Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
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Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Caros Confrades,
Gostaria de saber mais sobre a a ascendência deste grande pintor. Recordemos que ele era filho e neto de Portugueses. Há biografias, nomeadamente em Espanha, que não refeem esse facto. É espantoso, mas é verdade...!
Nasceu em Sevilha, na Andaluzia. Era filho uma andaluza, claro. Mas, orgulhemo-nos do seu sangue luso: sem "deslumbramentos", com realismo.
No concreto: podem-me informar se existe algum estudo aturado, sério e honesto, sobre a ascendência deste GRANDE?
Agradecido, desde já.
Com os meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Caros Confrades,
Renovo o pedido. Julgo que seria interessante saber-se algo mais.
Renovados cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Caro Artur
Também eu sinto há muito, curiosidade a esse respeito.
A relação entre portugueses e andaluzes, sempre foi grande. Em primeiro lugar porque a Andaluzia depois de conquistada aos mouros (1248), por castelhanos, leoneses e portugueses, sob o comando de Afonso X de Leão, foi povoada pelos três povos. No que toca a portugueses, a predominância de algarvios foi uma realidade.
Durante todo o período que antecede as descobertas portuguesas, durante as mesmas e posteriormente, a relação do reino do Algarve, com a Andaluzia sempre foi evidente.
São inúmeras as famílias vindas da Andaluzia e a se fixarem no Algarve. Penso nos Sárrea, nos Vilalobos, nos Arnedos e outros que me escapa a memória.
De regresso ao assunto do tópico. O famoso pintor Velasques da Silva em que na memória o vejo, num auto-retrato, exibindo com certa cagança, a sua Cruz, penso que de Cristo! Honra que lhe viria por parte de Mãe?
Bem, em relação aos Silvas, século XVI que nessa época estavam em Espanha e junto com outros portugueses, representavam uma facção importante no respectivo reino. Abordo o grande Rui Gomes da Silva (Silva Coutinho / Chamusca), duque de Pastrana e príncipe de Eboli, Grande de Espanha, privado de Carlos V e seu filho Filipe II, tendo a maior parte das suas terras sido adquiridas á ordem de Calatrava. A aliança principal ao mesmo nível fazia-se com Afonso de Azevedo e Fonseca, 3°conde de Monterey (primogenitura dos Azevedos) estabelecidos em Salamanca, também grandes de Espanha e seus primos Azevedos, condes de Fuentes. Relacionavam-se estes também, com o primo António de Azevedo Coutinho (S. João de Rei), embaixador de Portugal em Espanha.
A actual duquesa de Alba, tem efectivamente nestas casas portuguesas a sua ascendência mais destacada, que salvo erro ainda ostenta o seu Silva...
Ora bem, dispersei-me um pouco mas, voltando á questão. Será que a mãe de Velásquez, não seria uma neta de Rui Gomes da Silva ?
Um abraço do,
José
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Caríssimo José,
Tudo bem? Espero que esteja tudo andando "sobre rodas".
O que dizes é pertinente. Sabes que os "andaluzes" são gente bravíssima...! lol
Não nos esqueçamos que D. Luísa de Gusmão, mulher de D. João VI, era bisneta dos príncipes de Éboli.
Seria importante um estudo, de facto. Agradeço a informação.
Um abraço amigo do,
Artur
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez; Errata
Errata:
Onde se lê «Não nos esqueçamos que D. Luísa de Gusmão, mulher de D. João VI, era bisneta dos príncipes de Éboli. Deve ler-se "Não nos esqueçamos que D. Luísa de Gusmão, mulher de D. João IV, era bisneta dos príncipes de Éboli.
As minhas desculpas pelo "lapsus calami"!
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Caro Artur Camisão Soares:
Numa revista "Armas e Troféus" dos anos 60, saiu um artigo muito interessante explicando como é que Velázquez era antepassado da maioria das casas reinantes da Europa. Possivelmente também falaria da sua ascendência.
O problema é que não me lembro do nome do autor, nem do nome do artigo, nem da data certa, e, numa rapida vista de olhos sobre a minha colecção da revista não o consegui localizar.
Talvez algum confrade mais atento possa indentificar o artigo.
Cumprimentos,
José Caldeira
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Meu Caro José Caldeira,
Muito obrigado pela atenção. Vou ver se localizo o dito artigo.
