isto de parte, vamos á escola!

Tem toda a legitimidade para duvidar da aplicação do termo "à antiga". Mas no que se julga ser o panorama geral, acho que posso aplicar esse termo no meu caso.

Naquele tempo, a rondar 1980, já a professora se queixava que as alterações no ensino preparatório tinham sido para pior e que a matéria até o 2º ano do ciclo costumava fazer parte da preparatória. Como tinha algum poder de decisão, decidiu dar mais matéria que a ditada pelo ministério, lamentando sempre não a leccionar toda. Quando transitei para o ciclo, foi-me dada a possibilidade de saltar um ano. O único impedimento foi a minha vontade de querer ficar com os meus colegas e também, o facto de não conhecer uma determinada parte da matemática. Esta opção, julgo eu, foi sugerida pelos professores.

Voltando á primária, digo que a tive “à moda antiga”, porque foi muito puxada e apresentava desafios constantes. Chamava-mos a educadora de “senhora professora”. Todos os dias haviam chamadas ao quadro, fichas de avaliação em todas as matérias para cada dia da semana, algumas surpresa, e cada trabalho era avaliado com rigor. Os textos escritos tinham de ter uma letra bem desenhada, direita, sem rasuras nem borrões, respeitar as margens e ter os parágrafos correctamente aplicados. As fichas de avaliação a matemática consistiam em 5 problemas num total de 100 que envolviam todo o tipo de operações aritméticas aprendidas. Lamento dizê-lo mas não sinto vergonha que, com essa idade, solucionei problemas matemáticos que hoje não sou capaz – autênticos quebra-cabeças. A geografia chegava ao pormenor de conhecer as espécies de peixes de água salgada e água doce, e respectivos rios onde podiam se encontrar. Os rios e as regiões, e as grandes montanhas de Portugal, aprendi-os nesta altura. Também tive de conhecer os trajes e casas regionais. Foi na primária que ouvi falar dos descobrimentos pela primeira vez. Nunca mais esqueci quem descobriu o quê, ou quando, devido a esta introdução. Ainda me lembro das fotografias dos navegadores coladas pelas janelas! Haviam castigos para o mau comportamento. Reguadas e idas á sala do senhor Director, mas eram raras. Por vezes não tínhamos recreio e os trabalhos para casa iam até a hora do jantar.

Sim, embora diferente, acho que foi uma preparação “à antiga”. Mas foi tão benéfica quanto prejudicial, pois o resto da experiência escolar não se apresentou dentro dos mesmos parâmetros. Aliás, há medida em que fui avançando, menos exigente se tornou o ensino. Para o final, estava uma desgraça. O professor era visto como uma figura incómoda, à qual deviam oferecer resistência e tratar com gozo. A aprendizagem encarada como um “frete” que não servia para nada e fazia perder tempo. (O que me punha a pensar naqueles que não tiveram direito a estudar e lutaram para que o 25 de Abril desse esse direito aos filhos). A tradição oral era praticamente inexistente nas aulas. Até mesmo em inglês. Expresso-me melhor por escrito, talvez devido a isso. No final, mesmo na Universidade, presenciei muitas situações tristes, onde poucos aprendiam e quase todos copiavam. Aliás, testes “trazidos de casa” tornaram-se comuns a partir do 10º ano. Tive aulas em que colegas de 18 anos faziam bolinhas de papel e cuspiam para o quadro. Aulas em que a professora não conseguia abrir a boca para avançar com a matéria. Uma tristeza, sim. No fim, o que conta é a nota que aparece no papel. Não admira que alguns alunos só quisessem isso. O governo anda a querer proporcionar “o canudo” a todos, mas o que importa mesmo não é ser doutor, mas adquirir conhecimentos.


“… quando oiço ou respondo a perguntas dos meus filhos (…) – sinto pena deles”

Compreendo o que quer dizer. Por tudo isto que vivi e presenciei, sinto tristeza. Observo em algumas pessoas de outras gerações, uma destreza de pensamento e uma capacidade de os articular junto com as palavras, que é raro encontrar hoje nas escolas. Também revelam conhecimentos e uma forma de armazená-los, que não é descartável. A sociedade mudou, para melhor em muitos aspectos, mas também para uma pobreza incrível noutros. Os pais de hoje têm de estar muito envolvidos na formação dos filhos. Não basta deixar a sua formação ao cuidado da escola.

Desculpe(m) a extensão do desabafo e das recordações. Tudo isto é um “parente distante” da genealogia, e por isso, depois de lida não me importo que o GENEA a apague. Gostava de lhe deixar o endereço de um blog que encontrei por acaso e achei interessante. De certo modo, comprova o que disse.

Espreite: http:// escritosoutonais.blogspot. com/

Cumprimentos,
CC

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Conhecer as Dioceses

#169892 | salen | 12 ott 2007 11:37 | In reply to: #169783

Cara Cristina Carvalho,
Vamos mudar para uma terminologia mais actual: Dioceses.
Se for aos sites das Dioceses, por regra contêm um pequeno resumo histórico onde é costume encontrar a sequência de "rapa-tira-põe-e-deixa" de algumas paróquias entre a própria Diocese e as limítrofes e/ou a/as que tiveram origem nela e/ou a/as de onde foram originárias, com datas e mais informação.
O que não encontrar nos sites, procura no site da Agência Ecclesia (Anuário Católico). Aí tem a configuração actual das Dioceses, que como sabe, apesar de terem os mesmos nomes das sedes de alguns Distritos não correspondem aos Distritos. A de Lamego tem paróquias (freguesias religiosas) em três Distritos (Viseu, Guarda e Aveiro).
Sem querer me alargar muito, para além disso, há Dioceses existentes e outras extintas cujos livros não estão nos Distritais onde deveriam, mas em Arquivos Diocesanos ou mesmo em Municipais. Pelo que encontrar um livro paroquial (se ele ainda existir) pode ser um motivo de voltinha turística pela nossa querida terrinha.
Melhores cumprimentos.
VF

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RE: Conhecer as Dioceses

#170301 | Cristina C | 17 ott 2007 20:56 | In reply to: #169892

Caro Victor (?),

obrigada pela ajuda. Há tempos andei a navegar nessas páginas das Dioceses, mas não encontrei o que procurava. No entanto, já deu para compreender o processo. Enfim, nada é facilitado...

Cumprimentos
CC

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