Quanto à sua ascendência: tem o confrade dados que possa adiantar?
Um abraço do seu confrade,
Artur João
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Caro Artur
Na net, encontrei ...
Diego Velasquez (1599-1660) nasceu em Sevilha.
Foi discípulo, e genro, de Francisco Pacheco (1564-1654 - um pintor, filósofo, poeta e teórico de arte. Deste é a Arte de la Pintura. Su Antigüedad y Grandezas. Descrevense los hombres eminentes que ha avido en ella, así antiguos como modernos, del dibujo y coloridos…y enseña el modo de pintar todas las pinturas sagradas)..
Com a referencia a este señor português é talvez possível encontrar o “link”, uma pista poderia ser:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=24717
Efectivamente Sevilha, após a “reunificação” das duas coroas (1580) centraliza todo o processo mercantil, português tirando a Lisboa a posição hegemônica que tinha na época e torna-se a cidade mais importante da península em inícios do século XVII. Os portugueses viviam e circulavam amiúde por essas terras. Estou-me a lembrar de um conto de “O senhor de Boquilobo” de Garrett, passado no inicio do século XVI.
Um abraço do,
José
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Caro confrade
Perdoe-me a intromissão, mas essa referência ao conto " O Senhor do Paúl de Boquilobo" deixa-me uma dúvida. Não faz parte de um livro de contos de Júlio Dantas? Dos livros que povoaram os meus sonhos de miúda consta um, creio que se chamava "Pátria Portuguesa" e esse conto do Senhor do Paúl de Boquilobo enchia-me de orgulho...mas creio que não será de Garrett. Não é nesse conto que o Senhor do Paúl de Boquilobo desafia, sózinho, um teatro cheio de espanhois em que estava em cena uma peça humilhante para a figura de D. João IV?
Com os meus melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Caro José,
Agradeço a "alembrança" desse tópico.
Vou ver se encontro mais em algum "sítio".
Renovado abraço,
Artur João
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Cara Maria Benedita,
O conto é de Júlio Dantas, sim.
Renovado abraço,
Artur João
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Cara Maria Benedita
Tem toda a razão. O conto O Senhor do Paul de Boquilobo é de Júlio Dantas.
Desde criança que sei de cor o célebre diálogo final, porque o meu pai o citava frequentemente e mesmo a despropósito:
– Virgen santa! Queria usted matar a todos los hombres de Sevilla?
– Nombre de Dios! Para poder quedar-me solo con todas las mujeres!
O homem decerto exorbitava das suas competências.
Em França atribui-se estes alardes de hombridade aos gascões, embora a palavra com que os designam seja “espagnolades”. O que é facto é que nos Ditos Portugueses Dignos de Memória, manuscrito seiscentista publicado pelo Prof. Saraiva, se encontram exemplos de comportamento semelhante ao do herói do conto e, na maioria das vezes, visando amesquinhar os castelhanos.
Não era só da água benta, superabundante na época, que se tomava quanta se queria...
Afectuosos cumprimentos,
Manuel.
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Caro Manuel
Também, para mim, esse magnífico diálogo final me ficou, para sempre, na memória! E, espante-se, ainda hoje me causa uns certos, e simpáticos, calafrios! Pode ser que o homem exorbitasse das suas competências, mas que causava impacto, causava mesmo!
Lembra-se do primeiro conto, quando D. Afonso Henriques rasga o camisão e mostra ao Dom Prior o peito, cheio das cicatrizes que lhe ficaram do combate com o " infiel"? Decididamente, estas reminiscências de infância impedem-me de acompanhar Almada no " Morra o Dantas!"
Quanto aos gascões, apenas posso referir que um dos filmes que revejo sempre com o maior prazer e inevitáveis lágrimas no final é " Cyrano" interpretado por Depardieu.
Um grande abraço
Maria Benedita
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Cara Confrade
Agradeço a emenda.
O conteúdo mantem-se no entanto inalterável.
Sem melindres que é o que interessa. Até porque o cerne do assunto do tópico é demais importante.
Cumprimentos de,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez
Caro confrade
E eu agradeço a grata recordação dos bons momentos que tive ao ler esse livro...e que estou, neste momento, a reviver!
E é evidente que o que interessa é o assunto do tópico!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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